RoseGirl escrita por Yume


Capítulo 2
3 anos




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Acordei, parecia tudo ser um sonho, mas percebi que não era quando notei o portal.

–Você apagou legal ein! – Disse o Joker.

–Quantas horas eu dormi?

–4 dias... Você é incrível! – Obviamente Joker estava sendo irônico.

–Qual seu nome? – Perguntei. – Você ainda não me disse.

–Shiro.

Levantei-me da cama e Shiro abriu outro portal de volta para casa.

–Melhor sairmos, a Morte irá encontrar este portal logo logo. –O Joker disse.

Obedeci e voltei para casa.

–Você estuda? – Ele perguntou.

–Não, é perigoso.

–Você irá estudar a partir de agora.

–O-Oque?! Eu não quero, obrigada!

–Eu irei lhe proteger, não se preocupe.

Eu não disse nada, nunca gostei de ir na escola, mas concordava com ele, eu devia estudar mais.

Fiz minha matrícula e ele também se matriculou.

–Isto é apenas uma desculpa para você se misturar com humanos, não é? –Indaguei.

–Você percebe rápido. –Ele pareceu surpreso por alguns instantes.

Nos dirigimos para a sala, foi tudo normal, apresentações... Etc.

–Sou Yume, e você? – Disse uma garota de longos cabelos pretos.

–Sou Lacie, prazer te conhecer. –Cumprimentei-a, logo viramos amigas.

–Sabe o garoto que foi transferido com você?

–Sim, por quê?

–Vocês são amigos?

–De certo modo sim... – Fiz um olhar de desgosto que passou despercebido, por sorte.

–Bem... Eu quero... Aproximar-me dele... Ele é muito bonito...

Segurei-me para não rir. Ele bonito? Essa garota devia ser cega.

–Então tá... – Eu fazia um grande esforço para não dar uma gargalhada.

O professor chegou e viramos para frente.

–Hoje vou lhes ensinar um antigo conto, creio que seja de interesse de vocês.

A classe parecia animada, talvez as aulas dele fossem tão chatas a ponto de um conto deixar tudo mais... Divertido?

–Dizem que a morte nunca falha. – Ele começou a falar. – E se alguém não deveria estar vivo, ela logo termina com isto. Porém há um problema, a pessoa viva deveria estar morta, mas de certa forma ela já está morta. Quando esta pessoa morre, sua alma fica presa aqui. Este é um conto antigo sobre uma criança. Obviamente é mentira...

Pude ouvir um sussurro bem baixo dizendo “eu acho...”

–Era uma vez um mundo, um mundo bem antigo. O nosso mundo. O “Nosso” mundo que não nos pertence, graças a “Ela”. Era uma vez uma criança. Um vilarejo. E uma “Morte”. A criança havia morrido a três anos, graças à uma epidemia, porém a criança estava viva. A morte soube disso, e logo tentou eliminá-la. Porém ela escapou, apenas com uma cicatriz no pescoço, que se parecia uma cruz. Porém esta criança foi encontrada novamente, mas não foi pela morte, foi por uma sombra, uma sombra tão escura quando o céu daquela noite. Não se sabe da garota, mas se sabe que à outra pessoa que deveria estar morta. – Ele terminou de dizer e olhou para mim, como se soubesse algo, apenas eu e Shiro percebemos.

~2 anos depois~

Estou viva, nada de estranho têm acontecido... Este fato já é estranho...

Bem... Minha vida escolar é normal, tenho várias amigas, mas não confio em nenhuma.

–Sabe o Shiro, da mesma classe que a Lacie? – Disse uma das garotas.

–Sim, ele é bonito não é? – A outra falou.

–Muito bonito, Lacie, você é tão sortuda!

Sortuda por quê? Por correr risco de morrer e ter que ser ajudada por Deus sabe o que ele é?

–Ele não é tão bonito assim. – Respondi.

–Não acha? 98% das garotas gostam dele! – Disse uma terceira garota.

Então ele tem um harém?

O sino do recreio tocou e voltamos para a sala de aula.

As aulas acabaram algumas horas depois e eu ia voltar para casa.

–A morte... – Shiro começou a dizer. – Algo está estranho.

–Faz dois anos e nada aconteceu. Muito estranho.

–Quantas vezes você encontrou a morte pessoalmente? – Ele parecia estar preocupado.

–Apenas uma vez, e tive a “sorte” de encontrar você. – Falei, ele parecia estar desconfiado.

–A noite está tão negra... –Ele olhou para o céu. – Há quanto tempo você devia estar morta?

–Hmm... Bem, quanto te encontrei fazia um ano, e se passaram Dois anos. – São quase três anos.

–Melhor tomarmos cuidado com as sombras. – Ele parecia estar preocupado.

–Será que a história do professor é verdade... Aquela de dois anos atrás? – Perguntei, mas sabia que ele sabia que eu sabia o que ele estava pensado: Sobre a história.

Ele afirmou com a cabeça e voltamos para casa.


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