Pov. Hinata On

Acordei com os feixes de luz vindos da janela. “Dormi com a janela aberta denovo” pensei. Levantei da cama e me espreguicei ainda meio sonolenta. Tomei um banho rápido e me arrumei para a escola. Desci as escadas rapidamente quando avisto uma cabeleira loira.

–Naruto-kun! –Pulei em cima dele, dando-o um susto.

–Ohayo, minha Hime. –Disse me dando um selinho.

–Ohayo! O que você esta fazendo aqui? –Perguntei.

–Vim te levar para a escola.

–Então vamos.

Peguei meus materiais e fomos caminhando de mãos dadas.

–Hina, eu tenho uma coisa pra te contar.

–Oque?

–Sabe o Menma? –Perguntou sério.

–Sim, você soube que ele salvou minha irma ontem né? É isso?

–É isso também, mas o Menma é meu irmão.

–Sério? Porque você não me contou antes?

–Eu também não sabia. Fiquei sabendo ontem.

–Ah, entendi.

Chegamos à escola e fomos direto para a sala. A primeira aula era matemática, demorou muito para acabar. Após as primeiras aulas fomos para o intervalo. Eu e as meninas descemos para o pátio compramos nossos lanches e começamos a conversar.

–Hina, onde esta a Hanabi? –Perguntou Tenten.

–Ela esta no hospital com o Menma.

–Quanto tempo será que ele vai ficar no hospital? –Perguntou Ino.

–A Hana me disse que mais ou menos uma semana.

–Mas me fala Sakura. –Falou Temari, se voltando para Sakura. –Como esta você e o Sasuke? –Perguntou com uma cara maliciosa.

–Melhor impossível. –Respondeu, sorrindo. –Estamos saindo quase todo o fim de semana. Ele sempre me da flores.

–Pensando bem, faz tempo que eu e o Naruto-kun saímos para passear. –Pensei em voz alta.

–Porque você não o chama pra algum encontro? –Perguntou Sakura.

–Verdade né? Vou fazer isso depois da aula. Agora vamos voltar para a sala senão o professor não vai nos deixar entrar na sala.

Subimos de volta para a sala e fomos para nossos lugares. Peguei meu fichário e o abri. Havia um pequeno pedaço de papel.

“Hina, me encontre no jardim atrás da escola depois da aula.Vá rápido.

“Naruto.”

Achei estranho, mas nem dei muita atenção, porque afinal o Naruto queria me encontrar. As aulas demoraram como de costume. Quando o ultimo sinal tocou, Naruto já tinha saído da sala. Arrumei as minhas coisas e desci correndo para o jardim da escola. Quando cheguei vi uma coisa terrível. Naruto estava beijando Shion. Ele quebrou o beijo e me avistou.

–Hina! –Exclamou, sai correndo com lágrimas em meus olhos. –Espera! Eu posso explicar.

–Ops! Eu acho que ela descobriu Naru-Falou Shion.

Corri, não vendo para onde ia por causa das lágrimas que insistiam em deslizar pelo meu rosto. Senti alguém segurando meu pulso me fazendo parar. Era Naruto.

–Hina, me deixe explicar! –Disse ofegante de tanto correr.

–Explicar o que? –Perguntei. –Eu vi tudo! Você não precisa me explicar nada! –Soltei meu pulso de sua mão e voltei a andar.

–Mas, Hina é um engano! Deixe-me explicar! –Falou me segurando denovo, desta vez mais forte.

–Não Naruto! Me larga esta me machucando! –Ele me largou e ficou me fitando. –Esta tudo acabado! Adeus! –Tirei meu anel e joguei nele. Ele apenas pegou o anel e se voltou pra mim com uma lágrima em seu rosto.

–Mas, eu te amo.

Não consegui o encarar de volta e voltei a andar em direção da minha casa. Quando cheguei fui direto para meu quarto e me joguei em minha cama e comecei a chorar.

–Hina! O que aconteceu? –Hanabi entrou em meu quarto e fechou a porta. –Calma Hina! Me fala o que aconteceu?

Tentei me acalmar. Me sentei em minha cama enxugando as lágrimas.

–Hanabi, o Naruto-kun me traiu. –Disse voltando a soluçar.

–Como assim Hina?Mas vocês dois estavam tão bem!Como ele te trairia? –Perguntou confusa.

–É isso que eu estou me perguntando. O porquê de ele ter me traído. –Hanabi me abraçou tentando me acalmar, mas eu ainda soluçava muito.

–Com quem ele estava? –Perguntou.

–Com a Shion.

–Shion?Tem certeza? –Perguntou desconfiada.

–Sim, tenho certeza que era a loira oxigenada.

–Tem alguma coisa errada.

–Não tem nada errado, eu vi tudo com meus olhos.

–Eu sei, mas eu vou até o fundo dessa história, até lá não faça nada de extremo.

–Mas eu já terminei com ele

–Você oque? –Perguntou indignada.

–Terminei com ele.

–Tudo bem. Mas eu vou descobrir o que aconteceu de verdade.

–Hana, você é a melhor irma que eu tenho. –Disse abraçando-a mais forte.

–Sou sua única irma, sua boba. –Disse me dando um peteleco na testa. Eu sorri um pouco.

–Viu! Melhor assim, não chore ok?

–Ok!

Pov. Hinata Off

Pov. Tenten On

Sai da escola ainda pensando naquele idiota. ”Por que tinha que gostar tanto do Neji? Ele é metido, arrogante, irritante, charmoso, fofo. Para com isso não pensa nele.” Continuei andando até um parque que eu costumava brincar quando criança. Fiquei obsevando as crianças correndo uma atrás das outras, sem nenhuma preocupação em suas cabeças. “Como eu queria ter essa idade denovo!”

–O que você esta fazendo ai parada Pucca? –Me virei e me deparei com Neji me encarando com um olhar debochado.

–Não é da sua conta, Rapunzel. –Respondi mostrando a língua.

–Ah entendi você quer sequestrar estuprar uma dessas crianças! Sua pervertida! –Neji gritou fazendo todos que estavam no parque nos encararem.

Agarrei sua mão e sai correndo pelo parque, só parei quando estávamos atrás de uma arvore.

–O que você pensa que esta fazendo. –Perguntei o segurando pelo colarinho. –Quer que eu vá presa por acaso?

–Não, só queria te constranger e pelo visto deu certo. –Disse com um sorriso sarcástico.

–Agora nunca mais vou poder voltar nesse parque. –Me lamentei.

–Não precisa ficar desesperada. Vamos caminhar um pouco. –Falou me estendendo a mão.

–Eu? Com você? –Perguntei desconfiada.

–Sim, esta uma linda tarde. Se não quiser ir eu vou sozinho mesmo.

–Esta bem. Porque não, não é? Vamos.

Andamos nos arredores do parque até chegar a um banco com vista para um lago e para o por do sol. Nos sentamos e ficamos observando. Até que ele se levantou.

–Aonde você vai?

– Espera ai. Já volto. Não saia daí.

–Esta bem, mandão. –Fiz bico.

Fiquei observando as folhas caindo na superfície lisa do lago, fazendo-o tremular. Ainda estava observando quando ele voltou com dois sorvetes.

–Qual você quer? O de chocolate ou o de morango? –Perguntou.

–O de morango. –Respondi animada.

–Parece uma criança. –Ele falou baixo.

–O que você disse? –Perguntei brava.

–Nada. –Respondeu rindo.

Ficamos tomando sorvete, observando o Sol descer do céu e a Lua subir junto com as estrelas.

–Que lindo! –Exclamei

–Não é? –Falou admirando o céu.

–Muito. –Respondi maravilhada.

–Esta ficando tarde melhor irmos embora. -Falou olhando a hora.

–É. –Ele já estava indo quando chamei. –Neji!

–O que?

–Obrigada. –Falei corando.

–Obrigada pelo sorvete. - Respondi emburrada.

–De nada. –Disse acenando. –Até amanha.

–Até. –Fui embora ainda pensando naquele menino de longos cabelos castanhos.