Drunk On Love escrita por jessy sykes


Capítulo 4
Roar


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Eu sempre sonhei em casar. Em ter um marido exemplar, que me amasse. Sonhei com o momento de nossa lua de mel, quando finalmente, eu deixaria de ser menina para virar mulher. Ta, isso é meio ultrapassado.

Um de meus sonhos era me casar virgem, e entre todos, foi o único que realizei. Um sonho estranho e, tenho que admitir, já que a maioria da população feminina perde a virgindade na adolescência e quando casam, já são mais do que experientes. Mais eu mesma criei minha ilusão.

Deveria ser cruel para um marido ter uma mulher que já fora tocada por vários. Mesmo a mulher sabendo que seu marido já esteve com várias.

A verdade, e a razão de toda essa conversa é que eu me iludi em relação a minha lua de mel. Eu imaginava que seria perfeito, mais seria totalmente idiota. Porque eu simplesmente me abominava com a idéia de continuar virgem, e me abominava mais ainda a idéia me deitar com Don , alguém que apesar de não me parecer... Mal, não era quem eu amava.

D.F:o que está fazendo? – questionou me olhando preocupado.

J.F: olhando. – estávamos numa suíte linda, no prédio mais lindo e caro de Londres. – isso é mesmo lindo... – murmurei. – porque diabos você não me deixa em paz e vai pro seu quarto?

Ele caminhou ate o meu lado vagarosamente com as mãos no bolso do casaco que usava, e que partilhamos.

D.F: já estou no meu quarto. – me disse sorrateiramente.

O que? NÃÃÃÃO! Aquilo não podia estar acontecendo.

J.F: HAHA! – sorri sem humor – você é TÃÃÃO engraçado, maridinho.

D.F: não estou sendo engraçado,gatinha . – seu tom era sério. – vou ficar aqui. O que dirão se eu, em plena lua de mel ir dormir em outro quarto? Que sou um fracassado? Simplesmente inadmissível. Vou ficar aqui, e essa é minha ultima palavra.

Ele me deu as costas, e o grito de horror veio em minha garganta. Fui capaz de me controlar, e o olhei pasma. Ele tinha razão, seria idiotice. Nossa família era conhecida em toda a Europa, e de que valia um casamento fracassado? Se eu estava na chuva, era pra me molhar. Faça merda, mais faça direito.

J.F: mas... Eu vou dormir não chão. – murmurei para ele.

D.F: faça como quiser. – ele estava tão sério desde que falamos de crianças no aeroporto.

A nevasca estava forte, e ele me observou ir até a mala no enorme closet e apanhar uma toalha pessoal, assim como meu nécessaire. Quando me virei, ele não estava mais lá.

Entrei no chuveiro, com as lágrimas presas nos olhos. Era tortura medieval... Das piores.

Abri o chuveiro, e coloquei no mais quente possível. Logo o banheiro imensamente branco se encheu de fumaça cheirosa e quente. Escorreguei pra de baixo do chuveiro e chorei, finalmente, me entregando as lágrimas.

Doía em meu ser... Era horrível saber que eu estava condenada a Don para sempre, e que nunca iríamos nos apaixonar. Nunca.

Don~

Eu nunca quis me lembrar, mais ela me lembrou. Ela foi capaz de despertar em mim em um segundo o que levei seis anos pra tentar apagar.

A lembrança que mais ardia em minha alma.

Lembrar-me de que ela existia era incrivelmente doloroso. De que havia no mundo alguém que eu tinha criado, que eu tinha feito existir, era doloroso. Eu nunca a conheci, nunca a vi, apenas de longe.

Quando eu percebia que minha vida não tinha sentido, apanhava meu carro e parava-o na porta da pré-escola na qual ela freqüentava, e ficava lá até a vagabunda, desgraçada da mãe dela a fosse buscar.

Ela tinha olhos azuis, .Cachos compridos, delicados, que se estendiam até a pequena cintura, e escuros, como os meus. Ela era linda... Ela era minha filha. Que eu nunca pude conhecer...

Eu me torturava a seis anos, pensando naquela noite em que fui a uma boate de prostitutas e conheci Thalia, a mãe dela. Naquela noite terrível, Thalia oferecia seus serviços a homens solitários e ricos, que pretendiam pagar caro por prazer.

Eu me sentia sujo, mais a afinal, eu tinha apenas dezenove anos. Eu não queria me lembrar mais... Não. Havia mais... Mais...

Já fazia longos minutos em que deixei Jess sozinha no quarto para tomar banho. Porque eu simplesmente não conseguiria ficar ali com ela nua atrás de uma porta.

Eu a desejava, como nunca desejei ninguém. Eu a conhecia a meras horas insuportáveis, e a desejava ardentemente.

Subi para o quarto, na esperança de encontrar Jess adequadamente vestida, porém, eu sabia que parte de mim, tinha a esperança de surpreendê-la apenas de toalha, e quem sabe seduzi-la e...

Coloquei a mão na maçaneta, e a girei. Lenta e torturantemente.

A porta abriu após um leve solavanco, e adentrei ao cômodo observando em volta. Havia fumaça, e estava quente. Ela deveria ter saído do banho a pouco. O quarto estava do mesmo jeito que eu deixei, prova de que minha esposinha de 18 anos era bem organizada.

Fechei a porta atrás de mim, e fui em direção ao centro do enorme quarto. Era branco, com lençóis avermelhados de seda. Tentação... Ela não estava em canto algum, apenas a avistei segundos depois, deitada na cama, totalmente adormecida.

Mais que diabos aquela menina pensava que era? Porque ela estava vestida daquele jeito? Não pensei em nada, apenas caminhei em direção a cama quando a vi se mexer um pouco e gemer algo incompreensível.

Ela tinha os cabelos molhados, e espelhados pelo travesseiro. Eu podia sentir da beira da cama o cheiro de morango que exalavam. Os olhos suaves e adormecidos, ela estava com uma coberta em volta do corpo. Imaginei que antes de dormir ela houvesse se coberto... Era bom que o fizesse...

O par de pernas esbranquiçadas e esguias estava totalmente exposto pelo minúsculo short negro que ela usava mal lhe tampando o bumbum. Não havia nada, além de uma camisa que lhe ia até os joelhos. Olhei bem, e constatei que ela camisa era minha. Porém não pude negar que ficava absurdamente linda nela... Com aquela pele clara, quase avermelhada.

O que ela pensava? O que aconteceu? Ela não tinha medo de mim? Suspirei, me desviando dela, e fui até o banheiro. Apanhei minha roupa e no quarto mesmo me despi. Não me importava que ela estivesse ali. Seus olhos adolescentes nada podiam ver agora... Guardei a roupa limpa na mala e a suja separei em outra.

Adentrei ao banheiro, e ouvi outro gemido vindo do quarto. Mais que droga! Enrolei uma toalha em minha cintura, e fui até lá. Ela continuava a mesma posição, sonhando. Ela tinha as mãos sobre o ventre, apertando. Estaria ela com dor?

Abaixei-me, e a observei. Ela repetiu o ato. Eu não entendia nada... Era melhor deixá-la.

Voltei para o banheiro, e fechei a porta normalmente sem travar. Entrei de baixo do chuveiro, rapidamente tomei um banho extremamente quente. Eu precisava de um gelado, mais o clima de geada mão me permitia. Assim que o conclui, sem me secar, sai do Box e fui em direção ao armarinho do banheiro com a intenção de escovar os dentes.

Assim que chegamos recebemos um quite de higiene pessoal na entrada, e colocamos apostos no banheiro. Assim que abri o armarinho reluzente, me deparei com algo que não estava ali antes.


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Notas finais do capítulo

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