As Crônicas de Nárnia: As Ruínas da Primavera escrita por Lady Macbeth


Capítulo 6
Encontros


Notas iniciais do capítulo

O confronto!
~musica de suspense~
Enjoy



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POV Edmundo

Acampamos na floresta naquela noite. Em volta da fogueira usufruíamos de um silencio extremamente desconfortável. Ninguém tinha coragem de falar a respeito da conversa no rio. Eu mal podia acreditar que tinha uma filha! Passei toda a noite imaginando como ela seria. Será que tem cabelos negros como os meus? Pensar nisso me fez sorrir. Uma élfa de olhos lilases e cabelos negros... Qual deve ser a idade dela agora? Se ela nasceu há 1300 anos já deve ser adulta... E como todo élfo ela deve ter o nome com a inicial “G”. Ninguém nunca soube me explicar o porquê disso. E pensar que Gael sempre quis uma família, e quando estávamos perto disso, eu parti... A deixei sozinha em meio a uma guerra com uma criança nos braços. Pensar nisso me fez chorar. Dura e amargamente. Fez-me chorar até eu adormecer.

Acordei com gritos de Lucia e o ranger de espadas. Tirei a minha da bainha e corri para o lugar do tumulto. Lá encontrei Pedro cruzando espadas com um telmarino. Fui imediatamente ao seu encontro para lhe prestar socorro, mas fui bloqueado por um homem de capuz. Nossas espadas batiam-se com força e rapidez, fazendo um zunido ensurdecedor. Ele não era tão forte, mas era rápido, muito rápido. E foi essa rapidez que me desarmou e colocou uma lamina em meu pescoço. Espera, eu já vi isso antes...

Edmundo: Gael?! – Pedro que esta prestes a golpear Caspian com uma pedra para. Edmundo dá um passo para frente em direção ao encapuzado – Gael é você? – Gladis tira o capuz e olha ao redor, fitando Pedro, Lucia, Suzana e por ultimo Edmundo que se encontra a sua frente.

Gladis: Quem é você? – olha para Edmundo atônita e abaixa a espada. Pedro abaixa a pedra e olha para Caspian.

Pedro: Príncipe Caspian? – diz incrédulo – narnianos aparecem ao redor deles.

Caspian: Sim. Mas quem são vocês? – Suzana vai para o lado de Pedro.

Suzana: Pedro! Você está bem? - Diz abraçando o irmão. Gladis ainda olha fixamente para Edmundo. Caspian olha para espada de Pedro.

Caspian: Grande Rei Pedro?!

Pedro: Creio que nos chamou...

Caspian: Chamei mais... pensei que fosse...

Gladis: ...mais velho... – Ela e Edmundo se olham fixamente. Os dois se olham consternados

Pedro: Se preferirem podemos voltar daqui alguns anos...

Caspian: Não! Não é isso... é que não são bem o que eu esperava... – o olhar dele se encontra com o de Suzana que sorri timidamente.

Edmundo: Nem vocês... – Olha para os narnianos ao redor e volta seu olhar para Gladis.

Caça Trufas: O inimigo comum reúne ate os inimigos mais antigos...

Ripchip: Aguardávamos ansiosamente seu retorno, Soberano. – Faz uma reverencia para Pedro – nossos corações e espadas estão a seu dispor!

Lucia: Olha só, ele é tão fofinho! – diz para Suzana

Ripchip: Quem disse isso?! – diz exaltado

Lucia: Desculpe... – abaixa a cabeça envergonhada

Ripchip: Majestade... Com todo o respeito – faz uma leve reverencia – acredito que glorioso garboso ou galante sejam adjetivos melhores para um cavaleiro de Nárnia...

Pedro: Bem, pelo menos alguns sabem empunhar uma espada... – provoca Caspian. Caspian aperta os lábios irritado.

Ripchip: Certamente. E há algum tempo conseguimos juntar algumas espadas para seu exercito, Senhor.

Pedro: Ótimo. Porque precisaremos de todas as armas. – volta-se para Caspian.

Caspian: Sendo assim, é provável que queira a sua de volta... – diz em tom sarcástico. Oferece espada para Pedro e o mesmo guarda sua espada. – Gladis, leve suas Majestades ao acampamento. – Diz ironicamente.

Gladis: As ordens, meu príncipe. – Responde com a mesma ironia. Sinalizou para que todos a seguissem. Olha para Pedro com desdém e troca um olhar cumplice com Caspian que sorri.

Vê-la me deixou perturbado. Quando a vi tirar o capuz eu soube que era ela. Era a cópia da mãe, com cabelos negros. Eu não podia evitar em observa-la obcecadamente durante todo o caminho me perguntando se ela sabia quem eu era. E se soubesse? O que eu deveria fazer? Eu queria poder abraça-la e dizer o quanto eu havia desejado que ela um dia existisse e que estava feliz por ela existir. Mas e se ela tivesse raiva?

Ela me olhava de ombros desconfortavelmente enquanto andava a minha frente. Ela por certo percebeu os meus olhares. Só percebi que Pedro estava ao meu lado quando senti sua mão no meu ombro.

Pedro: É incrível como ela se parece com a mãe...

Edmundo: É... – sorri meio bobo.

Pedro: Será possível que todas as mulheres da sua vida acabem com uma espada no seu pescoço Ed? – diz divertido, os dois riem.

Edmundo: Eu deveria falar com ela? – olha para o irmão. Pedro suspira.

Pedro: Eu não sei... você deveria perguntar por Gael, ela deve saber onde ela está...

Edmundo: Mas isso não significa que ela vai me dizer... – Gladis olha para Edmundo depois volta a olhar para frente.

Depois de algumas horas de caminhada, chegamos a uma colina de rochas com uma entrada para o subterrâneo. Logo na entrada, fomos reverenciados por duas fileiras de centauros e tenho de admitir, é bom estar em casa. Mesmo não sendo Cair Paravel, ter os narnianos por perto já me dá essa sensação de conforto que agente só sente no nosso lar, lar esse que eu nunca mais encontrei na Inglaterra.

Gladis e Caspian cochichavam a todo o momento, o que me fez ficar extremamente irritado. Espero que esse telmarino metido a besta não esteja se engraçando com a minha filha. Esse pensamento me fez rir. Era estranho ter uma filha que aparenta ter quase a mesma idade que você...

Adentramos os subterrâneos e encontramos vários narnianos trabalhando em forjas e treinando com espadas. Logo após seguimos por um túnel, com vários desenhos nas paredes. Esses desenhos contavam toda nossa história em Nárnia. De súbito, me deparei com uma imagem que fez meu coração parar. Minha esposa, no dia de nosso casamento, com seu belo vestido de diamantes. Parei de frente a imagem e comecei a toca-la sentindo uma lagrima fujona descer de meu rosto.

Gladis: Você a conheceu? – Edmundo enxuga o rosto e olha para trás.

Edmundo: Sim...

Gladis: Dizem que era uma das criaturas mais belas que existiram, mesmo para uma élfa. – Edmundo a olha confuso

Edmundo: Você não a conhece?

Gladis: A Rainha Gael deixou Nárnia há muito tempo... – Edmundo sente um nó em sua garganta.

Edmundo: Dei- deixou?! – olha para Gladis com desespero nos olhos. São interrompidos por Lucia.

Lucia: Que lugar é esse?

Caspian: Vocês não sabem?

Caspian adentrou o túnel e nos levou até uma câmara, onde se encontrava a mesa de pedra de fronte a majestosa figura de Aslan entalhada na parede. Olhar para o grande Leão me fez pensar o porquê dele ter tirado minha família de mim... Será que ele ainda estava me punindo pelo que eu fiz?

Lucia foi à frente e tocou na mesa com ternura, com a mesma expressão de saudade que todos tinham em seus rostos. Pedro além de saudades tinha magoa ao olhar para Aslan. Magoa e culpa, com se ele tivesse falhado como Rei... Cheguei próximo a ele e apertei seu ombro e como resposta, ele me sorriu fraco. Ficamos ali mais algum tempo, mas logo foi necessário sairmos para planejar a batalha, já que os telmarinos já estavam cada vez mais próximos de onde estávamos.

Pedro: É só uma questão de tempo. Os homens e as armas de guerra de Miraz estão a caminho. Ou seja, esses mesmos homens não protegem o castelo.

Ripchip: O que sugere que façamos majestade? – Pedro e Caspian falam ao mesmo tempo.

Caspian: Começar a planejar...

Pedro: Atacar o castelo... – os dois se fuzilam com os olhos. Caspian faz sinal para que Pedro continue. – a única esperança é atacar antes que eles nos ataquem...

Caspian: É loucura ninguém jamais tomou o castelo...

Pedro: Sempre tem uma primeira vez... – diz para Caspian de modo desafiador. Mas uma vez, Gladis decide por observar.

Anão: Teremos o elemento surpresa...

Caspian: Mas temos a vantagem aqui...

Suzana: Se nos prepararmos podemos conte-los para sempre... – Pedro olha para Suzana desapontado.

Caça Trufas: Eu me sinto bem melhor aqui em baixo...

Pedro: Olha, agradeço o que fizeram aqui, mas isso não é uma fortaleza, é uma tumba... – Gladis se irrita.

Gladis: É mais do que vocês fizeram nos últimos 1300 anos... – sorri sarcástica. Pedro abaixa a cabeça.

Edmundo: Se os telmarinos forem espertos só vão nos esperar morrer de fome...

Esquilo: Nós poderíamos colher nozes...

Ripchip: É, e jogar nos telmarinos! – diz sarcasticamente – Cala a boca! – se dirige a Pedro – conhece minha opinião Senhor...

Pedro: Se entrar com as tropas, pode cuidar dos guardas? – diz para o centauro.

Centauro: Ou morrer tentando, Soberano.

Lucia: É isso que me preocupa...

Pedro: O que disse?

Lucia: Estão agindo como se só houvesse duas opções: morrer aqui ou morrer lá...

Pedro: Eu acho que não ouviu direito Lu.

Lucia: Não! É você que não houve. Ou você já esqueceu quem derrotou a feiticeira, Pedro?

Pedro: Acho que já esperamos tempo demais por Aslan... – faz menção de se retirar

Gladis: Não mais que os narnianos esperaram por vocês... – diz Gladis se colocando a frente de Pedro.

Caspian: Gladis... – a segura pelo braço

Gladis: Não Caspian, ele vai ter de ouvir... – se desvencilha da mão de Caspian – eu dei o meu sangue para proteger essas pessoas e você onde estava? Em qualquer lugar, menos aonde devia: cuidando do seu reino! – olha para Edmundo – da sua família... – fica com olhos marejados. Retorna seu olhar para Pedro – Você quer matar todos no seu plano suicida, ótimo, eu não vou estar aqui para assistir... – olha mais uma vez para Edmundo e sai.


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Notas finais do capítulo

Tio Pedro é chato né? tsi,tsi, tsi...
Até mais...



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