Teenage Runaway escrita por Bridget Black


Capítulo 23
The Selection


Notas iniciais do capítulo

Olá olá crianças. Tudo bem com vocês? Comigo não, porque eu tô gripada e tô com muita dor nas costas, mas isso não vem ao caso. Bom, fiquei mais de 3 meses sem postar, uau. O tempo passou rápido demais, a culpa não é minha. Ok, eu realmente tenho uma boa justificativa, porém eu vou explicar tudinho nas notas finais. Enfim, vamos ao capítulo. Dedicado à minhas amigas: Clary Potter pelo aniversário e Gillian Mellark pela (primeira) linda recomendação.

Enjoy it!

— B.B.



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“Se eu surtasse toda vez que uma coisa de ruim acontecesse no mundo, ia acabar completamente pirado.”
— Cidades de Papel

— Eu não aguento mais! — esbravejou Kayla, fechando o livro de poções com violência e o jogando de lado, chamando a atenção de Madame Pince, nossa velha bibliotecária, fazendo-a olhar torto em nossa direção. — ‘Tá, foi mal. — Se desculpou a morena de qualquer jeito para a mulher, que não disse nada em resposta e simplesmente voltou a organizar uma pilha de livros.

— Fala sério, Kay, você não fez quase nada. — acusei, apontando com a pena o pergaminho da mesma, que só continha um parágrafo, de três linhas, sendo que a última estava incompleta. O professor Slughorn estava sendo um tanto quanto rigoroso quando se tratava de deveres, como esse.

— São trinta e cinco centímetros de pergaminho pra falar sobre a Felix Felicis. Trinta e cinco. — retrucou, levantando as pernas e as pondo sob a mesa, mostrando seus tênis muito sujos. — O que esse cara pensa? Que eu não tenho vida social? Ora, francamente, tenho coisas muito melhores para fazer.

— Como o quê, por exemplo? Fala sério, você nunca faz nada, nem nas aulas você vai. Me surpreende que você saiba sobre o que falar nessa tarefa. — comentei, fazendo-a rolar os olhos.

— Não tem como eu esquecer. Você ‘tá me infernizando com isso durante as últimas duas horas, e eu tô sendo obrigada a ler esses livros. — argumentou, retirando rapidamente os pés da mesa depois de levar uma livrada da bibliotecária.

— Pelo amor de Merlin, para de reclamar. Você não estava nem lendo! Fora que cochilou duas vezes. — lembrei, a fazendo abrir a boca para discordar, porém fechando-a rapidamente, vendo que eu estava certa. — Agora termina isso logo, e ai você pode fazer qualquer coisa que queira.

— ‘Tá, ‘tá, tudo bem. Você as vezes consegue ser pior que a própria Kimberly, sabia? — exclamou, fazendo clara referência à mãe, pegando a pena e abrindo novamente o livro. Ficamos alguns poucos minutos desse jeito: eu rabiscando furiosamente o pergaminho e ela, bem, olhando fixamente para o dela.

— Que droga você tanto escreve ai, hen? — questionou, me fazendo respirar fundo, pedindo paciência.

— O dever, coisa que você deveria estar fazendo. — acusei.

— Ata... — murmurou, olhando novamente o pergaminho, enquanto brincava com um dos anéis. — Lexi... Você é minha melhor amiga, sabia?

— Sabia. — bufei, continuando a escrever.

— Sabe, você bem que podia...

— Não. — respondi, já sabendo muito bem o que ela iria pedir. — Eu não vou dar o meu para você copiar, você tem as duas mãos e por incrível que pareça, um cérebro. Então, termine logo isso, agora. — ordenei, fazendo-a resmungar vários palavrões em francês, enquanto pegava o livro e começava a escrever.

Depois do que pareceu serem horas, finalmente larguei a pena, agradecendo aos céus por ter acabado aquela infeliz tarefa. Kayla ainda escrevia, ou melhor dizendo, copiava algo do livro. Basicamente, ao invés de escrever com suas palavras, ela preferiu usar as do autor, alegando serem muito mais científicas que as delas. E eu esperei. E esperei. Porém, ao que me parecia, ela nunca ia terminar aquilo rápido. Já estava a quase uma hora naquilo, e até agora não havia passado da metade do pergaminho.

— Por Merlin, como você é lenta. — falei, impaciente.

— Bom, se você tivesse me emprestado a droga do seu para eu poder copiar, isso não estaria acontecendo. — murmurou, expressando seu completo desagrado. Rolei os olhos.

— Pelo amor de Deus, o que vai te custar fazer esse dever?

— Me dê um tempo, vou fazer uma lista. — retrucou, me fazendo soltar uma risada de incredulidade. Essa ai não mudaria nem se fosse abduzida.

— Chega! Eu desisto. — disse, jogando a pena com raiva na mesa e fechando o livro. — Se eu ficar mais tempo nesse lugar, vou enlouquecer.

Joguei a cabeça para trás, impaciente.

— Eu não consigo acreditar nisso, a garota fica horas a fio desenhando ou treinando azarações novas, mas é incapaz de fazer um exercício tão tosco como esse!

— Pra você é fácil falar, você não tem mais nada pra fazer, sua vida social é mais parada que aquela mosca ali. — respondeu, acidamente, apontando para uma mosca.

— Aquela mosca me parece bem agitada. — retruquei, fazendo-a revirar os olhos.

— Lexi, eu estou falando daquela mosca morta ali no chão.

— Olha aqui sua... — comecei, preparando-me para mais uma daquelas nossas briguinhas toscas que nunca levavam a nada, quando fui interrompida.

— Jackson e Dursley, certo? — perguntou timidamente uma garota de cabelos crespos e grandes óculos, que parecia estar no seu primeiro ano, da Sonserina.

— É, somos nós, por que? — encorajei, curiosa por saber o que aquela garota queria conosco.

— Bom... O professor Slughorn me mandou vir aqui entregar isso à vocês. — informou, entregando um envelope para cada um de nós e saindo rapidamente.

— Que garota estranha. — murmurou Kayla, abrindo o envelope de qualquer jeito, coisa que eu também fiz.

Depois de alguns segundo lendo e avaliando o pergaminho, meus olhos se arregalaram levemente assim que meu cérebro processou o que dizia.

— Pera... Eu li isso mesmo? — Me endireitei na cadeira, incapaz de acreditar no que havia acabado de ler.

— Esse velho deve ‘tá de brincadeira comigo. — esbravejou Kayla, amassando bruscamente o pergaminho, os olhos faiscando. — Primeiro ficar passando essas malditas tarefas gigantescas, me fazendo perder a tarde inteira trancafiada numa maldita biblioteca e agora isso? Clube do Slug? É sério isso?

Resumidamente, o professor havia nos “convidado” — porquê, pelo que eu entendi, isso não é questão de escolha — para participar do Clube dos famosinhos, que é como Fred chamava. Apenas os melhores ou os filhos dos melhores iam para o tal clube, e pelo visto, tanto eu quanto Kayla estávamos inclusas nisso.

— Isso é patético. Por que essas coisas sempre acontecem comigo? — exclamou, nervosamente.

— Você quer realmente que eu diga? — questionei, fazendo-a me olhar mortalmente. — Má cherie, francamente, esse seu olhar não funciona comigo. Eu quero saber é por que eu fui chamada.

— Sei lá, você é boa em poções. Só sei que vou fazer o possível e o impossível para sair dessa droga. — Suspirou, tacando a bolinha de papel que fez com a carta em uma garotinha que passava na hora, que logo em seguida olhou feio para nós, fazendo Kayla mostrar a língua.

— Tão madura... — ironizei, fazendo-a dar de ombros. — Cara, eu não aguento mais. — exclamei nervosamente, entregando de qualquer jeito o meu pergaminho para a morena, não aguentando mais ficar ali. — Copia essa droga logo antes que eu desista de te emprestar, e depois põe no meio das minhas coisas no dormitório. — disse, juntando minhas coisas e me levantando.

— Aleluia! Eu te adoro, sabia? — exclamou sem me olhar, mais preocupada no dever.

— Tá, tanto faz. — Caminhei até a saída, deixando um livro no balcão da bibliotecária antes de sair.

Caminhar por aqueles corredores me fazia sentir como uma prisioneira vendo o mundo depois de anos trancafiada numa prisão, achando tudo mais belo do que o normal. O fim de tarde estava fresco, o começo de outubro trazendo um clima agradável, ideal para ficar o dia inteiro deitada numa cama, se me permitem dizer.

A hora do jantar de aproximava, e resolvi ir direto para o Salão Principal.

— Lexi. — cumprimentaram duas figuras ao meu lado.

— Olá garotos. — retribui, com um sorriso de canto. — Vocês não estavam treinando? — questionei, apontando para os normais uniformes da Sonserina de ambos.

— Não, hoje é dia da Corvinal treinar. — esclareceu Albus, e eu vi Scorpius rolando os olhos.

— Vamos falar a verdade, nem se eles treinassem a vida toda conseguiriam nos vencer. — exclamou o loiro, fazendo um toque estranho com Albus.

— Bom, vou tentar acreditar em você, já que nunca vi eles jogando. — falei, lembrando-o de que eu havia chegado em Hogwarts apenas esse ano.

— Vai por mim, Lexi, ele ‘tá certo. — admitiu Albus, e acrescentou — A última vez que eles ganharam um campeonato, foi no começo quarto ano. Depois disso, uma onda de azar andar perseguindo o time.

— Ainda bem, né. — disse Scorpius, colocando as duas mãos no bolso da calça. — Como ficaria a nossa reputação se perdêssemos um jogo para a Corvinal? Preferia ficar o ano inteiro letivo de detenção à ter de passar por essa humilhação de novo.

— De novo? — questionei, curiosa.

— É, de novo. No ano passado, perdemos feio para eles, culpa do maldito Lancaster. — respondeu Scorpius, mostrando deu grande desagrado ao falar o nome do jogador.

— Scott Lancaster, artilheiro da Corvinal, sexto ano. — informou Albus, andando despreocupadamente ao meu lado, em seguida apontando levemente pra frente. — Por falar no diabo, olha ele ali.

Acompanhei seu olhar, juntamente com Scorpius e vi a imagem que talvez faria do meu dia melhor.

Scott Lancaster era um deus, por assim dizer. De cabelos muito pretos e olhos incrivelmente azuis, o garoto chamava atenção de qualquer garota que passasse perto dele. Usava o uniforme de quadribol da Corvinal, os cabelos grudados na testa por causa do suor, os músculos definidos pelo uniforme.

— Gostoso. — comentei despreocupadamente, logo depois recebi olhares dos dois sonserinos ao meu lado, indignados. — Ah, qual é, ele pode ser um idiota mas continua gato.

— Fala sério. — resmungou Scorpius, e se dirigindo ao melhor amigo continuou. — E, vem cá, o que a sua prima ‘tá fazendo conversando com ele?

Não havia reparado, mas Scott conversava com ninguém mais ninguém menos que Rose Weasley, que ria de alguma coisa que o garoto falava, segurando os livros firmemente contra o peito, enquanto uma das mãos tentava manter atrás da orelha uma mecha de cabelo que teimava em cair. Espera um minuto... Eu sei quem é esse garoto.

— Ele não é o garoto de quem a Rose é afim? — soltei, animada. Oh, não. Pelos olhares que os garotos me mandaram, acho que eles não faziam ideia disso. Ops.

— Ela ‘tá afim dele? — perguntei Albus, chocado.

— Bem, não tenho certeza, quer dizer... — Tentei mentir, gaguejando um pouco. Droga olha só o que eu fui falar! — Bom, talvez ela seja, eu não sei, eu suspeito que sim, eu...

— Calma cara, relaxa. — Scorpius revirou os olhos cinzas, como quem nem ligasse para isso. Observou a cena novamente, e nos seus lábios, um sorrisinho maldoso foi surgindo aos poucos. — Sabe, acabei de me lembrar de uma coisa agora...

Pelo olhar que os dois trocaram, percebi que nada que prestava poderia acontecer agora.

— Você não vai fazer nada, né? — perguntei, já com medo da resposta.

— Só me lembrei de algo que a Weasley fez que não deve ficar sem retorno. — respondeu, a voz repleta de maldade, enquanto se dirigia para o casal.

— O que você vai fazer? — Albus fez a pergunta que eu queria fazer, enquanto ambos seguiam atrás do loiro.

— Apenas mostrar à marrentinha que não provoca Scorpius Malfoy e fica impune. — anunciou, andando despreocupadamente.

— Isso não vai acabar bem, não é? — questionei, fazendo Albus rir.

— Não mesmo.

Não demorou muito até ele chegar até os dois, eu e o Potter caçula por perto, apenas observando o próximo passo do Sonserino.

— E ai, Lancaster. — cumprimentou. — Treinou bastante? O jogo ‘tá chegando, não vai querer perder. De novo. — completou, a voz repleta de maldade.

O Corvinal riu ironicamente, parando de prestar atenção na Weasley e se virando para Scorpius, os braços cruzados na altura do peito.

— Como sempre Malfoy, você não perde nenhuma oportunidade, certo? — respondeu, acidamente.

— Você me conhece bem, Lancaster. Enquanto eu ainda puder voar em uma vassoura, vou te lembrar da maior vergonha que a Corvinal já passou em um jogo de Quadribol. — provocou, rindo no final. — Por sua culpa, devo completar.

Acho que ele havia conseguido provoca-lo. O moreno já ia levantar o braço, provavelmente para socar o loiro, quando Rose segurou o braço do mesmo.

— Não vale a pena, Scott. Você sabe que a culpa não foi sua, certo? — tentou tranquilizar a ruiva.

— Ora, Weasley, não havia visto você por aqui. — E depois, olhando para os dois como se lembrasse de algo, fez uma falsa cara de culpa. — Que grosseria a minha, Weasley. Você e o Lancaster, sozinhos, conversando. Como não percebi isso antes. — E se virando para o moreno. — Quem diria, Lancaster, seduzindo uma grifinória só para descobrir coisas sobre o time, que coisa feia.

Albus tentou segurar o riso ao meu lado, parecendo perceber o que o amigo estava fazendo, e eu continuei sem entender. Mas pareceu atingir a Weasley, que lascou um baita tapa bem no rosto do Malfoy, deixando a face do mesmo vermelha. Aí fui eu quem precisei segurar um riso. Mas o sonserino parecia ter ganhado um prêmio com aquela ação da ruiva, porque sorriu sedutor, e disse.

— Quanta agressividade Weasley. Você devia parar com isso, certo? Acho que não vai querer ficar novamente em detenção...

Albus gargalhou, não conseguindo se segurar. Rose ficou imediatamente vermelha com o que o loiro disse, e algo me dizia que não era pelo fato de ela ter ficado de detenção, mas sim, algo além disso. Scott estava feito a mim, sem entender nada. Mas pelo sorrisinho de vitória que Scorpius lançou a mesma, parecia que ele havia conseguido atingir seu objetivo.

— Olha seu... — ela começou, dando tapas no peitoral do mesmo, apenas o fazendo rir mais, e a Albus gargalhar mais alto, chamando atenção de algumas pessoas que passavam por perto.

— Rose, eu acho que eu já vou indo... — despediu-se o Lancaster, vendo que estava boiando no assunto dos dois. Imediatamente a ruiva parou o que fazia, dando tempo para Scorpius e Albus rirem mais um pouco, fazendo um toque estranho com a mão. E eu ainda estava boiando, que maravilha.

— Não, espera Scott, eu... — Tentou se desculpar, mas ele já tinha ido. Então ela se virou completamente irada para o loiro.

— Eu vou matar você. — anunciou, puxando a varinha de dentro das vestes e apontando para o mesmo. Ambos pararam de rir, porém Scorpius ainda tinha no rosto um sorriso provocante, que parecia estar apenas dando mais raiva à ruiva.

— Calma marrentinha, acho que ficar de detenção comigo novamente não vai ser muito bom, vai? Bom, pra você vai, é claro, mas pra mim... — provocou, fazendo apenas Rose apertar a varinha ainda mais contra o pescoço do mesmo. Resolvi interferir, antes que ela perfurasse o pescoço do sonserino com o objeto.

— Relaxa Rose, deixa pra lá. — aconselhei, abaixando com dificuldade o braço dela, fazendo-a abaixar a varinha.

— Tudo bem, eu estou calma. Quer saber? Não vale à pena. — murmurou, guardando o artefato e se virando, apenas dando tempo para o sorriso de Scorpius se alargar, despreparando-o para o que vinha a seguir. — Ah, vale à pena sim. — disse, e rapidamente desferiu um soco bem na cara de loiro, fazendo-o soltar um gemido alto de dor. — Bem melhor.

E simplesmente saiu, deixando para trás um Albus gargalhando freneticamente, um Scorpius com a mão no rosto, e eu sem saber se gargalhava ou se ficava com pena do loiro. Resolvi optar pela primeira.

— Ela vai me pagar. — murmurou depois de falar vários palavrões, passando a mão novamente no nariz. — Acho que está quebrado.

— Ah, coitadinho do Malfoy, apanhou de uma garota, que coisa horrível. — debochei, fazendo uma vozinha fina. — E seu nariz não está quebrado Scorpius, pelo amor de Deus, seja homem.

— Você diz isso porque não foi você que levou um murro. E está quebrado sim.

— Convenhamos, você mereceu. — respondi, porém ele continuou esfregando a mão no nariz e reclamando baixinho. — Ah, por Merlin, me deixa ver isso.

— Não, Lexi, ah. — gritou de dor quando eu o puxei pra perto e apertei seu nariz, mexendo de um lado para o outro.

— Bom, se não estava quebrado antes, acho que agora está. — brincou Albus, rindo da cara de dor do melhor amigo.

Ri, e decidimos por ir para o Salão Principal, já que já estava na hora do jantar. Ao chegar, seguimos cada um para nossas respectivas mesas. O jantar obviamente já estava servido. Dominique, Rose e Roxanne estavam engatadas em uma animada conversa sobre uma revista de moda. O Potter discutia algo com Lily, a caçula dos Potter — acho que era algo relacionado a ela ter se agarrado com algum garoto. Frank e Fred comiam como se não houvesse amanhã, enquanto Kayla observava a cena com uma cara engraçada.

— Como eles comem tudo isso e ainda tem esse corpo? — questionou indignada, vendo Fred atacar um pudim de carne e Frank terminar seu purê de batatas.

— Quadribol, minha gata. — brincou Fred, fazendo-a revirar os olhos por causa do apelido ridículo.

— Sério, vocês comem para dez de mim. — exclamou, enquanto via os garotos já pegando a sobremesa.

— Isso não é novidade. Vem cá, como é possível uma pessoa sobreviver só bebendo suco de abóbora? — provocou Frank, fazendo Kayla o olhar com raiva.

— Fale isso novamente e eu faço você engolir essa garfo. — ameaçou, fazendo-o engolir em seco e Fred rir.

Resolvi começar a comer, e acabei por ouvir uma parte da discussão dos irmãos à minha frente.

— Olha Lily, eu não quero saber de você se agarrando com qualquer um por ai. — ralhou o moreno, fazendo Lily ficar vermelha de raiva.

— Por que? Você se agarrar com quase toda população feminina de Hogwarts e eu não implico com você. — retrucou acidamente.

— Mas eu posso. — respondeu, com ar de superioridade.

— Só por que você é homem? Fala sério, James, você é um idiota. — murmurou.

— E eu concordo com isso. — apoiei, recebendo da caçula um sorriso de agradecimento.

— Não se intrometa, ruiva. — respondeu James.

— Por favor Potter, quanto machismo. — retruquei com raiva.

Ele ia responder algo quando a voz da diretora McGonagall soou, e todos os burburinhos de conversa cessaram.

— Alunos, desculpe interromper o jantar de todos, porém tenho alguns avisos para dar. — começou, e todos se entreolharam, surpresos. Geralmente a diretora não dava muitos comunicados, principalmente no meio de alguma refeição. Se ela tinha algo a dizer, era realmente muito importante.

“Bom, como todos já sabem, estamos entrando no mês de outubro, e com ele também temos o Halloween. Todos os anos é feito um baile para os alunos do quarto ano até o sétimo, e esse ano não vai ser diferente. Nós, professores, já decidimos o tema. Esse ano será um Baile de Máscaras.”

Burburinhos de excitação se espalhou por todo o salão. Do meu lado, Dominique faltava soltar fogos de tanta alegria, enquanto os garotos — e Kayla — fizeram uma cara de sofrimento, que me fez rir.

— Entretanto — prosseguiu a diretora, e novamente o silêncio reinou. — será necessário um time para organizar tudo. Resolvemos que os mais adequados para organizarem o baile são os alunos do sétimo ano.

— Tenho pena de quem for escolhido. — murmurou Kayla, com tédio, fazendo os garotos soltarem uma risada baixa.

— Para não ser injusto com ninguém, serão escolhidos três alunos de cada casa, todos do sétimo ano, e no total serão seis de cada sexo. Bom, foi um pouco difícil, mas cada professor votou em um que considerou mais correto para tal função.

“Da Sonserina, os alunos serão Lysander Scamander — anunciou, fazendo a mesma fazer uma falsa cara de surpresa mesclada com a de superioridade — , William Baker e... Cher Dolohov. — terminou, fazendo um garoto loiro e muito bonito expressar sua completa surpresa com isso, e Cher se engasgar com o suco, tendo Scorpius e Albus rindo da mesma. — Prosseguindo, os alunos da Lufa-Lufa serão Anna Campbell, Joseph Stewart e Christian Morgan. Os alunos da Corvinal serão Lucy Weasley, Edward Mayer e Logan Smith. E Grifinória, sendo os alunos Dominique Weasley — disse, fazendo Dominique soltar um gritinho de animação — Frank Longbottom — O garoto a minha frente quase desmaiou, fazendo os amigos começarem a gargalhar do mesmo. — E... Kayla Jackson.

Silêncio. A reação de todos — inclusive a da minha melhor amiga — foi a mesma: Extrema surpresa. Kayla nem piscava, e eu comecei a achar que ela tinha tido um ataque.

— Kay? — chamei baixinho, fazendo-a acordar do transe e finalmente ter raciocinado o que havia acabado de acontecer.

O que? — gritou, fazendo a diretora se sobressaltar um pouco, surpresa com a reação da mesma.

— Srta. Jackson, um professor supôs que você fosse qualificada para tal responsabilidade. — sentenciou, fazendo minha amiga gargalhar. É sério, ela gargalhou. E de repente, Fred, Frank e James a acompanharam, e até eu não consegui segurar. Várias pessoas começaram a rir do que a diretora havia acabado de dizer, e eu tinha que admitir, a pessoa que a escolheu só deveria estar doida.

Silêncio. — berrou, a diretora e todos pararam, surpresos. Até os professores atrás da mesma se assustaram um pouco. — Srta. Jackson, você foi escolhida, e nada vai mudar isso. Por mais estranho que isso seja, com todo respeito. — admitiu a diretora. — Os alunos escolhidos deverão se reunir no mínimo quatro dias por semana para discutir sobre o baile, e eu espero que todos se empenhem ao máximo para o baile ser um completo sucesso. — E completou. — E isso vale para você, Jackson.

A diretora deu seu anuncio por encerrado e voltou ao seu lugar, fazendo todos voltarem ao que estavam fazendo. Do meu lugar, conseguia ver a Scamander inconformada com as amigas, provavelmente pela escolha das minhas amigas. Kayla xingava baixo, incapaz de fazer outra coisa.

— Foi ele. — murmurou abruptamente, fazendo todos se entreolharem, em dúvida. — Aquele maldito velho gordo que me escolheu pra isso.

— O professor Slughorn? — perguntou Fred, surpreso.

— É bem provável. — concordei — Hoje recebemos convites para entrar no Clube dos famosinhos dele. É bem provável que ele tenha votado em Kayla.

— Desgraçado. — sussurrou, olhando diretamente para o mesmo, que conversava animadamente com a professora de Adivinhação.

— Bem, olhe pelo lado positivo. — exclamou Rose, fazendo todos a olharem.

— Existe um lado positivo? — questionei, surpresa.

— Não, mas eu estou tentando ser positiva. — respondeu, escarlate.

— Bom, não há nada a se fazer agora. — anunciou Frank, também inconformado por ter sido escolhido. Provavelmente ele já suspeitava que seria escolhido, já que o pai é o vice-diretor. — Vamos ter que aceitar. Infelizmente.

E o pior que ele tinha razão. Infelizmente, não havia nada que podíamos fazer, e Kayla sabia disso. Mas isso não a impediu de amaldiçoar até a vigésima geração do professor Slughorn. E sinceramente? Eu acho que Kayla Jackson vai dar um certo trabalho extra pro resto da equipe.


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Notas finais do capítulo

Bom, como vocês já sabem eu estava falando no último capítulo que eu postei sobre o fato de eu não estar satisfeita com a fanfic nem com o ibope dela. Eu sou uma pessoa que odeio não ter as coisas exatamente do jeito que eu quero, e eu fiquei pensando: Por que a fanfic não alcança boas expectativas? Depois de muito pensar, percebi onde estava o erro: No começo. Não adianta eu começar a fazer tudo certinho depois do capítulo 22, porquê se o começo for ruim, ninguém vai querer continuar lendo até ver as melhoras. Resolvi então reformar a fanfic. Como? Simples: fazendo várias mudanças. Entre essas mudanças estão inclusas:

— Novo nome para a fanfic;
— Nova capa;
— Mudança de títulos dos capítulos;
— Reescrever capítulos.

Então, depois de todo esse tempo, eu decidi que vou reescrever dos capítulos 1 ao 15, e de 15 ao 22 eu vou só fazer pequenas mudanças, as mudanças mais "drásticas" vão estar antes. Outra coisa, o novo nome da fanfic será "Teenage Runaway", então não estranhem se virem que uma fanfic com esse nome foi atualizada, pois é "Alexia Dursley". A capa está sendo providenciada. Os títulos para os capítulos, resolvi que serão bem simples e pequenos, e com o mínimo de spoiler possível. O roteiro da fanfic foi modificado, e capítulos foram juntados, coisas desnecessárias foram tiradas e bem, vamos dizer que a nova fase de Alexia Dursley começa agora. Se preparem, e principalmente comentem, recomendem e favoritem. Tudo isso é importante pois, eu odeio o sistema de metas, mas quanto mais comentários tiver, mais rápido terão outro capítulo.
Outra coisa, os capítulos serão postados nos finais de semana e as vezes em feriados, fiquem atentos. Vocês terão uma semana ou mais para ler e fazer um bom comentário (ou talvez uma recomendação, nunca se sabe). Bom, até agora não mudei nada na fic, mas no próximo capítulo já vai estar tudo mudado, e a partir dos capítulos reescritos, eu vou avisando. Enfim, é isso.