Elder Tale – Bandeirantes do Ipiranga escrita por Daihyou


Capítulo 1
Capítulo Zero – O Despertar




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Acordei de supetão, incerto de onde estou....

Ok... Eu imagino que muitos devem estar imaginando que deve ser apenas uma história de um jovem que ficou preso nestes maldito jogos. Mas de todas as situações e locais onde poderia ficar preso, acordar em sua cama e notar que está em uma versão retro-futurista de seu bairro não é lá a notícia das mais agradáveis. Principalmente ao notar que sua janela está escancarada, você esta vestido como um guarda de Dom Pedro I e tem um barulho desagradável vindo da escada que sobe em direção ao seu próprio quarto.

Rapidamente, quando recobrei os sentidos da visão e audição, percebi que já me pus a correr. Aparentemente meus instintos de sobrevivência estão mais caóticos que torcida organizada em São Paulo. Independente disso. Comecei a correr pela "rua", se é que da pra dizer que é uma rua, devido ao matagal que cobriu quase tudo. Ao chegar na avenida principal de meu bairro, cogitei sair pela via principal do meu bairro natal. Porém o ruído dos pássaros e da vida selvagem que outrora não existia no local me deixou desnorteado. Respirei fundo e optei por sair pela parte "sul" do local, o que me levaria a um pequeno morro a descer, até um ponto de ônibus, se é que o dito ponto existia.

Depois de uma caminhada e vendo que boa parte do cenário. Meu bairro havia se tornado uma versão a muito abandonada da civilização, continuei até atravessar o arco sul do meu bairro e vi o resto do morro. Porém a mera visão de um morro descendente onde a vegetação ficava mais densa a medida que seguia me desanimaram, não me deixando outra escolha senão seguir a esquerda ou a direita. Por questão do meu conhecimento local, preferiri a esquerda, pois é onde o centro urbano ficava.

À medida que caminhava, notava algumas pessoas distantes, em trajes um tanto quanto antiquados, mais antigos que da época em que minha bisavó era viva. Mas também, eu vestido como guarda imperial do Brasil não era lá comum. Em todo o caso eu segui em direção ao Shopping Central. A poucos metros de lá, atravessando a ponte, vi uma figura familiar.

"Estranho."

Bem. Familiar não é bem a palavra que eu queria buscar. Eu já tinha visto aquele jovem, porém não me lembro de tê-lo visto ou de sequer estar conversado com ele. Mas algo nele me parecia familiar. Aproximei-me dele, no meio da ponte.

–Com licença. O que houve aqui?

Naquele instante, o jovem me olhou com olhos de surpresa pura, como se chegasse a uma assustadora conclusão ao reconhecer minha voz e ao meu ver. Usava uma mascara no rosto e parecia ser um cantor ou algo assim, por carregar um tipo de violão nas costas e um pequeno barril de bebida na cintura. Tinha cabelos escuros, sua mascara era preta com detalhe de três traços vermelhos paralelos no meio, sendo o da esquerda pequeno e os outros dois maiores, sendo o do meio acima do da direita. roupas escuras, meio mórbidas pra um bardo, porém mal acabadas pelo jeito preguiçoso. Tinha que ser o...

–...Azure? - Balbuciei - É você?

Congelei. Não sabia o que dizer. Estou no meio de um cenário pós-apocaliptico, onde as poucas pessoas andam com roupas antigas e meu amigo está no corpo do personagem dele.

Espera um pouco... Personagem dele?....

Na mesma hora eu comecei a notar melhor em meu próprio corpo. Notei que estava magro, até demais, com a roupa imperial meio folgava e com uma vestimenta mais pesada, como um, sobretudo social. Minha pele, antes morena, estava pálida como um copo de leite e meus cabelos estavam maiores e.... Brancos?

Senti uma tontura, e Azure me acudiu na hora, perguntando se estava tudo bem. Comecei a relembrar o que eu fazia antes de dormir. Esperava uma atualização de um jogo e acabei dormindo no PC quando o Download beirava os 95%. Depois senti como se alguém me puxasse. Inicialmente deduzi que era minha mãe me levando até minha cama e eu estava com sono demais para reagir. E logo depois senti que estava em uma cama mais macia do que a minha, sem notar que dormia em uma cama esfolada e coberta com vegetação. Depois disso foi a perseguição, a confusão mental e toda a caminhada até chegar a meu amigo Azure e descobrir que estou no corpo do meu Alter, Magnus. Quando recobrava minha consciência e notava que inclusive meu corpo pesar, e notava que eu tinha no corpo um dos "prêmios" por ser um beta-tester do servidor brasileiro.

De fato, sem sombras de dúvidas, só tinha uma coisa a se pensar.

–Azure... Estamos dentro do Elder Tale?


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