Capitulo 17 – Esqueça tudo!

Já se fazia uma semana que eu havia me mudado para casa de Tony e para minha sorte realmente havia dado certo. Bem na primeira noite Tony fez Jarvis dormir falando comigo, o que me fez me sentir um pouco louca já que eu conversava com uma parede! Mas ao decorrer dos dias eu me acostumei.

Pepper realmente mal parava na mansão, sempre ficando mais na torre Stark, era Tony que tinha que visita-la e eu via que ele não estava nada satisfeito com aquele relacionamento.

Falando em relacionamento, Steve me ligava todos os dias o que rendia uma série de piadinhas por parte de Tony mas eu simplesmente ignorava. Ele tinha aparecido aqui duas vezes, mas como ele é Tony não eram melhores amigos ele evitava ao máximo vir mas sem deixar de mostrar que ainda se importava comigo

O único problema era Clint. Ele tinha sumido, nessa semana que se passou ele nem ao menos tinha me procurado, tentei ligar para ele várias vezes mas ele nunca atendia, nem mesmo do telefone particular de Tony

–Tenta de novo Jarvis! – Ordenei olhando para o teto impaciente – Ele tem que atender!

–Srt. Romanoff, nós estamos fazendo isso a três dias e ele não atende

–Por que você é um software incompetente que nem ao menos consegue fazer uma ligação – Ralhei fechando a porta da geladeira com força

Já se passava da hora do almoço, eu e Tony já havíamos almoçado e ele agora estava trancado em seu laboratório enquanto eu arrumava a cozinha e tentava falar com Clint

–Srt. Romanoff creio que ele não queira falar com a Srt.

–Problema é dele, eu quero falar com ele. O rastreie Jarvis. Eu quero saber onde ele está, invada os arquivos da SHIELD e veja se ele está de missão, se ele está de férias no Caribe ou se ele tá comprando um gato no abrigo de animais! Mais descubra onde ele está! – Ralhei impaciente

Clint não podia simplesmente ter desaparecido da face da terra, bem ele podia. Mas tenho certeza que ele não iria para Asgard bater um papo com Thor ou Odin, o único motivo que o levaria a Asgard seria uma missão ou Lady Sif

E realmente espero que ele não tenha ido para Asgard atrás de Lady Sif!

–Srt. Romanoff

–Se você não me disse eu juro que vou destruir sua placa mãe Jarvis – O ameacei abaixando o volume da Tv para o ouvir

–Infelizmente eu não encontrei nenhum registro do Agente Barton. Segundo os arquivos da SHIELD ele está ativo, mas não em campo. Procurei registros dele nas câmeras da cidade e também não achei! Me desculpe Srt. Romanoff

–Ele não pode ter ido para Asgard – Me levantei indignada e comecei a descer as escadas apressada dando na parte subterrânea da casa de Tony

A maior parte da casa de Tony havia se tornado subterrânea, para tornar suas armaduras mais protegidas. Claro que era muito mais depressivo já que parecia um bunker, sem janelas e apenas metal e portas para todo o lado, algumas eram de vidro, como a do laboratório de Tony

–Seu software é inútil! – Ralhei abrindo a porta do seu laboratório e entrando sem cerimonias

–O Legolas ainda não te ligou? – Ele perguntou sem dar muita importância enquanto consertava uma de suas armaduras

–Não e eu mandei o incompetente do Jarvis o rastrear e não conseguiu

–Ele não quer ser achado – Ele falou sem dar importância – Vocês agentes sabem se esconder bem quando querem

–E nada que Tony Stark possa fazer para o achar? Você consegue tudo Tony! – Falei o olhando impaciente

Pela primeira vez ele olhou para mim com um sobrancelha arqueada

–Admitindo que precisa da minha ajuda?

–Eu só quero saber onde está o Clint! Eu preciso falar com ele

–Pensei que estava com o capicolé – Ele admitiu voltando sua concentração para a armadura

–Eu não estou com nenhum dos dois, mas preciso resolver coisas com Clint. Então ou você manda Jarvis o achar ou eu pegarei uma de suas armaduras e saírem procurando ele por toda a Nova Iorque

–Elas não obedeceriam você – Esclareceu Tony simplesmente

–Então eu destruirei alguma delas e irei procurar Clint com um dos seus carros! – Ralhei o olhando irritada

–A vontade

–Qual o problema Tony? – Falei irritada – Será que dá para me dar uma ajudinha! Eu sempre te ajudei

–Sempre quando? – Ele perguntou me olhando irônico

Bufei irritada e antes que eu começasse a dizer Jarvis falou

–Sr. Stark. Srt. Romanoff. Steve Rogers está na sala e ele deseja falar com a Srt.

–Acho que sua busca será adiada, o namorado número 2 tá ai – Falou Tony rodando em sua cadeira e voltando para sua armadura

Tony era uma batalha perdida realmente!

Bufei irritada e sai subindo as escadas até encontrar Steve parado no meio da sala olhando distraído para a Tv que eu tinha deixado ligada.

–Oi Steve – Falei dando um sorriso forçado

Ainda estava irritada com Tony e Clint!

–Programa culinário? – Ele perguntou me olhando surpreso

–Não sou eu que estou cozinhando. Mas admito que tenho passado mais tempo na cozinha

–Quem cozinha?

–Pepper deixa comida preparada, a gente só requenta

–Meio mamãe não? – Ele perguntou divertido

–Talvez – Falei dando os ombros sem dar muita importância.

–O que foi? Outro problema com Tony?

–Também

–Também?

–É Clint! Ele está fugindo de mim e todos – Admiti bufando irritada – Eu precisava falar com ele

–Sobre o dia da mudança?

–Sim. Deixamos coisas em aberto naquele dia.

–Talvez ele queira tempo – Falou Steve dando os ombros

–Já se passou tempo demais, uma semana!

–Sem dúvida você precisa relaxar

–Relaxar? Eu não tenho feito nada que não seja treinar e relaxar

–Então vamos nos divertir – Falou Steve sorrindo para mim

–O que você tem em mente Steve?

–Por que não vamos a um parque de diversão?

–Parque de diversão? – Perguntei visivelmente surpresa – Não acha que estamos um pouco velhos para isso?

–Bem eu nunca fui em um e você?

–Não também, mas...

–Então por que não irmos? – Perguntei Steve me olhando carinhoso

Suspirei cansada mas acenei concordando

Eu quase nunca conseguia negar algo a Steve

–Só vou trocar de roupa, me espere – O avisei subindo as escadas em direção ao meu quarto

Talvez Steve tivesse razão, eu precisava distrair um pouco minha cabeça, quem sabe na hora que eu voltar Jarvis já tenha achado Clint

–Não deixe de procurar o agente Barton, Jarvis – O avisei enquanto trocava de roupa

Coloquei uma meia calça de lã e um vestido vermelho de manga comprida, peguei uma bota preta rasteira e já peguei um casaco cinza saindo com a resposta de Jarvis

–Entendi Srt. Romanoff

Quando cheguei a sala Steve olhava distraído para os quadros de Tony

–Vamos? – O chamei recebendo sua atenção

–Você está linda Natasha – Sussurrou Steve antes de beijar minha testa carinhoso

Sorri e me agarrei a barra de sua jaqueta marrom o puxando para mais perto

–Você vive me elogiando

–Você merece – Ele sussurrou próximos aos meu lábios

Como um soco a lembrança de nosso beijo veio a minha cabeça me deixando confusa.

Por que eu queria beijar Steve novamente?

–Traga-a de volta antes das dez – Ouvimos a voz de Tony ressoar no sistema de som

Me separei de Steve.

Eu precisava manter uma distância segura dele

–Tony! – Ralhei olhando para o teto

–E nada dele dormir aqui! Não admito homens em minha casa!

–E você é o que? Transexual? – Falei irritada

–Hey! Cuidado com a língua! Você ainda está na minha casa

–E eu ainda posso tirar o dispositivo do seu peito enquanto você dorme

–Isso vindo da pessoa que acabou de me pedir ajuda!

Bufei irritada e já sai em direção a porta

–Tchau Tony – Falei alto enquanto saia pela porta e dava de cara com um sol típico de inverno.

Estava realmente um dia bonito

–Ainda não se acostumaram um com o outro? – Perguntou Steve me seguindo enquanto caminhava em direção a sua moto

–Alguém algum dia pode se acostumar com Tony Stark?

–Vocês parecem duas crianças

–Como se vocês dois discutindo fosse muito maduro – Provoquei olhando irônica para Steve que me deu um olhar impaciente e subiu em sua moto

Subi logo em seguida e me segurei na barra de sua jaqueta

–Onde é esse parque? – Perguntei colando minha boca em sua orelha

Percebi Steve endurecer e todos seus músculos se tornarem rígidos como pedra

Parece que alguém tinha problemas quando eu estava próxima demais

Sorri maliciosa e resolvi provocar um pouco.

–Steve? – O chamei lentamente encostando a cabeça em seu ombro

Ele não respondeu de imediato, ainda ficou alguns minutos apertando o guidão da moto com força tentando se controlar

Se ele continuasse apertando o guidão com aquela força não existiria mais guidão

–South Hampton – Ele respondeu simplesmente já arrancando a moto com velocidade

Acho que alguém estava perdendo o controle

Pensei sorrindo maliciosa e sem tirar a cabeça do ombro de Steve

Não demoramos muito para chegar no tal parque, afinal com a velocidade que Steve pilotava sua moto, não demoraria nem para irmos para a China

–Não sabia que estava tão ansioso para chegar no parque – Brinquei enquanto descia da moto

–Como assim?

–Você parecia numa perseguição – Falei olhando sorridente para Steve

–Eu apenas gosto da velocidade

–Eu percebi

–Percebeu? – Ele perguntou me olhando surpreso enquanto caminhávamos para a entrada do parque

–Claro, você sorri verdadeiramente feliz quando você está em cima da moto. Como se nada no mundo pudesse estragar sua felicidade – Falei olhando sorridente para Steve que já comprava nossas entradas

–Não sabia que você tinha reparado

–Eu reparo em muito mais coisa que você imagina – Falei provocando Steve que apenas riu

Entramos no parque e vimos que para uma tarde de inverno aquele lugar estava realmente lotado

–O que você quer fazer primeiro? – Perguntou Steve educado

–O que você quiser – Falei dando os ombros

–Que tal carrinho de bate bate?

–Carrinho de bate bate? – Perguntei o olhando zombeteira – Eu dirijo aviões de caça, e carros em perseguição

Steve suspirou cansado e colocou as mãos em meu rosto me aproximando do dele

–Querida Natasha – Ele falou lentamente – Tente esquecer que somos super heróis, tente esquecer que você pode tirar essa arma da sua coxa e matar qualquer um nesse parque sem nem ao menos olhar. – Sorri convencida – Essa tarde vamos esquecer tudo, Loki, Stark, SHIELD, Fury, qualquer um – Percebi que Steve tinha evitado falar o nome de Clint mas ele estava incluso – Seremos apenas um cas... amigos normais

Dei um sorriso de canto

Ele ia falar casal normal. Mas tinha consertado. Será que Steve nos via como um casal?

–Está bem, eu posso tentar – Falei suspirando cansada

Steve deu um sorriso infantil e logo começou a me arrastar para a fila dos carrinhos.

Para a nossa sorte, e a minha paciência, a fila não demorou muito

–Você sabe brincar disso não? – Perguntou Steve enquanto eu entrava em um dos carrinhos

–Eu tenho cara de idiota ou o que? – Perguntei fingindo irritação.

Um sirene tocou e antes que eu conseguisse me mover senti uma forte batida na traseira do carrinho fazendo meu corpo ir para frente com tudo

Virei para trás indignada e encontrei um Steve com um sorriso infantil

Eu queria o xingar de todos os nomes possíveis, dizer que ele é idiota, uma criança, um babaca. Mas nenhum desses xingamentos saiu. Quando eu me dei por mim era uma risada que escapava dos meus lábios

Manobrei o carrinho e tentei bater em Steve mas ele conseguiu desviar e me fez bater uma menina que vinha atrás dele, fazendo ele cair na gargalhada

O olhei irritada mas com um sorriso ainda nos lábios

–Terá troco Steve! – Mal terminei de dizer e um pai com uma criança de quatro anos bateu com tudo no carrinho de Steve me fazendo rir – Eu falei

–Por que não vem você mesma Nat?

Eu apenas ri e aceitei sua provocação.

Aqueles sem dúvidas foram os minutos que eu mais dei risada em toda a minha vida. Eu e Steve éramos os mais velhos ali sem dúvida, a grande maioria era adolescentes bobos e apaixonados, ou então adultos com suas crianças, mas as verdadeiras crianças éramos nós que parecíamos dois loucos que não conseguiam parar de rir

–Você praticamente... Foi detonado... por uma criança... de seis anos – Falei entre risadas

Havia tido uma menina de seis anos que havia ficado obcecada em bater em Steve, e ele nunca conseguia desviar dela. Foi realmente divertido o ver perseguindo uma menininha loira e seis anos!

–Você queria que eu fizesse o que? Batesse no carrinho dela? – Ele perguntou um pouco constrangido

–Mesmo que você tentasse... Você não conseguia – Zombei me apoiando em seus braços e tentando parar de rir

Steve me olhou um pouco irritado mas logo começou a rir também

–Ok, aquela devia ser uma criança viciada em carrinho de bate bate – Ele falou levantando as mãos em ato de rendição

Eu ri mais um pouco mas concordei

–Sem dúvida. Agora para onde vamos? – Perguntei um pouco ansiosa

–Que tal na barraca de tiro? – Ele perguntou sorrindo carinhoso e me abraçando pela cintura

Percebi que estávamos mais próximos do que era aceitável para amigos, mas não liguei. Eu estava me sentindo bem próxima de Steve.

Ele estava com outro perfume hoje, um perfume mais másculo que me passava segurança, então não me importei de ficarmos próximos, na verdade eu até mesmo gostei

–Você está de brincadeira não? – Falei o olhando divertida – Se nós dois formos vamos acabar com os melhores prêmios da barraca

–Então deixe apenas eu ir

–Para você me dar um ursinho? – Perguntei levantando a sobrancelha divertida

–Será que eles tem aranhas de pelúcia? – Perguntou Steve enquanto já caminhávamos em direção a barraca

–Acho que as crianças e as mulheres não gostam muito – Admiti o olhando divertida

–O casal vai querer jogar? – Perguntou o atendente da barraca, esse que era um adolescente, provavelmente conseguindo dinheiro

–Não, apenas eu – Falou Steve se separando de mim e pagando para o garoto

–Está certo, boa sorte – Falou o garoto passando a espingarda velha para Steve e ligando o brinquedo

Na verdade o brinquedo se consistia de um esteira onde patinhos de papelão deslizava por elas e você teria que derrubá-los para conseguir seu premio

A velocidade era tão lenta que eu os acertaria de olhos fechados

Steve deu o primeiro tiro e errou o pato o que me fez rir

–Quer ajuda amor? – Brinquei o olhando divertida – Acho que sua mira está um pouco ruim

–Calada Natasha – Ele ralhou com um sorriso divertido nos lábios – Está atrapalhando minha concentração

–Estou? Sem dúvida você é melhor batendo do que com uma arma Steve – Provoquei

E a provocação pareceu surtir efeito já que Steve derrubou todos os patos sem errar mais nenhum tiro, surpreendendo o atendente

–E então Nat?

–Faria de olhos fechados – Falei com um sorriso nos lábios e dando os ombros como se aquilo não fosse nada demais

–Espera, você é Steve Rogers não? – Falou o garoto apontando surpreso para Steve – O Capitão América, é você mesmo?

Revirei os olhos impaciente enquanto Steve dava um sorriso educado para o garoto

–Sou eu

–Você pode tirar uma foto comigo? Meus amigos não vão acreditar – O garoto perguntou visivelmente nervoso já que a mão que segurava seu celular tremia mais que bambu

–Claro – Falou Steve educado

O garoto não conseguia tirar uma foto boa com Steve já que ele não conseguia parar de tremer, então por fim eu peguei o celular da mão do garoto e tirei a foto enquanto ele sorria me agradecendo

–Meu prêmio – Pediu Steve

–Ah sim Claro... – O garoto foi em direção a um pônei de pelúcia me fazendo fazer uma careta

Pôneis, sério mesmo? Eu odiava pôneis!

–Espera – Chamou Steve – Eu quero aquela aranha – Ele falou apontado para uma aranha de plástico numa das primeiras prateleiras

–Você tem certeza? – Perguntou o menino surpreso e olhando para Steve como se ele fosse louco

Mas Steve apenas me olhou com um sorriso divertido e acenou concordando. O garoto trouxe a aranha um pouco contrariado e entregou para Steve que por sua vez a deu para mim

–Eu falei que eles teriam uma aranha – Ele brincou me olhando divertido

A aranha era uma aranha de plástico preta que provavelmente os garotos usavam para assustar as mulheres já que ela parecia bem real

–Ok, você tinha razão – Brinquei olhando a aranha em minhas mãos – Obrigada Steve

–De nada Nat – Ele falou sorrindo para mim – Agora o que você quer fazer?

–Que tal se... – Me perdi no meio das palavras ao visualizar um corpo muito conhecido há alguns passos de nós

Senti minha respiração acelerar e meu coração se reprimir numa única batida

Era Clint, ele estava ali, logo há alguns passos de mim, eu havia reconhecido seu perfil, o formato do seu rosto o jeito que sua boca formava um sorriso, mas não era para mim que ele sorria era para Juliet, assim como Steve eles pareciam ter passado na barraca do tiro já que Juliet carregava um enorme ursinho branco nos braços

Era para isso que ele tinha pedido um tempo? Para ficar com Juliet?

–Nat – Chamou Steve carinhoso me abraçando pela cintura e colando seu corpo no meu – Você está bem?

Me virei para Steve e vi que ele me encarava visivelmente preocupado

Eu devia estar fazendo uma careta horrível no momento e eu sabia disso, meu coração parecia ter sido comprimido e minha boca trazia um gosto amargo

Por que eles tinham que estar aqui logo de todos os lugares do mundo?

–Não, não estou – Admiti voltando meu olhar para Clint

Eles estavam sorrindo e conversando animadamente enquanto esperavam na fila do algodão doce

Ele nunca tinha me levado a um parque de diversão, por que ele estava fazendo isso com ela?

–Eu estou aqui Nat – Chamou Steve segurando meu queixo e me fazendo o olhar – Vai ficar tudo bem

–Eu não teria tanta certeza disso – Admiti fechando os olhos com força

Eu tinha que me controlar, controlar todo o misto de emoções que eu sentia naquele momento, eu tinha que me acalmar!

Mas Steve não ajudou nem um pouco

Quando menos imaginei já senti seus lábios sobre os meus iniciando um beijo carinhoso

Fiquei surpresa com o beijo e senti meu coração antes comprimido, se expandir como um balão se enchendo de ar e bater rapidamente, eu quase podia ter certeza que Steve o ouvia

Steve deslizou sua mão para minha nuca aprofundando o beijo fazendo um formigamento percorrer meu corpo enquanto me apoiava em seu peito correspondendo o beijo.

Todo aquele amargo pareceu deixar minha boca, agora ela tinha apenas gosto de canela, o gosto de Steve.

Steve foi parando o beijo lentamente até por fim nos separarmos

–Obrigada - Sussurrei sem saber muito bem por que eu agradecia

Talvez fosse por tirar aquela pressão sobre meu peito, talvez fosse por que ele tirou o gosto amargo da minha boca ou talvez fosse pela sensação de leveza que seu beijo tinha me trazido.

–Que tal a roda gigante? – Perguntou Steve com um sorriso animado esquecendo completamente o que havia se passado há alguns segundo atrás

–Por que não?

Dei um sorriso fraco e Steve apenas me abraçou pelos ombros me levando em direção a roda.

Essa que dessa vez nem tinha fila, então foi apenas chegarmos e já entrarmos no brinquedo nos sentando em um daqueles banquinho

–Você quer ir embora?

–Você está se divertindo tanto, não tem por que ir – Falei desviando os olhos do resto do parque que começava a ficar pequeno devido a altura que ganhávamos

–Mas você não está se divertindo – Falou Steve me puxando pelo queixo me fazendo olhar em seus olhos azuis – Ele estragou tudo não?

–É confuso, não é só culpa dele – Admiti dando os ombros – Estamos no meio de um ciclo vicioso, eu machuco ele, ele me machuca e depois voltamos ao normal

–Esse ciclo não é bom para você – Falou Steve me olhando sério

Logo a roda parou e vi que estávamos bem no alto dela

–Eu sei mais o que eu posso fazer? – Perguntei o olhando confusa

–Acabe com ele

–Como?

Steve não me respondeu apenas me puxou pelo queixo me beijando novamente

Eu não sabia se aquele beijo era uma resposta a minha pergunta ou ele tinha visto Clint nos olhando, mas qualquer que fosse o motivo daquele beijo ele era bom

Passei os braços envolta do pescoço de Steve o trazendo o mais perto que aquela cadeira permitia

Steve me abraçou pela cintura e aprofundo um beijo fazendo meu coração voltar a bater acelerado

Era sempre assim quando nos beijávamos, eu sentia meu coração bater acelerado como se ele tivesse uma arma apontado para minha cabeça

O beijo de Steve era diferente de todos os outros, ele me trazia sensações novas, ele era único.