Máfia escrita por Malucoxp


Capítulo 4
Primeiros Passos


Notas iniciais do capítulo

mais reviews + cap



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/47783/chapter/4

Primeiros Passos

XXXXXXXX

Abandonemos nossas esperanças num passado falho, numa sociedade corrupta e adentramos na escuridão de uma nova existência. Aqui veremos apenas o lado mais obscuro da humanidade e talvez enquanto andamos por esse caminho encontremos o melhor dos humanos.

XXXX

Dois meses, em dois meses Naruto parecia outra pessoa, essa era a impressão que ele passava a Marie e Jiraya. Os dois viram um rapaz que mal sabia sobre chi se tornar um habilidoso usuário, o potencial dele parecia não ter alcance, ele sempre parecia estar evoluindo. Os avanços de Marie também eram notáveis, o chi dela crescia a cada dia mais em uma velocidade acima do normal e tudo indicava que era pelo fato de que o chi do Naruto ser tão denso que preenchia o local transformando-o em algo único onde a densidade do chi era no mínimo dez vezes maior do que o comum, isso só acontecia em certos lugares no mundo, mas parecia acontecer sempre em volta do loiro.

—Muito bem, chega por hoje. Falou Jiraya olhando para os dois pupilos que estavam apenas meditando naquele momento depois de um treino exaustivo de combate. –Vocês podem ir embora.

—Terminamos cedo hoje. Falou Marie para o loiro que pareceu não ouvi-la encarava o vazio. –No que está pensando?

—Que já esta na hora deu fazer meu primeiro movimento. Falou Naruto se levantando do chão. O tom de voz era vago, ele não precisou entrar em detalhes, Marie sabia quais eram os planos dele, afinal, ele mesmo dissera que queria montar seu próprio grupo.

—E qual seria seu primeiro movimento? Perguntou Marie interessada.

—Você verá em breve. Falou o loiro a encarando com intensidade. –Ainda quer entrar nessa comigo?

—Querendo ou não nós já estamos ligados. Ela falou tentando não encará-lo nos olhos. –Depois do dia que nos conhecemos eu já sou um alvo.

—Não se preocupe. Falou Naruto dando as costas para sair do galpão, só pegando sua mochila ao lado da porta. –Em breve ninguém ira mexer conosco. Diz o loiro saindo deixando uma Marie curiosa para traz. Ela não era acostumada a ficar desinformada, afinal, ela trabalhava com informações, sua família mexia com isso desde a idade média, mas aquele loiro, aquele rapaz, ou melhor, homem era impossível ler por de traz daqueles olhos azuis tão sinceros, porem misteriosos.

—Esteja preparada. Falou Jiraya que se manteve quieto até agora. –Eu tenho certeza que quando ele fizer seu movimento toda a Yakuza tremerá.

XXXXX

Naruto já estava longe do armazém quando pegou o celular, ele olhava para os lados vendo as pessoas passando por ele sorrindo felizes e alegres sem ter ideia do mundo que se esconde nas sombras, sem sonhar com o que ele ia fazer com aquela cidade ou país. Ele olha a lista de contatos no celular e parou num nome que ele sabia ser interessante e a pouco descobrira que ele também lidava com chi, o que não era uma surpresa, aquela pessoa era um demônio no submundo.

—Não enche. Foi a primeira coisa que a voz masculina falou do outro lado da linha.

—Também senti sua falta. Respondeu Naruto com sarcasmo então ele ouviu uma movimentação do outro lado da linha, também ignorou um grupo de garotas que passou por ele lhe encarando e soltando risinhos.

—Vejam só? Pensei que nunca mais iria falar contigo. Falou o homem do outro lado da linha. –Pensei que tinha morrido no acontecido em Hokkaido. Naruto gelou em lembrar daquilo, era algo desagradável de mais, mas o mais curioso era como aquele homem sabia do ocorrido.

—Coisas de mais aconteceram desde então. Falou Naruto em tom calmo. Ele viu uma mulher passar ao seu lado, esta sorriu para ele e ele retribuiu o sorriso. –O que acha de entrar em guerra contra a Yakuza?

—Me parece um suicídio. Falou o homem na linha. –O que tem em mente?

—Me divertir um pouco e matar uma certa pessoa. Falou Naruto parando olhando agora para o prédio à sua frente. Era um prédio até pequeno; tinha apenas cinco andares, era feito em arquitetura ocidental, provavelmente do começo do século vinte ou mais antigo. –Preciso de alguém como você para cuidar dos meus subordinados e ensiná-los a serem guerreiros.

—Estarei indo para aí. Falou o homem no telefone, mas ouve uma pausa. –Onde você está?

—Venha para Tókio. Falou Naruto ainda encarando o prédio.

—Me pegue no aeroporto na quinta. Falou o homem no telefone.

—Combinado. Diz Naruto desligando o telefone e olhando pela ultima vez para o prédio e depois tomando outro caminho.

XXXXXXX

Naruto estava sentado em um parque, fazia horas desde que terminou seu treinamento no armazém, o céu já estava escurecendo e as luzes do parque já estavam acendendo, se aquele fosse um parque mais calmo com certeza alguns casais estariam aparecendo agora no local para namorarem longe dos olhos dos outros. A luz do dia desapareceu por completo. Passaram-se mais uma hora antes que algum outro sinal de vida que não fosse o loiro aparecesse, o loiro apenas observou sentado naquele banco que era envolvido pela escuridão, pois ficava num local onde as luzes do parque não iluminavam. Era um grupo de quinze pessoas de idade entre 16 e 25 anos que falavam em tom alto, rindo de algo, desordeiros e encrenqueiros que se reuniram um pouco afastados de onde ele estava.

Logo ele pôde observá-los com mais atenção os estudando como se estudasse animais, o grupo se vangloriava de pequenos delitos ou de terem vendido tal coisa, as garotas ou mulheres do grupo também falavam alto dizendo algo sobre chantagear alguns homens com assédio. O loiro notou que a bebida corria solta entre o grupo, algo que não o agradou muito, ele sempre achou que o álcool era um veneno que te matava, não ele não era contra bebida, mas desde pequeno ele sabia que pessoas que bebiam tinham seu comportamento alterado, seus reflexos diminuídos e sua percepção distorcida, alvos fáceis para uma pessoa habilidosa.

Viu então mais três pessoas chegarem e irem ate o grupo e falarem com o cara mais velho que parecia ser o líder, o cara sem pudor nenhum pegou o dinheiro dos três e entregou para eles um pouco de um pó branco dentro de saquinhos, os três saíram rapidamente ávidos para consumir a droga que compraram enquanto o líder se vangloriava de ter tudo que queria. Era basicamente uma gangue qualquer, um câncer que crescia nos domínios dos grupos maiores da Yakuza. Esse era o problema de ter um grande grupo e um grande território; não se dava para vigiar todo o território, por isso pequenas gangues e até grandes tomavam controle de parte dos territórios, a Yakuza ou qualquer outro grupo grande não se importava muito com isso, pois pensavam que esses grupos eram insignificantes para fazerem algo contra eles, o que era um fato, afinal esses grupos agiam como valentões, mas quando alguém da Yakuza passava, eles baixavam a cabeça.

Talvez ele tenha se perdido em seus pensamentos, pois quando notou de novo o grupo viu que quatro garotas vinham em sua direção não exatamente em sua, mas do local mais escuro viu que a mais velha devia ter uns dezoito anos, cabelos negros e olhos da mesma cor, as de mais tinham entre 16 e 17 anos, talvez agora seja o momento para ele se revelar e sorriu passando a encarar as quatro que se aproximavam sem notar sua presença.

As quatro se aproximaram mais e passaram a falar algo que ele não prestou muita atenção, só sabia que tinha haver com o tal líder que queria dormir com a mais nova do grupo que ao contrario do que ele pensou não tinha dezesseis, mas sim quinze anos, três das garotas tentavam convencer a mais nova a aceitar e a talvez com isso chantagear o cara, foi quando as três ficaram caladas ao sentirem algo movimentar-se numa árvore ali perto, as quatro olharam para o local envolto por escuridão, mas tinha algo ali, algo respirou de forma pesada fazendo parecer que havia um animal grande foi quando as quatro viram olhos azuis literalmente brilharem por entre a escuridão como os de uma fera à espreita. Nenhuma delas pode conter o grito de susto e medo que aquela aparição lhes causou alertando o resto do grupo que correu até elas para saber o que estava acontecendo, a maioria estava com correntes, tacos de basebol e socos-ingleses.

—O que foi Matsui? Perguntou o que parecia ser o líder. O homem mais velho de seus vinte e cinco anos, os cabelos eram negros, um pouco curto e arrepiado, os olhos eram verdes. Ele olhava para garota de cabelos e olhos negros.

—Ali. Falou a garota apontando para o local escuro onde o líder lembrou existir um banco abaixo de duas árvores onde a luz não alcançava, mas ele não viu nada.

—Não estou vendo nada. Falou o líder.

—Mas estava ali! Eu juro que estava. Falou Matsui inconformada. –Pode perguntar pra qualquer uma aqui.

—É verdade. Falou uma garota de cabelos verdes. –Tinha algo ali Takeda, parecia um animal grande.

—Me chamar de animal é falta de educação. Falou a voz grave e forte de Naruto que apenas observava aquilo na escuridão os olhos azuis mais uma vez brilharam na escuridão causando arrepios em todos, ele se levantou e caminhou a passos lentos entrando na luz, mas parou antes que seu rosto fosse revelado pela claridade. –Você é Takeda, o líder dessa gangue que vocês chamam de Red Dragon?

—Sou eu mesmo. Falou o líder se colocando a frente desafiadoramente. –E quem é você?

—Eu sou alguém que te dará a chance de se juntar a mim. Falou o loiro de maneira calma ainda sem revelar seu rosto. O tal Takeda riu alto acompanhado de alguns da gangue.

—Não tem nada que você possa me oferecer! Minha gangue é a maior desse distrito. Falou o Tal Takeda, mas o loiro não prestava atenção apenas observava; o tipo era alto com o corpo em boa forma, mas patético e conformado com o que já tinha.

—Eu posso lhe oferecer poder que você jamais teve. Falou Naruto em tom calmo, e mais uma vez o Takeda riu alto.

—Você não pode me oferecer nada do que eu já tenha. Falou Takeda puxando a garota mais nova para perto dele pela cintura. –Eu tenho tudo que quero. Pego tudo que desejo não importa o que, não importa quem seja. Naruto notou que a garota não estava gostando daquilo e tentou se afastar, mas Takeda a apertava mais contra ele.

—Então é uma pena. Falou Naruto os olhos brilharam com mais intensidade. –Terei de te tirar do meu caminho.

—Ta me ameaçando é seu verme? Falou Takeda ainda agarrado a garota ele tira uma arma de trás das costas Naruto olha aquilo com desdém afinal era apenas um trinta e oito padrão da policia na década passada, então ele mesmo tira algo de dentro das vestes e estende o braço. Pela claridade das luzes se notava a Desert Eagle que ele apontava agora para Takeda.

—A minha é maior que a sua. Falou Naruto então disparou sem dizer mais nada. Ignorou os gritos de surpresa e histeria de alguns e ao contrário do que ele pensava a maioria dos histéricos eram os homens fracos, a bala atingiu Takeda bem na testa estourando a nuca dele por trás fazendo-o cair para trás, o sangue espirrou nas pessoas mais perto inclusive na garota que estava sendo abraçada pelo tal Takeda. –Alguém mais estava cansado de ouvir esse idiota? Perguntou o loiro para as únicas seis pessoas que não fugiram amedrontadas.

—Obrigada. Falou a garota mais nova o loiro a analisou rapidamente. Ela tinha estatura mediana para a idade, olhos violetas e cabelos em tom cinza prateado.

—A mesma proposta. Falou o loiro como se não a tivesse escutado. –Sigam-me e encontrarão poder, tomaremos conta de Tókio, fiquem pelo caminho e da próxima vez que nos encontrarmos seremos inimigos. Falou o loiro finalmente revelando seu rosto a arma ainda sem sua mão, só que agora estava baixa. –Espalhe para o resto de sua gangue ou o que sobrou dela, aqueles que quiserem entrar de vez no submundo da máfia, nas sombras da Yakuza e desafiar os poderosos que venham comigo, pois iniciaremos uma nova era. Naruto da às costas para ir embora, mas ele ouve algo à suas costas; eram ainda os seis corajosos; duas mulheres e quatro homens. –Aqueles que tiverem coragem me encontrem amanha na saída da escola Valhala.

XXXXXXX

Naruto chega rapidamente ao seu apartamento. Ele estava subindo as escadas para no segundo andar quando nota que alguém estava encostado na porta, ele reconhece a pessoa, mas fica curioso para saber o porquê dela estar ali, não que ele não a visse com freqüência, ainda mais agora que ela estava estudando em Tókio.

—Tema-chan. Falou o loiro vendo a garota se virar para ele. Ela tinha um olhar sério, e ele notou que algo estava errado; o chi dela estava incomum, instável e variável ela estava sofrendo ou com algum problema. Suspirou. Não podia deixá-la assim. –Vamos entrar. Falou se aproximando rapidamente abrindo a porta antes que ela falasse alguma coisa e os dois entraram o loiro trancou a porta e viu a amiga sentar no chão do quarto, ele fez o mesmo a encarando com seriedade. –O que houve?

—Eu estou com um problema. Começou Temari meio temerosa. O loiro suspirou meio irritado, aquilo era óbvio, mas não demonstrou irritação para a amiga, sabia que se ela veio até ele para pedir ajuda então a coisa era séria o suficiente para Gaara não ficar sabendo.

—O que houve? Perguntou de novo de forma paciente, mas dessa vez se aproximando mais da amiga ate ficar ao seu lado. Ela treme levemente com isso como se tivesse se segurando para algo.

—Eu... Começou a dizer ela com os olhos já enchendo de lagrimas. –Estou grávida. Ela falou rapidamente. Naruto ficou em choque por um segundo, até chegou a pensar que o filho fosse dele, mas era impossível, a ultima vez que ele passou uma noite com Temari fora em Hokkaido, mas mesmo assim é um problema de certa forma ela dizer que esta grávida acarretava problemas sérios com seus dois irmãos ainda mais com o ruivo Sabaku no Gaara que é exageradamente protetor com os irmãos, inclusive no passado ficou um mês sem falar com o loiro só por ele ter dormido com Temari.

—Isso é algo bom. Falou Naruto sorrindo e abraçando a amiga pelos ombros a trazendo para perto dele. Ela tremia um pouco, ele não a gostava de vê-la daquele jeito. Temari sempre fora forte e confiante, ele sabia quanta pressão aquilo deveria estar exercendo sobre ela. –Não precisa chorar. Falou ao ser tirado de seus pensamentos por um soluço da mulher em seus braços. –Sei que não foi planejado, mas vai dar tudo certo.

—Mas e Gaara e Kankuro? Eles vão me matar ao saberem disso que eu tive um filho fora de um casamento. Diz a loira ainda chorando um pouco.

—Você já contou para o pai da criança? Perguntou Naruto calmamente. Ela tremeu com isso e ele supôs que não contara.

—Não, eu não tive coragem. Falou Temari. O tom choroso continuou, ela afundou o rosto no peito do loiro que suspirou mais cansado ainda. –Estou com ele há um mês e meio, se chegar pra ele e falar isso ele pode achar que é mentira ou que o filho não é dele.

—Ele tem de saber Tema-chan. Falou Naruto passando a mão nos cabelos da amiga. –Não se preocupe, eu cuido de tudo, eu vou cuidar de você. Falou mais suma vez em tom baixo. –Amanhã eu vou falar com ele por você e não se preocupe com o Gaara, eu dou um jeito nisso, você sabe que ele me ouvirá.

—Obrigado Naruto. Falou Temari se acalmando o loiro ficou quieto por um instante ouvindo ela respirar mais aliviada ainda tremendo um pouco.

—Você vai passar a noite aqui. Disse o loiro se afastando um pouco e se levantando pegando seu futon e o estendendo no chão sem esperar a amiga dizer nada.

—Eu não posso, eu estou numa republica. Tentou argumentar Temari, mas Naruto apenas a encarou com seriedade.

—Você não esta bem para ficar saindo na rua e eu quero você debaixo dos meus olhos. Disse o loiro em um tom protetor e forte. Ele pega uma toalha branca e estende para Temari juntamente com uma camisa dele, esta não entende de inicio. –Tome um banho para relaxar e depois deite. Disse o loiro como se não aceitasse ser contrariado. Ele olhou com carinho para amiga. –Vai te fazer bem Tema-chan.

—Arigato Naruto-kun. Disse Temari em tom baixo para o loiro que sorriu. Fazia anos que ela não usava o sufixo “kun” para com ele, o loiro a observou se levantar e pegar a toalha e a camisa, mas se lembrou de algo antes que ela entrasse no banheiro.

—Qual o nome do pai da criança? Perguntou rapidamente para Temari que tremeu um pouco e depois olhou para o loiro.

—Nara. Ela falou rapidamente. –Nara Shikamaru, um colega do cursinho para faculdade. O loiro fica surpreso. Aquele nome lhe era conhecido e ele trataria daquilo amanha mesmo. Viu a amiga entrar no banheiro e quando ouviu o chuveiro ser ligado pegou o celular no bolso e colocou no primeiro número da discagem rápida.

—Alo. Falou a voz feminina que ele logo identificou como de Marie.

—Marie-chan. Falou o loiro rapidamente. –Preciso que você consiga algo para mim.

—E o que seria? Perguntou a garota do outro lado do telefone interessada.

—Eu quero saber tudo sobre Nara Shikamaru, tudo que você puder conseguir. Diz o loiro olhando para a porta do banheiro. –Entregue-me amanha na escola.

—Você vai à aula? Perguntou Marie estranhando o tom serio do loiro. Poucas vezes o vira com aquele tom e geralmente não era quando coisas boas aconteciam. –Faz duas semanas que você não aparece.

—Vou sim. Disse o loiro rapidamente. –Tenho coisas a tratar na escola. Ele ouve o chuveiro desligando. –Te vejo amanha, boa noite.

—Boa noite. Falou Marie do outro lado. O loiro rapidamente desligou quando viu Temari abrir a porta. Ela estava com uma camisa branca do loiro que era um tanto grande para ela.

—Quem era no telefone? Perguntou Temari ainda na porta do banheiro. O loiro colocou o seu melhor sorriso Colgate nos lábios.

—Uma amiga de escola. Falou rapidamente. –Agora durma Tema-chan. Diz Naruto apontando para o futon. A loira suspira estava cansada, o estresse do dia fora muito forte, por isso fez o que ele mandou e se deita fechando os olhos, ela sente o olhar dele sobre ela e por breves segundos o sente afagar seus cabelos, lembrava-se de no passado ser ela a fazer isso com ele, mas se sentiu bem. –Durma bem Tema-chan, e não se preocupe, estou aqui para você.

XXXXXXX

Marie entrou na sala interessada procurando o loiro que se encontrava já na ultima carteira ao lado da janela ele olhava para o vazio do lado de fora da sala como se não estivesse conectado a esse mundo. Tentou saber no que ele pensava, tentou ler sua linguagem corporal, mas tudo transmitia paz, mas ela sentiu algo estranho; era como a paz no olho de um furacão. Uma paz falsa que seria quebrada com violência. Olhou pela sala vendo que haviam poucos alunos, lá estavam os dois Hyuugas que olhavam de vez em quando para o loiro sendo que Hinata olhava com mais freqüência, ela e  o loiro haviam se tornado bons amigos depois daquele incidente e por incrível que pareça o loiro e o Neji também se davam muito bem, parecia que ele tinha algo que atraía as pessoas para perto dele.

—Aqui está. Ela disse chegando perto do rapaz colocando uma pasta sobre a mesa dele. Aquilo atraiu certa atenção das outras pessoas da sala. –Por que queria isso?

—Assuntos pessoais. Disse o loiro abrindo a pasta e lendo rapidamente o conteúdo vendo a foto de um garoto de cabelos negros com um olhar preguiçoso e rabo de cavalo, em menos de dois minutos ele lera todas as dez folhas de um relatório minucioso o que surpreendeu Marie. –Então ele estuda aqui mesmo. Falou o loiro para si. O sinal toca e Marie observava o loiro enquanto mais alunos entravam na sala e vão para seus lugares, só ficando ela em pé.

—Manna Marie sente-se. Falou o professor que entrara na sala, mas Marie parecia concentrada de mais no loiro que olhava a foto do tal Shikamaru com atenção e do nada se levantou surpreendendo todos na sala e assustando um pouco Marie.

—Venha. Disse Naruto olhando para a garota que percebe nos olhos dele que aquilo fora uma ordem e não um pedido. Os dois começam a ir em direção da porta.

—Ei! Quem deu autorização para saírem da sala? Perguntou o professor colocando a mão no ombro do loiro antes que este chegasse à porta. Naruto sente o fluxo de chi no corpo do professor, claro que professores ali deviam saber algo como aquilo.

—Tire as mãos de mim. Falou Naruto sem se virar o tom dele saiu sério e sem vida o que deixou Marie um pouco assustada. Ela realmente não se acostumava com esse lado sério do loiro.

—Olha aqui seu lixo. Começou a falar o professor, mas Naruto se vira rapidamente tirando sua Desert Eagle de dentro das vestes e apontando para testa do professor.

—Nunca me de ordens. Falou o loiro disparando a arma. O professor não teve chances de usar seu chi para tentar desviar, a intensidade assassina dos olhos do loiro o paralisara. Por fim a bala estourou sua cabeça, literalmente, o sangue espirrou pelo quadro negro, parede e chão, alguns alunos pareciam surpresos com a atitude, houve um ou dois gritos histéricos de filhinhas de políticos corruptos, a própria Marie não esperava essa atitude. –Marie vá até a diretoria fale que um professor tem de ser substituído e a sala tem de ser limpa.

—Hai. Falou Marie curiosa para saber aquela atitude do loiro. Ele não demonstrava nenhum traço de arrependimento por matar alguém, mas logo sai da sala. O loiro olha para a sala mais uma vez parando os olhos rapidamente no Uchiha.

No corredor o loiro virou para a esquerda e começou a andar, ninguém pareceu interessado em sair nos corredores para saber o que fora aquele barulho, provavelmente muitos sabiam que ali imperava a lei do mais forte, o loiro ignorou tal fato e continuou a andar pelo longo corredor até chegar a ultima sala olhou para cima e viu que se tratava do “3ºF”, sem se importar abriu a porta interrompendo o professor que falava algo e entrou, olhou para a foto do arquivo em sua mão e depois passou os olhos pela nova sala notando novos rostos que não estava interessado em analisar, apenas parou quando encontrou o mesmo rapaz da foto, caminhou pela sala, mas antes de chegar no rapaz sentiu uma movimentação a suas costas novamente puxando sua arma com grande velocidade se vira com ela apontada para a testa do professor daquela sala.

—Pense muito bem no que vai fazer. Falou o loiro em tom frio o professor viu que não havia hesitação naqueles olhos e resolveu deixar para ver no que ia dar se afastando e ficando quieto. O loiro parou em frente à mesa da pessoa que procurava. –Nara Shikamaru. Falou o loiro jogando a pasta que Manna lhe dera na mesa. O rapaz olhou para Naruto e depois para pasta, pegou a pasta e deu uma lida por cima mais rápido do que o loiro fizera o que lhe atraiu a atenção.

—O que deseja? Perguntou Shikamaru tentando analisar a situação. Alguém entrara em sua sala com uma arma lhe procurando não lhe parecia muito promissor.

—Primeiramente salvar seu pescoço. Falou o loiro de maneira calma. –Me siga. Disse dando as costas e já indo em direção da porta e parando para falar algo. –Se você não vier provavelmente amanha você morrerá. Não era uma ameaça apesar de parecer, o Nara percebeu isso, era mais um aviso ou conselho por isso seguiu o loiro para fora da sala.

XXXXXXX

—O que quer comigo? Perguntou Shikamaru depois que ambos saíram para o terraço do colégio o loiro pareceu não ouvi-lo apenas encarava o céu azul com interesse.

—Apenas conversar. Falou o loiro em tom distraído de voz e depois se virando para Shikamaru. –Sobre a Temari-chan.

—Temari? Perguntou Shikamaru interessado já pensando que o loiro fosse um antigo namorado dela ou gostasse dela. Aquilo o deixou um tanto nervoso, afinal, mulheres são problemáticas.

—Eu conheço a Temari-chan há muito tempo. Falou Naruto com um sorriso extremamente longo nos olhos daqueles que fazia-o ficar de olhos fechados. –E poucas vezes a tinha visto abalada como ontem. Falou ele abrindo um pouco os olhos fazendo-o ficar na opinião de Shikamaru com cara de raposa. –Ontem ela foi até minha casa, pois tinha algo sério a me contar, algo que diz respeito a você.

—E o que a Temari teria para falar? Perguntou Shikamaru tentando se manter impassível, mas aquele sorriso e aqueles olhos do loiro lhe deixa inquieto, era como estar na mira de um animal.

—Que ela esta grávida. Falou o loiro de forma direta sem rodeios vendo o choque se espalhar pelo rosto de Shikamaru. –O filho é seu.

—Impossivel. Falou Shikamaru não acreditando naquilo. –Nos só fizemos poucas vezes.

—Eu sinceramente preferia ser poupado dos detalhes íntimos de suas relações com a Tema-chan. Falou Naruto o som saiu mais seco e vazio do que ele queria. –O fato é que ela estava temendo por sua vida e não pela dela, pela sua reação e o pior, a reação da família dela.

—Mas o filho não pode ser meu. Falou Shikamaru verdadeiramente assustado. Aquilo fazia seu interior tremer, o loiro analisou de novo o rapaz, viu que ele tinha poucos centímetros a menos que ele, os cabelos eram longos e presos em um rabo de cavalo, o corpo era esguio, mas escondia alguns músculos e tinha um bom chi, um pouco grande, mas os de Marie e de Jiraya eram maiores.

—Shikamaru. Falou Naruto em um tom que deixou transparecer a falsa cordialidade. –Eu conheço a Tema-chan e quando ela esta com uma pessoa ela jamais a trairia. Falou o loiro começando a andar em direção de Shikamaru que pareceu ficar tenso. –O filho é seu e você terá de se responsabilizar, eu não vou forçar que você se case com ela, mas que no mínimo assuma o seu filho como um homem de verdade tem de fazer, mas seus problemas vão muito alem de mim.

—Como Assim? Perguntou Shikamaru temendo a resposta, não que ele não gostasse da Temari, ele realmente gostava muito mais do que jamais gostou de outra mulher, mas a ideia de ser pai lhe amedrontava até a alma.

—O nome dela completo é Sabaku no Temari. Falou o loiro rapidamente. –Como você é do clã Nara que são ótimos espiões e estrategistas deve saber quem são os Sabaku.

—A principal família de Hokkaido. Falou Shikamaru mais para si mesmo do que para ele.

—Eu conheço o Gaara muito bem e quando ele souber o que esta acontecendo. Naruto fez uma pausa longa como se pensasse em uma maneira menos brusca de dizer aquilo. –Ele provavelmente mandara te castrar, torturar e matar da forma mais cruel, lenta e dolorosa possível. Tá. Aquela não foi a maneira menos brusca de dizer, definitivamente não foi.

—Eu estou morto. Falou Shikamaru mais para si do que para o loiro. –Cara... Isso é problemático.

—Eu não posso negar isso. Falou o loiro em tom levemente divertido. –Por que mesmo se você resolver assumir o filho, Gaara ainda no mínimo iria querer te castrar. Dizia o loiro como se aquilo fosse apenas uma conversa sobre o clima. –Mas teria um jeito de isso não acontecer.

—Que jeito? Perguntou Shikamaru olhando atentamente para o loiro que sorria feito uma criança.

—Eu posso falar com o Gaara e propor um casamento entre você e a Temari. Falou Naruto rapidamente vendo que o Nara não se pronunciara, provavelmente concordaria com o fato. –Claro que o casamento ou noivado só seria aceito se fosse por estreitar os laços de Suna com uma nova família da Yakuza.

—Então ferrou de qualquer jeito. Diz Shikamaru fazendo Naruto não acreditar que aquele cara tinha um QI maior de duzentos. Tá certo que saber que vai ser pai antes da hora daria um nó na cabeça do ser mais inteligente do universo, mas existe um limite para lerdeza.

—Eu estou montando um novo grupo da Yakuza, ele está quase completo. Falou Naruto um pouco impaciente com a lerdeza momentânea do Nara. –Não é muito, mas ao final de um mês nosso nome já será conhecido em todo o submundo japonês, não seremos moles como as grandes famílias daqui. Faltam apenas três coisas para que ela esteja ativa no momento, ou melhor, quatro. O loiro se aproximou um pouco do Nara e estendeu uma mão para ele. –Aperte minha mão e adentre em meu grupo, venha para o meu lado e transformemos o submundo da máfia japonesa, se não apertar pode sair daqui, não farei nada com você, nem mesmo se você disser meus planos, mas também não o protegerei. Sei que você pode conseguir proteção com Konoha local onde seu clã trabalha a séculos, mas isso lhe separara de Temari para sempre.

Shikamaru olhou a mão estendida, e pensou em recusar, pensou em dar as costas e ir embora, pensou milhares de coisas, até mesmo na insanidade que ouviu. Do jeito que o loiro falava era como se ele fosse entrar em guerra com toda a Yakuza e quando o encarou nos olhos ele tinha certeza que era isso mesmo que ele ia fazer e se isso acontecesse provavelmente Naruto seria caçado e todos aqueles que o seguissem ou fossem seus subordinados seriam alvos, mas ele dizia que teria mudanças na Yakuza, não sabia que tipo de mudanças, mas sabia que o submundo precisava de mudanças, sem contar o fato dele poder salvar seu pescoço e o principal; ele poderia ficar com Temari. A ideia de se separar dela era mais assustadora do que simplesmente ser pai antes da hora.

—Que problemático. Falou olhando para o alto vendo as nuvens passarem pelo vento. –Como eu gostaria de ser uma nuvem. Sussura, mas o loiro ouve e sorri verdadeiramente com o comentário e mais ainda quando o Nara lhe aperta a mão com força. –Eu sei que provavelmente eu vá me arrepender, mas de algum modo parece mais divertido ficar do seu lado.

—Ótimo. Falou Naruto apertando com mais força a mão de Shikamaru. –Me encontre hoje na saída da escola, temos de oficializar seu relacionamento com Temari, mas só faremos isso amanha, hoje apenas quero que você conheça uma pessoa.

—Esta bem. Falou o Nara soltando a mão do loiro saiu do terraço pela porta deixando Shikamaru ali sozinho olhando para o vazio, pensando se aquela decisão fora  mais inteligente depois de alguns minutos ele chegou a conclusão que aquilo ia ser problemático de mais.

XXXXXXX

O sinal de saída bateu interrompendo a fala robótica do professor que apenas lia o que estava no livro, a maioria dos alunos acordaram com o sinal prova de que a aula fora extremamente chata. Todos se levantaram rapidamente para ir embora, principalmente Naruto que observou tudo em sua volta, a agitação dos outros parecia ser divertida para ele que viu Marie o esperando já na porta, quase todos os alunos já tinham saído só restavam agora três pessoas na sala que era Naruto, Sakura e Marie que olhava para ele com pressa, mas o loiro encarava a rosada ainda sentada na sua carteira olhando para ela como se esta fosse muito interessante. Ela tinha um certo ar melancólico.

—Algum problema Sakura-chan? Perguntou o loiro se aproximando dela interessado com a mudança dela, afinal a rosada sempre fora um pouco animada ainda mais na saída quando tentava puxar assunto com o Uchiha.

—Não é nada não Naruto. Ela falou como se acordasse de um transe sorrindo para ele que notou de cara que aquilo era mentira e que o sorriso era falso. Ela estava vestindo uma máscara de falsa felicidade e ele viu u,a profunda tristeza e um pouco de solidão por detrás daqueles olhos verdes.

—Se você precisar de mim. Falou o loiro rapidamente escrevendo algo na capa do fichário da garota era o numero do celular dele. –Me ligue. Falou rapidamente indo em direção da porta deixando a Haruno sozinha na sala ainda olhando para o vazio quando Naruto saiu da sala ele olhou para Marie. –Você poderia descobrir o que está havendo?

—Por que tanto interesse nela? Perguntou Manna com um pouco de grosseria.

—Não precisa ficar com ciúmes ruivinha. Falou Naruto sorrindo passando a mão pelo ombro da amiga que corou com o ato. –Mas se quer saber mesmo, é por que ela pode nos ser útil no futuro. Disse o loiro mais serio, mas logo voltou a sorrir abertamente. Os dois já estavam perto dos portões quando notaram que havia uma aglomeração de alunos que pareciam receosos de sair. –O que está havendo?

—Não sei. Disse a ruiva que ficou quieta por um tempo e concentrou um pouco do chi nos ouvidos. –Pelo jeito tem um grupo estranho na frente, parecem ter mais de trinta pessoas suspeitas.

—Ah sim! Tinha me esquecido. Falou Naruto sorrindo abertamente e abrindo caminho pela multidão sendo seguido por uma Manna muito curiosa, quando Naruto finalmente tomou a frente dos alunos ele atravessou os domínios da escola e viu o grupo grande, a maioria mal encarado, haviam alguns estudantes com cara de delinquente e muitos  outros, quando ele apareceu duas pessoas se puseram a frente; uma delas era a garota de cabelos cinza prateados da noite anterior e o outro era um dos rapazes que estavam no parque, alto de cabelos negros de corte muito baixo e olhos castanho, os dois se curvaram diante do loiro.

—Oyabun. Falaram os dois ao mesmo tempo se curvando perante o loiro que olhou aquilo com interesse logo todos se curvaram.

—Muito bem. Falou Naruto em tom alto observando que todos ali tinham vindo de motos ou carros ele olhou com interesse para aquilo e notou que logo na esquina se encontrava Jiraya no furgão dele. –Vamos partir.

XXXXXX

Marie estava confusa com tudo aquilo do nada trinta pessoas aparecem e chamam ao Naruto de Oyabun e obedecendo-o. As pessoas o seguiram até o galpão que mesmo com tanta gente não pareceu se encher, todas as pessoas falavam e riam alto, alguns desordeiros começavam brigas uns com os outros enquanto isso o loiro apenas observava ignorando qualquer perguntas dela e de Jiraya, até que depois de quase uma hora parado observando ele se aproximou dela.

—Você poderia arrumar informações sobre cada um deles ate o anoitecer? Perguntou o loiro a olhando nos olhos.

—Vai dar trabalho, mas sim. Disse Marie não entendendo nada.

—Tente ser específica nas listas de crimes que eles são suspeitos e personalidades. Falou o loiro que agora se virou para Jiraya. –Você poderia dar o inicio da lições de Chi para eles?

—Nani!? Perguntou Jiraya surpreso com aquilo. –Ta pensando que eu sou o que vira-lata!?

—Uma pessoa que se esbaldaria nas termas mista. Falou Naruto atraindo atenção do ero-sennin. –Eu recentemente consegui entradas para uma terma meio pervertida nas montanhas do norte, ensine para eles e ao termino do mês você passara duas semanas nessas termas com tudo pago.

—Trato feito. Diz Jiraya sorrindo feito um pervertido. Agora o loiro se vira para os demais.

—Silêncio. Ele falou o tom não fora muito alto, mas saiu de forma letal. Imediatamente todos se viraram para o loiro. –Meu nome é Uzumaki Naruto, para aqueles que vieram aqui entrar na minha organização não pensem que entrarão apenas por comparecerem, vocês passarão por testes rígidos. Ele fez uma pausa e ninguém ousou se quer falar algo. –Estes dois são Jiraya e Marie eles, são de extrema estima para mim então obedeçam a eles como se as ordens e pedidos viessem direto de mim.

—Eu não vou receber ordem de nenhuma vadia. Falou um cara de cabeça raspada, mas logo ele é suspenso no ar por algo invisível e sua cabeça é cortada o sangue espirrou em algumas pessoas que gritaram apavorados enquanto Marie se colocou a frente.

—Não permitirei desrespeitos para comigo. Falou Marie de forma séria e forte não demonstrando qualquer sinal de hesitação ou piedade em sua voz. –Estou acima de vocês então me obedeçam aqueles que não aceitam ordens de mulheres podem sair antes que eu os fatie.

—Como eu ia dizendo. Disse Naruto vendo que ninguém mais se mexera. –Marie é meu braço direito, as ordens dela só estão abaixo das minhas e Jiraya é aquele responsável por ensinar artes marciais para vocês, ele será o primeiro examinador. Fiquem inteiros no teste e vocês ganharão ponto extra. Naruto se vira para Jiraya com um sorriso sínico nos lábios que o velho logo entende. –Muito bem volto em algumas horas para ver quantos restaram.

—Aonde vai? Perguntou Marie interessada.

—Começar uma guerra. Falou o loiro saindo do local deixando todos confusos para trás.

XXXXXXXX

Naruto observava o prédio do estilo ocidental de dentro de um pequeno cybercafé. Aos pés dele estavam seis malas grandes e escuras, ele olhou de relance para uma câmera de segurança no local e suspirou cansado, já fizera os preparativos para aquele momento, olhou em volta e viu alguns adultos e adolescentes no local, nas ruas passavam mulheres e homens apressados. Respirou fundo e se levantou saindo do local. A tarde estava perto do fim, as malas firmemente seguras em suas mãos, ele estava atravessando a rua quando algo explode à suas costas, ele não precisou se virar para saber que era. Agradecia mentalmente ter pedido aquilo para seu amigo antes de se mudar para Tókio, ele ouviu gritos e mais gritos de pessoas, choros e pessoas correndo, mas não mudou sua trajetória e parou um pouco para pôr uma máscara negra que tampava seu rosto e cabelos, e continuou o caminho para o prédio quando mais uma explosão fora ouvida, essa fora no chão, onde havia os cabos de força cortando a energia de todo aquele bloco e finalmente entrou no prédio, ao passar pelas grandes portas de vidro ele soltou as seis malas tirou duas armas de dentro das vestes e estendendo os braços para o lado disparou acertando os dois seguranças que estavam um de cada lado.

—Todo mundo pro chão. Gritou Naruto olhando para o local. Ali era uma grande agencia de banco, várias pessoas gritaram e se abaixaram, outro segurança saiu de trás de um balcão com uma arma, mas Naruto fora mais rápido e disparara de novo acertando o segurança no peito. Mais gritos das pessoas no chão, ele ignorou se abaixou e abriu uma das malas; dentro havia muitas coisas, fios e algo que estava escrito C4, ele rapidamente se virou para a entrada e fixou o explosivo plástico nas duas extremidades da entrada rente ao chão e passou um fio interligando-as alem de colocar um detonador. –Quem tentar sair ou entrar morre. Fala rapidamente. Não tinha tempo, logo a policia perceberia o que estava havendo ali, mesmo estando ocupada com o suposto atentado terrorista do outro lado da rua. Levantou-se rapidamente pegando as seis malas com e caminhou até um balcão, apontou a arma para cara de uma atendente. –Quem tem a senha do cofre?

—O gerente. Falou a mulher amedrontada apontando para um homem elegantemente vestido de terno que olhava para o loiro como se este fosse lixo.

—Leve-me ao cofre. Ordenou Naruto.

—Você não sabe o erro que está cometendo. Falou o homem em tom superior. –Você sabe quem eu sou? Ou quem coloca o dinheiro aqui?

—Sei. Falou Naruto acertando o rosto do gerente com a coronha da arma. O gerente quase caiu no chão, o rosto estava sangrando. –E a menos que você queira ser um homem morto vamos logo. O gerente seguiu por um canto e desceu umas escadas junto com o loiro que parecia impaciente, depois de alguns minutos, tempo de mais para o gosto de Naruto os dois chegaram a um local onde havia um grande cofre. O loiro ouviu uma explosão na parte de cima, sinal de que alguém tentara entrar ou sair do banco, então tinha pouco tempo. –Abra.

—Nunca. Gritou o gerente em tom de desafio e o loiro simplesmente atirou em seu ombro direito fazendo o homem gritar de dor.

—Abra. Ordenou de novo o loiro dessa vez o gerente fez o que ele mandou, andou até a grande porta de aço e foi até um pequeno painel do lado direito e digitou algo inserindo um cartão logo depois. O loiro notou que ele estava tremendo quando fez isso e logo ouve um barulho pesado de trancas de metal e a porta do cofre logo se abre . –Muito obrigado. Falou o loiro disparando na cabeça do gerente que cai morto para trás. O loiro entra rapidamente no cofre fechando a porta atrás dele.

Ele colocou de novo as bolsas no chão e abriu todas jogando uma grande quantidade de explosivos plásticos no chão, depois se levantou e olhou em volta; o cofre era imenso, tinha partes com dinheiro a mostra, mas também era cheio de gavetas. Rapidamente se concentrou fazendo uma massa azulada de chi sair de seu corpo e a liberou de uma vez, todas as gavetas se abriram, se sentiu tentado em pegar algumas jóias que estavam nas gavetas, mas não tinha tempo, pegou grandes quantidades de dinheiro e foi jogando dentro das malas enchendo-as até quase não caber mais nada e mais rápido ainda começou a espalhar o explosivo pelas paredes, chão e até na porta do cofre. Colocando alguns detonadores ao termino ele ficou em pé no centro do cofre e mais uma vez a aura azulada saiu de seu corpo, ele ergueu um braço e uma lamina azulada apareceu a sua frente, ela não parecia ser sólida, logo ele começa a golpear o chão a sua volta abrindo um buraco circular, aquilo estava demorando tempo de mais. Ouviu a porta do cofre começar a se abrir quando finalmente abriu um buraco grande o suficiente no chão pegou todas as malas e jogou no buraco, as malas caíram e logo a porta se abriu, o loiro viu várias pessoas de ternos negros entrando no local.

—Você está morto. Falou um que se adiantava. Ele notou o símbolo da folha no bolso direito do terno dele e noutro ele notou o símbolo do clã Uchiha.

—Adeus. Falou Naruto pulando rapidamente no buraco tirando de dentro do bolso um pequeno controle, onde aperta um botão no exato momento em que tocou no chão. Uma explosão tremeu tudo acima dele e ele pegou rapidamente as malas e puxou para o lado, pois uma coluna de fogo descera pelo buraco, ele olhou em volta e era como tinha planejado, ali tinha um túnel do esgoto, a aura azul o envolveu mais uma vez e com um sopro de vento ele sumiu.

XXXXXXXXX

Deviam ser umas nove e meia da noite quando Naruto retornou ao armazém carregando as seis malas, ele olhou para o local e viu dezenas de pessoas dormindo no chão, viu uma luz ao fundo e caminhou naquela aquela direção ignorando as pessoas caídas, sabia que o treino de Jiraya poderia ser exaustivo. Chegou à parte mais funda do local e viu varias linhas azuladas impedindo sua passagem e Marie lutando rapidamente com Jiraya, os movimentos dos dois eram rápidos, o velho desviava e cortava os fios de chi e tentava sempre acertar um golpe na garota que conseguia desviar por pouco.

—Oi. Falou Naruto atraindo a atenção dos dois que pararam ao mesmo tempo de lutar. As linhas de chi simplesmente desapareceram e o loiro pode se aproximar dos dois que estavam meio ofegantes, o loiro ainda sorria quando jogou as mochilas no chão.

—O que vem a ser isso? Perguntou Jiraya olhando aquelas grandes malas.

—Abra e verá. Falou Naruto sorrindo divertido em quanto o velho sennin abriu uma das mochilas e quase caiu para trás ao ver que ela estava lotada de dinheiro, não era apenas ienes, pois quando abriu as outras também encontrou notas de euros, dólares e até mesmo libras, maços e maços de dinheiro. Marie olhou para as mochilas e para Naruto.

—Foi você não foi? Perguntou a garota em tom reprovatório. –Você é louco?

—Onde você conseguiu isso? Perguntou Jiraya com os olhos brilhando.

—Ele roubou um banco. Falou Marie em tom inconformado. –Eu tinha recebido a noticia que alguém fora louco o suficiente para roubar um banco da máfia, mas jamais pensei que seria você.

—Precisávamos de dinheiro, não podemos começar nada do zero. Falou o Naruto achando divertida a reação da ruiva a sua frente que parecia querer matá-lo.

—Você será caçado feito um animal. Ela falou em tom forte, e o que mais irritou ela foi ver o sorriso dele se alargar como se aquilo não importasse.

—Não se preocupe tomei providencias para que ninguém saiba que fui eu. Disse Naruto olhando para os dois atentamente. –E também tomei providencias para que eles culpem um ao outro.

—O que você fez? Perguntou Marie tentando ver o plano dele.

—Primeiro explodi o cybercafé que ficava à frente do banco, isso criou uma distração para as autoridades, mesmo assim poderia ter os alarmes do banco então explodi as linhas de força e cabos de telefone no subsolo mesmo tendo um gerador o banco demoraria para mandar um sinal para as famílias da Yakuza que tem conta ali, eu não mostrei meu rosto e só utilizei o chi quando estava trancado dentro do cofre, o que impediria os outros de saberem quem eu sou pela minha presença, abri um buraco no chão do cofre e espalhei explosivo plástico e um pouco incendiário por todo o cofre, peguei apenas dinheiro, saí pelo buraco que eu fiz e explodi todo o cofre por dentro.

—E o que levou você a ter certeza que suas distrações funcionariam? Perguntou Marie impressionada. Aquele fora um bom plano, seria melhor se envolvesse mais quatro participantes, mas ele fez muito sozinho.

—As atenções estariam focadas nos focos de incêndio do lado de fora e a Yakuza teria dificuldade em aparecer em peso por causa da ação da policia e outras autoridades. Explicou Naruto como se aquilo fosse a coisa mais simples do mundo. –E mais, como você mesmo disse; só alguém louco tentaria roubar a máfia, o que irá fazê-los pensar que foi um deles, isso criará desconfiança ainda mais entre os clãs que formam o grupo Konoha.

—Você praticamente deu corda para uma guerra interna. Falou Jiraya abrindo um grande sorriso. –Eu disse para você que quando ele fizesse seu movimento seria algo grande.

—Isso não foi grande e sim loucura. Falou Marie inconformada. –E como pretende usar esse dinheiro?

—Como eu explodi o cofre, os Yakuza jamais saberão quanto dinheiro eu roubei com exatidão já que grande parte do mesmo foi destruído, então eu poderia gastar mais livremente, mas eu sei que não posso sair gastando muito se não chamaria atenção do grupo Konoha. Precisaremos de um jeito de lavar o dinheiro com eficiência. Dizia o loiro como se já tivesse pensado em cada passo que ia dar. –Para isso eu preciso das informações que te pedi mais cedo.

—Elas estarão com você amanha na escola. Falou Marie curiosa queria saber os movimentos do loiro, queria saber o que ele planejava. Aquela pessoa à sua frente era indecifrável.

—Muito bem. Disse o loiro dando as costas. –Ero-sennin, o dinheiro ficara com você. Por hoje pode gastar um pouco, mas não chame atenção de mais para si. Falou Naruto começando a andar. –E Marie, dê a ordem para esses daqui que amanhã eles conhecerão seus superiores e se prepare, pois meu próximo movimento irá trazer caos a todo o Japão. Por fim ele pareceu ser engolido pela escuridão deixando os dois companheiros apreensivos. Se ele fora capaz de roubar a máfia, o que mais aquele loiro poderia fazer? Com certeza se ele colocasse na cabeça ele iria queimar Tókio inteira.

XXXXXXXXX

N/a: Dinalmente temrinei esse capitulo espero que gostem o capitulo ta pequenino mas é que se eu fosse colocar mais coisas no capitulo ele ficaria cansativo e eu não quero revelar muitas coisas de inicio vocês já viram que o Naruto é meio suicida e inteligente e se pensam que o que ele fez foi loucura imagine o que mais ele pode fazer..........Proximo capitulo mergulharemos mais a fundo no submundo da máfia e veremos os jeitos em que o Naruto abalara o Japão..............Espero que gostem............t+

A sim Reviews é incentivo para o autor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

mais reviews + cap