Senti tapas em minhas nádegas e despertei em um segundo, e abri meus olhos e olhei assustada em volta e logo dei de cara com Caroline sentada ao meu lado se segurando para não soltar uma gargalhada

–mas que porra... O que é caralho?- indignada com aquilo lhe olhei brava

– o que é, é que você e eu temos aula hoje, e você só tem 20 minutos para se arrumar, então levante esse lindo traseiro da cama, borá!- sua fala mansa mais ao mesmo tempo mandona me fez levantar com raiva, pois definitivamente naquele dia o que menos eu queria fazer era ir pra escola...

A água quente escorria pela minha barriga chegando até minha intimidade e indo para aonde não prestei a atenção, somente conseguia olhar pra meu corpo e estranhamente pensar em coisas que nunca imaginei, peguei o sabonete liquido e o espelhei em minha palma e o cheiro de erva doce se espalhava pelo ambiente, levemente comecei a espalhar pelo corpo, primeiramente nos braços, aonde sentia minha pele se arrepiar com meus toques, eu não sabia o que estava me lavando a fazer aquilo, mais minha respiração ofegante e meu coração disparado me fez continuar até onde minhas mãos atingiram meu colo e foram abaixo em direção aos meus seios e em fração de um segundo tudo voltou a tona com o grito que Caroline deu me apressando no banho e então me dei conta do que iria fazer... Não, eu não queria aquilo, mais foi mais forte do que eu. Ou queria?

... O braço de Caroline que me envolvia a cintura trazia um pouco mais de calor ao meu corpo

– Lena, será que eles vão? Queria ver o Klaus hoje...

Referia-se a "eles" sendo o Damon e Klaus, se um não vem o outro também, até parece que são colados um ao outro, mais espero que eles venham, pois não quero aguentar à crise que Car vai ter

–não sei-

Já na escola poucas pessoas ficavam pra fora para enfrentar o frio e o vento cortante, e das que ficaram pude identificar duas abraçadas, estranho, pois quem nesse mundo iria querer se esquentar aqui fora? Aproximamos-nos e pude constar que essas pessoas eram "eles"' como não percebi? É claro eles é retardado o suficiente de nos esperar aqui no frio, abraçados claro. - que demora ladies, o que faziam? - perguntou Damon com sua voz mais rasgada do que o habitual e não consegui formular a resposta em minha cabeça a não ser ficar o encarando, seu sorriso está manhã estava tão radiante quanto seus olhos de um azul tão límpido quanto qualquer oceano poderia ter, e logo ele e Klaus se soltaram e puxou car e foram andando enquanto fiquei na companhia dele sem nem ter ouvido o que car respondeu sobre sua pergunta

–está mais bela do que o habitual, Elena-

Sua fala que ao alcançar meus ouvidos me pareciam sincera, e seus olhos me observavam com avidez, me deixando totalmente sem graça

–Salvatore, os espelhos e a sociaedade não acompanham seu raciocínio- minha fala poderia ser a mais irônica o possível diante de seu elogio, porém com meus olhos direcionados ao meu coturno beges apenas provava que o que disse era verdade, e que naquele momento Não havia duvidas de que eu estou a mais envergonhada o possível, e enrubescida. Ouvi sua risada rouca e baixa e então levantei o rosto e ele tirava do bolso da jaqueta de couro uma caixa de cigarro, e tirou um de lá e com o isqueiro em mãos o acendeu dando uma longa tragada em quanto se aproximava de meu corpo e sem aviso algum a fumaça que lhe segurava nos pulmões foi solta em um sopro e por um longo instante fiquei viajando naquela fumaça tóxica e viciante, via o desenho que se estampava de um sorriso torto em seu rosto, senti meus lábios secarem e tudo em minha se contorcer só de sentir o cheiro da nicotina e somente conseguia prender o olhar no cigarro que estava entre os lábios de Damon, e no que supôs ter 30 cm de distancia entre nos ele o reduziu para 15 cm, então sua mão foi de encontro com o cigarro e o tirou dos lábios e o aproximou de mim, e aquilo me pegou de surpresa, porém entendi o que ele queria e então me aproximei e sem a mão somente o suporte da dele prendi-o entre meus lábios sem remorso dei uma longa e profunda tragada puxando para meus pulmões o máximo que aguentava e logo a sensação de êxtase se tomou conta de mim me fazendo fechar os olhos pra aproveitar aquilo e já até tinha esquecido as horas que havia passado sem aquela deliciosa sensação, com os olhos novamente abertos e direcionados para o acinzentado céu tirei o cigarro dos lábios e soltei a fumaça aos poucos vendo o cinza se exalando em contraste com o ambiente escuro e logo se exalando.

Voltei a olhar para Damon e sou rosto estava com um canto da boca levantando em um meio sorriso -vem, vamos entrar- concordei e lhe entreguei o cigarro, andando lado a lado com ele até a entrada podia sentir o cheiro de perfume amadeirado e caro que exalava de si misturado com tabaco, simplesmente não conseguia desviar meu olhar dele era tão incrível sua beleza, que com toda certeza todas as garotas se arrastavam aos pés dele...

–LIBERDADE É PRA TODOS OS IRMÃOS- a voz estridente e empolgante de Caroline se ecoou ao ar fazendo todos nos rir com sua espontaneidade, já havia terminado o horário de aulas e estávamos indo em direção a uma praça/playground ao lado da escola, Damon estava a minha direita fumando, e a minha esquerda Klaus, Caroline após ter dado seu grito de liberdade saiu em disparada para a praça e quando chegamos lá a vi subindo naqueles trepa-trepa , e não pude conter o riso car era tão infantil, o lado bom e que combinada com sua voz suave e seu rosto angelical. Fiquei parada em frente a ela deixando os garotos pra trás e ela estava com certa dificuldade em conseguir por seus pés na barra para se pendurar de ponta cabeça

–mais que merda de brinquedo- sua frustração estava fazendo toda aquela cena ficar a mais engraçada o possível, e então ouvi risadas vindas de baixo, sim abaixo de meus pés e então assustada olhei para baixo e vi Damon e Klaus deitados no chão abaixo do brinquedo se divertindo também com a situação em que se encontrava Car os olhei confusa, pois, ainda não entendi o motivo deles estarem deitados no chão, e me olhando eles decifraram meu olhar respondendo apontando para o lugar onde havia o ultimo banco de lá e mesmo de longe pude identificar a causa de eles estarem descansando ao chão, preservativos usados sobre ele e ao chão, vidros de garrafa de bebidas alcoólicas espatifadas em mil pedacinhos por todo canto, e sujeiras de todo tipos.

–pelo jeito a festa que teve naquele assento público deve ter sido maravilhosa- pensei comigo mesma, e voltei a minha atenção para Car que ainda tentava sem sucesso se pendurar e então me aproximei dela ficando em sua frente -mais que porra é está Caroline, nunca conseguira com os dois pés, vá com somente um e de impulso para o outro-

Aquilo já estava virando palhaçada, ela não teve infância?

–ha ha, falou a mestre, aposto que nem sabe o que está falando-

–como não, pare de ser retardada, é só a porra de um trepa-trepa, todos sabem ficar pendurados ai, bom nem todos- sua boca ficou aberta durante um tempo e me encarando

–ok irão ver quem fica mais tempo pendurada nisso, mestre Elena-

Mas o que? Ela estava me desafiando a ficar pendurada por mais tempo que ela na droga de um brinquedo de criança de cinco anos de idade sendo que ela não consegue nem subir nele

–Car eu não vou fazer isso, cara, no mínimo minha cabeça vai alcançar o chão, olha a altura disto, é ridículo- e em seu rosto apareceu um sorriso vitorioso - então essa é a sua desculpa pra não aceitar o desafio, caramba Elena estou decepcionada-

Ouvia as risadas de Damon e Klaus, e mesmo com tudo aquilo eu não iria como já disse é ridículo! -ok, ta bom, então não precisa ser um desafio, vamos somente ficar aqui... Trepadas- eu que não pude deixar de rir, que bosta de nome colocou pra este brinquedo.

–tudo bem Car, mais não leve isto como um desafio- ela assentiu e então fiquei ao seu lado e um pouco mais pra frente via perfeitamente o rosto de Damon ao chão que supus estar fumando seu segundo cigarro, então pus minhas duas mãos em volta das barras geladas de ferros e meus pés saíram no máximo uns 15 cm do chão e balancei uma de minhas pernas dando impulso pra frente e pra trás e sem muitos esforços já estava com a perna enganchada na barra mais próxima ao meu corpo e ainda com as mãos presas consegui com um pouco mais de força me por de ponta cabeça, e quando minhas mãos se soltaram cada uma ficando ao lado do meu corpo se balançando minha blusa desceu deixando amostra minha barriga e mais da metade de meu sutiã meia taça, puta merda péssima idéia de ter somente vestido a blusa, merda Elena que problema mental você tem, logo agora!

–não pense em sair dai dona Elena, é só uma barriga!- pude ouvir car e olhei ao lado e pude ver - lá na mesma situação que a minha e Klaus vidrado na parte descoberta de seu corpo, então voltei a olhar pra frente e conseguia ver Damon, que me olhava de uma forma diferente como nunca vi, seu olhar se prendia a parte nua que acabara de ser novidade para ele, e em um simples gesto meu de tentar arrumar a blusa à fez descer mais ainda agora mostrando a parte sem sutiã de meus seios e minha vergonha não podia ser maior, Damon por sua vez sem que pudesse desviar o olhar o vi passando a língua demoradamente nos seus lábios que não sabia se estavam secos daquele jeito por causa do cigarro, e o ver fazer aquilo foi como sentir choques elétricos por todo meu corpo fazendo meu coração bater em disparada, deus, seu olhar estava me fazendo quase que perder a força que punha nas pernas para me segurar e se ele continuasse cairia de cabeça no chão em segundos

–hey galera- ouvi a voz de Bonnie próxima, mais que diabos ela fazia aqui, desvie meu olhar de Damon que agora não prestava mais atenção em mim e sim em Bonnie que estava em cima dele, sim em cima DELE! Mas que merda, como ela foi parar ali tão rápido? Naquela posição podia ver os dois, ela estava o cumprimentando com o rosto no seu pescoço, não sabia que ele e a ruivinha tinham tanta intimidade. Então ela saiu de cima dele, o que pareceu demorar uma eternidade, e foi falar com o Klaus, porém ela somente se ajoelhou e o cumprimento

–porque estão penduradas ai, iguais criancinhas de 5 anos só que quase nuas?-

Sua fala brincalhona de jeito meigo e atrevido me fez sentir uma raiva absurda dela, ridícula.

–ah Bon estamos nos divertindo, porque não vem? E não estamos quase nuas - Caroline respondeu sorrindo de forma infantil

–ah, não obrigada, só vim pra convidar vocês para vir a uma festa que vou fazer, viram?- quando ela disse aquilo car em um piscar de olhos desceu das barras e quando chegou ao chão desequilibrada começou uma conversa mega animada com ela, percebi que já havia passado muito tempo naquela posição e já estava com dor de cabeça, então comecei a me balançando pra frente e pra trás consegui me agarrar em uma barra e pude finalmente soltar minhas pernas que estavam dolorida, e somente pendurada pelas mãos de volta a minha posição inicial me soltei posicionando meus pés ao solo de concreto. Olhei em volta e via todos se envolvendo na conversa sobre a tal festa e então percebi que não havia o porquê de ficar lá.

Me movi em direção a minha mochila que estava jogada perto de umas arvores junta com a de car, virei nas pontas dos pés a procura de um ponto de fuga sem que eles me visse, bem apesar de que eu acho se eu passasse na frente deles eles não iram nem perceber, porém não queria dar satisfações, só queria sair dali, sob a vistoria que fiz consegui encontrar atrás de uns arbustos saída para a rua de onde atravessamos para chegarmos aqui, então peguei minha mochila e passei por onde devia e logo já me vi correndo durante o trajeto até em casa, e quando me dei conta já estava na porta de casa, parei em frente e puxei com dificuldade todo ar que consegui para meus pulmões e o soltei lentamente fraco, e quando minha respiração estava normalizada peguei minha chave a pus no trinco e quando ela se abriu me arrependi do instante em que sai da praça, ver Jenna sendo engolida por um cara desconhecido para eu enquanto os dois estão semi nus no carpete da sala não é uma ótima visão, fechei a porta antes que eles me vissem, ou eu visse coisas piores.

Sentadas há uns 10 minutos em frente à varanda começaram gemidos mais estranhos que já ouvi, poucos mais ouvi, e nenhum deles se pareciam com o que vinha da minha sala de estar, era ensurdecedor, irritantes e pareciam mais dois gatos brigando, que inferno, aposto que o bairro todo estava ouvindo. De cabeça baixa e presa em pensamentos, vi ao chão em minha frente um par de pés que neles habitavam um par de All Star preto já gastos, que me eram muitos familiar, percorri meu olhar subindo até seu rosto onde encontrei um par de grandes e sedutores olhos azuis

–esqueceu isto aqui- só então reparei que em sua mão estendida havia um papel, mais nem me importei, pois quando sua voz soou parecia que fez todos os barulhos horrendos que saiam da minha casa se tornar inaudíveis, e ela se repetia em minha mente

–hey, Elena, hum... Você ta bem?-

Sai de meu transe com sua voz e me esforçei pra não voltar

– estou sim... Esqueci o que?-

Então sentou se ao meu lado e colocou aquele pequeno papel em minha mão e o olhei confusa, e o abri sem mais delongas, nele estava somente escrito um endereço que quase fora esquecido por mim. -é o endereço da festa da Bon-bon-

–mas não irei- seus olhos percorriam meu rosto talvez a procura de algum requisito de mentira em minha fala

–se fazendo de difícil dona Elena, saiba que não irei implorar pra você ir se estiver fazendo charme- e com um sorriso ao rosto lhe dei um encontrão com o ombro, e somente mexendo os lábios fez um "ai isso doeu" mudo

–que nada, é que não fui convidada... E também em circunstâncias alguma eu iria me expor tanto assim indo a uma festa-

–quem disse que não? Bon só pensou que você era muito tímida pra isso, porém lhe convidou mesmo assim, e por qual motivo não se expor Lena? E somente uma festa-

Seus dedos percorriam a borda do papel em minha mão fazendo com que eles entrassem em contato com os meus me trazendo novamente a estranha sensação que senti a um mês atrás misturada com a que senti hoje de manhã, já havia esquecido toda a nossa conversa e como ele veio parar aqui, só sabia que seus olhos miravam em meus lábios que estavam tão secos quanto o deserto, e que minha respiração estava tão escassa que eu arfava

– eu vou te encontrar lá sábado?- seu corpo estava mais próximo ao meu e sua face tão perto da minha que nossos narizes se encontravam, não conseguia achar ar na atmosfera que me fizesse respirar normal novamente, meu cérebro parecia ter levado uma porrada e estava desorientado e sem raciocínio, a respiração quente dele batendo contra meu gélido rosto me fazia delirar, abri minha boca para lhe responder mais o máximo que consegui fazer foi reproduzir uns ruídos, não sabia o que fazer então passei a língua nos lábio trazendo uma sensação de alívio a mim e outra a Damon pois quando terminei suas pupilas estavam bastantes dilatadas e a íris dos seus olhos pareciam ter escurecido, seu maxilar tensionado e me olhava de um jeito que nunca vi

–você ainda não me respondeu- sua voz rouca e baixa soou agora ao meu ouvido onde ele havia se aproximado

– eu... Talvez- sentir sua respiração de tão perto fazia meu pescoço pinicar e ficar arrepiado

– esse sim pode se tornar um sim?-

Seus dedos soltaram o papel e foi em direção a uma mecha do meu cabelo onde ele a pegou e ficou brincando

–ou um não, eu te ligo, pode ser- minha voz estava tão baixa e arrastada

–claro-

Sua mão parou de mexer em meu cabelo e um beijo suave e demorado seus lábios macios depositou em minha bochecha, o arrepio que senti fez-me encolher e ele já estava novamente em minha frente e encolhida daquele jeito a única parte alcançável que vi foi a que beijei estralado com meus lábios ásperos que foi seu pescoço, apos isso voltei à postura normal e o olhei, meio sorrisos aos lábios e uma sobrancelha arqueada, aquilo me matava, senhor, sua beleza me pisoteava toda vez que o via, mais não só a beleza, seu jeito, sua espontaneidade, tudo, ele me fazia me sentir como um nada ao lado dele, ele é perfeito.

–acho que a festa recomeçou- prestei atenção nos sons que via novamente de minha casa me fazendo ficar envergonhada

– é... - e o silêncio se estabeleceu entre-nos, somente interferido pelos berros de Jenna e seu parceiro barulhento, caralho eles não cansavam? Damon me observava novamente só que parecia intrigado

–o que foi?-

Perguntei e sua cara ficou pensativa

–porque saiu correndo de lá?-

Sua pergunta me pegou de surpresa me deixando sem qualquer resposta coerente, tipo a única resposta que tinha era "ah vocês estava tão bem sem mim conversando com a Bon-Bon que resolvi sair correndo pelos arbustos", essa era uma ótima resposta, mais não iria usa-lá

–não tinha nada pra fazer então resolvi voltar pra casa correndo, mais você me viu "escapando"?- a possibilidade dele ter visto aquilo me deixou aflita

– Ah não, só foi um jeito de falar porque em um segundo você estava lá e no outro havia desaparecido, Caroline ficou dando piti mandando ligar para a polícia porque você havia sido raptada, nos deixou preocupados-

Ri, pois car é muito louca

–nossa imagino, não quis causar transtorno, desculpe, só... Fui embora-

ele assentiu e então se levantou e acenou com a mão e retribui, mais enquanto se virava para ir parou repentinamente - não quer dar uma volta, ou lá pra casa enquanto eles terminam ai?-

Sorriu sugestivo olhando pra porta da entrada, e também sorri, aceitei, não tinha nada a perder, já estava cheia de ouvir gemidos, me levantei guardando aquele pequeno papel e me aproximei dele, começamos andar e logo sua mão foi cercando meus ombros me aproximando dele

–até parece que eu sou um desconhecido pra ti, está com medo de mim Gilbert?-

falou zoando com minha cara relembrando de um fato.

Flashback On

Já havia feito uma semana que eu tinha pegado amizade com Car, e então em uma tarde fui pra uma lanchonete depois de muita insistência dela e Damon e Klaus estavam lá, ficamos de vela dos dois já que eles haviam se resolvido, e Damon se sentou ao meu lado e por alguma causa só queria distancia dele me afastei, porém ele se reaproximou e novamente me afastei, e ficamos assim até eu encostar meu corpo à parede e no sofá em que nos sentamos não ter mais espaço pra fazer aquilo

–está com medo de mim Gilbert?-

Sua voz era cheia de sarcasmo e ironia, merda que garoto louco, será que ele não percebe que eu só quero distância?

–não idiota, agora sai de perto de mim- não sei de onde veio toda a minha coragem pra dizer aquilo, mais sinceramente ele estava me irritando

–acho que não, do seu lado é legal- droga esse garoto ta louco, e então começou a se inclinar em minha direção me fazendo ficar assustada, seu rosto próximo ao meu, estava paralisada, será que a Caroline não estava vendo isso? Sua boca se aproximou de meu nariz e fiquei confusa, logo senti uma pressão na ponta dele e constei que Damon estava o mordendo, sim MORDENDO A PORRA DO NARIZ! O afastei com um empurrão e passei a massagear a ponta dele que estava ardendo, o olhei assustada e indignada e a única coisa que ele fez foi rir desesperadamente e loucamente, eu não entendia nada do que estava acontecendo, olhei para Klaus e Caroline que seguravam o riso

–qual o problema dele?- disse brava, porque raios ele não parava de rir?

–calma Lena, ele ta chapado, fumou uns antes de virmos pra cá-

–aqui tem 6, neste tem 5, porque?- Damon estava falando sozinho ele brincava com suas mãos, devia estar vendo seis dedos em uma delas e se questionava

–cara, ele está bem doidão- rimos de seu estado e logo fomos embora de lá gargalhando das alucinações dele...

Flashback Off

–se não morder meu nariz não ficarei com medo- retruquei e sua cabeça se inclinou pra trás e de sua garganta saiu um estanha gargalhada que chegava a ser fofa, mais esquisita.

–aquele dia foi tão estranho, cara eu havia fumado vários pra chegar aquele ponto-

quando eu uso LSD ou outra droga mais pesada as vezes fico daquele jeito, apesar de que eu tenho muito controle sobre mim quando estou usando alguma substância.

–ah não foi pra tanto, aquela vez que você quis usar cocaína, eu fiquei bem assustada com seu estado-

–claro tinha algo a mais na sua, porque pelo amor de Deus, o efeito não passava nunca e ficava cada vez pior, porque você usa tantas drogas pesadas desse jeito Elena, e por estranho que pareça você não é dependente, a não ser do cigarro e café- car já me perguntou isso varias vezes, eu usava pra entorpecer a dor, não me tornava dependente porque não era sempre, só quando estavam bem ruins as coisas, a única coisa diária que faço é usar algumas partes do meu corpo como terapia pra tudo, só eu e minhas facas.

–é somente de vez em quando, eu quase nunca uso as mesmas- só que ele não sabia que de outra coisa eu era dependente, dos meus remédios, não conseguia parar mesmo não precisando de todos eles eu ainda os tomavas, todos os dias, às vezes não queria e nem precisava da realidade que me cercava.

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