O Meu Muro Caiu, literalmente escrita por Carol Araujo


Capítulo 15
Capítulo 15 - Términos.


Notas iniciais do capítulo

 Um capitulo bem longo para vocês hoje, curtam sem moderação - q



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Levantei-me da cama incrédula e ainda mais com uma dor de cabeça daquelas, ainda era no meio da noite, olhei para a janela confiante... Fechadas. Sabe? Eu to considerando a idéia de cortar meus pulsos, AHA! Tava brincando. Resolvi tomar um remédio para dor de cabeça que tem no meu banheiro, evitando olhar para o espelho, é claro. Engoli de qualquer forma e resolvi tomar um banho para acalmar meus nervos frenéticos. Tentei pentear direito meus cachos, mas desisti na metade do caminho. Me vesti. E agora? Eu não vou descer... Pelo menos pelas escadas, eu quero não olhar para cara da minha mãe por pelo menos um mês. Me sentei na minha cama, até eu ouvir umas batidas na porta.

- Vai embora – Resmunguei

Mais mesmo assim minha mãe abriu a porta, carregando uma bandeja, o cheiro bom fez meu estômago faminto roncar. Se controle, Alexandra. Mais aquela macarronada cheira tão bem.

- Filha, como você já se acalmou, podemos conversar?- Ela falou com sua voz manipuladora doce, que me faz dizer sim a tudo. Mas resisti e mandei um olhar sínico para ela.

Ela sentou na cama ao meu lado e colocou a bandeja cheirosa no chão, merda. Eu queria atacar a comida, mais olhei para o rosto sereno da minha mãe.

- Alex, você já está na idade para aceitar que sua mãe vive uma vida social. Ela pode se separar, casar, tudo o que ela quiser, está no século 21 – Ela suspirou, eu permaneci calada. – Eu e seu pai nos separamos porque... Nós brigávamos demais, era ruim você viver no meio de brigas em casa. Era melhor para você, entenda Alexandra – Ela pegou uma lágrima que escorria pelo meu rosto.

- Mãe... Mas, vocês eram o casal que eu queria me inspirar num dia, e por fim, acabou separando. Como eu posso superar isso? – Falei com minha voz falhando, minha mãe me abraçou

- Você vai se acostumar com o Gabriel, ele vai ser seu mais novo pai. – Ela falou e eu larguei o abraço dela

- Eu não quero ele como pai, mãe – Falei

- Ele me faz feliz, Alexandra. Você não quer ver sua mãe feliz?

- Mãe, ele não presta. Você tá iludida.

- Eu não estou iludida , Alexandra. E tá bom por hoje, eu tenho umas coisas do trabalho a resolver – Ela beijou a minha testa e saiu do quarto, deixando a bandeja, que ataquei em cinco minutos.

Eu não quero ver minha mãe triste é claro, mais... Melhor agora do que depois do casamento idiota. Desci correndo para a sala onde mamãe estava no notebook.

- O que foi filha?- Ela falou por cima dos óculos de leitura dela

- Mãe, o Gabriel te trai- Eu falei – Ele fica com outras além de você. – Minha mãe arregalou os olhos

- Como você sabe?

- O celular dele

 

Flashback on

 

Eu não posso acreditar que aquele idiota do Gabriel vem jantar aqui... De novo. Uma merda, merda, merda. Eu não sei como minha mãe gostou daquilo.Coloquei um roupa preta em sinal de luto e exagerei na maquiagem nos olhos. Minha mãe quase derrubou a lasanha a me ver.

- Alexandra... Troca... Isso. JÁ! – Ela falou com o rosto vermelho, a ignorei.

Armei mais uma armadilha para Gabriel igual na primeira vez que ele veio, minha mãe disse que não era mais para fazer mais isso, mais... E daí? Eu vou espantar ele rapidinho. Eu acho, com certeza,que ele vai se sentar na cadeira central, e enchi ela de ketchup, ele não deverá notar depois de sentar. Coloquei uma mistura de remédio de estômago na bebida dele, para sair tudo de uma vez só, e uma pimenta típica no prato de lasanha dele, chega o macarrão ficou vermelho.Eu ri vitoriosa, eu imaginei na minha mente o idiota saindo com o rosto vermelho correndo de casa. Atendi rapidamente a porta, depois de um toque. Ele entrou e quis me dar um abraço, eca. Ignorei ele.

- Ângela, desde aquele dia, eu suspiro  só em pensar na sua comida deliciosa. – Ele estampou um sorriso falso e beijou a minha mãe, eca, segurei a vontade de vomitar.

- Obrigada, Gabriel – Ela riu como uma adolescente idiota – Vamos sentar.

Nos  sentamos, eu ri ao ver a careta em que o inseto fez ao sentar na cadeira melada a ketchup, mais ele ignorou depois, respirando lentamente, ri de novo. Minha mãe fez uma cara de quem entedia nada. Esperei o idiota comer a lasanha, ele ficou vermelho, o vinho... Ele fez uma careta.  Eu ri baixinho.

-  Ângela... Eu tenho que ir. – Ele falou pausadamente com o rosto vermelho

- O que foi, Gabriel? Você nem comeu direito

- Tchau Ângela- Ele saiu correndo da sala com a bunda vermelha

- Eu não sabia que homem menstruava, ele deve tá naqueles dias – Eu ri

Minha mãe se levantou e correu na direção dele. Eu me levantei trabalho feito. Notei o iphone dele jogado na mesa... Que sabe? Destruir ele ou ficar para mim não custa nada né? Peguei o celular e corri para meu quarto, tranquei a porta. De repente, o bicho começou a tocar. Atendi hesitante.

- Alô? – Falei

- Biel, eu to com saudades. Você já se livrou da quarentona? Eu quero ir para Las Vegas agora. –Ela riu. Foi aí que joguei o celular contra a parede do meu quarto.

IDIOTA!

Flashback off.

Eu decidi guardar segredo, e espantar o Gabriel longe de mamãe, mais nada adiantou... Até agora.

- AHAHAH, to morrendo de rir Alexandra. Volte pra seu quarto  –  Mamãe falou

- Mãe é serio, uma baranga ligou para ele, logo após de você correr até ele! – Falei

- Querida, o Gabriel me ama, eu amo ele e vamos no casar. Eu pensei que você tinha compreendido.

COMO EU FUI TER UMA MÃE TAPADA ASSIM? Corri até meu quarto, não adiantou, depois não diga que eu não avisei, que merda. Sabe? O mundo inteiro vá a merda. Minha própria mãe não acredita em mim. Decidi dormir, eu estava cansada de tudo.

~.~.~..~.~..~.~..~.~..~.~..~.~..~.~..

 

Acordei desajeitada, cambaleando até o banheiro. Escovei os dentes  e tomei banho, vesti uma roupa normal. Respirei , me preparando mais um dia da minha existência. Mais fui interrompida por um toque de celular irritante, atendi. Era Pedro.

- Alexandra, consegui me livrar do turno de manhã, que tal sairmos?- Eu não agüentava mais isso, era melhor terminar logo, olhei para minha guitarra nova jogada no canto, nunca toquei nela, não sei por que.

- Pedro... – Suspirei – Temos que conversar, pode vir para casa?

- Claro, chego aí em 5 minutos – Por que ele teve que se apaixonar por mim?

Peguei a guitarra nova e desci as escadas indo para o jardim, ia ser um ótimo jeito de começar um sábado de manhã... Nublado. Que irônico. Esperei sentada até ouvir a campainha de casa e eu corri para atender. Sabe? De todo jeito... Pedro era deslumbrantemente lindo. Respirei fundo e fingi um sorriso, ele beijou de leve meus lábios.

- Tava tocando na guitarra? – Ele sorriu apontando para a guitarra na minha mão, eu assenti

- Eu... Quero devolve-la , Pedro – Falei, parecia que tinha um pedaço de pão entalado na minha garganta.

- Por quê? Ela é sua, Alexandra. – Ele falou

- Eu quero terminar com você, Pedro – Soltei logo, sinceramente, eu tenho andado tão indireta...

Eu não pude desviar o olhar de dor de Pedro, seus olhos me olhavam com dúvida.

- Você não está falando sério né? – Ele falou, fechei os olhos e entreguei para ele a guitarra.

- Pedro, eu não amo você... Como namorada, sou só sua amiga. Não pode ser mais que isso para mim. – Falei, senti uma gota de chuva no meu rosto.

- Alexandra, você acordou com o pé errado hoje

- Pedro, entenda! Faz tempo que quero terminar com você! Eu não sou a garota certa para você, um dia você vai achá-la, mais não sou eu! – Gritei, Pedro ficou vermelho. Abracei-o, ele me agarrou com a guitarra ainda nas mãos dele. – Eu não sou a certa para você, Pedro – Sussurrei no seu ouvido

- Tá bom... – Ele saiu do meu abraço e segurou o trinco da minha porta – Eu acho que vou embora.

Dei um ultimo beijo nele.

- Tchau – Sorri e ele deu um sorriso fraco e trancou o portão. De repente começou a neblina, mais não sai do canto.

Eu não sei, era o primeiro término da minha vida. Eu devia estar triste, chorando de saudade, com pelo menos pena de Pedro... Mas eu to aliviada. Sorri, eu posso ficar com Mateus agora.

~~~~~~

 

SE PELO MENOS ELE ATENDESSE ESSE PORTÃO IDIOTA! Agora a neblina fina, se tornou uma chuva grossa  com direito a trovões, e meu alívio se transformou em raiva, eu tava no meio da rua, batendo na porta da casa de Mateus, IDIOTA!Merda, merda, merda. Desisti, eu vou é ficar gripada, mais por um milagre, a porta foi aberta. Era meu sonho pessoal. Sorri ao vê-lo, eu ansiava em agarrar ele e agarrei mesmo.

 

- Mateus, Mateus, Mateus - Sussurrei feliz

 

- Que foi Alexandra? - Ele perguntou, ele tinha os olhos verdes mais lindos do mundo, isso ele tem. Em vez de responder, eu o beijei no meio de uma trovoada. A melhor chuva da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Quero pedir o básico né? Rewiens, estrelas e recomendações. Mais eu queria uma ajudazinha, eu queria que vocês digam a melhor parte da fic, um pensamento que eu escrevi bem e tal. É que eu tô pensando em fazer uma coisa, e eu queria que vocês me ajudasem ok? 
 
(Para mim, esse foi o melhor capitúlo que eu já escrevi )
 



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