As Chamas Negras Da Luz escrita por Sky Blue


Capítulo 3
O passado me persegue




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Draco então decide levá-la para trata-la de imediato, enquanto a carregava, misteriosamente sua armadura e espada pareciam virar partículas de luz que subiam e iam sumindo no ar, a deixando só com uma vestimenta branca toda rasgada devido o conflito, sem tempo para olhar, ele começa a correr.

Algumas horas mais tarde, quando os primeiros raios de sol já estavam surgindo, a mulher acorda assustada, em cima de uma cama em um quarto, e tenta se levantar, mas sente uma dor muito forte no abdômen onde havia sido golpeada e se deita novamente gemendo de dor. Draco rapidamente chega, e diz:

–Não se mexa, tratei de seu machucados mais graves, você já não deve correr mais risco de vida - por um instante eles se olharam – Sou Draco.

– Sou Anna... Anna Salvatore – Ela ficou em silencio por alguns instantes e falou – Porque me salvou?

– Não poderia ver alguém morrendo e ficar de braços cruzados.

– Onde estou?

– Em minha mansão, se quiser algo para vestir, acho que no armário de minha mãe deve ter algo que sirva em você, pode ficar à vontade.

Anna escolheu algumas roupas, e Draco aguardou do lado de fora enquanto ela se trocava, até que ela falou que tinha terminado e ele entrou, olhou ela e disse:

– gostaria de saber uma coisa ...

Mas antes que pudesse continuar, escutaram um barulho vindo de outro cômodo como se tivesse alguém invadindo a mansão, ficaram em alerta, Draco saiu para olhar deixando a porta um pouco aberta de forma que possibilitou Anna observar o que estava ocorrendo, então ele olhou envolta e viu nada, quando de repente alguém chega por trás e põem a mãos em seu olhos e diz:

– Agora duvido você adivinhar quem é.

– Rebeca, o que faz aqui tão cedo? E desde quando minha janela é porta de entrada? – disse retirando as mãos de Rebeca delicadamente e se virou em direção a ela.

– Entrar pela porta é muito sem graça, é mais divertido escalar a parede e entrar pela janela, queria te acordar, mas vejo que você já estava acordado – ela parou e refletiu por um instante e prosseguiu – afinal porque você estava acordado?

– Bem, eu estava sem sono, estava pensando sobre o futuro da empresa e coisas do tipo, afinal você veio aqui pra pegar o dinheiro ou fazer um entrevista, aguarde aqui vou pegar o cheque – abriu uma cômoda próxima dele, e ali retirou um cheque, o preencheu com um alto valor e entregou para Rebeca – Acho que isso deve pagar os seu gastos nessa têmpora.

– Obrigada Draco – o abraçou – Não sei o que faria sem você, sempre me tirando do aperto, obrigado. Estava pensando se você não gostaria de ir ao parque que nem nos velhos tempos, pode ser hoje, ao entardecer?

– Vou tentar fazer o possível para estar lá.

– Então... até mais tarde Draco, adeus.

Então Rebeca correu e saiu pela janela, sem dar tempo para Draco falar algo, em seguida sorriu e voltou para o quarto, fechou a porta e se virou para a Anna que quase de imediato lhe perguntou:

– Quem era a ruiva baixinha?

– Ah, era só uma velha amiga minha, se chama Rebeca – Parou por alguns segundos e deu continuidade – queria saber de onde você veio, e porque sua armadura simplesmente desapareceu?

– Eu vim ... Bem, alguns chamariam de “céu” ou “paraíso”, é lá que nasci e fui treinada.

– Então você seria um anjo?

– Não, sou um arcanjo.

– Qual seria a diferença?

– Anjos postos ao lado de humanos, não haveriam diferenças. Já arcanjos se diferenciam, somos guerreiros, mais rápidos, fortes e sabemos lidar com situações extremas em combates, seriamos os guerreiros alados que eliminam o mau. Agora me deixe fazer uma pergunta, desde a primeira vez que o vi com aquele demônio, era obvio que você não era humano, então me diga o que você é, um anjo ou um demônio.

– Nunca soube quem eu era, só que era diferente, meus pais morreram quando era bem pequeno, nunca soube ao certo quem eram, vivi com a mãe da Rebeca, que era a única de nossas empregadas que não foi embora mesmo depois de meus pais terem morridos, aqui na mansão dos meus pais, ela me criou como filho e tive a Rebeca como irmã, fora isso não lembro muito de minha infância.

– Se seus pais foram anjos ou demônios acho que só meu professor deve saber, ele que me ensinou tudo que sei, vou te levar lá.

– Vamos lá, mas antes esperamos você melhorar – Repentinamente algo começa a bater na porta, e ele fala – Calma é só o ...

Antes que terminasse de falar, Cerberus, com chamas muito fortes e vermelhas, derruba a porta e entra correndo em direção a Anna, mas antes que pudesse fazer algo Draco chega pela frente de Cerberus envolvendo seu braços entorno do pescoço do animal, logo o Draco lhe diz:

– Calma Cerberus! é só uma amiga.

Cerberus parou, e aos poucos sua chamas foram diminuindo e voltando a cor azul, caminhou até Anna, a cheirou e saiu. Anna assusta pergunta:

– O que era isso?

– Gosto de tratá-lo como um cachorro apesar de saber que é um demônio, o encontrei quando era apenas um ovo, e desde então cuidei dele.

Um silencio reinou no quarto, olhavam envolta sem saber o que falar. Então Draco falou:

– Vou te deixar descansar em paz.

Então ele saiu do quarto, foi até a janela a atravessou e escalou a parede segurando em algumas plantas que cresceram nas paredes do lado exterior da casa, até chegar no telhado onde sentou-se e ficou olhando para as nuvens, pensando sobre o que Anna havia lhe falado, imaginando quem seria seus pais, de onde vieram, como eles eram, e o que mais lhe incomodava, quem era ele.

Após algumas horas Draco salta do telhado e entra, vai até a cozinha e retirou diversos ingredientes dos armários os pondo sobre um balcão e sem demora preparou um almoço em uma bandeja que aparentava digno de um chefe cinco estrelas, em seguida sobe até o quarto onde Anna estava, ao entrar se depara com ela ao lado de Cerberus, ambos em um profundo sono, Draco sorri e deixa a bandeja sobre uma mesa e segue até a janela e a fecha, em seguida se retira do quarto sem fazer nenhum barulho. Ele entra em seu quarto, se arruma, e em seguida sai deixando um bilhete no quarto em que Anna repousava, escrito:

“Fiz seu almoço, espero que goste. Estarei de volta em breve. De: Draco”

Então desceu e saiu da mansão rumo ao velho parque onde Draco e Rebeca sempre brincavam quando crianças, ao chegar estava vazio, com o sol já se pondo, e com ventos bem fortes, Draco avistou um boné preto voando, ergueu o braço e o pegou, em seguida olhou de onde vinha o boné e avistou Rebeca que corria em sua direção sorrindo, pulou encima dele o abraçando e disse:

– Draco, você chegou cedo.

– Não tinha nada para fazer então quis vir mais cedo, e então quando vai ser sua próxima corrida?

– Ah, deve ser daqui uma ou duas semanas.

– Já tirou poeira do seu carro?

– Sim, já tirei e a grana que sobrou eu vou trocar o motor por um melhor, agora eles nem vão ver minha poeira. E não se preocupe vou te pagar com o dinheiro que ganhar como recompensa por ter ganho.

– E como sempre digo e repito, não precisa me pagar nada.

– E como sempre digo e repito, muito obrigada Draco – o abraçou e deu um pequeno passo para trás, olhou para seus olhos e disse - Realmente não sei como seria minha vida sem você.

– Você sempre exagera um pouco, mas está bom ... Aceita um sorvete?

– Sim.

Havia uma sorveteria do outro lado da rua, assim eles foram à sorveteria, Draco se aproximou do balcão e pediu os dois sorvetes, e saíram caminhando juntos pelas ruas quase desertas, e logo Rebeca diz:

– Como nos velhos tempos, andando juntos com o bom e velho sorvete.

– Sim como nos velhos tempos.

– Ei! Vamos sentar ali – falou apontando para um banco que ficava embaixo de uma árvore o meio de uma praça, correu até lá puxando Draco pela mão, e se sentaram, e ela prosseguiu – Me lembro quando chegávamos aqui sentávamos e ficávamos olhando as estrelas.

– Hoje elas estão lindas – falou olhando para o céu.

– Realmente – Falou repousando delicadamente sua cabeça no ombro de Draco.

E conversaram por horas até que Rebeca adormecesse, Draco então a carregou delicadamente e a levou até um galpão cheio de placas com avisos para se afastar, cerca de dois quarteirões de onde estavam, entrando tinha uma oficina, com um carro suspenso, passava a impressão de ser bem rápido, a levou até um quarto e a colocou na cama, a cobriu, olhou para ela com um sorriso discreto e saiu caminhando em direção à sua casa.

Ao chegar foi para o quarto onde Anna estava e a encontrou dormindo, olhou a bandeja e viu que ela havia comido, a olhou e trocou suas bandagens que estavam um pouco sujas de sangue, se sentou em uma poltrona que estava no quarto e ficou olhando-a, esperando ela acordar até que ele adormeceu.


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