Caçador escrita por Lian Black


Capítulo 63
Mudanças bruscas




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Dizer que eu estou surpreso seria mentir. Estou entrando num estado de “não pode piorar”. Então o quão pior for a situação, menos surpreso eu fico. Simples assim.

— Você não devia estar preso? — Megan pergunta, muito calma para quem está falando com o senhor do Inferno.

Lúcifer dá os ombros.

— Aquela jaula foi feita para prender um figurão. Dois Arcanjos foi demais para a tranca.

O que significa que Miguel voltou pro Céu. Acho que posso esquecer a parte dos anjos em guerra civil. Ela vai acabar assim que aquele cara pisar lá em cima.

Começo a cantarolar Highway to Hell mentalmente, sem nenhum motivo aparente. Me pareceu... Apropriado.

Aceno para o altar.

— Como vai fazer para abrir isso? Me pareceu apenas um pedaço de rocha e metal.

Lúcifer começa a rir. Uma gargalhada alta e exagerada, que aumenta cada vez mais. Megan e eu nos entreolhamos.

Lúcifer leva alguns minutos para se acalmar, e de vez em quando ainda dá uma risadinha leve.

— O que é tão engraçado? — Pergunto, tendo a impressão de que não quero saber.

— Que você realmente acreditou, realmente caiu na armadilha. Eu nunca sonhei que seria tão fácil.

Dou o meu melhor para evitar encarar Megan. Em vez disso, me esforço em manter a expressão confiante e displicente, sem se preocupar com nada. Blefe, a melhor arma de um Caçador. Espere, minto. A melhor é a escopeta, e depois o blefe.

— Fico feliz que está se divertindo. — Comento. — Talvez possamos falar sobre essa armadilha que você tão inocentemente acha que eu caí.

Pouso a escopeta nos ombros, numa atitude despreocupada.

Lúcifer vai até o trono de pedra e se senta, aparentando estar confortável. Não parece ter pressa.

— Garoto, você é bom, eu admito. Mas se acha muito esperto, e seus chutes estavam errados.

— Vai me dizer que não planejam interligar as dimensões? — Pergunto cético.

Lúcifer abana a mão, despreocupado.

— Ah, isso? Sim, mas não do jeito que pensa. — Ele se inclina para frente. — Esses cinco altares? Fake. Um truquezinho antigo. Eu e os Arcanjos garantimos que o boato seria espalhado alguns milênios atrás. Esse não é o verdadeiro ritual para destruir o tecido dimensional.

Preciso de mais força de vontade ainda para evitar olhar para Megan. Se isso for verdade, caímos direitinho. E também mandamos o resto do pessoal para outras armadilhas.

— Por que faria isso? — Pergunto aparentando apenas uma pontinha de curiosidade. Pelos deuses perdidos, é ótimo que eu tenha passado os últimos anos aprendendo a mentir sem hesitar para enganar qualquer um. Lúcifer é como um cachorro altamente agressivo. Se sentir cheiro de medo, vai atacar, então é preciso mostrar força. Demônios só respeitam a força. — Tipo, qual a vantagem para você?

Lúcifer dá os ombros.

— Era divertido ver quantos idiotas ao passar dos séculos tentavam realizar o ritual. E também me dava uma cartada final. Se algum dia eu realmente quisesse usar o ritual correto, teria um chamariz caso existisse alguém moderadamente capaz de me impedir. — Lúcifer abre um sorriso meio maníaco. — Nada como ter uma armadilha preparada com milênios de antecedência. E, afinal, eu sou o cara ardiloso e manipulador. Tenho uma reputação a zelar.

Finalmente não consigo mais me conter. Olho para Megan. Sua expressão mistura nojo, ódio e medo. Ela me olha como se dissesse: Vai ficar aturando isso por quanto tempo?

Com um esforço tremendo, me viro novamente para Lúcifer.

— O que a Organização tem a ver com isso? — Pergunto lentamente, tentando manter a voz calma. Meu punho se cerra em volta da empunhadura da escopeta. Sinto a marca em meu braço esquentar.

— Nada. — Não detecto nenhum rastro de mentira em sua voz, mas Lúcifer é o melhor mentiroso que existe. Convenceria o Papa a estuprar uma garota de cinco anos... Na verdade, ele já fez isso. Longa história. — Absolutamente nada. Queriam dominar o mundo, mas de uma forma diferente. — O tom de Lúcifer muda. — A Organização era patética.

— Era? — Percebo.

— Matei cada um deles pessoalmente. Cada líder, cada criança. Você é o último.

Um arrepio passa minha coluna inteira. A Organização... Desde que eu nasci ela é uma sombra na minha vida. Ela conduziu meu nascimento de forma que fosse impossível eu escapar do sobrenatural, para eu fazer parte do sobrenatural. Depois que fugi e me tornei um Caçador, estava sempre olhando por sobre o ombro. Não com medo da polícia, ou das coisas que matei, mas sim deles. Sempre com medo de que me encontrassem.

E agora Lúcifer me diz que estão todos mortos.

Fecho os olhos e aperto a ponta do nariz. Foda-se o fingimento. Foda-se o Apocalipse. Foda-se tudo. Eu vou dar meu jeito, e ponto final. Como sempre.

— Qual o ritual verdadeiro? — Pergunto finalmente. — E por que eliminar a Organização em vez de usá-la? Era incrivelmente poderosa. Seis. O número de crianças com sangue de Ceifeiro nas veias. O bastante para fazer frente a um batalhão de demônios.

— Sete com você. — Lúcifer comenta calmamente. — Eles seriam inúteis, e tentariam me parar. O ritual se resume em destruir a humanidade. E matando todos os humanos, os Ceifeiros deixariam de ser necessários, seriam destruídos. O mesmo aconteceria com os poderes de vocês.

Megan ofega atrás de mim. Levo alguns segundos para ter certeza que entendi o que Lúcifer disse com tanta calma.

— Matar... Todos... — Eu praticamente gaguejo, meu raciocínio indo pro espaço. Engulo em seco e começo de novo, qualquer fingimento de autocontrole sumindo. — Está brincando comigo, certo?

— Pareço estar brincando? — Lúcifer pergunta calmamente. — Admita, garoto. Você sabe que não pode fazer nada. A cartada foi lançada, já começou. Você não pode impedir.

— Que... Que cartada? — Pergunto.

Lúcifer sorri, um esgar assustador. Ele estende o braço e rompe uma veia com a unha. O sangue escorre até formar uma poça no chão. Lúcifer acena com a mão, e o sangue se torna claro como vidro. Alguns segundos depois, uma imagem surge, como em uma televisão. O som preenche a caverna.

Uma mulher vestindo o que parece o uniforme de um telejornal, com a expressão preocupada, acenando para uma imagem atrás dela. Uma nuvem gigante sobre um terreno devastado.

— O ataque foi lançado cerca de uma hora atrás, com um dano terrível. O que vocês estão vendo nesse momento era a Floresta Amazônica, a maior floresta do mundo, agora reduzida a uma pilha de cinzas em um território devastado. — O tom da mulher é sério, e quase desesperado. — A informação que corre é de que a bomba foi lançada pelas forças armadas americanas. O presidente Obama ainda não se pronunciou, mas porta-vozes da Casa Branca afirmam que...

Lúcifer balança a mão, e outra imagem surge. Uma repórter, dessa vez em uma cidade. Levo alguns segundos para reconhecer o Rio de Janeiro. A repórter está parada perto da praia, e vejo o Cristo Redentor ao longe.

— Isso mesmo, Joe. Isso é o mais perto que nos permitem chegar, o mais perto que nos arriscamos. Toda a região noroeste do continente, antes ocupada pela Amazônia, agora está em um estado de caos. Um inverno nuclear avança pelo continente, a radiação se propagando a níveis apocalípticos. — Vento balança o cabelo dela, e vejo nuvens de tempestade se assomando ao longe. — Quatro quintos do Brasil e todo o território ao norte da Argentina declararam estado de calamidade pública. As cidades fora do alcance da bomba estão sendo evacuadas. Manifestações estão tomando as ruas. Estamos à beira de um cenário de uma possível terceira guerra mundial, uma guerra nuclear. O governo...

Lúcifer balança a mão novamente, e a imagem silencia. Ainda posso ver a boca da reportes se movendo, mas não há som.

— Níveis apocalípticos. Bela escolha de palavras.

Levo alguns instantes para assimilar o que acabei de ver. Megan parece prestes a entrar em estado de choque.

— “E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, houve saraiva e fogo misturado com sangue, é jogado para a Terra queimando um terço das árvores do planeta, e toda a erva verde.” — Eu cito. — A maior floresta do mundo devastada por uma bomba nuclear... Uma explosão incontrolável. Sangue e fogo.

— Parabéns. Você é tão rápido quanto me disseram. Admito que sou um pouco teatral nesses casos.

Olho desamparado para a imagem. Isso é grande demais. Muito mais do que eu posso lutar. Me dê um exército de demônios, um batalhão de anjos, uma infestação de fantasmas... Pode vir qualquer problema de grande escala sobrenatural, mas uma guerra mundial... Está além dos esforços de qualquer Caçador.

— Sei o que está pensando. — Lúcifer anuncia. — Não fui eu que comecei isso. Só pedi para um dos meus demônios sugerir o alvo. A guerra já havia sido declarada há alguns dias, apenas não divulgada para a mídia. A tensão entre os governos havia adquirido níveis catastróficos... — Lúcifer sorri e lambe os lábios. — Completamente delicioso. A própria humanidade irá causar sua destruição. — Lúcifer coça a cabeça e franze o cenho, como se tentasse se lembrar de alguma coisa. — Acho que o próximo ataque vai ser em Manhattan. Algo sobre um monte ardendo ser jogado ao mar. A radiação deve se espalhar pelo leste do país. Pena que a água dissipa rapidamente, então não vou poder manter o “terça parte dos animais marinhos mortos”. — Lúcifer dá os ombros. — Que se dane. Já está bom o bastante.

Algo substitui o desespero e a impotência. Levo alguns segundos para reconhecer o que é. Raiva. Ódio. O desejo incontrolável de sangue.

— O que você tem a ganhar com isso? — pergunto para Lúcifer. — O que a queda do tecido vai lhe dar?

Lúcifer dá os ombros novamente.

— Muito pouco. Apenas uma guerra que não queria travar. Mas as recompensas são boas. Caos, toda a humanidade devastada, destruição... Os mortos vão ficar na terra, já que não haverá mais para onde ir. Já aconteceu uma vez, a inundação, mas aquela foi feita por Miguel. Imprestável, matou cerca de 80% da humanidade. Dessa vez eu vou fazer o serviço completo. — Lúcifer me dá outro de seus sorrisos maníacos. — Em resumo, é divertido.

— Megan? — Eu chamo, a voz mortalmente suave e fria. Ela olha para mim, parecendo sair de um transe. — Lembra daquelas balas especiais que eu fiz, com ferro minerado do sangue de dragão? Lembra que, consagrando-as da forma correta, seriam capazes de causar mais dano que o Colt?

Megan entende de primeira. Me dá um sorriso, que eu devolvo. A situação pode estar uma merda, e até podemos não ter mais esperanças. Mas eu ainda vou fazer meu trabalho, e ele inclui limpar o chão com a bunda de Lúcifer.

Megan saca uma de suas pistolas, carregada com minhas últimas balas de aço dragoniano... Ok, péssimo nome. Antes que Lúcifer possa fazer qualquer coisa, ela dispara.

O joelho dele explode numa nuvem de carne e sangue. Lúcifer solta um rugido de dor e olha incrédulo para a perna destroçada. Megan esvazia o pente, acertando peito e fazendo a cabeça parecer um punhado de carne moída e ossos quebrados.

— Não vai matar, mas machuca muito você. — Eu afirmo para Lúcifer. A marca em meu braço parece queimar como um ferro em brasa, pedindo para ser liberada. — Acho que você cometeu um erro. Devia ter matado todos os sete.

Caminho calmamente até ele, me preparando mentalmente para liberar o selo. Que se dane o que vai acontecer comigo. Uma vez com toda a força do sangue de Ceifeiro liberada, eu vou poder destruir inclusive Lúcifer. O meu sangue é especial. Eu havia sido feito para liderar o grupo, então usaram o sangue do próprio Morte.

Me agacho ao lado do corpo deformado de Lúcifer, tomado por alguns espasmos musculares. Posso ver seu poder agindo, tentando expulsar as balas e curar o hospedeiro. Mas o hospedeiro já está seriamente danificado. Hospedar Lúcifer não é brincadeira. Apenas um número restrito de pessoas consegue suportar sua presença.

A marca queima tanto que parece que meu braço inteiro está em chamas. Sinto essa ardência se espalhar por meu peito, à medida que ela se espalha pelo corpo.

A liberação tem dois estágios. No primeiro, minha força é medida pelo tamanho que a marca possui. Quanto mais partes do meu corpo estiverem ocupadas pela marca, maior é o meu poder. Mas, enquanto ela estiver ativa, eu ainda sou humano. Ainda posso sobreviver.

O segundo estágio é o estágio final. A marca some, definitivamente. Liberando totalmente meus poderes. Nesse estágio, eu nem faço ideia do que posso fazer. Mais do que posso imaginar, com certeza. Mas o risco é imenso. Meu corpo pode não aguentar, meu espírito pode começar a ser destruído... Os efeitos colaterais são bem desagradáveis.

O sangue de Ceifeiro é um tônico. Uma trapaça. Quando bebo, me dá os poderes temporariamente, mas age como veneno. A marca me desintoxica, mas mesmo assim sofro com os efeitos colaterais, como já sofri alguns dias atrás.

Agora, estou pouco em importando com o que for acontecer. Se vamos todos morrer nessa guerra idiota humana, eu pelo menos vou levar Lúcifer junto.

Ele consegue erguer uma mão, coberta de feridas, com um tiro atravessando a palma. Ignoro isso, me concentrando em liberar o resto dos meus poderes. Mais alguns segundos...

Lúcifer consegue tocar em minha testa. Um frio se espalha dali, circulando por todo o meu sistema, como se estivesse congelando minhas veias. Uma dor excruciante percorre meu corpo. Não consigo sequer gritar.

Cambaleio para trás, me afastando dele, sem entender. Eu sou imune aos poderes demoníacos. A dor é tão grande que não consigo sequer raciocinar, o frio dá a impressão que tenho pedras de gelo nas veias.

Caio de joelhos, nem escuto o grito de Megan. Em alguns segundos, ouço um som abado. Tiros. Provavelmente ela abriu fogo contra Lúcifer, no primeiro instinto de um Caçador. Ataque o que está lhe ameaçando.

Começo a tossir, me curvando para frente. Tusso cada vez mais forte, cuspindo sangue. Um sangue negro como tinta, grosso e frio. Parece correr a pedra abaixo de si onde cai. Fede a morte. Em algum lugar no fundo do meu cérebro, um lugar longe da dor, eu entendo o que está acontecendo e o pavor surge, mas a dor me impede de pensar sobre isso.

Por fim, o frio começa a passar, regredindo em direção à minha cabeça. A dor diminui. Cuspo uma última bola de sangue, e o frio some. A dor passa. Estou de gatas, olhando para uma poça de escuridão que corrói a pedra.

— Impossível... — Consigo murmurar, incrédulo.

O som de tiros desaparece. Megan corre na minha direção, gritando algo. Nem registro as palavras.

Ela me segura pelos ombros e me vira. Vejo seu rosto preocupado, mas ainda estou zonzo. Levo alguns segundos para me recuperar. Olho para onde Lúcifer estava. Um punhado de carne crivado de tiros.

Uma risada rouca escapa de seus lábios, o que deveria ser impossível, considerando o estado de seu peito, pescoço e rosto.

— Parece que o grande Caçador foi derrotado — ele consegue grunhir, a voz chiada. Parece se divertir imensamente. — Seu sangue foi purgado. Dê adeus aos seus poderes, garoto.

Um jorro de fumaça escapa pelos lábios destruídos. Uma verdadeira nuvem de tempestade, negra e ameaçadora, que ocupe a caverna inteira, antes de desaparecer pelo túnel. O corpo que Lúcifer ocupava desaba do trono, caindo na poça que já se formava aos seus pés.

Um silêncio sepulcral toma conta da caverna, interrompido apenas pelas nossas respirações.

Sinto o gosto de sangue na boca. Dessa vez, apenas o meu sangue normal, ou que deveria ser normal. Apenas o gosto metálico. Nenhum vestígio do sabor frio e espectral do sangue de Ceifeiro. Meu corpo todo parece dormente, como se tivesse saído de uma overdose de cafeína. Sinto uma sensação estranha, e levo alguns segundos para perceber o que é. Meu corpo está limpo, meu sangue foi filtrado. Não sinto mais o poder velado do sangue de Ceifeiro nas veias, aquela sensação fria e opressora.

Cuspo uma última bola de sangue. Vermelho. Normal. Olho para Megan, e decido quebrar o silêncio.

— Você está bem?

Ela se atira para frente, quase quebrando minhas costelas com um abraço. Antes que possa fazer qualquer coisa, ela me beija.

É, aquele típico beijo do “estamos vivos, isso é impossível”. Só que um pouquinho mais forte. Acho que é por que, em geral, quando alguém dá esse beijo é algo como um acidente, um assalto que saiu errado ou um terremoto. Algum perigo normal. Quantos casais enfrentaram Lúcifer de frente?

Devolvo com ardor. Meu corpo parece vibrar, uma sensação quente se espalha por mim, vindo do peito. Passo minhas mãos por suas costas, puxando-a de encontro a mim. É... Diferente. Mais vivo, mais intenso, menos controlado. Tendo sangue de Ceifeiro nas veias durante a vida toda, nunca percebi o quanto ele alterava o que eu sentia. Agora tudo parece mais intenso, mas livre, mais visceral.

Megan finalmente interrompe o beijo, mas não se afasta muito, apenas o bastante para me olhar nos olhos. Ela parece surpresa, me olhando ofegante.

— Uau! Isso foi... — Ela não parece saber como terminar.

— Eu sei. — Concordo. Megan sorri maliciosa.

— Por falar nisso, você está com gosto de sangue na boca.

Reviro os olhos e bufo. Olho em volta enquanto me levanto, só para ter certeza que estamos sozinhos. Nossa única companhia é o senhor peneira ali do lado. Tirando isso, vazio.

— Como está de munição? — Pergunto para Megan, pegando a escopeta no chão e recarregando com movimentos automáticos.

— Zero. Gastei tudo nele. — Ela acena com a cabeça para o cadáver, se levantando também.

Pego minha pistola e entrego para ela.

— Traga a sniper. Elas são caras, e algo me diz que vai ser bem mais difícil comprar qualquer coisa na internet nos próximos dias. Prevejo atrasos astronômicos nas entregas.

Megan ri e pega a arma no chão.

— O que vamos fazer agora? — Ela pergunta.

Olho bem para ela, pensando no que responder. Não temos nenhuma boa opção no momento.

— Primeiro, vamos sair daqui. — Respondo por fim, pegando a lanterna e rumando para o túnel. Megan me segue.


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Notas finais do capítulo

É, eu meio que extrapolei. Isso é quase uma indireta para os autores de ficção apocalíptica. É ASSIM que se começa um Apocalipse. Ataque por todos os lados.

Estou meio... Mórbido? Um pouco. Pouco sono, muitas sérias e livros simultâneos...



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