Little girl escrita por K Alessandra


Capítulo 1
Capitulo único


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/477919/chapter/1

Eram 19:30min da noite quando Nick ouviu seu celular tocando, Brass havia recebido uma chamada anônima sobre um homicídio próximo a Strip. Mesmo sendo seu dia de folga, Nick resolveu ir.

Chegando ao local, Brass o levou a lateral do galpão onde o corpo da vítima estava.

–Ei, super Dave, o que temos?-perguntou Nick

–Homem, tiro no peito, sem carteira ou qualquer identificação. A bala está no corpo. A lividez indica que está morto há 4 ou 5 horas.

–Ok, vou procurar por testemunhas. Vejo-os depois.-disse Brass os deixando.

Nick seguiu em direção ao final do beco, encontrou vestígios de óleo de motor, tirou algumas fotos e achou um cartucho de bala 38. Andando mais um pouco, passando por trás do galpão, achou um buquê de rosas jogado. Próximo a ele havia um cartão, sua mensagem era:" Passei a vida toda procurando por você, little girl".

Não havia identificação então Nick o embalou levando como evidência. Mais algumas fotos e partiu para o laboratório.

Após identificar a arma e a bala que estava na vítima, o que não havia dado em muita coisa já que a arma tinha sido recolhida na cena de crime que Sara investigava e foi destruída, Nick chamou Greg para ajudá-lo voltando a cena do crime.

Um dos policiais estava isolando o local quando uma garota se aproximou e pediu para falar com o responsável.

–Sou Greg Sanders, laboratório de criminalística. Não posso te deixar passar pois ocorreu um crime aqui.-Greg a observava atentamente, parecia familiar. Ela era bonita, olhos castanhos, cabelos de mesma cor, magra e de corpo definido.

–Desculpe, mas eu preciso abrir o galpão-disse ela-Meus alunos chegarão daqui a pouco. Isto vai demorar?

–Senhorita, um assassinato aconteceu aqui ontem, você viu ou ouviu alguma coisa?

–Não, nada demais. Mas, espere...-ela parecia pensar em algo-Só vi um carro saindo do beco e quase levou aquela lixeira-apontou para a esquerda-Nós temos uma câmera de segurança, se quiser dar uma olhada.

–Claro.-ele respondeu-Mas por que colocar uma câmera em um galpão como esse?-então ela abriu o lugar e as luzes se acenderam-Uau!-Greg exclamou

–Este não é um galpão qualquer, senhor Sanders.

O lugar era enorme e havia espelhos em todas as paredes de cima a baixo. Com barras e outros equipamentos para uma excelente aula de dança. Foi quando a garota acionou um botão junto a parede que abriu ao meio revelando uma enorme coleção de tênis, todos de marcas famosas. Ela tirou um tênis de sua mochila e o colocou em um espaço vazio junto aos outros, depois apertou o botão e a parede se fechou. Greg ficou parado olhando aquilo até que ela o chamou indicando uma escada ao lado da porta principal.

No segundo andar havia 4 portas, duas eram os banheiros masculino e feminino, a outra era o escritório e a última dizia ser a sala de som e segurança do local, onde eles entraram.

–Aqui nós vigiamos tudo, gravamos nossos ensaios, tudinho.

–Ensaios?!-ele ponderou-Claro, essa é a toca dos ursos!

–Exato, nós somos os The Bears. E eu sou...

–Jenny 'G'!-ele a interrompeu-Sabia que te conhecia de algum lugar. Vocês representaram Vegas muito bem no campeonato de dança!

–Obrigada.-ela se sentou na cadeira próxima ao computador principal-Vou fazer uma cópia do vídeo da câmera, ok?

–Ótimo.

Greg voltou ao laboratório assim que coletou amostras de transferência de tinta na lixeira que Jenny apontou.

No laboratório ele esperava pelo resultado da tinta quando Nick chegou.

–Fiquei sabendo que conheceu Jenny 'G'!

–Aah, fofocas...-Greg lamentou-Pois é, ela é muito mais bonita pessoalmente.

–Tenho certeza disso! Eu a vi competindo no Dancers Solo e ela acabou com os outros competidores. Me lembro que os juízes tiveram que encerrar a votação pois os acusaram de favoritismo já que ela era a única menor de idade. Foi fascinante!

Um barulho chamou a atenção dos dois, o resultado mostrou que a tinta era a base de urânio, preta grafite, muito usada para pintar carros. Especialmente carros clássicos. O bip de Greg tocou e era Archie.

–Assisti ao vídeo de segurança e não há muito o que ver até às 14:30min-disse Archie-Um carro sai do beco com muita pressa e passa de raspão pela lixeira.

–É preto grafite-diz Nick

–E é um mustang 64, carro clássico.-conclui Greg-Archie, pegue uma imagem da placa do veículo, vou usá-la para encontrar o dono.

–Greg, minha hora extra estourou então a Sara vai te ajudar-avisou Nick

–Sem problema.

–Me deixe saber de tudo, até!

Algum tempo depois, Greg encontrou o proprietário do carro e seu endereço, então ligou para Sara e pediu para Brass providenciar um mandato e seguiram para a casa de Adam S. Willians.

A casa era muito bonita, grande e aconchegante. Os móveis eram novos, a casa estava impecável.

–Nossa, é uma casa grande para um homem solteiro-comentou Sara

–Verdade, talvez ele goste de espaço e solidão.-disse Brass

–Achei uma foto-anunciou Sara e Greg se aproximou-Ele não mora sozinho.

–Essa é a...

–O que estão fazendo aqui?-gritou Jenny da porta da casa-Essa é minha casa!

No departamento de polícia...

–Senhorita Jenny, você conhece este homem?-Brass lhe entregou um foto da vítima.

–Sim, ele é...-uma lágrima escorreu na bochecha dela-Ele é meu pai. Ele está morto? Como?

–Sinto muito por sua perda. Quando o viu pela última vez?

–Nós almoçamos juntos há dois dias...Me deixou no galpão e disse que iria encontrar-se com alguém, tinha até comprado um buquê.

–Uma namorada?

–Acho que não...

O telefone de Brass tocou e ele pediu licença, respondeu e disse algo mais desligando o celular logo em seguida.

–É o seguinte, Jennifer, tenho provas de que você poderia ter ouvido o tiro que matou seu pai e se você não atirou, com certeza viu o assassino. Agora, me fale o que houve, tá?!

–Eu não matei meu pai! Por que faria isso?

–Vai ver ele não te deixou competir...

–Não, isso é ridículo. Eu estava concorrendo a uma bolsa para escola de artes de NY, era nosso sonho.

–Ok, ok!-Sara entrou na sala-Vamos fazer um teste para detectar resíduos de pólvora na sua mão, tá bem?

–Ei, é você!-Jenny apontou para ela-A moça da foto!

–O que?

–Little girl!-Jenny tirou uma foto do bolso de sua calça-Era assim que ele te chamava, né?

Sara pegou a foto que mostrava que ela estava fotografando algo em uma cena de crime. Ela virou a foto e nela estava escrito:"Minha little girl, cada vez mais linda". Sara sentou na cadeira, chocada, só uma pessoa a chamava assim. Somente ele. Só Adam. Seu irmão. Não se viam desde que seu pai morrera. E agora tinha a informação de que seu irmão mais velho fora assassinado, deixando uma filha. Que agora era sua sobrinha.

–Sara, tudo bem?-perguntou Brass

–Adam...Meu irmão...Como conseguiu essa foto?

–Estava no bolso da calça do meu pai e a guardei...

–Como ele me achou?

–Contratou um investigador e...-ela pausou-Ele matou meu pai!-gritou Jenny

–Como é?-questionou Brass

–Depois que meu pai me deixou no galpão, o investigador, Tyller, chegou a pé e disse que estava tudo certo para o encontro então nos despedimos...

À partir daquele momento, Brass e Sara moveram céus e terras para encontrar o tal investigador que era, na verdade, um assassino fugitivo o qual Sara havia prendido. Quando Adam contratou seu serviço não sabia da história, então Tyller o matou pensando que Adam o entregaria a polícia já que achara a foto de Sara.

Fora um turno difícil, ainda não acreditava que seu irmão a procurara durante tanto tempo. Sara estacionou o carro na garagem de seu prédio quando seu celular tocou. Ela pegou o aparelho e deu um leve sorriso.

–Oi-disse do jeito mais carinhoso possível

–Querida?-era Grissom-Como está?

–Estou bem...-ela resolveu subir de escada-E você?

–Soube do caso que pegou...-ele disse-Sinto muito.

–É, eu também. Ele ainda me procurava!

–E quanto a filha dele?

–Jennifer...-Sara parou de falar por alguns segundos-Gil, posso te ligar depois?

–Claro, querida. Cuide-se.

–Ok, tchau.

–Eu amo você!

–Amo você, querido.

No topo da escada estava Jennifer, sentada, observando-a. Então Sara se aproximou e sentou-se ao seu lado. Jennifer colocou a mão em seu casaco e entregou algo a Sara.

–Meu pai adorava esse colar, usava-o sempre.

Era um colar dourado com um pingente em forma de 'S'.

–Procurei por ele durante muito tempo-disse Sara o colocando no pescoço.

Jennifer se levantou e Sara segurou seu braço. Elas se olharam e Sara pode ver o quanto ela se parecia com Adam. Jenny havia chorado bastante, seus olhos vermelhos demonstraram isso. Sara se levantou.

–Sinto muito...-falou Sara e de repente Jenny a abraçou.

Era um abraço apertado, de alguém que buscava amparo e carinho. Sara sentiu isso e a abraçou com todo carinho possível e isso fez com que Jennifer chorasse mais.

–Está tudo bem, querida.-Sara sussurrou no ouvido dela-Vou cuidar de você, little girl...Prometo.

Adam sempre sussurrava isso ao ouvido de Sara quando estava com medo e seus pais estavam brigando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Me falem, por favor. Bjuus a todos que leram!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Little girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.