Clichê escrita por desjeitos


Capítulo 6
Capitulo 6




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Sexta finalmente chegou, depois de um eternidade. Confesso que acordei um pouco mais cedo e me arrumei mais do que o normal, não sei por que. A aula que costumava passar rápido, pareceu levar 20 horas para acabar. Como havia combinado com Amanda de sairmos essa noite com minha prima ela estava um pouco chata, só falava do que ela pretendia usar ou fazer a noite. Ainda bem, assim ela não percebeu que eu estava um pouco aérea.

Pouco antes do sinal da ultima aula bater, Bruna nos chamou para que sentássemos perto dela, assim poderíamos sair juntas. Eu sentei entre duas cadeiras vazias, Amanda logo ocupou uma delas. Coloquei meus fones de ouvido e liguei a musica um pouco alta, me distrai com o que acontecia no meu celular e nem percebi quando Miguel ocupou o lugar vago ao meu lado:

– Eae sapa. Fique sabendo que você pra casa da minha mina hoje

– Aham... – Dei de ombros.

– Bom, a noite eu vou buscar ela para sairmos, se você quiser ir junto tudo bem. Mesmo você sendo sapa continua sendo muito gostosa. A gente pode ficar, ou sei lá, a Bruna não é ciumenta – ele sorriu de lado e eu não tive outra reação se não dar um tapa não muito forte em seu rosto.

– Olha, eu não sei como esse bando de piranhas reage quando você as trata desse jeito, mas pode ter certeza que eu não reagirei da mesma maneira.

– Relaxa gata, e não bate desse jeito se não eu me apaixono. – ele piscou pra mim e se dirigiu até a porta.

O sinal do intervalo bateu e Amanda se dirigiu até mim falando que eu fiz o que ela sempre quis fazer. Eu dei de ombros e voltei minha atenção a musica que tocava em um dos meus ouvidos enquanto seguia Bruna até o lado fora. Seu motorista já nos esperava. Camila foi a primeira a entra no banco de trás seguida pelas outras duas meninas. Eu sentei no banco da frente, assustando o homem ao meu lado. Olhei pra trás e vi Camila revirando os olhos para mim. Voltei minha atenção pra frente e passamos o resto do caminho caladas.

Chegamos na casa da loira que externamente era muito parecida com a minha, com exceção do jardim, já que o meu era o maior e mais colorido de todo condomínio, morar na ultima casa tinha suas vantagens. Internamente a casa era impecável, tinha uma decoração moderna e sofisticada. Quando Amanda elogiou a casa vim a descobrir que sua mãe era decoradora e passava todo o tempo livre mudando detalhes lá dentro.

Sentamos para almoçar. Toda vez que eu olhava para a loira acaba me perdendo em seus olhos, vez ou outra a pegava olhando de volta e isso me fazia corar. Olhando para Amanda percebia o esforço que ela estava fazendo para conter o riso e não apontar o dedo da minha cara tirando sarro da situação em que me encontrava. Agradeci mentalmente o auto controle da minha amiga.

Pegamos as coisas necessárias para fazer o trabalho e fomos para o lado de fora da casa. Havia uma pequena sala com paredes de vidro que dava visão para a piscina. Não conseguia prestar atenção no que as meninas falavam, meu corpo clamava pela água. Perguntei a Bruna:

– Será que eu posso entrar na sua piscina? É porque eu tenho costume de nadar depois da aula e eu estou sentindo falta disso.

– Isso vai fazer você prestar atenção no que estamos fazendo?

– Claro!

– Mas eu acho que meus biquínis não irão servir em você – ela disse olhando para meus seios e me fazendo corar.

– Acho que uma toalha vai ser o suficiente. Alguém me acompanha?

Todas negaram com a cabeça. Comecei a tirar a roupa que vestia deixando minha barriga definida de fora e agradeci por estar com uma roupa de baixo descente. Vestia uma calcinha e um sutiã de renda, ambos pretos. Corri em direção à agua e mergulhei de cabeça, apenas emergi do outro lado da piscina. Dei mais algumas voltas até Amanda me chamar:

– Chega né folgada? Vem ajudar a gente!

Assenti e sai da agua. Caminhei lentamente até Bruna que estendia uma toalha para mim, não pude deixar de sorri quando percebi seu olhar nada discreto em direção ao meu corpo. Me sequei e retomei meu lugar na mesa. Ninguém se atrevia a falar nada que não fosse sobre projeto.

Não levamos muito tempo para terminar o trabalho que deveria ser apresentado na próxima semana. Amanda e eu assim que terminamos nos despedimos e fomos para minha casa. A ruiva perdeu um tempo se arrumando, eu havia combinado com Gabriela para que ela nos buscasse por volta das 21h. Quando faltavam dez minutos para esse horário eu e Amanda á estávamos prontas aguardando na sala enquanto víamos TV. Minha irmã passou por nós e me deu um sorriso malicioso.

Eu olhei para o relógio, já eram 21:30 e nada da minha prima chegar. Acabei ficando com fome e abri um pacote de biscoito. Já se passava das 22h quando eu ouvi a buzina em frente a minha casa, joguei um beijo para minha mãe e sai correndo em direção a porta. Entramos no carro, eu no banco da frente e Amanda no de trás.

– Acho que você esta atrasada, mas é só um pouco, relaxa. – reclamei do horário.

– Desculpa priminha, você sabe como eu sou me arrumando, preciso de você pra me apresar. Oi ruiva da semana passada – Gabriela virou-se sorrindo para trás.

– O-o-oi. – Amanda disse corando.

Toda aquela demora valeu a pena, Gabriela estava deslumbrante. Eu contive o riso vendo Amanda corar e gaguejar enquanto minha prima falava com ela, só fiz isso por lembrar do controle que minha amiga tivera mais cedo.

Quando chegamos na balada fomos as três até o bar, a conversa fluía bem na maior parte do tempo, minha amiga se atrapalhava com alguma palavra mas nada demais. Depois do segundo copo resolvemos ir dançar. Ficamos juntas por um tempo até Gabriela se interessar por alguém. Ai foi quando começou a complicar, minha prima começou a se agarrar com uma garota qualquer na pista e minha amiga acabou se desanimando pela cena que via. Não havia entendido direito o interesse de Amanda, mas parecia ser grande visto a maneira que ela agia. Não demorou muito para a ruiva querer ir embora:

– Gi, acho que eu quero ir pra casa...

– Tudo bem amiga, vou só avisar a Gabriela que estamos indo.

– Imagina! Pode ficar, eu pego um taxi e rapidinho chego em casa.

– Vamos juntas então! Já volto. – Dei um sorriso cumplice e fui atrás de minha prima. A encontrei e avisei que estávamos indo.

Demorou alguns minutos até um taxi atender a gente, mas depois que entramos chegamos rápido em casa. Me despedi da ruiva na porta de sua casa e me dirigi até a minha.


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