— Veneno!? Alguém está tentando envenenar a minha irmã, temos que contar para a policia!

— Shh! Fale baixo - Repreendeu a enfermeira - Se a pessoa errada escutar você falando isso nós estaríamos ferradas e mesmo que chamemos a policia, não temos provas, eles achariam que eu sou louca.

— Ok - Concordou a albina abaixando o seu tom de voz - Mas quem estaria tentando envenenar a minha irmã? Por que?

— Eu não sei, mas podemos descobrir

— Como?

— Arsênico é um veneno que em altas doses mata na hora, mas na autopsia o grande quantidade de arsênico revelaria que ela foi assassinada, mas em pequenas doses com frequência, pode causar fortes convulsões, induzir coma e, por fim, matar. - Explicou a outra

— E então o assassino teria que vir com frequência envenena-la, e se ficarmos de olho vamos ver quem esta tentando matar a minha irmã! - Deduziu Elsa esboçando um pequeno sorriso de alegria por poder salvar sua irmã

— Isso! - Concordou Gabriela se pondo a sorrir também - Agora só temos que esperar

— Pra que esperar ? Esse hospital tem câmeras nos corredores, podíamos ir na sala das câmeras

— E quem deixaria uma visitante e uma enfermeira ficar olhando as câmeras do dia anterior?

— Deixa comigo eu tenho um plano - Falou a albina com um sorriso no rosto.

...

— Com licença - Falou Gabriela enquanto passava por Isabel e ia em direção a sala das câmeras.

Ela andava normalmente, não queria levantar suspeitas, mas quem suspeitaria de uma enfermeira andando apressadamente entre os corredores do hospital? Mas sua mente estava distante pensando em quem poderia ser o assassino, tão distante que acabou trombando em alguém.

— Desculpe - Disse por instinto

— Sem problemas - Falou uma voz masculina - Então Gabriela, como esta a nossa jovem paciente, Anna não é?

— Ah, Dr. Hobert, ela está melhorando.

— Hum, bom, muito bom - Falou o moreno pensativo - E aquela garota vindo ali não é irmã da paciente?

— Eu mesma - Falou a albina se pondo ao lado da enfermeira, o homem esticou o braço para um aperto de mão, e Gabriela não deixou de notar que o médico encostou o seu dedo indicador no pulso da garota - Eu vim visitar minha irmã

— Mas o quarto da sua irmã é para o outro lado - Questionou o médico

— Sim, eu sei, eu tava procurando o banheiro

— Nesse caso é só virar na próxima direita, ele fica próximo a sala das câmeras - Avisou o médico - Bom, chega de papo eu tenho que trabalhar, alias estou indo ver como sua irmã está, até mais - Se despediu e foi embora

— O banheiro é perto da sala das câmeras? Que conveniente - Murmurou Elsa, fazendo a outra soltar um pequeno riso

— Toc toc, tem alguém ai? - Chamou Elsa enquanto batia na porta
Em seguida um homem grande e careca de olhar sério abriu a porta, fazendo Elsa recuar um pouco para trás

— O que foi? - Respondeu o homem com uma voz grave

— Bom é que eu vim visitar minha irmã ontem a noite e esqueci minha bolsa, será que da pra ver ai onde

— Procura no achado e perdidos - Falou o homem fechando a porta, mas a albina colocou o pé impedindo a ação

— Já procurei não ta lá, eu acho que alguém pego, sera que você pode usar a filmagem de ontem pra ver o que aconteceu com ela?

— Ok - Falou o homem num suspiro

A sala era pequena, só havia uma mesa com 4 computadores cada um com imagem de 4 câmeras diferentes. e uma cadeira com rodinhas diante delas, o homem sento e as duas se posicionaram atrás dele.

— Qual é o quarto da sua irmã?

— 34

Então o homem começou a mexer e digitar varias coisas no computador e no computador do meio-esquerdo apareceu a imagem do dia anterior, como não havia câmeras nos quartos, ela mostrava o corredor, a gravação estava indo de trás para frente, ela mostrava Isabel saindo e chegando no hospital, vários médicos e enfermeiros correndo para o quarto de Anna, provavelmente no momento que ela passou mal, e finalmente um pouco antes dela piorar, uma pessoa entrou em seu quarto, um homem com jaleco de médico, cabelos negros e curtos e com uma aparecia bem familiar, Dr. Hobert.

— Alo? - Falou Elsa pegando o celular e fingindo que alguém ligou para ela - Sério? Ta, ta, tchau. - Então ela desligou o celular - Meu primo me ligou e falou que eu esqueci minha bolsa na casa dele, obrigado mesmo assim por te me ajudado. - Então ela saiu do quarto rapidamente seguido por Gabriela - Era o Dr. Hobert, não era?

— Sim - Falou a outra - Mas eu não entendo, ele trabalha aqui a anos e... Nunca tentou matar um paciente

— Isso nos temos que descobrir com ele e...

— O que?

— Ele falou que ia cuidar da minha irmã, sera que ele foi dar a ela outra dose desse veneno?

— Ai meu deus!

Então a albina saiu em disparada para o quarto da sua irmã, Gabriela correu atrás, mas não tão rápido já que ela usava salto alto, passou direto por Isabel que estava conversando com uma enfermeira ao lado da porta do quarto e entrou no quarto, onde Dr. Hobert estava ao lado de Anna colocando umas pequenas pedras cinzas em um como com água

— Pare o que está fazendo agora Dr. Hobert! - Gritou a albina

— O que está acontecendo? - Perguntou Isabel entrando no quarto junto com Gabriela e a outra enfermeira com quem estava conversando.

— Esse homem esta envenenando minha irmã! - Gritou apontando para o assassino

— Isso é um absurdo! - Protestou o médico

— Então o que está nesse copo d'água em suas mãos não é arsênico? - Perguntou Gabriela se pondo ao lado de Elsa

— Claro que não! É o remédio dela.

— Mas o senhor deveria saber mas que todos que ela não esta tomando remédio. - Falou a mulher de cabelos cor de caramelo. - Não tente desculpas esfarrapadas Doutor, nós temos provas que você esta envenenando Anna.

O médico ficou sem responder por um tempo, então ele enfiou a mão no bolso do jaleco e de la puxou uma arma e atirou, então tudo pareceu se passar em câmera lenta, Isabel e a outra enfermeira se abaixaram rapidamente, Elsa ficou paralisada ao ver a bala indo em direção ao seu peito, mas Gabriela pulou em Elsa fazendo as duas caírem no chão, fazendo a bala raspar no ombro da mais velha e durante toda essa confusão se escutou o barulho de vidro quebrando

— Ai meu Deus, Elsa, você está bem? - Perguntou Isabel se recompondo

— Sim - Respondeu a albina se levantando - Obrigada você me salvou, Gabi

— Não foi nada, ai - Falou a enfermeira colocando a mão sobre o machucado - De certo modo esse é meu trabalho

— E-ele te acertou?

— Foi só um raspão, não se preocupe, falando nele - Disse Gabi olhando para a janela quebrada - Ele pulou do terceiro andar

— O que está acontecendo aqui? - Perguntou um policial chegando na cena
— Uma longa história - Respondeu a enfermeira

A albina se aproximou lentamente da janela e olhou para baixo, onde havia o corpo de um homem com ossos quebrados, cortes e sobre o seu proprio sangue

— Ele está...

— Morto - Completou Gabriela se aproximando da albina