The Challenge escrita por Marquesa


Capítulo 1
Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Hey! Estou de volta aqui e com aquele friozinho na barriga ao começar uma nova história. Sejam bem vindos a minha mais nova criação onde sai totalmente da minha zona de conforto. Qualquer coisa é só falarem comigo por MP ou nos reviews ok? E claro, um beijão pra Danielle - que odeia ser chamada assim - que está comigo nessa nova aventura como minha beta (Boow [u88632])Tudo pronto para começar? Boa leitura gafanhotos e espero que curtam !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/478370/chapter/1

–Nathaly não dá! Não tem como só nós duas conseguirmos pagar todas essas contas. – Sam disse com os braços sobre a mesa e a cabeça entre as mãos ainda encarando todos os papeis. - Como disse você bem que poderia fazer alguns programas.

–Mais quem tem a cara de vadia é você – respondi jogando uma bolinha de papel nela. Ok, não era verdade, eu até poderia arriscar a dizer que tinha uma das colegas de apartamento mais cobiçadas de New Jersey, ela tinha o corpo perfeito para pousar como uma modelo da Victoria Secret's isso é, se tivesse alguns centímetros a mais de altura e isso para não falar dos seus cabelos loiros naturais com ondulações invejáveis nas pontas e o sorriso radiante exibindo seus dentes perfeitamente brancos e alinhados, e seus olhos grandes e azuis que entravam em contraste com sua pele fazia qualquer pessoa que a olhasse por mais de dois segundos perderem o fôlego.– Eu não tenho mais nada, esse mês gastei mais do que o normal com minha tia e a lanchonete não está pagando tão bem assim.

–Eu não sou vadia, só não faço cosplay da virgem Maria igual a você, e pensa como você faria sucesso com esse seu cabelo água de salsicha e suas calcinhas rendadas – Eu ainda não conseguia entender como Samantha poderia fazer piadas sendo que, estávamos prestes a ser despejadas. E eu também não tinha cabelos na cor água de salsicha, isso seria estranho. Tudo bem, eu assumo que o ruivo do meu cabelo era um tanto exótico, mas diferente da metade das ruivas que existem por ai o meu era natural, ta que as ondulações dele não eram tão maravilhosas quanto as de Sam mas eram suficientes para que meu cabelo não fosse completamente escorrido e até a própria Samantha já havia avaliado ele como: extremamente sexy se somado junto ao meu rosto em forma de coração e os olhos na cor verde contrastados na minha pele branca no qual eu tanto me orgulhava.

–Primeiro, eu não faço cosplay da virgem Maria. Segundo, meu cabelo não tem cor de água de salsicha e terceiro porque você está me fantasiando com calcinhas rendadas, sua lésbica? – respondi já sentindo minhas bochechas corarem, não gosto de falar sobre minhas intimidades, não com Samantha.

– Fala sério, muito tesão por você Cloe.

–Você é ridícula Samantha Robbins! – respondi com falsa irritação e sai da mesa.

O relógio super discreto – porém não – da cozinha indicava ser mais de onze horas da noite então para iniciar meu ritual noturno peguei minha xícara super adulta da Minnie e fui tomar café. Diferente da metade da população que normalmente toma café para ficar acordado eu tomava para dormir e não me pergunte o por quê.

–Você viu o Rex por ai? – Perguntei á Sam que cortava as unhas do pé no sofá. Revirei os olhos com a cena, que droga quantas vezes eu teria que repetir para ela não fazer aquilo em cima do sofá? Não era higiênico me sentar sobre as unhas perdidas da minha colega de apartamento e muito menos confortável.

–Não. Procura dentro da geladeira que da última vez eu o achei lá.

–Talvez se você fechasse as portas, ele não entraria em determinados lugares. – retruquei – E para de cortar essas unhas ai! – quase gritei me virando de costas para ela em uma tentativa de voltar a procurar Rex.

Depois de muito tempo procurando nos lugares mais improváveis porém possíveis eu desisti. Cansada de uma manhã de avaliações na faculdade e uma tarde de serviço puxado na lanchonete eu me joguei na cama – literalmente – e um miado estridente saiu da mesma. Antes que eu pudesse me levantar por completo Rex saiu correndo e fugiu pela porta que estava entre aberta, normalmente eu até iria atrás dele, mas cada músculo do meu corpo me implorava para continuar deitada ali.

Minha cabeça ainda trabalhava em uma saída para as dividas sem fim antes que eu e Samantha fossemos postas para a rua como cães sem dono. Eu adoraria poder ajudar mais com as contas, mas todo o meu salário era contado e dividido para bancar tanto os meus gastos quanto os que eu tinha com minha tia, eu não podia deixá-la naquele estado, não podia permitir que uma doença a consumisse. Depois de algumas horas rolando na cama eu finalmente apaguei.

Na manhã seguinte acordei com meu despertador gritando na minha orelha do modo mais desagradável possível.

–Chega Sam já acordei! – Respondi antes que perdesse alguns muitos por cento da minha audição, porém assim que o silencio agradável e momentâneo pareceu acariciar meus ouvidos, eu voltei a virar para o lado em uma tentativa de retomar o sono

– Cloe já são quase sete! – Ouvi minha colega de apartamento falar, ou melhor, gritar, de modo que eu tinha certeza que se a velha no andar de baixo estava dormindo provavelmente havia se acordado e estava praguejando a nossa existência.

Arregalei os olhos e sai às pressas da cama.

–Porque você não me acordou antes? – Disse saindo em direção ao banheiro.

–Obrigado por me acordar Sam, e não deixar eu me atrasar – A ironia no tom de voz dela era notório – De nada Cloe – Esboçou seu sorriso milimetricamente perfeito, mas totalmente ironizado.

–Tecnicamente eu ainda estou atrasada, com licença – fechei a porta com uma força não necessária e pude á ouvir gritando do outro lado que da próxima vez me doparia para ter certeza que eu perderia a hora. Eu apenas ri, ironias matutinas era típicas de Sam. Quer dizer, não que ela não fosse irônica vinte e quatro horas por dia, mas ao amanhecer ela realmente parecia chegar ao seu auge.

Enquanto eu lavava meus cabelos me lembrava de quando li um anúncio de apartamento posto por Sam na lanchonete onde eu trabalhava, e se eu fosse um desenho animado tenho certeza que teria uma lâmpada acesa na minha cabeça nesse exato momento, a solução para nossos problemas havia acabado de nascer: Se nós alugássemos o terceiro quarto do apartamento á alguém com certeza aliviaria muito a coisa. Talvez Rex ficaria um tanto chateado por não ter mais um quarto só para ele, mas caso aquele gato ainda tivesse um pouco de bom senso colaboraria para que não virasse um gato de rua.

Apressei meu banho e sai para poder contar a ideia para minha colega de apartamento maluca.

–Já descobri como resolver nosso problema – disse colocando meus livros sobre a bancada da cozinha.

–Terapia de casal? – ela respondeu me entregando um copo de suco de laranja. Eu a encarei com uma das sobrancelhas erguidas, de que diabos ela estava falando? – Embora eu ache que seja mais fácil você arranjar um despertador melhor. – a mesma sentou na banqueta ao meu lado e tomou mais um gole do seu suco. Eu resolvi ignorar o comentário.

–Vamos arrumar mais alguém pra dividir as despesas com a gente.

Sam permaneceu me olhando com uma cara de maníaca e aos poucos começou a abrir um sorriso de canto.

–Você é um gênio Nathaly Cloe. – respondeu – é perfeita a ideia!

– Me escuta – respondi tomando o último gole do meu suco – você ainda tem aqueles anúncios que usou da última vez? – coloquei meu copo na lavadeira de louças e peguei meus livros sobre o balcão. – Aqueles que falam a descrição do apartamento e o telefone para contato?

–Tenho – ela largou seu copo em cima da bancada, era praticamente impossível que aquela garota colocasse alguma coisa naquela lava-louças ou até mesmo na pia. Sam foi até a estante e começou a procurar – Estava por aqui em algum... Achei! –A loira retirou os papéis da gaveta e me entregou alguns deles.

–Eu vou colocar no mural da faculdade e você vai colocando pelo caminho da lanchonete, se alguém ligar você anota o número e então juntas entrevistaremos os candidatos. – peguei os papeis e guardei entre os livros. – Tchau que estou muito mais que atrasada.

–Eu já te disse que você é muito mandona? – Falou com um ar brincalhão.

–Já, mas prefiro o termo organizada – respondi apenas com a cabeça do lado de dentro no apartamento e logo depois fechei a porta.

A faculdade não era longe de onde eu morava apenas uns cinco minutos de caminhada.

Eu tentei entrar na sala de aula sem chamar muita atenção aproveitando que o professor colocava algumas anotações no quadro.

–Está atrasada senhorita Scott – o professor disse assim que fechei a porta, ainda virado para o quadro. Droga, aquele cara conseguia superar o meu professor de matemática da oitava série em matéria de saber ser rabugento. Santo Deus, o que ele tinha? Um olho atrás da cabeça?

–Me desculpe Sr Hans, não acontecerá novamente. – Disse envergonhada sentindo os olhos da classe em cima de mim.

–Assim espero. Sente-se.

Sentei-me ao lado de Alexis e comecei fazer minhas anotações sobre aula. Alexis e eu tínhamos nos conhecido há alguns meses na universidade, ela foi a primeira pessoa a qual eu me simpatizei ali, talvez fosse por seu censo critico ou por sua inteligência rara. Apesar de ser tímida ela era quem fazia as melhores apresentações de seminários na classe e fazia uso de um vocabulário tão exótico que às vezes nem mesmo o Sr. Hans o entendia o que me fazia imaginar que, talvez ela fizesse isso de propósito. Alex como ela preferia que a chamasse era fascinada por fotografias e sempre estava com uma maquina em mãos, em seu quarto tinha uma parede completamente dedicada a fotos nossas e parte delas eram de Shane no campus o que me levava a achar que ela tinha alguma queda por ele, a garota facilmente arrancava suspiros dos caras pelo campus da universidade enquanto fazia algumas de suas maravilhosas fotos. Seu cabelo castanho escuro na altura dos ombros completamente cheio de cachos com volume ideal e seus olhos redondos brilhantes na cor de mel se destacavam na sua pele clara, a dona de um sorriso radiante e seu corpo alto elegante podia facilmente entrar para uma agência fotográfica, só que não por trás das câmeras.

Assim que o sinal do intervalo tocou eu estava indo em direção ao mural. Estava em uma briga épica com meus livros a procura dos folhetos por entre eles quando alguém passou e esbarrou em mim. Claro que não seria eu se não tivesse azar o suficiente para tudo ir ao chão.

–Séria ótimo se você olhasse por onde anda – Ergui os olhos para o rapaz que me afrontava, não o conhecia mas com certeza arrogância deveria ser seu sobrenome.

–Sabe o que seria ótimo? Você usar da sua educação... se é que existe alguma por trás da arrogância. – eu olhava para seu rosto e falava no mesmo tom que ele havia usado comigo. – Enquanto você recolhe essas coisas do chão. –completei com ar mandão e ele permaneceu me olhando e depois abriu um meio sorriso sexy demais para um cara só.Na verdade, tudo nele parecia sexy de mais para um cara só. Seus olhos pequenos e verdes eram capazes de te levarem a outra dimensão e seu meio sorriso torto irônico te fazia sentir ódio por aquilo ser direcionado a você ao mesmo tempo em que poderia facilmente te fazer sentir vontade de beijar aqueles lábios perfeitamente desenhados e avermelhados que se igualavam com facilidade ao tom de uma romã. O que realmente me intrigava era o fato dele estar somente vestido com uma jaqueta de couro preta já que os termômetros da cidade indicavam quatro graus. Em seu pescoço pendia um colar com placas retangulares de metal com alguma coisa gravado neles que se destacavam em sua camiseta branca sem estampas em gola v, seu cabelo escuro com uma espécie de topete mal feito e bagunçado pairava sobre seu cenho o que em combinação com sua pele clara, uma barba mal feita o tornava ainda mais cobiçável e seu corpo alto e esguio o tornava ainda mais atraente isso é, se fosse possível.

–Que tipo de cara eu seria se não ajudasse uma garota tão linda assim? – ele respondeu e eu rolei os olhos.

–Obrigada. – peguei minhas coisas e sai sem esboçar nenhuma reação.

E para finalmente conseguir colocar o anúncio naquele maldito mural eu tive que buscar coragem do meu próprio desespero, pense, aquilo era uma universidade... Já pararam pra pensar quantas pessoas desmoralizadas e desprovidas de qualquer bom senso possa existir ali? Eu ficava parada feito uma idiota colocando e tirando várias vezes o anúncio toda vez que alguém que eu julgasse antiquado se aproximava e prestava atenção naquele papel. E por fim, tomei coragem e deixei o anúncio ali.

Seja o que Deus quiser– disse a mim mesma antes de ir em direção á lanchonete.

Sentei-me em uma mesa com Alexis e Shane e logo depois chegou Zac com um lanche não muito pequeno nas mãos. Shane era meu melhor amigo desde a infância, fomos criados juntos no Brooklyn só que com a morte da mãe dele a mais ou menos um ano seu pai resolveu se mudar alegando que ficaria mais próximo de seu trabalho, mas nada nos faz deixar de pensar que, ele não quis continuar morando na mesa casa onde existiam tantas lembranças boas. O que me fazia amá-lo cada dia mais era o fato dele ser tão desastrado ao mesmo tempo em que era extremamente esforçado, aqueles seus cabelos médios e castanho claro com cachos grandes e abertos sempre com uma touca ou boné o davam um estilo próprio, mas o fato de não ser alto e magro é o que o deixavam tão meigo fazendo as garotas acharem ele uma gracinha. Se elas soubessem o quanto ele odiava isso.

Zachary fazia parte do time de basquete da universidade o que fazia com que ele fosse rodeado de garotas fúteis, apesar de só ter olhos para uma. Eu só gostaria que alguém me explicasse como Zac conseguia correr na quadra depois de comer tantas coisas nada saudáveis e ainda conseguir manter aquele corpo, sempre que eu o via sua mandíbula estava trabalhando ao mastigar alguma coisa. Zac tinha um charme quase que inacreditável e se somado ao seu bom humor o daria qualquer garota que ele quisesse, mas claro, aqueles olhos grandes em uma mistura de verde e azul, seus cabelos dourados curtos em uma mistura genial de moicano e topete o deixavam sexy sem mencionar o fato de ser alto com os músculos perfeitamente definidos. Eles comentavam sobre as notícias que corria pelos corredores da University Princeton e eu tentava me concentrar no meu meu livro An Abundance of Katherines, mas era quase impossível se manter concentrada no livro quando seus amigos estão falando sobre a vida sexual de alguma garota qualquer ou principalmente quando você notava que estava sendo observada por um par olhos esverdeados no qual de repente eu também não conseguia desviar a atenção.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Isso isso! Curtiram? Espero que sim. Me digam, o que acharam dos personagens? E do novo cenário? Eu estou nervosa e não deveria estar postando a história agora, maaas eu estava extremamente ansiosa. Podem me mandar seus reviews contando o que acharam sobre o novo enredo e suas criticas que serão bem aceitas se forem construtivas, claro!

Beijos&Comentem.

Amanda M.