Savin' Me escrita por Sweet Nothing


Capítulo 1
Lies


Notas iniciais do capítulo

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Boa leitura!



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Savin' Me

Por Sweet Nothing

Classificação+16

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You're never gonna love me

So what's the use?

What's the point in playing

A game you're gonna lose?

Você nunca me amará

Então, de que adianta?

Qual o motivo de jogar

Um jogo que você perderá?

Mas um dia ensolarado na bela Konoha, anos haviam se passado, a guerra deixou muitas mortes, cicatrizes, dor e sofrimento. Mas nada que o tempo não apagasse aos poucos, na teoria estavam todos felizes, a vila estava reconstruída, Naruto tinha conseguido seu merecido posto de Hogake, e agora estava repleto de felicidade com a chegada de Ichigo, seu primogênito, que possuía os olhos de lua como sua amada. Sasuke tinha decido voltar para vila, e Sakura a renomada pupila da ex-Hogake, tinha finalmente conseguido fisgar o coração daquele moreno sério e finalmente haviam se casado, vivendo uma vida feliz.

Mas isso não é totalmente verdade...

A teoria ás vezes pode ser muito diferente da prática.

Naquela grande casa, a principal do Distrito Uchiha, jazia a bela flor de Konoha, sentada no chão de sua sala, com seus braços comprimindo seu corpo frágil em uma inútil tentativa de se confortar, lágrimas fujonas escapavam de suas orbes esmeraldinas sem sua permissão, as palavras de seu marido ainda ecoavam em sua mente.

—Você é uma inútil. Não presta para nada, Sakura. Nem para me dar um maldito de um herdeiro você serve. Não importa quantos exames você faça, e que eles apontem que você está perfeitamente saudável. Você é seca, nunca será capaz de procriar.

Você é seca.

Era incrível como Sasuke nunca fora bom com palavras, mas quando o assunto era a machucar, a quebrar, ele as encontrava facilmente.

Ouviu passos descendo a escada e escondeu seu rosto entre as pernas, não tinha nem forças para encará-lo e muito menos para dar-lhe as costas. Seu coração comprimiu-se, sabia que ele nem iria olhá-la, e se o fizesse, seria com desprezo, nojo de sua pessoa.

—Vou sair em missão. Volto à noite. —disse simplesmente e bateu a porta com força, o que só fez a rosada chorar mais ainda.

Seu casamento ia de mal a pior, logo fariam dois anos juntos e os problemas só aumentavam. Mas a raiz de todos era a falta de um filho, um herdeiro Uchiha, tudo que seu amado sempre quis e ele não estava sendo capaz de realizar. E com o tempo tudo se tornou mecânico, o sexo, seus sorrisos, suas ações.

Começaram as perguntas.

Você realmente me ama? Ou só está à procura de uma boa parideira?

Então começaram as missões longas, as saídas à noite e que só acabava no raiar do sol, as cobranças, a culpa.

A culpa dela.

Que tipo de mulher era? Uma mulher que não tinha filhos! Era incompleta.

Tinha tudo que sempre quis, foram tantos anos de angustia, de batalha, por que tudo não podia ser perfeito?

Não podia simplesmente deixar acabar assim, podia?

Não.

Limpou as lágrimas com força, se levantou do chão frio da sala e foi em direção a banheiro, lavou o rosto na pia do banheiro, trocou rapidamente de roupas e saiu em direção ao centro da vila. Iria aproveitar sua folga e iria ao salão de beleza, fazer umas comprinhas e um belo jantar para seu marido, iria mudar as coisas hoje, se não, não se chamava Sakura Uchiha.




Você é orgulhoso demais para dizer que cometeu um erro

Você é um covarde até o fim

Eu não quero admitir, mas nós não combinamos

Não, eu não sou do tipo que você gosta

Porque nós não fingimos?



[...]




Havia passado o resto da manhã e batendo pernas por Konoha, também tinha comprado o presente do pequeno Ichigo, amava aquele pequeno bebê risonho, o que só a fazia se perguntar quando teria o seu próprio. Passou também pelo hospital para dar uma olhadinha em Koji, esse era um lindo menininho de apenas quatro anos, infelizmente o pequeno tinha câncer e sua família não podia pagar pelo tratamento, mas assim que conseguiram uma vaga no hospital simplesmente jogaram o menino lá e sumiram da vila.

Sakura sentia seu sangue ferver só de pensar que alguém tinha a coragem de abandonar uma criança, assim desse modo, mas aquele pequeno moreninho era a sua alegria nos últimos tempos.

Ino já havia lhe avisado o quanto era perigoso se envolver tantos com os pacientes, a rosada sabia disso, mas não se importou. Daria todo seu amor para Koji, assim como faria com um filho.

Isso quando tivesse um.

Mas se livrou desses pensamentos e seguiu com as compras, comprou várias lingeries novas, ficou rubra quando a atendente falou que sua noite seria de arrasar. No salão tomou uma decisão drástica pedindo para o cabelereiro deixar os fios rosados curtos novamente, gostou do resultado, nada daquele curto sem graça, agora tinha um cabelo curto despojado, que a deixava mais adulta e mais sexy. Além disso, pediu tratamento completo, massagem, depilação, hidratação, tudo, queria estar radiante naquela noite.

Estava passando quando se deparou na frente com a floricultura Yamanaka, andava um pouco chateada com Ino, fazia tempo que não conversavam, a loira sempre a evitava, e a rosada estava sentido falta dos conselhos e da amizade da amiga desbocada. Mas com o final recente do casamento da loira com Sai, Sakura sabia que talvez só precisasse de um pouco de tempo para ela mesma.

Deixando o drama de lado, precisava de algumas rosas para perfumar a casa e quem sabe colocar na banheira e ali era o lugar perfeito. Entrou no estabelecimento fazendo o pequeno sino soar.

—Olha, mas que é vivo sempre aparece! – escutou a voz debochada da amiga.

—Quem me abandonou foi você, não eu, porca. – disse falsamente irritada. Não sabia o que tinha de errado, mas a loira estava estranha.

—Eu sei desculpa. — sorriu sem graça — Então o que vai ser?

—Meia dúzia de rosas vermelhas. —disse —Ino... er... nós não nos falamos desde... você sabe.

—Não precisa Sakura. – interrompeu – Eu estou bem. – sabia que ela estava mentindo, nem estava mais a chamando de testa, testa de marquise, e estava visivelmente desconfortável. Sabia que um divorcio podia destruir uma mulher, por isso iria lutar pelo seu casamento, mas não deixaria Ino na fossa. Ino era forte, iria sair dessa.

—Eu só queria que você soubesse que eu estou com você, sempre.

— Eu sei, você é minha amiga. — desviou as orbes azuis — Passa lá em casa mais tarde para podermos colocar a fofoca em dia, comer chocolates e assistir uns filmes . —Disse entregando as rosas.

—Bom, acho que hoje não vai dar — riu — mas amanhã venho com certeza.

—Vou esperar, Sakura.

—Tchau, porca.




[...]



Sasuke estava atrasado, tinha feito seu prato favorito e claro sem esquecer-se das queridas tomates dele. Estava ficando preocupada, geralmente Sasuke chegava antes do jantar, será que havia se machucado? Encarou o relógio, passava da meia-noite, resolveu ir ao prédio do Hogake, sabia que Naruto já deveria estar em casa, mas talvez tivessem alguma informação, talvez a missão fosse um pouco mais difícil que o senhor ”eu sei de tudo” achava que seria.

Corria rapidamente pelas ruas silenciosas de Konoha, chegou rapidamente em seu destino, encontrando os ninjas deitados dormindo escorados na mesa.Quanta folga!

—Boa noite! –gritou com os ninjas que estava praticamente babando sob a mesa.

—Bo-a noi-te senhora Uchiha. —disseram assustados.

—Eu gostaria de saber sobre a missão do meu marido.

—As missões são estritamente confidencias, senhora. — disse o primeiro quase que mecanicamente.

—Está me dizendo que não vai me dizer onde meu marido está? —rosnou transformando a caneta que estava em cima da mesa em pó.

—Ah-rr — engoliu seco —Bom deixa eu chegar aqui. – ele foi procurar na prancheta. —Bom, seu marido, tinha que entregar um documento muito importante em uma vila vizinha.

—Ah kami, será que ele se feriu?- temeu a Uchiha.

—Acho que não senhora, o formulário da missão foi entregue ás 20:37, ou seja, seu marido está na vila.- Sakura sentiu vontade de chorar, olhou em seu relógio e percebeu ela tinha chego a quase quatro horas e nem havia aparecido em casa.

— Ah então, obrigada. —saiu dali rapidamente sentindo os olhares de pena daqueles dois ninjas.

Como pode ter sido tão burra, claro que ele estava na vila, só não queria vê-la. Sentiu um nó se formar na garganta, queria conversar com alguém, tirar aquele peso de si. Correu para casa da amiga, sabia que ela a confortaria.

Bateu na porta mais ninguém a ouviu, decidiu entrar pela janela da cozinha ouviu ruídos e agradeceu mentalmente por ela ainda estar acordada, foi andando, calmamente, até o quarto da mesma e ouviu gemidos.

Mas que pervertida! Não imaginava que fossemessestipos de filmes.

Mas daria um susto nessa porca safada e assim teriam uma noite de garotas, como antigamente, regada a chocolate e filmes melosos.

Abriu a porta lentamente e se arrependeu na mesma hora. Seu coração frágil se partiu em mil pedaços. Ali na cama estava sua amiga, sua melhor amiga, rebolando fervorosamente em cima do membro do... do seu marido.

— Oh Sasuke-kun! Ma-is... mais!

—Quer mais, sua vadia?

Soltou um grito horrorizado! Chamando atenção do casal a sua frente.

—Sakura! — Ino gritou surpresa, logo saindo de cima do moreno e puxando o lençol para cobrir sua nudez. Os dois estavam estáticos, na verdade nenhum dos dois esperava por isso. A rosada se abaixou e vomitou tudo o que tinha comido naquele dia. Nunca havia se sentindo com tanta raiva, ódio, asco, repugnância, nunca pensou se sentira assim por duas pessoas que mais amava nesse mundo.

—Sakura, vamos conversar. — escutou a voz de Sasuke e quis desfigurar seu rosto.

—Qual vai ser a sua desculpa? – perguntou séria, mas só recebeu silêncio como resposta, sua voz que fez sua amiga se arrepiar e o Uchiha a olhar com mais cautela. — Eu estou esperando! — o grito furioso da Haruno assustou os amantes, principalmente a loira que deu um pulinho.

—Sáh, e-eu — Ino começava chorosa.

—Eu não falei com você, cadela! — lançou-lhe um olhar de puro ódio,um ódio que nenhum daqueles dois nunca imaginou ver na pequena e doce flor de Konoha. Ino arregalou os olhos.

Sakura estava a beira de um colapso nervoso, suas mãos tremiam, e seu coração batia desesperado, dolorido, ferido. Não sabia o que iria acontecer. Mas queria que essa noite acabasse em sangue e se dependesse de si, assim seria.

Olhou para cabeceira da cama e quase se derreteu em ódio, sabia o que era aquilo, sabia mais do que qualquer mulher do Konoha, sabia por que tinha umas trinta caixas em casa.

Teste de gravidez

Mas o seu nunca tivera aqueles doispausinhos azuis, o que só podia significar uma coisa...

Positivo

Não viu mais nada, quando deu por si estava com as mãos no pescoço branco da Yamanaka. Queria matá-la, queria matar suaamiga, suairmã. Riu insana, que bela amiga tinha.

Olhou para o Uchiha, que estava tenso, parecia preso no chão. Era primeira vez em anos que viu que Sasuke não sabia o que fazer.

—Dê um passo que eu quebro o pescoço delaSasuke-kun. — disse séria, cuspindo seu nome. Sasuke estava agoniado, não era para ter sido assim. Mas Ino tinha ficado grávida. E ... Porra... era seu filho... seu herdeiro.

—Pense no que vai fazer Sakura. —disse frio como sempre, analisando a mulher, tinha que ter um jeito de pará-la sem ferir Ino e seu filho. Essa já estava ficando roxa e tentava se livrar das mãos fortes da kounoichi, mas não conseguia.

— Estou pensando Sasuke! No quanto você é um filho da puta! Não pense que eu sou uma idiota que só estou com raiva da Ino. Eu te odeio! Eu vou acabar com a sua vida também! Como você pode fazer isso comigo?! —Estava transtornada, seu coração parecia que havia explodido em seu peito, levando tudo e todos deixando somente o ódio.

—Sakura...

—Cala a sua boca! Você achou que eu nunca descobriria? Seria sua tola e preocupada esposa enquanto você transava com essa puta que se dizia minha amiga?

—Ela está perdendo sentidos, Sakura. Ela vai morrer. — por segundos a rosada desviou sua atenção para a loira nua ao seu lado e percebeu o quanto fora burra por isso, Sasuke já vinha para cima dela com o Sharigan ativado, e então o mundo parecia ter desacelerado e tudo havia ficado em câmera lenta. Sabia que tinha tempo para esmagar o pescoço dela e ainda desviar de Sasuke.

Cenas passavam pela sua mente.

Ino lhe entregando sua fita vermelha... As brigas... Os risos... A guerra... A dor que sentiu ao perder seus pais... Tsunade... Pensava que não iria conseguir, mas a loira estava lá, para colocar seus pés no chão e lembrá-la o quanto era forte e que muitos precisavam dela.

Agora ela estava ali, com sua vida escapando pelas mãos pequenas da rosada, estava grávida, uma nova vida estava se formando dentro de Ino, então a rosada respirou fundo e já tinha tomado sua decisão.

Queria muito ter esmagado o crânio loira com toda sua força contra a parede, mas apenas a soltou a fazendo a loira cair no chão tentando respirar afobadamente.

—Eu nunca mataria uma criança.

E assim sumiu em umpoofde fumaça deixando pequenas e delicadas pétalas de sakuras e seu doce perfume.



[...]



Estava no único lugar onde se acalmaria, a madrugada estava fria, e o vento gelado castigava a pele branca da rosada, que chorava apertando a grama fofa do cemitério com força. Estava com seus pais, os únicos que queria realmente com ela nesse momento.

—Mãe, eu preciso tanto de você! Tanto! — apertava seu peito como se quisesse arrancar aquela dor que a sufocava. — Eu não sei o que fazer! Eu não tenho mais ninguém, eu não tenho nada. Eu preciso de vocês aqui comigo. Não sei se consigo suportar. – recostou na arvore que ficava logo do lado dos túmulos e fechou os olhos tentando se acalmar.



.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.




—Não se rebaixe, Sakura. Não ligue para esse idiotas, filha. – a mulher disse sorrindo para a pequena de cabelos róseos.

—Mas mamãe, eles riem de mim, falam da minha testa! reclamou chorando Nunca mais vou voltar lá.

— E vai dar esse gostinho a eles, minha hime? perguntou o homem risonho que acabava de chegar em casa.

—Não é só isso... Eu também sou um péssima ninja. Eu não sirvo para nada, só para decorar jutsos que eu não consigo fazer! o homem se agachou na frente da pequena e passou suas mãos pelo o rosto branco, avermelhado pelo choro.

— Isso é o que eles dizem, vai acreditar neles? Ou vai superar? Ser forte, como eu sei que você é.

—Vou ser forte, papai. respondeu sorrindo.

—Promete?

—Prometo.

—Promete, mesmo?

—Prometo, mesmo, mesmo, mesmo!

—Essa é minha filha! disse a apertando em seus braços e logo a mãe correu para partilhar daquele momento.

—Gente, vocês estão me esmagando!




.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.




Acordou com o sol em seu rosto, piscou várias vezes, tentando reconhecer o lugar, e viu- se em seu quarto, estava confusa, então os acontecimentos anteriores a atingiram em cheio.

Como havia ido parar em casa? Será que tudo foi um sonho? Olhou para suas mãos e percebeu que não. Ali estava as marcas das unhas de Ino quando tentava desesperadamente se soltar, além da terra que ela tinha certeza que era do cemitério.

Mas ainda não sabia como havia ido para em casa. Na casa dele. Mas não iria pensar nele agora tinha feito uma promessa e a cumpriria. Devia isso aos seus pais. Iria ser feliz. Já estava preparada para os olhares curiosos e piedosos, mas iria dar a volta por cima e mostra para todos que sua felicidade não dependia de Sasuke Uchiha.

Entrou no banheiro e tomou um banho relaxante, sua mente queria a trair, a fazendo pensar nos momentos que teve com o Uchiha, aqui naquele banheiro, no quarto, cozinha, fazendo seu coração doer. Logo lembrou-se que ela fazia isso com suaquerida amigae com certeza com muitas outras mais.

Decidiu se concentrar em outras coisas, como em como iria decorar seu novo apartamento e como seriam as coisas dali para frente. Colocou uma roupa confortável, e arrumou suas malas, com tudo que havia comprado com seu próprio dinheiro e nada com a estampa do clã Uchiha, não queria nada de Sasuke, só que o mesmo entrasse em combustão espontânea.

Desceu as escadas, o barulho do seu salto ecoava pelo piso de madeira, encontrou os dois homens se encarando seriamente enquanto discutiam.

—Você é um filho da puta! Como você pode fazer uma coisa dessas com a Sakura! Ela te ama!

—Sakura não pode me dar filhos, Naruto. O que esperava que eu fizesse? — grunhiu irritado.

—Que agisse como homem! Acabasse com o casamento ou tentasse outra porra qualquer, não engravidar a melhor amiga dela, seu bastardo!

—Naruto. — chamou o loiro ganhando a atenção dos dois.

—Sakura-chan. — o borrão laranja veio abraçá-la com força — Você está bem? Nós te procuramos pela vila inteira ontem, pensei que tinha feito alguma besteira! — Naruto diz a repreendendo, mas conseguia ver naquelas orbes azuis que só estava preocupado. — E só depois tive a idéia de procurar no tumulo de seus pais.

—Eu estou bem. —disse tentando ser sincera, a verdade era que não estava bem, mas iria ficar, com o tempo. – Desculpa pelo transtorno, você tinha que estar em casa trocando fraudas e não me procurando. — disse falsamente bem humorada. Naruto analisava Sakura com calma, vendo se tinha alguma verdade na amiga, estava pesando se aquilo não seria uma fachada só para rosada ganhar tempo e tentar matar o Uchiha que estava sentado no sofá, parecendo viajar em outro mundo.

—Pode levar minhas malas para sua casa? Preciso sair daqui e ir direto alugar um apartamento. — a rosada falava naturalmente como se, mudar-se, fosse algo corriqueiro. Ignorando completamente a presença do ex-marido.

—Sakura acho que você e o teme precisam conversar.

—Não temos nada para conversar. – disse calmamente.

—Pare! – Sasuke gritou e Sakura se assustou com aquilo, nunca ouviu o mesmo nem levantar o tom de voz, quanto mais gritar- Pare de fingir que não tentou matar sua amiga ontem! Pare de fingir como se estivesse bem! Você dormiu em um cemitério, Sakura. Ontem por pouco você não matou uma pessoa. Você esteve à beira de um colapso.

—Não quero saber dos seus diagnósticos,Sasuke-kun. — sorriu em escárnio —Quero distância de você! E Naruto espero que você dê entrada com o pedido de divórcio, claro que pedido do próprio Hogake eles vão agilizar essa separação na velocidade da luz.

—Sakura...

—E assim você e a Ino vão ter um tempinho antes de se casar, antes da barriga aparecer, claro que não vai adiantar muita coisa, mas já é um começo. — disse com o rosto lívido, sem nenhuma expressão ou sentimento, claro, ela tinha aprendido com o mestre. E esse estava agora, mesmo sem deixar transparecer, surpreso.

—Ah e diga aos advogados que eu não quero nada, nada mesmo, nenhuma propriedade, absolutamente nada!

—Sakura você tem seu direitos, você...

—Logo você pensando nos meus direitos? — permitiu-se rir — Será que você não entendeu que eu quero distancia de você e da sua podridão,Uchiha. – repetiu seu sobrenome como se o mesmo lhe desse náuseas, e de fato agora dava. — E aliás eu ganho muito bem obrigada.

O loiro assistia tudo calado. Era a primeira vez em sua vida, que Naruto via Sasuke retraído, e sem dar a última palavra, avoltada Haruno tinha lhe tomado completamente as rédeas da situação, e a palavra final era dela, e o Uchiha não soube replicar.

—Só pegue suas coisas e suma da minha casa. — disse irritado.

—Nada me daria mais prazer. — disse saindo de queixo erguido pela porta da casa, que um dia fora sua. Mas não mais. Tinha uma vida toda pela frente, estava apenas com vinte anos. Talvez realmente não existissem finais felizes, mas um bom recomeço já estava de bom tamanho para ela.

Por enquanto.



Eu apenas queria que fosse perfeito

Acreditar que valeu a pena lutar


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Se sim, deixem um cometário, quero saber a opinião de vocês. Se não, deixem também, críticas são bem-vindas.Até, mil beijos de abacaxi :3



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