Amor fora da lei escrita por Matiê


Capítulo 3
Capítulo 3- Todos à bordo.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada, obrigada meeesmo Palavras Incertas!! Nem sei o que dizer sobre seu comentário... Desculpem a demora pra postar, prometo que vou tentar ser mais periódica ;-) Boa leitura.



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–Ora, ora, o que temos aqui?- Disse um garoto quando levantou os panos do barco que acabara de ser trazido ao navio.

–Eu não sabia que ele estava aí Frank, juro!

–Eu sei Hazel, você não seria tão imprudente.

–Parece tão cansado!- Lamentou a garota de cabelos cacheados.

–Mas não podemos escondê-lo, você sabe que seria um grande problema pra nós se a capitã Chase ou Reyna descobrissem.

–Tem razão, mas acho que devemos deixa-lo se recuperar antes de entrega-lo, você conhece a política do navio.

–Tudo bem, vamos leva-lo aos porões enquanto ninguém acorda.

Quando Frank e Hazel foram pegar Perseu, o garoto acordou. Assustado por não fazer ideia de onde estava e percebendo que estava a quilômetros da costa, levantou em um pulo e olhou com medo as pessoas que o encaravam.

–Bem-vindo ao Argo 2!-Disse um garoto magrelo e sorridente com cabelos cacheados que chegava ao grupo.

Vendo os rostos aterrorizados de seus colegas, o garoto suspirou e disse:

–Não era para ele estar aqui não é?

–Foi um acidente Leo, eu juro, mas não podemos entrega-lo tão cedo. Você sabe como a capitã gosta de agir.

–Ah Hazel, por que você tem sempre que ser tão mole?- Perguntou o tal Leo de forma retórica.

–Quem são vocês? Por que querem me esconder?- Pronunciou-se o invasor pela primeira vez.

Os dois garotos e a menina que o recepcionaram estavam com o semblante neutro, mas Leo sorriu friamente, o que fez Perseu temer a resposta que viria em seguida.

–Você está a bordo de um navio como pode perceber e, bom, nossa capitã se empolga um pouco quando se trata de matar alguém, portanto se o entregarmos já, teremos que passar a tarde ouvindo seus gritos e vendo você sangrar, se esperarmos por Reyna, estará morto em 40 minutos.- Disse Hazel da forma mais tranquila possível.

–Sem falar nos golpes e acrobacias que ela faz, você tem que ver!- disse Leo animado.

–Por favor, me ajude, eu não posso ficar aqui, tenho que sair da Inglaterra imediatamente, minha mãe está doente e eu tenho que vê-la, não posso morrer.- Mentiu descaradamente o recém-chegado.

–Olha não creio que isso seja possível no momento, a única coisa que podemos fazer por você agora é escondê-lo até Reyna acordar. Ela vai te matar, mas pelo menos não vai ser do jeito mais dolorido.- Disse o Frank.

–Tudo bem, eu espero, por favor.- Implorou Perseu, pelo menos assim teria tempo para pensar em como fugir dali.

Com Leo de guarda, Frank e Hazel amarraram os punhos do estrangeiro para trás de seu corpo e o levaram ao porão, onde o amarraram a uma das vigas do navio e trancaram a porta.

Horas poderiam ter passado, o prisioneiro não sabia. Apenas sabia que seu tempo para fugir estava se esgotando. Cansado, com fome e vontade de urinar tentou pensar em como se livraria dessa. Quando respirou fundo e pôs-se a pensar, notou que na viga em que estava amarrado existia um corte, como se alguém tivesse dado um golpe com uma espada. Pensou que poderia desgastar a corda passando-a pela saliência da madeira e logo começou a pôr seu plano em prática. Quando sua ideia começou a dar certo, um barulho alto foi ouvido e o jovem percebeu que estavam indo ao seu encontro, perdendo as esperanças de se soltar a tempo, apenas voltou à sua posição inicial e começou a pensar em como poderia enrolar a tal Reyna e a capitã. Pouco tempo depois viu a porta ser aberta e uma garota com uma blusa branca bufante por baixo de um corpete marrom, calças escuras e botas compridas entrou no porão, seus cabelos castanhos estavam presos em uma trança e sua espada estava presa ao cinto da calça. Logo que pôs os olhos no prisioneiro, ordenou que dois garotos o tirassem de lá, sua expressão era séria e fria como se ela fosse incapaz de qualquer sentimento de piedade. Levaram o Perseu ao convés e o amarraram novamente à uma viga, sendo encarado por um grande número de pessoas e pela garota que ordenou que o tirassem do porão. Depois de muito tempo o observando, Reyna finalmente sorriu, não de um modo gentil e caloroso, mas de modo assassino, como se estivesse pensando qual seria a maneira mais divertida de tortura-lo. Ela andou lentamente até ele, sacou sua espada e passou a ponta lentamente pelo pescoço do invasor que engoliu seco.

–O que eu vou fazer com você?- Perguntou ela com os olhos brilhando.

–Soltar-me e oferecer uma carona até o mais longe que forem da Inglaterra?- Arriscou Perseu.

A garota riu com gosto, sendo acompanhada por toda a população o barulho apenas cessou quando perceberam a presença de alguém atrás da co-capitã falar:

–Estão se divertindo sem mim? Eu esperava mais consideração da minha tripulação.- Disse uma garota loira com olhos cinzentos que brilhavam com a mais profunda maldade, usava a mesma blusa bufante que a morena, entretanto a blusa estava acompanhada de um corpete, calças justas, botas compridas e um chapéu, tudo no mais perfeito tom de preto.

Toda a tripulação trancou a respiração, como se tivessem medo do que viria a seguir.


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