– Como é que é? - acho que ele não queria fazer aquilo.

– Jogo é jogo. Desafiei, vai ter que fazer.

– Tá bom né- Binho me olhava com uma cara triste.

Eles foram se aproximando, e meus olhos foram ficando marejados, até que os lábios deles estavam colados. Neste momento me segurei para não chorar, não acreditava que aquilo estava acontecendo. Tudo bem foi só um selinho, mas mesmo assim eu estava mal. Quando o selinho acabou, Binho ficou me olhando de um jeito que não sei explicar. Ele parecia querer me dizer algo, não sei o que. Todos começaram a dar gritinhos e falar " Eeeeee ", menos eu.

– Tá bom, já chega- Tati falou toda vermelha.

– Para de enrolar e gira logo- Bia queria continuar logo o jogo.

– Já vou, já vou- disse Tati girando a garrafa.

Pov. Duda

Depois daquele beijo dos pirralhos, era a vez da Tati girar garrafa. Parou Mosca para Bia. Agora era a vez da marrentinha.

– Antes que você pergunte, eu quero desafio- como sempre, Bia estava super confiante.

– Tá legal, então eu te desafio a confessar que já beijou o Duda- ela fez uma cara de surpresa e logo olhou para mim.

– O que, como assim?

– Pode confessar, a gente já sabe- (Pov. Autora: na verdade, eles não sabiam. Só queriam descobrir, já que tinham percebido o clima entre eles).

– Não acredito que você contou Duda- diz Bia chorando e correndo para um canto da casa e eu vou atrás dela.

Pov. Autora

O ar já estava pesado depois do ocorrido, e Mili fala:

– Acho melhor a gente ir dormi, se não daqui a pouco a Carol vem aqui. E amanhã temos que voltar para o orfanato- Mili diz se levantando.

– É verdade, não posso acordar com olheiras- Vivi fala falo e todos começam a rir- Que foi?

Pov. Bia

Não acredito que o Duda contou para todo mundo do nosso beijo. Logo agora, depois de tudo o que aconteceu. Aquele beijo foi especial para mim, por que ele isso? Porquê? Estava me debulhando em lágrimas, quando Duda aparece. Eu não estava nem um pouco a fim de falar com ele.

– Bia, eu juro. Eu não contei nada para ninguém- ele parecia desesperado para que eu o perdoasse, mas eu não me convenci.

– Então como eles ficaram sabendo? - falei com os olhos lacrimejando.

– Eu não sei, mas eu juro... - ele falava gaguejando. Não deixei-o falar, e o interrompi.

– Não, não fale nada. Hoje não- disse para ele me retirando. O deixei lá sozinho.

Continua...