– Não tenho nada para falar com você. – Falei irritada.

– Tem certeza? – Ele perguntou.

– Sim. – Falei revirando os olhos.

Ele puxou minha mão, e meu corpo foi de encontrou ao seu, suas mãos foram para minha cintura e eu já estava sentindo nossas respirações se misturando, e então ele selou nossos lábios. Um beijo urgente, mas cheio de carinho.

– Estou indo me arrumar, até mais tarde. – Ele disse sem graça.

– Até. – Falei sorrindo. Continuei andando até o quarto do Andrew e bati na porta, nesse ponto já estava espancando já que ninguém abria. – Ah, desculpa. – Falei rindo quando ele abriu e parece que acabou de acordar, graças a mim.

– Sem problema. – Ele falou meio sonolento ainda.

– Então, vai? – Perguntei me referindo a balada.

– Sim. – Ele falou sorrindo.

– Então, 23h30min você passa lá no meu quarto, ok? – Perguntei.

– Ok. – Ele falou, dei um sorriso e fui para o meu quarto.

Tomei um banho demorado, de uns 40 minutos e fui escolher alguma roupa.

Tirei tudo de dentro da mala e não achei nada que me agradasse. Mas achei um vestidinho branco, bem colado, e curto e muito pelo visto. Ele era tomara que caia, e bem lá no finalzinho do vestido tinha uns brilhinhos, o coloquei, e me olhei no espelho, realmente eu estava linda, tirei o vestido e fui fazer minha maquiagem. Passei uma sombra marrom em vários tons, do mais escuro até o mais claro, passei o resto das coisas. Coloquei o vestido, e passei o batom, optei usar um rosa, calcei um salto preto, com o salto alto e bem fininho, que atrás tinha duas correntinhas. Deixei o meu cabelo solto, e coloquei minha correntinha e algumas pulseiras.

E estava pronta. Peguei meu celular e olhei a hora, e já era 23h40min, milagre que ninguém me chamou ainda. Assim que abri a porta estavam todos ali fora até o Andrew, conversando e me esperando.

Jessie estava com um vestido rosa bebe rodado, e ia até metade das coxas, uma maquiagem azul e com o cabelo preso, com um salto plataforma vermelho.

E a Taylor com um vestido preto rodado também, do mesmo tamanho, e com um salto alto azul, e uma maquiagem azul também, um pouco mais clara que a da Jessie.

Eu era a única ali com o vestido mais curto, e colado. Revirei os olhos com esse pensamento.

Os meninos estavam lindos como sempre, dei um sorrisinho pra ele que retribuíram.

– Vamos. – Falei e fui andando na frente.

Andrew tinha o carro dele, e o Lucas tinha alugado um. Eu, e as outras duas meninas fomos com o Andrew e os meninos no outro carro.

– Então, Isabelle né? – A nojenta da Jessie perguntou.

– Sim. – Curta e grossa claro.

– Sabia que o Jarry você já perdeu né? – Ela perguntou sorrindo.

– Ele nunca foi meu. – Falei piscando. – Ah, e faça bom aproveito. – Falei grossa.

– Vou fazer. – Respondeu maliciosa.

– Claro que vai. – Falei baixinho e acho que ninguém escutou, tirando o Andrew que deu uma risadinha.

– Ele não é o cara certo. – Taylor falou baixinho para a amiga ao lado dela.

– Claro que é. – Jessie falou irritada.

– Ela já tem o coração dele, e você sabe disso. – Taylor voltou a falar só que mais irritada agora.

– Eu faço o coração dele ser meu. – Ela respondeu rindo.

– Isso não depende de você. – Taylor voltou a falar só que mais calma agora.

Não escutei o resto da conversa das duas, por que assim que chegamos sai de perto delas. Dava para se escutar o som aqui de fora. Esperamos os meninos chegar e depois entramos. Estava cheio de gente, mal dava para respirar.

– Já volto. – Gritei no ouvido do Victor o único que ficou perto de mim.

– Vai fazer oque? – Ele gritou de volta pra mim.

– Pegar uma bebida. – Falei, e fui andando esbarrando em pessoas que me xingavam, depois de muito xingamento consegui chegar ao bar.

– Oque a mocinha vai querer? – Ele me perguntou sorrindo malicoso.

– Vou querer só uma vodca por enquanto. – Falei e ele deu um sorrisinho, e logo depois voltou com a minha bebida.

Assim que voltei lá, o Victor já não estava mais lá. Revirei os olhos e fui atrás de alguém. Tomei minha bebida, e depois fui atrás deles, e nada, acho que andei a boate inteira, e olha que ela não é pequena em. Voltei para onde eu estava e fiquei lá parada, esperando alguém aparecer.

Fui até o bar e peguei uma dose de tequila e virei, e mais outra e outra, minha vista já estava começando a embaçar então parei de tomar, mas pra finalizar pedi uma batida de frutas que tinha lá. Terminei de tomar e desci no banquinho, peguei meu celular pra olhar a hora e já era 03h25min da manhã, e eu não vi ninguém a madruga inteira. Resolvi ir embora.

Chamei um taxi e ele me levou até o hotel, andei meio cambaleando para fora do taxi, e por um milagre consegui chegar até o elevador. Andei por aquele corredor, quase caindo, abri a porta do quarto e entrei, tranquei e joguei minha bolsa em cima da cama. Arranquei os sapatos, não estava nem conseguindo parar em pé direito. Fui para o banheiro e deixei que a água gelada caísse depois de uns 40 minutos debaixo do chuveiro, sai.

Coloquei um short curto e um moletom, eu estava com fome e uma hora dessa a recepção já deve estar fechada, fui olhar no frigobar se tinha algo, achei cerveja, coca-cola, chocolate e uns doces lá. Peguei todos dos doces e as cocas que tinha e fui para a cama, coloquei em um canal qualquer e comecei a comer. Terminei de comer, e fui deitar.

****

Acordei com alguém batendo na porta, olhei no relógio e ainda era 08h30min, revirei os olhos e fui ver quem era.

– Oi? – Perguntei meio sonolenta, e vi que era o Lucas.

– Você sumiu ontem, pensei que tinha morrido ou algo. – Lucas falou me abraçando.

– Vocês que sumiram. – Falei rindo.

– Amanhã alguém faz aniversario né. – Lucas falou rindo. Nem lembrava que amanhã faria 18 anos.

– Sim. – Falei rindo também.

– E quer fazer oque amanhã? – Lucas perguntou.

– Dormir quem sabe. – Respondi sorrindo. Meu celular tocou e eu fui ver quem era.

– Alô. – Falei assim que vi que era minha mãe.

– Oi minha filha, estou morrendo de saudades. – Ela disse.

– Eu também. – Falei.

– Amanhã você vai vir pra cá passar o resto das suas férias aqui, depois você volta e faz faculdade ai, ou se preferir aqui. – Ela disse.

– Oque? – Falei com raiva, não eu não quero ir pra lá.