Drunk On Love escrita por jessy sykes


Capítulo 2
Dominio


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura (8



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Deveria ser esse meu sentimento oculto por Don Flack . Puramente asco. Mas meus olhos enxergavam mais do que a certeza... A forma na qual ele agia, cavalheiramente, agradando a todos os convidados, sendo gentil com minha família que o tratava de forma tão falsa;

A mim cabia a posição de noiva feliz... Observei em volta. Era a festa mais linda que eu já tinha visto, porem tudo não passava de uma falsa... Cada pedacinho; pessoas bonitas, porem falsas. Convidados felizes, que invejavam. Família feliz que não se conhecia... Noivos novos, que não se amavam.

A vergonha me dominou. Don caminhava em minha direção após um longo momento afastado de mim. A festa era no imenso jardim da mansão de Victor Flack .

Don flutuava com o vento conforme se aproximava, com os cabelos escuros brilhando com o sol, os olhos azuis me encarando como se estivessem prontos para seduzir... A camisa social erguida nas mangas pelo calor que fazia... Sua altura elegante, sua presença que me atormentava.

Eu me sentia estranha. Nua aos olhos dele... Don me fuzilava como se visse por baixo das rendas francesas de meu vestido... Desejando?

D.F: acho que minha esposa poderia me conceder uma dança. – parou em minha frente, sem deixar de me olhar. Pisquei varias vezes cruzando os braços sobre o peito. Ele me encarava, eu podia jurar que por trás daquela expressão séria existia um sorriso... Um sorriso pronto para ver meu delírio.

J.F: não sei dançar. – minha voz saiu fraca, porém decidida. Eu estava pronta para confrontá-lo. Mostrar para meu ‘marido’ quem eu realmente era.

D.F: não é um pedido... – os olhos de Don afundaram-se nos meus. Ele se aproximou cada segundo mais. – você entende não é? São as circunstâncias gatinha.

Eu estava entregue aos olhos azuis e maravilhosos... Lutei contra as mãos dele, mais vi câmeras explodindo em flash em nossa direção. Fotos do casal feliz. Até nisso eles erraram... Até nisso a falsidade era mutua.

Caminhei com ele até a pista, onde todos dançavam. A musica ficou lenta de repente, e senti Don me puxar contra si. Eu arfei, suas mãos delicadas deslizaram-se contra meu braço cruzado sobre meu peito, até chegarem as minhas palmas. Ele as separou, cuidadosamente... Confabulando um modo talvez, de não tocar em meus seios que quase pulavam para fora do decote conforme meu peito subia e descia acompanhado o ritmo maluco de minha respiração.

Começamos num ritmo lento... Até todos pararam para nos olhar. Eu mantinha meus olhos nos dele. Sempre... Mordi o lábio quando pisei em seu pé e ele apertou os olhos.

J.F: eu disse que não sabia dançar. – murmurei duramente.

D.F: não doeu. – comentou me encarando direto nos olhos – isso foi bem pior. – naquele exato momento mordi o lábio, e notei sobre o que ele falava. Mordi o lábio mais lentamente, olhando para o chão. – não me provocaJessica... Eu não quero fazer algo no qual tenho direito, mais posso me arrepender.

Estávamos jogando? Terrível... A sensação quando aquelas palavras murmuradas por Don penetraram em meu cérebro.

J.A: você não tem direito algum. – murmurei para ele – eu sou sua no papel. Mais nunca seria de verdade... Nunca. – o sorriso dele foi fraco, porém convincente. Ele nada me respondeu...

Eu apenas forcei meus olhos a se fecharem, e não pude evitar ver cenas em minha mente. Ver cenas que apenas imaginei... Que apenas li, que nunca experimentei. Aqueles homens de livros franceses, aquela amantes ardentes que se entregavam de forma apaixonada. Eu imaginei Don como um deles, másculo, delicioso... E me imaginei como um nada. Eu não era nada perto dele... Eu não podia imagina a cena.

Don forçando-se para dentro de mim, enquanto minhas defesas fraquejavam. Enquanto seus lábios vagavam por meu corpo que nunca conheceu o prazer.

Era repulsivo. Era estranho. Causa-me dor. Eu chorava. E o que me restava era a auto piedade. Eu estava presa a ele para sempre... E neste para sempre eu jamais seria tocada. Eu sairia daquele casamento como entrei.

Como vim ao mundo. Sem conhecer o amor, a paixão que existia entre uma mulher e um homem. Puramente virgem.

Foi ai que desejei voltar no tempo e não ter enrolado Mike por dois anos. Eu poderia ter conhecido... Mesmo que não o amor, e sim o prazer. Mais eu neguei isso a ele... Neguei para entregar a Don . Algo que nunca aconteceria.

O carro saia da casa dos Flack’s em direção ao aeroporto, pois iríamos embarcar para nossa lua de mel em questão de minutos. Mais uma idiotice. Parte do contrato.

D.F: ainda bem que você tirou aquele vestido. – estávamos calados há quase trinta minutos, enquanto atrás da proteção sem nos ver ou ouvir o motorista diria em direção ao aeroporto. – eu já estava ficando louco.

Virei- me em sua direção instantaneamente. O que ele estava dizendo?

J.F: pra onde vamos? – questionei olhando a cidade passar através do vidro. Nova York ficava para trás.

D.F: Londres . – sua voz era sensual. Seu olhar era sensual... Seu comportamento, ele completo. – você já foi à Londres?

J.F: Não interessa. – retruquei me acertando no assento do banco, longe dele eu estava sendo muito grossa com ele.

D.F: Você tem um gênio e tanto, esposinha. – ele chacoalhou a cabeça sorrindo levemente. Sensualmente. – vou ter que dar um jeito nisso.

J.F: você não vai dar um jeito em nada. – o encarei, e vi em seus olhos a surpresa – fique bem longe de mim.

D.F: Ok... Vamos ver pro quanto tempo. – ele não disse mais nada. A viajem seria longa... Assim como a vida que eu tinha pela frente com Don flack.

Don~


O avião decolou.

D.F: você não tem medo de voar, tem? Vai continuar com esse joguinho até quando? – a encarei.

Mais uma vez ela não me respondeu. O silêncio dela me deixava louco... Mais menos louco do que sua pele delicada, seus lábios rosados e macios...

Seu hálito que tive a breve chance de sentir enquanto dançávamos... Suas curvas pequeninas de adolescente, e seus olhos marrons que brilhavam como estrelas escondidas na imensidão escurecida da noite.

Jessica Angell ...Quer dizer, Flack, me deixava louco a primeira vista. Algo que não era normal. Talvez isso fosse porque ela era a única que disse não.

J.F: Até quando eu quiser. – ela estava enrolada num cobertor rosa com bichinhos, vestindo óculos grandes de sol. Usava uma calça de moletom rosa clara e uma blusa branca com desenhos no mesmo tom. – boa noite.

Ela era decididamente uma perdição... Era mais do que eu queria ter. O que me fascinava é que aquela intrigante garota ao mesmo tempo em que era sensual, era puramente menina. Eu me contentaria com uma adolescente comum de 19 anos, que fosse mais magra que o normal, ou mais gordinha. Talvez mais alta mais baixa... Que usasse óculos, aparelho... Mais não. Meu pai pareceu escolher pra mim justo a única que não tinha nenhum desses defeitos.

A perfeita.

Ela não era perfeita nem de longe. Era a garota mais difícil que já conheci. Ela precisava de rédeas curtas... Ou senão nosso casamento contratual não duraria tanto tempo quando era previsto. Pelo menos cinco anos eu a teria em minha cola, sob total vigilância. Eu não queria nenhum homem perto dela.


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Notas finais do capítulo

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