Meeting The Real Me escrita por Yui Snow


Capítulo 1
Minha vida... Até agora


Notas iniciais do capítulo

Slá, bateu uma inspiração e fiz esse "prologo", então... Se gostarem, acompanhem, se não... ok :v E não liguem para os erros... Meu word n tem corretor =x



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Eu estava deitada em minha cama, lendo meu terceiro livro só naquela semana. Já passava da meia noite e eu sabia que deveria dormir, ao contrario de todos os outros adolescentes de 18 anos do mundo que estão por aí saindo e se divertindo em festas, escondidos, ou não, dos pais. E lá estava eu, lendo meu terceiro livro da semana, em pleno sábado a noite.

Levantei-me da cama, já com a bunda dormente e fui até o banheiro em meu quarto. Era um espelho emoldurado com figuras de bandas e cantores de todos os estilos e nacionalidades (pode me considerar um tipo de artista), e lá, refletido, uma figura morena, cheia de espinhas, cabelo semi-cacheado cor de “mel”, aparelho e óculos sorria sem graça. Comparado a todos os descolados a moldura do espelho, ela parecia duas vezes sem graça. A unica coisa que eu via e gostava naquela garota eram os olhos, que mesmo naquele sorriso sem graça, brilhavam, também cor de mel, meio esverdeados, confiantes, como se nada pudesse apaga-los. Um brilho que eu sabia não refletir a realidade na alma da garota.

Eu me olhei por mais alguns segundos no espelho, e então, finalmente escovei pela segunda vez na noite os dente, penteei o cabelo (que ficou uma bucha, como sempre), prendi em um coque frouxo , deixei meu óculos no armarinho e lavei o rosto. Eu já estava de pijama (sim, uso pijamas, da Pucca, e não tenho vergonha de dizer), então fui direto para a cama. Mas não consegui dormir. A musica alta, com graves fortes, que vinha da vizinha três portas ao lado não deixava. Eu só queria saber como seria estar lá ao menos uma vez. Mas bem, não importava. Pus meus fones de ouvido em um Imagine Dragons mais alto o possível e fechei os olhos, esperando o sono vir.

Foi uma noite tranquila, sem sonhos, mas as palmas (e que irritantes palmas...) de minha mãe me acordando em pleno dormindo as 7:00 estragaram tudo. Abri vagarosamente os olhos, olhando para o teto, contendo minha frustração, e me levantei, antes q ela começasse a gritar.

–Você já sabe...

–Sim, sei mãe – respondi logo, a cortando. Eu deveria ir tomar meu banho e me arrumar, fazendo isso em 25 minutos, ir tomar o café da manhã, tomando 10 minutos, e então escovar novamente os dentes, 5 minutos, saindo então 20 minutos antes do inicio do culto matinal, que era as 8:00.

Fui então tomar banho, ao som baixo, quase inaudível, de Skillet. Lavei o cabelo, sai, o sequei e prendi em um rabo de cavalo, como sempre. Amassei as pontas para verse cacheavam um pouco mais, e dava um pouco de volume. Vesti um vestido longo e florido, que havia ganho de presente a 2 anos, e coloquei os óculos. Vesti sandálias simples e desci então para tomar café,

Ao terminar de comer, eu e meu pai fomos para o carro. Coloquei meus fones em “Breaking the Habit-Linkin Park”, no modo ‘repetição’ em meu celular, até a viajem a igreja terminar. Chegamos 5 minutos adiantados, como sempre. Meu pais sempre dizia que o horário certo é chegar adiantado. Ao entrar, estava vazio, apenas com a presença do pastor Rogers, e eu sabia que permaneceria assim até uns 15 minutos após o inicio do sermão.

Passado 30 minutos, a igreja jazia semi-cheia, com adolescentes dormindo, quase roncando pelo cansaço da ultima noite, pais entediados e um pastor dando um sermão repetido. Ao (finalmente) terminar, ainda não tinha terminado. Eu explico: tínhamos que cumprimentar a todos e bater um “papinho”, para confraternizar. Como sempre, segui meu pai cumprimentando sem graça quem ele abraçava, e ficando em um canto enquanto ele conversava animado com os amigos. Entenda, eu vivo em uma cidade pequena, todos conhecem a todos por aqui. E todos sabiam que eu era a sem graça da cidade. E eu já estava começando a me cansar.

Finalmente acabada aquela tortura, voltamos para casa, e eu voltei a ler. O dia passou sem mais relevâncias. Então, no fim do livro, a garota morreu ao seus dezoito anos, sem realizar nada na vida. Foi o livro mais curto que já li na vida, mas percebi... Essa era minha realidade. Meu futuro se nada mudasse. E mudaria, decidi.

Peguei as cartas das faculdades para as quais eu passei, e escolhi uma, a mais longe de casa, e não a pior. Mandei um formulário trocando meu curso de medicina para indefinido, por enquanto, sem avisar meus pais. Eles queriam que eu fizesse medicina na faculdade da cidade, mas não é o que eu iria fazer, e eles não precisavam saber até daqui a três meses, quando eu fosse para onde escolhi.

Era minha vida, e eu a estava desperdiçando. Sem sonhos, sem vida, sem alegria ou diversão... Isso iria mudar, hoje. Olhei então para o meu guarda roupa, e me decidi: Antes de ir, eu precisava fazer uma comprinhas.


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