Take My Breath Away escrita por Bia Benson


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá seres u.u
Bem, eu não recebi nenhum review pelo último capítulo, o que provavelmente me fez perder interesse em atualizar essa fic. Mas, depois das súplicas da @srslymeredith no twitter, aqui está um novo capítulo.
Enjoy *-*



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Rapidamente se lavou, e com sua toca de balsas, entrou no centro cirúrgico. Tomou uma respiração profunda antes de começar: “It’s a beautiful day to save lives”

“Bisturi” Derek Shepherd exigiu, com uma voz firme, que poderia muito bem dizer que ele não tinha medo quanto a essa cirurgia, o que não era verdade. Ele estava assustado, assustado de um jeito que nunca havia ficado. Obviamente, ele já ficara assustado anteriormente, quando Meredith tinha sua mão em uma bomba, ou quando ela se afogou no píer; quando Zola foi tirada de seus braços e pensou que nunca mais a veria; quando o avião em que estavam caiu e ficaram presos na floresta por dias, temendo pela morte; e ainda, quando sua mulher quase morreu dando à luz ao seu filho. Seu medo acontecia quando sua família estava envolvida, e por mais que Michele não fosse sua família, ele estava reagindo como se fosse. Mas o medo que sentia era diferente, era o medo de deixar um filho seu sem mãe.

Ele conseguiu abrir sua cabeça sem que suas mãos tremessem. Assim, seguiu a cirurgia. Retirou parte de seu crânio até que tivesse uma boa vista do seu tumor. Naquele exato momento, tudo que queria era dar um passo para trás e desistir, pois sabia muito bem que as chances de retirar o tumor eram quase nulas.

E o único motivo para que ele não fizesse tal foi que, ao erguer sua cabeça, ele se deparou com a última pessoa que imaginaria ver: Meredith, sentada na galeria, com Bailey em seu colo, quem tinha um dedo em sua boca, e Zola, brincando com sua girafa em pelúcia em uma cadeira ao lado de sua mãe. Derek podia ver o olhar desaprovador de sua esposa, mas ainda assim, ali ela estava, como se certificasse que ele poderia fazer a cirurgia. E ainda por cima, levara suas duas preciosas crianças, num sinal de que não o deixaria, independente de quais fossem os resultados da cirurgia.

Derek tinha um sorriso por debaixo de sua máscara, e Meredith podia ver isso, já que sorriu de volta. Podia não ser o maior sorriso do mundo, mas era suficiente para que ele soubesse que tudo ficaria bem.

E assim, ele voltou seu foco para a cirurgia. Tomou uma respiração profunda e começou a cortar o tumor. Seus movimentos eram precisos, assim como necessários serem para que a paciente tivesse a mínima chance de sair da mesa, viva.

“Vê o papai lá em baixo?” Derek podia ouvir sua esposa conversar com seus filhos, o auto falante provavelmente estando ligado sem que ela soubesse. “Sim, o papai está salvando a vida mulher”

A risada de seu filho então ecoou pelo cômodo, mesmo que fosse uma risada sem motivo algum. Derek se sentia mais que aliviado ao tê-los ali do seu lado, mas ao mesmo tempo, sentia-se apavorado que suas crianças tivessem que testemunhar ele praticamente matar a vida de uma mulher, a mãe de seu irmão.

Mas ele não teve tempo de se focar em seus medos, já que do nada, o monitor começou a apitar incessantemente. “Pressão está 80 sobre 50” um dos residentes disse, com pressa.

Derek não respondeu nada, mas trabalhou também incessantemente para que a cirurgia não a matasse “Seu cérebro está inchando! Dê-me sucção”

E os apitos se tornaram um único só. “Ela está sem pulso”

Ele largou tudo que fazia em seu cérebro para ir para seu peito, fazer massagem cardíaca. Ele o massageou uma, duas, três vezes, e ainda mesmo, nada. Ela havia morrido. A mulher, mãe de seu filho, havia morrido. Ele havia a matado.

Arrancou a máscara de seu rosto antes de sussurrar, tanto em fúria como desespero: “Hora da morte, 1:28 PM”

__________________________________________________________

Derek saiu com pressa da sala de cirurgia, seus punhos cerrados em raiva e ódio, raiva e ódio de si mesmo. Michele estava morta, e por mais que o tumor a mataria mais cedo ou mais tarde, ele se sentia culpado por tê-la deixado morrer em sua mesa.

“Derek!” Meredith tentava correr atrás do seu marido, mas era difícil, dado em conta o fato de ser acompanhada por duas crianças. Ela nunca tinha concordado com a cirurgia, mas sabia que Derek precisaria de seu apoio para conseguir salvar a vida de Michele. Ela só nunca imaginou que ela realmente morreria.

Ele parecia não escutá-la, já que continuava a andar sem virar para atrás pelos corredores do hospital. “Wilson!” Meredith gritou para a residente que se aproximava “Leve os dois de volta para a creche” ela entregou seu filho para os braços da mulher.

“Mas-“

“Apenas faça isso” ela exigiu, antes de dar um beijo na cabeça de sua filha e correr atrás de seu marido, clamando seu nome inúmeras vezes.

“Deixe-me em paz, Meredith!” ele gritou. Sua voz tinha um tom tenebroso, cheio de fúria, o que de fato a assustava. Sua voz sempre foi amorosa, carinhosa, e ver esse tom sair de sua boca a fazia querer recuar.

Mas isto ela não fez. Seguiu-o até quarto de plantão em que ele entrou.

“Qual o seu problema, Meredith?” ele gritou. Em ocasiões diferentes, ao ouvi-lo falar desse jeito com ela, Meredith já teria fugido. Mas ela sabia melhor, sabia que era sua raiva falando, e sabia ainda por cima que ele precisava dela.

“Eu não vou a lugar algum” ela respondeu, em uma voz calma.

Derek pela primeira vez fez contato visual com ela, e ela pôde ver a dor em seus olhos. “Eu a matei, Mer” de repente sua voz passou de toda aquela agonia para uma tristeza indescritível. “Você me disse várias vezes que ela morreria em cirurgia, e eu não a escutei, e agora ela está... ela está morta. Eu a matei”

“Oh Derek” ela caminhou até ele, e passou seus braços ao seu redor. “Você não a matou. As chances eram de que ela morreria com ou sem cirurgia”

Derek a segurou fortemente em seus braços, como se encontrasse certo conforto em tal ato. “Eu devia tê-la escutado. Eu devia tê-la escutado e agora é tarde demais”

“O que aconteceu não é sua culpa” ela continuou a garantir. “Você fez tudo que pôde”

Mas ele parecia não escutá-la. “Eu a matei e agora Daniel vai crescer sem pais”

Ela engoliu um seco antes de falar: “Ele não vai... crescer sem pais. Ele ainda tem a nós”

Derek afastou de seus braços e procurou por seus olhos. “Do que você está falando? Você não está considerando adotar a criança, está?”

“Eu não sei, talvez” confessou. “Ele é apenas uma criança inocente, e precisa de uma família e uma casa, e nós podemos oferecer ambos a ele”

Ela acompanhou uma única lágrima deslizar por sua bochecha, embora não soubesse se tal lágrima era devido a morte de Michele ou ela ter aceitado criar um filho que não era dela, ou ambos. Meredith sabia que era um desafio seu marido estar permitindo-se quebrar em sua frente, sabia muito bem que Derek nunca mostraria suas emoções com sua presença. Ainda assim, sentia-se feliz por ele finalmente estar deixando tudo para fora, as emoções que tanto tentou esconder pelos últimos dias.

Mais uma vez, Meredith o abraçou, mas desta vez pôde senti-lo chorar em seus braços. E tudo que ela conseguiu fazer em tal situação foi repetir inúmeras vezes o quanto o amava em seu ouvido.


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Notas finais do capítulo

Coitada da Michele, morreu :'(
Bem, eu sei que vocês devem estar meio abismados com a ideia do Derek chorando nos braços da Meredith, mas bem, essa foi meu foco central nesse capítulo. Durante todo o seriado nós vemos o Derek confortar a Meredith, mas muuuuuuito raramente o contrário. E eu gostei de explorar isso, como seria se os papeis fossem revertidos.
Então, deixem reviews para que o próximo capítulo chegue logo :):)



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