Um Epílogo Voraz escrita por Leonardo Alves
Notas iniciais do capítulo
Agora sim, cada capítulo vai ser imperdível! ;)
Capítulo 4
Reservatório de pânico
Eu e Allant paramos boquiabertos para observar. Parecia que a neve tinha voltado a cair com terra, uma enorme fumaça surgiu no local da explosão. Allant pegou um machado e me deu. Nos entreolhamos como se estivéssemos pensando a mesma coisa: " vamos lá! "
E saímos correndo em direção. Após percorrermos quase todo o trajeto e faltar apenas uns seis metros de distância, paramos e observamos se havia alguém por perto.
— Parece que por sorte não tinha ninguém aqui. — Disse Allant.
— É a famosa festa da Capital, as pessoas estão tão ansiosas que pararam de trabalhar. — Falo.
— Vamos chegar mais perto? — Pergunta Allant.
— Eu estou pronto.
Andamos até a grande cratera que se abriu no chão. Árvores tombaram com a explosão e toda a neve que tinha por perto sumiu, o solo ainda estava quente e a fumaça estava diminuindo.
— Aquele aeroplanador iria cair. Acho que se não fosse por esse míssil a tragédia seria maior, e possíveis mortes teriam ocorrido. — Indica Allant.
Olho ao redor e vejo que algumas pessoas estão tentando se aproximar, acho que o medo fala mais alto.
— Olha, está vendo aquilo? — Pergunta Allant, apontando para o enorme buraco.
— O que? — Pergunto.
Enquanto isso Allant, pula dentro do buraco e esfrega a ponta de sua bota em uma extremidade.
— Isso aqui, parece...
Antes de ele concluir sua frase, ergue o machado e atinge o chão com força, nada aparenta ter mudado, até que Allant continua a dar machadadas no chão.
— Isso não vai te levar a nada. — Digo.
Até que depois de umas vinte machadadas Allant atinge algo sólido, me aproximo e vejo. Parece ser algo de ferro, metálico melhor dizendo. Ele limpa a superfície com a sola de sua bota e percebe que o metal está se expandindo por todo o chão.
Pessoas começam a chegar, um homem que vende especiarias na cidade chega com uma pá e Allant a toma de sua mão.
— Será que é algum tipo de passagem ou esconderígio? — Pergunta uma mulher.
— Pode ser algum tipo de cofre! — Exclama um homem.
— Não... — Começa um homem que aparenta ter uns vinte e quatro anos, mas eu o interrompo.
— Isso é um reservatório! — Digo.
Allant concorda com a cabeça.
***
Depois de mais dois homem se juntarem a mim e a Allant a cavar, passando mais 30 minutos conseguimos ver o fundo do reservatório. É bem grande e largo, e tem um termostato. Depois de amarramos cordas ao seu redor e com muito esforço conseguimos erguer o reservatório do chão.
— Isso é um reservatório de gás. — Informa Allant, que esfrega o visor do termostato. A sua seta está indicando a barra verde, que quer dizer que está cheio. Só não sabemos que o que há nele de fato, esse é ou não confiável.
***
Durante o dia pessoas foram olhar o motivo da explosão de estremeceu todo o Distrito 7. O prefeito apareceu depois de horas e no fim do dia o reservatório ainda estava lá. Ele entrou em contato com a Capital, mas não obteve respostas. Talvez seja porque Coin esteja mais ocupada organizando sua festa para amanhã à noite. E então ele mandou que todos mantenham uma distância do reservatório e disse que a Capital tomaria providências. Todos aos poucos foram deixando o reservatório, até que não sobrou ninguém.
Allant e eu voltamos para casa. Rosanne já tinha ido embora e minha mãe já estava preparando o jantar. Allant foi tomar banho e eu fui em seguida, a porta da sala estava aberta e dava uma ampla visão do reservatório, que foi coberto com um pano. Fomos jantar e depois fui dormir, eu demorei a dormir e quando consegui tive um horrível pesadelo.
Era manhã, a neve já havia acabado e a primavera em fim chegado. Depois de ter escovado os dentes e trocado de roupa desci as escadas. Allant ainda estava dormindo então, por curiosidade abri a porta para olhar o reservatório e ele estava lá. Como era longe eu conseguia ver só um pouco de se brilho refletido pelo sol. E de repente começou um ruído muito alto, como se um bule estivesse em ebulição. E então o reservatório explode. Eu caio no chão com o impacto da explosão e me levanto as pressas. Uma fumaça densa e azul começa a exalar do reservatório e a partir dela se formam criaturas. Bestantes. Uma mutação com uma aparência de um tigre com um lagarto, rapidamente eles se espalham até que um olha em direção a porta aberta e corre com toda velocidade. Eu fecho a porta, mas já é tarde e o bestante arranca a porta e pula sobre o meu corpo. A minha última visão é de Allant ao pé da escoada horrorizado, minha mãe e minha irmã aos prantos chorando. E Allant atinge o machado no pescoço do bestante. Mas já é tarde, ele me feriu na garganta com suas presas, o que faz meu sangue jorrar e em seguida ele tomba ao meu lado.
Acordo em pânico e suado, Allant está em seu colchão ao lado de minha cama e ouve-se o silêncio da casa. Eu desço tomo um banho e depois de um tempo abro a porta e vejo que era tudo um sonho, o céu estava claro e o dia aparentava ser lindo mas eu logo note que o reservatório não estava mais lá.
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"...nosso inimigo é a Capital."