Mask of Shadows escrita por nymph


Capítulo 5
Coming to Hell


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS.

"Há uma conseqüência
No caminho que você escolhe
Eles não podem mudar você
Eles não podem fazer de você quem você não é"

Represent - The Red Jumpsuit Apparatus


P.O.V.: Clarissa.

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Consigo ouvir meus gritos afinados e descontrolados ecoando, enquanto tento, em vão, me segurar em algo. Três certezas: primeira, isso não é um sonho. Segunda, tem cinqüenta por cento de chances de ser um pesadelo e terceira, eu quero socar aquele loiro. Respiro e tento me acalmar. Em vão. Sinto, porque não tenho coragem de abrir os olhos para verificar, que estou chegando ao chão. Minha mãe esquerda se fecha em torno de meu ombro direito, assim como a outra agarra o esquerdo. Meus pés se encolhem e eu me preparo para o “BAM!”. Felizmente, o tal “BAM!”, é bem mais suave do que eu imaginava. Uma rede! Todo esse drama e tem mesmo uma rede! Colo as mãos nela para fixar-me e tremendo dou uma passo para fora da rede, tropeçando em meus próprios pés e sendo pega por um par de braços desconhecidos. Olho para cima, de um jeito meio grogue e desengonçado.

– Cla-ris-sa. – Ele fala meu nome de um jeito petulante, prolongando cada sílaba. Como ele sabe o meu nome? – Meu nome é... Sebastian. Como uma “paz e amor” foi a primeira a pular? Pelo visto teremos apenas covardes esse ano. – Ele comenta, provocando risos alheios. E por “alheios”, quero dizer de um bando de gente esquisita, com cabelos pintados e vários pincings. Ainda processando o que acabara de ocorrer, tento me equilibrar. Seguro o ombro desse tal Sebastian, e fico em pé. Ele continua com a mão ao redor da minha cintura, e tento desvencilhar-me dela, quando escuto novamente um BAM!.

– Fray, vejo que já fez novos amigos. – Fala Jace, que ficou de pé num pulo. Espantei-me com sua agilidade, murmurando algo como “quem dera”, alto suficiente para que ele ouvisse. Tento novamente sair dos braços de Sebastian, que só sorri e me aproxima mais, ignorando completamente a presença de Jonathan ou minha expressão de puro nojo. Estou prestes a gritar com ele quando vejo um punho fazendo seu rosto virar e saliva escorrer por sua boca. Em seguida dou um passo para trás, instintivamente, e assimilo o que aconteceu quando vejo Jace massageando a mão. Sebastian, dá um grito de raiva, indo para cima de Jace, e seus companheiros correm atrás dele, o segurando. Vejo a garota Isabelle, que reconheci do trem, caindo na rede e sorrindo ao ver a confusão em que seu irmão se metera. Em seguida, penso se realmente são irmãos.

–O que ouve aqui? Jace? – Isabelle pergunta, sorridente. Será que ela já estava acostumada a esse tipo de atitude dá parte de Jace? Jonathan solta um riso debochado, o que faz Sebastian fazer maior esforço para se soltar.

– Bem, Izzy creio que falta de carisma e beleza façam o cérebro murchar ao ponto de ter que forçar as damas sua companhia. – E eu acredito que deixar o instrutor com um olho roxo é algo que alguém com cérebro murcho faria. – Retruca Isabelle, fuzilando-me com o olhar . Jace riu.

–Ouça a garota! Eu pego você seu desgraçado!- Jonathan gritou. Jace molhou os lábios de forma sensual – Ah, meu amor, sinto muito mas brutamontes de olho roxo não fazem o meu tipo, ó amado instrutor- A resposta de Jace foi seguida de mais um BAM!.

– Simon!- Falo, correndo até a rede. Ajudo meu melhor amigo a se ajeitar, fugindo da confusão. Por mias que eu quisesse opinar, fui instruída a manter a paz e conservar a amizade. Simon limpa os olhos e se ajeita, sentando na rede.

– Clary, o que...- Sua fala é interrompida por, bem, Alexandre.

– Alec...que bom te ver, meu irmão. Sei que estava ansioso para voltar a ter o prazer de minha companhia, mas creio que Clarissa iria preferir que saísse de cima do pirralho de quatro olhos. – Pede Jace, rindo da confusão, mas sem deixar de lado a posição defensiva que assumiu após a briga com Sebastian.

– Basta. Quero todos em fila única, preparados para receberem as devidas instruções. – Essa fala, vem de uma mulher alta e bela, com longos cabelos negros e fortes olhos azuis. Ouço um coro de “Sim, Maryse” por parte de Alexandre e Isabelle e um bufo impaciente de Jace. O homem a mulher que anteriormente estavam segurando Sebastian afrouxam o aperto, e após se seguraram de que nada mais acontecerá, o soltam. Simon pega a minha mão e me conduz em fila única, o que vem acompanhado de um olhar de deboche e irritação de Jace. Mais pessoas chegam, e Maryse começa a nos passar as devidas instruções*.

–//-

Simon e eu nos dirigimos ao refertório (ou o mais próximo de um refeitório que ha ali) e escolhemos uma mesa.

– Ela dá medo. Maryse, ou seja lá qual for seu nome. - Ele disse. Estava completamente apavorado e eu sabia que não se tratava de Maryse.

– Escuta, Simon. Eu sei que você ta com medo, e eu também to. Se ficarmos unidos, vamos passar da primeira faze. Podemos treinar muito. - Falo, sorrindo. Provavelmente não teria vindo pra cá se soubesse de como iriam ser as coisas. Ele acena a cabeça do modo positivo. Olho para o lado e vejo Jace sentado com Alexandre, Isabelle, Robert e Maryse. Ele capta o meu olhar e vem até minha mesa. Droga, droga, droga penso. Simon observa tudo e solta um bufo impaciente.

– O que esse loiro oxigenado faz aqui? – Simon pergunta, limpando os óculos na camisa.

– Vim falar com Clarissa. E, só pra constar, é loiro natural. – Responde Jace, que se aproxima o bastante para ouvir. Reviro os olhos. Quase não falei uma palavra desde que cheguei para não desafiar minha facção, mas estou ficando furiosa.

– Simon, ele me ajudou hoje cedo. Nos da um minuto, Simon? – Peço. Simon bufa novamente.

– Quatro olhos, você parece um cavalo desse jeito. Além disso, você é surdo ou o que? – Fala Jace, de um jeito petulante.

– Não seja grosseiro Jace. Simon pode pegar um suco, por favor? – Falo, firmemente. Simon olha pra mim, e de volta para Jace. Pra mim de novo, porém confuso. Lanço a ele um olha de “por favorzinho” e ele revira os olhos e vai a caminho da mesa.

– Pode falar.- Diz Jace, com uma cara de quem quer um “obrigada”.

– Como pode ter certeza de que teria uma rede?- Perguntei.

– Na verdade, tinha apenas 90% de certeza. – Ele fala. Dou-lhe um tapa no rosto, e sinto o sangue subindo.

– Por que diabos fez isso? – Ele pede, massageando o rosto.

– Os outros 10%. – Falo. Ele sorri, e pela primeira vez, é um sorriso sincero**.

–//-

No dormitório, conto o que aconteceu a Simon. Ele pega no sono rapidamente mas eu só fico de olhos abertos fitando a noite. Perco a noção do tempo após contar os segundos de uma hora (3600). Começo a ouvir passos e sussurros vindos do corredor, mas parecem distantes ate que...

– Ai! Pisou no meu pé Isabelle! – Reconheço como a voz de Alexandre.

– Cala a boca Alec!- Replica Jace. Se ele está metido, não deve ser coisa boa. As vozes vão ficando distantes e os passos cessam. Não penso duas vezes, calço um sapato qualquer, e saio de pijamas ao corredor.


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Notas finais do capítulo

* Vou passar as normas e manuais, e terão algumas mudancinhas e acréscimos (leitores que ainda não leram Divergente, atenção)
** Algumas falas são tão épicas que eu tive que me obrigar a retirar do livro e colocar. Mas acho que serão só essas mesmo.
*** A iniciação, na audácia, tem três estágios. Ao passar pela iniciação, se eles passarem, se tornarão membros da audácia.

Regras:

— Não sair após o toque de recolher, que é dado as 10:00 em ponto.
— Os iniciados na audácia (como Jace, Alec e Izzy) ficam num dormitório. (o que não inclui seus pais, pois eles são da audácia).
— Eles têm que estar na sala de treinamento às oito horas todos os dias. O treinamento acontece todo dia das oito as seis, com um intervalo para o almoço. Eles estão liberados para fazer o que quiserem depois das seis. Também vão ter algum tempo livre entre os estágios da iniciação***.
— Eles só são permitidos a deixar o complexo acompanhados por um integrante da Audácia.
— Iniciados e transferidos ficam separados, mas serão avaliados juntos. No final da iniciação, a classificação deles será determinada comparando com os dos integrantes da Audácia de nascença. A classificação serve para dois propósitos: O primeiro é determinar a ordem em que vocês vão escolher um trabalho depois da iniciação. O segundo propósito é que só os oito primeiros iniciados serão membros. Existem oito integrantes da audácia de nascença e sete transferidos. Dois iniciados serão cortados ao final do estágio um. Dois no segundo estágio e o retante será cortado após o último. Os cortados se tornarão sem-facção.
— Tem alguns detalhes a mais, mas serão explicados no decorrer da fic.


P.S.: Se tiverem erros, eu não tive tempo de revisar, sorry :s
P.S.2: PESSOAS, COMENTEM. ELOGIEM, CRITIQUEM, MAS COMENTEM, O TECLADO NÃO VAI COMER VOCÊS SE ME DEIXAREM UM REVIEW.