Cegonhas escrita por HQueenElla
Foi igual a uma bomba desabando sob o Sunny, literalmente.
Bem, por que isso deveria acontecer logo agora? Para Luffy aquilo seria divertido, mas para o resto seria como... como... como alguma coisa bem difícil, Sanji é claro que queria matar o Marimo;
Nami estava sem falas, Franky chorava de emoção, e assim como Brook, Usopp e Chopper gritavam de susto.
Os únicos que não reagiam de forma escandalosa eram Zoro e Robin, não tinha motivo para isso.
Bem, até que tinha, mas eles não precisavam fazer aquele teatro todo...
— M-MAS POR QUÊ?! –Nami dizia inconformada com a situação;
— Coisas assim sempre acontecem, poderia acontecer com qualquer pessoa. –Robin respondia com a calma de sempre.
— M-mas, Robin... Por que com ele?! –apontando para o espadashin que sequer estava entendendo direito.
— Olha, se for me envolver em algo, faça isso quando eu estiver acordado, ok? –retrucou o moreno-
— Calado, seu idiota! A culpa disso tudo é sua! –Sanji estava uma pilha de nervos- Dopou a Robin-chan enquanto ela dormia e olha só no que deu...
— Mas e daí se ela está grávida? Vamos ter outro nakama! –Luffy dizia sorridente enquanto corria de um lado a outro da mesa da cozinha, pegando a quantidade de carne que queria comer- E depois, esse bebê não tem culpa de nada e não adianta todo mundo se irritar.
. . .
Maldito capitão! Quando abre a boca, só fala o que é necessário!
— É, o Luffy tem razão, não adianta a gente se estressar, já foi, mesmo...
— Robin-chan, como você sabe que está grávida? –indagou Chopper.
— Lembra da Ilha em que paramos?
— Ah... acho que entendi tudo. Por isso você não tinha tomado café semana passada.
— Mais ou menos isso. –ela riu.
— Mas isso é bem triste. –a rena cruzou os braços, virando o rosto e falando em tom meio seco.
— Por quê?
— Porque... –corou- porque...
— Você tá com ciúmes, Chopper-kun?
— NÃO É CIÚME!
— Chopper tá com ciúmes de um bebê? –Usopp riu- Isso é possível?
— Claro que é, Sanji tem ciúme do Zoro, lógico que é possível! –Nami deu o ar da graça na tripulação toda.
Claro que o loiro não gostou do trocadilho, mas uma coisa era certa, é triste saber que sua Deusa terá um filho daquele marimo.
— Então... –Zoro finalmente se pronunciou para sair da cozinha- Agora que já sabem, vou dormir.
— PARADO AÍ, MARIMO DE MERDA!
— O que foi, Ero-Cook?
— Acha que é só isso?! Engravida a Robin-chan e pronto?! Você tem uns livros para ler!
— Ele não tá falando sério, né? –a cara preguiçosa e tediosa do espadashin se voltou para a da arqueóloga, que ria quase sem controle;
— Eu acho que sim, Kenshi-san.
— Aff...
— Pode começar! Puericultura, vai! –ordenava Sanji como se fosse um general (e faltou pouco para apanhar), com Nami o apoiando na ideia...
*
*
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E depois de ser obrigado a ler dois capítulos inteiros sobre como um bebê nasce, Zoro simplesmente queria vomitar; Mas... é a vida...
Assim que Sanji e Nami foram embora ele se jogou no chão, cansado de tanto ler, sentia o sono chegar com mais precisão do que o normal, porém ficou pensativo agora. Imaginando: “Ela vai mesmo ter que fazer aquilo tudo?”
Sim Zoro, ela vai. Apenas para fazer o seu filho nascer. Como se sente?...
— A leitura foi agradável?... –uma voz bem conhecida lhe tirou os devaneios.
— Nem tanto. –ele não precisava olhar, mas queria, se levantou aos poucos para vê-la de pé, ali na porta, com um sorriso amigável.
— Não fique preocupado, vou te contar um segredo. –Robin caminhou até o sofá e imitando-a, o espadashin foi junto- Não tem coisa mais fácil numa gravidez do que o parto.
— Sério? Não foi o que eu vi no livro... Aliás, é completamente nojento.
— Um pouco... –riu- Mas é a parte mais fácil, sabe o que será difícil?
— Não.
— Vai perder suas horas de sono...
— Sacrifícios à parte...
Com muita calma a morena deslizou uma de suas mãos no rosto do menor, se deleitando apenas de um abraço depois, na opinião deles, por um tempinho, o povo do Sunny vai forçar a barra;
É, ser pai assim, do nada, é algo bem... inusitado, mas depois é algo para se acostumar aos poucos.
Ele imagina que não é o único com medo da situação, só que agora podia dizer que está mais tranquilo quanto a isso;
Se soltou do abraço, devagar, encarando os orbes azuis...
— Talvez não seja tão ruim ter um bebê.
— Bebês...—corrigiu ela-
. . .
Mas hein?!... Bebê “s”?!... Com ‘s’ no final?...
— Como assim bebê “s”?...
Ela não precisou dizer nada, nada além um sinal de mãos, um sinal que indicava três...
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