Sombras da Lua escrita por Nanny Zumstein


Capítulo 4
Capítulo 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/47749/chapter/4

SEGUNDA PARTE – Ano: 2003

__________________________________

Londres, Inglaterra

O Magnólia era uma famosa casa de chá, conhecida por seu conforto e simplicidade. Uma charmosa residência de dois andares com arquitetura neoclássica enfeitada por flores e largas janelas de vidro. Naquele dia de sol, os clientes divertiam-se entre fofocar e ressaltar sua opinião a respeito do delicioso chá com creme de canela.

Recepcionado pela brisa vinda do ar-condicionado e por uma deliciosa música céltica, Mark Remington observou o animado ambiente. As atendentes trajando o costumeiro uniforme preto, explicavam sobre as variedades medicinais dos chás expostos nas diversas prateleiras na saleta de espera para os clientes, enquanto outras se ocupavam em exibir os encantadores enfeites místicos espalhados pelo claro estabelecimento.

Havia magia no ar. Um encantamento que deixava todos os visitantes imediatamente apaixonados por aquele pequeno lugarzinho que parecia ter saído de um conto de fadas.

Mark caminhou até o balcão de atendimento e não conseguiu esconder o divertimento ao ver as duas atendentes duelando entre cutucões para ver quem iria atendê-lo. Retirando os óculos escuros, apoiou um braço sobre a bancada e abriu um de seus irresistíveis sorrisos antes de perguntar:

 - Onde está a chefe?

As duas jovens ficaram boquiabertas diante dos penetrantes olhos mel-esverdeados que as fitavam com uma intensidade quase sufocante. Quando Mark ergueu uma sobrancelha, uma delas piscou bruscamente e conseguiu dizer entre gracejos:

- Ela… Ela está no pátio dos fundos.

Atravessando a saleta e conseguindo desviar de todas as mesas ocupadas no salão da cafeteria principal, Mark alcançou as automáticas portas de vidro que davam acesso a um jardim romano. O som cristalino de um riso chamou-lhe a atenção, e assim que seus olhos encontraram quem estava procurando, ele sentiu todo o ar escapar-lhe.

Alta e esguia, ela estava em pé ao lado de uma mesa ocupada por um grupo de velhinhas. Naquele dia, Katherine estava usando uma calça social que moldava perfeitamente suas longas pernas e a camisa branca de botões perolados com mangas curtas acentuava-lhe a delgada cintura. O ondulado cabelo castanho-escuro pelo qual sempre alimentou um estranho fascínio estava apenas com a franja presa, fazendo com que as madeixas formassem uma cascata de cachos ao longo de suas costas.

Parecendo sentir sua presença, Kathe virou o rosto fazendo com que seus olhos de uma tênue mistura entre o intenso âmbar e o brilhante dourado fizessem Mark lembrar-se da necessidade que tinha de respirar. Ela voltou-se para as senhoras e despediu-se antes de caminhar até ele e saudá-lo com um radiante sorriso.

- Pensei que você viesse me pegar para irmos à reunião mais tarde.

- Um minuto sem te ver faz meu coração sangrar de saudades. – A irônia dele a fez erguer uma sobrancelha.

- Que bicho te mordeu?

Dando um passo a frente de modo que pudesse tocar com a ponta dos dedos o fraco hematoma no queixo dela, Mark respondeu com os dentes cerrados:

- Diante das óbvias evidências, acho que não fui eu o quase mordido, certo? – Esforçou-se para continuar sério quando a viu girar os olhos. – Você deveria ter me contado.

- Para você ficar histérico e armar um escândalo?

- Eu nunca armo escândalos.

- Mais fica histérico.

- Como capitão, tenho o dever e o direito de me preocupar com uma das minhas caçadoras mais experientes.

Recuando uns passos, Kathe cruzou os braços e provocou:

- Você veio até aqui para certificar-se de que já estou conseguindo andar sem a ajuda de muletas?

- Não apenas isso. Queria descontar minha raiva em você e dizer o quanto foi irresponsável.

- O que você tem não é raiva e sim uma chauvinista frustração. – Divertindo-se por vê-lo fechar o semblante ainda mais, garantiu com falsa suavidade: – Eu estou bem.

Mark hesitou um pouco, observando com mais cuidado as escoriações quase curadas em seu braço e os pontos escuros em seu pescoço. Sim, ela estava bem, relatou mentalmente, para uma doida que quase morreu nas mãos de dois sanguessugas recém-nascidos.

Contemplando a sombria carranca dele, Kathe repousou a mão em seu braço e garantiu com mais firmeza:

- Veja as coisas pela minha perspectiva. Eu estava voltando para a casa a pé porque não tinha vindo trabalhar com o carro e a noite estava muito agradável para uma caminhada. Só que dois vampiros apareceram, foi algo imprevisível e eu não poderia ter feito nada para impedir.

- Você podia ter me ligado. – O olhar descrente dela o fez se sentir um idiota.

- E o que você teria feito? Soltaria um rugido pelo celular?

- Que inferno, Kathe! – A evidente preocupação dele a comoveu. – Poderia ter tomado mais cuidado, me ligado para eu ir buscá-la ou ter chamado a droga de um taxi!

- Mark, já faz uma semana que aconteceu esse ataque. Vamos parar com isso, porque essa discussão só vai chatear a nós dois.

Num gesto carinhoso, ele a abraçou com força, afundando o rosto em seu cabelo para sentir o suave perfume floral tão característico. Por aqueles breves instantes, Mark lamentou profundamente que Kathe tivesse matado os dois vampiros. Ele mesmo gostaria de ter dado um jeito naqueles dois morcegos apenas pelo simples motivo de terem colocado os seus repugnantes olhos vermelhos sobre ela.

- Tudo bem, você tem razão.

- Eu sempre tenho. – Riu divertida quando os braços dele apertaram com mais força sua cintura.

- Mais é melhor você começar a chegar mais cedo em casa.

- Você sabe muito bem que eu nunca fecho o Magnólia antes das dez.

Mark mordeu a língua para conter o ímpeto de soltar uma blasfêmia que faria a maioria dos clientes ficarem horrorizados. Admirava sinceramente aquela obstinação férrea que Kathe usava como se fosse uma segunda pele, mas na maioria das vezes, ele queria esganá-la por ser tão teimosa.

- Conversei com Keera hoje de manhã pelo telefone, e ela acabou me contando o que aconteceu. E mesmo me certificando que você estava bem, precisei vir até aqui e averiguar pessoalmente.

- Eu deveria ter suspeitado que minha tia-avó fosse lhe contar o que aconteceu. Mas, como já encerramos esse assunto, vamos tomar um chá.

- Eu terei que pagar?

Kathe o olhou ofendida.

- Francamente Mark, que pergunta mais grosseira.

- Eu só quero saber se terei de deixar as minhas calças como pagamento, porque deixei minha carteira em casa.

- Então espero sinceramente que esteja usando alguma coisa bem sexy por baixo desse jeans.

Eles ainda estavam rindo quando entraram no enorme salão de leitura no segundo andar. Kathe não se preocupou em conter um suspiro de aforação ao vagar os olhos pelo seu recanto favorito. As mesas lustradas de modo impecável estavam espalhadas ao lado da enorme vidraça, enquanto o restante do recinto era mobiliado por poltronas de couro e mesinhas com abajures de cristal que ofereciam uma refinada atmosfera. Obras de arte foram penduradas nos espaços das paredes que não estavam ocupadas por estandes cheias de livros.

Kathe permitiu que Mark a guiasse até uma das mesas. Ele lhe puxou uma cadeira e sorriu galanteador quando a fez rir de sua demonstração exagerada de cavalheirismo.

- Quer que eu estenda o guardanapo em seu colo? – Sugeriu com malícia.

- Para você ter a oportunidade de acariciar as minhas pernas? Não, obrigada.

- Eu já toquei nelas.

Kathe apoiou o queixo nas mãos enquanto o observava ocupar a cadeira à sua frente.

- Sim, e eu também lembro muito bem que você ficou com um enorme olho roxo.

O afiado comentário o fez soltar uma sonora gargalhada enquanto chamava por uma garçonete para fazer o pedido.

Kathe encostou-se na cadeira e observou o modo natural que Mark conseguia encantar qualquer mulher com menos de oitenta anos. Para ele, parecia um hábito absolutamente comum em deixá-las com o coração disparado. E mesmo com apenas vinte e três anos, Kathe duvidava que – exceto ela e a Seleny – algum dia haveria alguma representante do sexo feminino imune ao seu charme.

Ele passou a mão pelos grossos cabelos castanhos e abriu um sorriso tão charmoso que Kathe temeu pelo equilíbrio da garçonete, mas o simples movimento fez com que sua atenção fosse capturada pela tatuagem negra em seu antebraço; Uma estaca enrolada por uma corrente de espinhos. Apenas integrantes dos Órions conseguiria identificá-la como sendo a marca dos caçadores de vampiros. Uma entidade secreta que fazia os sugadores de sangue terem a prudência de jamais arriscarem a própria existência colocando-se diante de um grupo de humanos com poderes especiais.

A saída desengonçada da garçonete com o rosto vermelho e os olhos brilhantes a fez dispersar os próprios pensamentos e encarar Mark com uma sobrancelha erguida:

- Você quer mesmo perder a calça. – Provocou diante do enorme pedido dele.

- É que sempre sustentei o sonho secreto de um dia você ver as minhas pernas. – Ele respondeu com o mesmo humor, fazendo-a soltar uma gargalhada tão quente que o obrigou a cerrar os punhos para conter o desejo de tocá-la. – Você e Keera vão quando para a Irlanda?

- Estamos planejando ir daqui quinze dias. Quero passar a última semana de agosto com a minha irmã, e depois voltaremos para o vilarejo no feriado de natal e ficaremos até o ano novo.

- Como todos os anos.

Kathe deu de ombros e observou pela janela o modo que o vento ficava mais forte à medida que o entardecer ia chegando ao fim e as nuvens escuras da noite cobriam o céu de verão.

- Foi o acordo que fiz com a minha avó antes de me mudar para Londres. Sinto falta de Gallagher.

- Ainda acho um pouco difícil imaginá-la vivendo num pacato vilarejo perdido pelo condado de Antrim.

- Vivi em Gallagher por nove anos. Foi ali que aprendi sobre minhas origens e a entender quem eu sou. – Os olhos de ouro encontraram os de Mark. – Mas foi principalmente no conforto da natureza, na tranqüilidade e na pureza do ar que eu consegui superar a morte da minha mãe. Mesmo sendo um pequeno vilarejo onde apenas pessoas do meu clã conhecem, é o meu lar, e pretendo voltar a morar lá um dia e abrir o meu próprio Magnólia.

- Keera vai ficar muito feliz em ouvir isso.

- Ela sabe que me apaixonei por esta casa de chá quando me trouxe aqui pela primeira vez. Acho que as coisas não poderiam ter acontecido em melhor hora. Minha tia já estava ficando cansada e com a minha vinda para Londres, ela pode se aposentar e fazer as viagens que tanto sonhou enquanto eu me encarregava dos negócios.

- Você fez esse lugar prosperar. – Mark elogiou com sincera admiração. – Quem diria que um dia eu iria preferir viu a uma casa de chá a ir tomar uma cerveja gelada num pub.

Kathe chutou-lhe a canela por baixo da mesa, fazendo-o soltar um gemido entre a sensação de dor e susto.

- Você vem até aqui apenas com o propósito de me ver.

- Muita pretensão sua achar que minha vida gira envolta desse seu rostinho de porcelana. Há muitas garotas bonitas aqui. – Olhou para as mesas cheias de clientes que deveriam ter mais de cinqüenta anos. – Estou me referindo às garçonetes. – Apressou-se em acrescentar.

Kathe preparou-se para alfinetá-lo mais uma vez quando a garçonete apareceu envolvida numa nuvem perfumada, trazendo o pedido numa bandeja de prata. Kathe piscou surpresa quando olhou para a garota e a viu colocar toda a comida na frente de Mark, enquanto a servia apenas com uma minúscula xícara de chá.

- Aqui está o que pediu. – Ela falou num ronronar cremoso.

- Obrigado, doçura.

- Se desejar mais alguma coisa… É só me chamar. – E afastou-se parecendo flutuar.

- Eu deveria contratá-lo, Mark. Nunca vi minhas assistentes trabalharem com tanta determinação.

- E que cargo você me daria? Seu secretário particular? – Enviou-lhe uma piscadela enquanto a via levar a xícara aos lábios.

- Faxineiro. – Kathe sorriu satisfeita ao vê-lo engasgar com um pedaço de pão. – Tenho certeza que as meninas achariam incrivelmente sexy você vestido com um macacão azul, mostrando os músculos dos braços enquanto varre o chão.

- Você está tentando me fazer rir?

- Eu nunca brinco quando estou pensando num modo benéfico pra ganhar mais dinheiro. – Sabendo reconhecer muito bem uma situação de perigo, Kathe achou mais prudente mudar de assunto: – Têm noticias de Seleny?

Mark sorveu um longo gole de seu próprio chá. Usou o tempo de silêncio para esvanecer a vontade de pular no pescoço de Kathe e esganá-la.

- Consegui entrar em contato com ela há alguns dias, e pelo visto as coisas andavam bem emocionantes levando em consideração os sons de tiros, explosões e rugidos. E como nós sabemos muito bem que Seleny nunca foi à personificação de delicadeza feminina, não me choquei quando ela berrou no meu ouvido para não incomodá-la antes de desligar na minha cara.

Ocultando o divertimento por trás de uma fisionomia serena, Kathe observou Mark terminar de comer os pães doces para em seguida começar a servir-se das tortinhas de morango com creme.

- E onde ela está agora?

- Acredito que esteja no Brasil. – Ele deu de ombros. – Mas nunca iremos saber ao certo, ela muda de lugar com a mesma flexibilidade que perde a paciência.

- Ela está apenas tentando encontrar a cura para a própria dor.

- Seleny está fugindo do dia em que terá de encarar a realidade. – Rebateu duramente. – Ela passou os últimos anos caçando os vampiros que mataram sua família, mas não se esforça o suficiente, pois sabe que quando exterminá-los, não lhe restará mais nada.

- Ela terá a chance de encontrar finalmente a própria paz. – Kathe defendeu com firmeza, lhe empurrando a caixinha de guardanapos.

- Muito bem, vamos dizer que ela apareça agora e nos diga que sua caçada particular finalmente acabou. O que você acha que irá acontecer?

 - Seleny irá começar a viver a própria vida. – Kathe respondeu de imediato. A mente trabalhando rapidamente em busca das palavras certas. – Não podemos julgá-la pelo que está lutando, Mark. Seleny enfrentou muitas coisas dolorosas, e seu passado não é algo que qualquer um conseguiria superar com tanta coragem como ela vem enfrentando.

- Sua história também não é cor-de-rosa Kathe, e nem por isso você usa uma máscara de anjo vingador e está caçando os vampiros que mataram sua mãe.

Ele percebeu o peso de suas palavras quando já era tarde demais. Sentindo um terrível soco no peito, olhou para Kathe e reparou que sua fisionomia de tranqüilidade ainda estava intacta, mas os olhos exibiam uma poderosa frieza.   

Kathe cobriu sua xícara com as mãos, abraçando a fina porcelana como se esta pudesse lhe enviar algum consolo.

- Eu e Sarah fomos morar com a minha avó. Tivemos amor, proteção e carinho. Mesmo que nada disso preenchesse a falta de uma mãe, pelo menos nos ajudou a superar a dor dessa ausência. – Sua voz era cortante como a lamina congelada de um punhal. – Seleny não teve nenhum apoio. Ela se erguer sozinha, tornou-se numa criança sem sonhos. E quando foi encontrada pelos Carrington, já estava com quase treze anos. Por isso, não volte a nos comparar, Mark. Porque se eu estivesse no lugar dela, não teria suportado absolutamente nada.

Sentindo-se um monstro, Mark acolheu as mãos geladas de Kathe entre as suas, sem desviar os olhos de sua aparência inabalável.

- Me perdoe, fui cruelmente indelicado.

- Está tudo bem. – Garantiu, dando um leve aperto nas mãos dele. Kathe enviou-lhe um sorriso encorajador, mas ao notar como Mark parecia abalado por tê-la ferido, mordeu o lábio para conter o próprio pedido de desculpas.

Fora ele seu treinador no inicio de sua carreira como uma Órion, e ao longo da férrea amizade, Mark jamais fizera muito esforço para esconder seus verdadeiros sentimentos. E mesmo que se lamentasse amargamente, Kathe sabia que jamais seria capaz de amá-lo. Por alguma estranha razão, sentia que seu coração batia em chamado de alguém. Procurando por aquele que iria fazê-la sentir-se sulinamente completa.

- Foi bom ter visto você. – Comentou de repente, antes de levantar-se. – Mas agora eu preciso voltar ao trabalho.

Mark também se levantou, recuperando o bom humor diante do modo delicado que ela estava o mandando embora.

- Se não se importa, eu vou ficar aqui até você fechar e depois te darei uma carona até em casa.

- Eu me importo.

- Você vai se acostumar com a minha presença. – Sorriu quando a viu apertar os olhos em claro aborrecimento. – Além do mais, sempre apreciei observar belas mulheres trabalhando. Há algo estimulante na independência feminina.

- E eu sempre apreciei homens que saibam o seu devido lugar.

- Eu sei qual é o meu.

- Perfeito! Vá para lá então.

Antes que pisasse no primeiro degrau da escada, Mark já estava ao seu lado segurando-lhe o cotovelo num gesto prestativo.

- Katherine, isso não foi nada delicado.

- Não era minha intenção ferir sua sensibilidade.

- Homens não têm sensibilidade! – Reagiu com falsa indignação. – Nós temos testosterona!

Uma nova risada foi bruscamente detida por um terrível arrepio que serpenteou sua coluna. Kathe estacou, sentindo seu corpo começar a tremer involuntariamente. No mesmo instante em que seu coração pareceu falhar um batimento, o celular no bolso de sua calça começou a vibrar.

- Katherine? – A voz de Norah do outro lado da linha fez sua corrente sanguínea paralisar.

- Vovó.

- Você está bem, meu anjo?

Kathe cambaleou quando um grito de horror ecoou dentro de sua cabeça. Segurou-se no corrimão da escada e perguntou duramente:

- O que aconteceu?

- Fomos descobertas. – A resposta veio num timbre angustiante. – Os vampiros descobriram que as Lancasters não foram exterminadas como haviam pensando.

Uma vertigem de puro desespero a rasgou como garras afiadas, fazendo suas pernas bambearem. Kathe viu tudo a sua volta girar, e agradeceu mentalmente por Mark estar ao seu lado para sustentá-la.

- Sarah… – Foi à única coisa que conseguiu dizer.

A resposta de Norah pareceu demorar um século enquanto Kathe apertava o celular cada vez com mais força. Quando a avó finalmente lhe informou, todos seus tremores foram consumidos por uma avassaladora cólera de fúria.

- Sarah sofreu uma perseguição, Kathe. Tentaram matá-la.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sombras da Lua" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.