Eternamente Você escrita por Mrs Martin


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Estou meio desmotivada, mas decidi postar um cap novo, aproveitem.



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Finalmente chegou o dia tão esperado, era sábado passei o dia inteiro me concentrando e comendo sanduíches naturais que fiz com Noah, ela achou que eu precisaria dela na véspera do jogo mais esperado do ano porque ela “emanava calma”, incrível. A tarde foi caindo e chegando a hora de me arrumar para ir ao ginásio, antes disso liguei para Bey:

–E então vai dar tempo?

“Não meu amor, me perdoe, mas eu chego no fim e vou comemorar com você.”

–Sem você não vai ter graça ganhar.

“Vai sim, sempre tem. Você não precisa de mim para ser bom. Vá se arrumar se não vai se atrasar!”

–Eu te amo.

“Eu também, até mais.”

Voltei a me concentrar e tentei me manter o mais relaxado possível no choveiro, me vesti com o terno do jogo, enquanto passava na agora casa dos meus pais para deixar Noah ela reclamava infinitamente porque queria estar no jogo, mas não podia arriscar leva – lá, eu não podia vigiar e ainda provavelmente iria beber depois do jogo e dirigir, já fiz isso outras vezes, mas não ia arriscar Noah. Dirigi rápido até o ginásio e ouvi as músicas de Bey como Til Kingdom Come – Coldplay porque eram relaxantes. Cheguei ao ginásio e já estavam todos Will, Lucas, Davi, Jake, Pat, o Técnico... Juntei-me e esperei terminar o jogo que estava acontecendo, para no próximo entrar na quadra. Quando acabou o jogo o time da casa ganhou de 90 a 75, entrei na quadra e comecei a me aquecer, olhei para a arquibancada estavam todos os meus amigos, até Kim estava lá menos Bey, mas eu contava com a chegada dela.

Posicionamo-nos e o juiz apitou, de primeira conseguimos a bola e tocamos até chegar na linha de lance livre me passaram a bola e tentei uma entrada leve, estava me contendo por causa do jogador esquentado do time adversário, ele me bloqueou errei uma cesta de dois dada de bandeja, repetimos algumas jogadas mas já estava 12 a 7 para o adversário e eles começaram a entender as jogadas e impedi-las, quando deu o intervalo já estava de 23 a 40.

–Estamos apanhando, as jogadas não estão funcionado, Will eu quero que você bloqueie todas as jogadas do Ala armador, todas mesmo até os passes, e Deni pare de ser suave a sua função é invadir.

–Posso continuar com na tentativa das cestas de três, consegui 3 hoje. – tentei convencê-lo.- Não quero arrumar briga hoje.

–Toda final você me arruma problemas, posso resolver mais um hoje, quero que você enterre essa bola todas as vezes que chegar ao garrafão, me entendeu?

–Sim senhor. – Irredutível, ele estava completamente irredutível.

Peguei a toalha sequei o rosto, bebi água e voltei a minha posição, ainda ouvi a voz de Kim dizendo “Cadê minha cesta Deni?”, mas eu a ignorei e olhei para a arquibancada a procura de Beylie, mas ainda não tinha chegado, isso me irritou profundamente e eu apaguei qualquer tentativa de não brigar hoje, eu ia fazer cestas. O juiz apitou e recebi o primeiro passe, corri por toda a quadra driblando todos que podia, passei para Lucas que me devolveu ao chegar no garrafão e enterrei a bola, até o meio da segunda parte fizemos isso muitas vezes e deu certo, viramos o jogo 76 a 54, Will fez o trabalho direito, mas em uma das minhas entradas machuquei o rosto do pivô que partiu para cima de mim, não deu tempo de ele chegar a me agredir pois todos estavam segurando-o e graças ao comportamento dele eu ganhei 2 lances livres e pontuei, acabou o jogo e fomos vitoriosos, 92 a 78.

Eu e os garotos saímos para um bar para comemorar, eu estava muito feliz por ter ganhado, mas profundamente chateado com Beylie, ela não apareceu e eu não ia avisar a ela onde estava, bebi duas cervejas e me lembrei que tinha feito uma promessa, mesmo com raiva a consciência pesou:

–Pessoal, desculpa aí, preciso ir.

–A namorada de novo cara? – disse Lucas.

–Ele quer se divertir com ela! – disse Pat, num tom malicioso.

–Não. Só não estou bem, meio enjoado, e estou dirigindo, já bebi.

–O que é, ta “grávido”? – De novo Pat.

Eu apenas ri e sai, quando cheguei ao estacionamento não acreditei no que vi:

–Kim saia da porta do meu carro eu preciso ir.

–Preciso de carona. – me retrucou com uma voz rouca e sexy.

–Pegue um táxi. – disse enquanto tentava tira-la da minha frente, fui rude, mas sem muita escolha.

–Estou sem dinheiro. – tentou me convencer.

–Não sou seu pai. Agora com licença, por favor.

–Qual é, vai dizer que não sente minha falta, nossas noites foram ótimas. – me disse enquanto esfregava os seios contra meu peito, isso me irritou mais e eu gritei com ela.

–Você não cansa de ser oferecida não? Isso é coisa de vadia, saia do meu caminho, eu preciso ir.

“Então gosta de agredir mulher também, grande jogador?” – disse uma voz grossa lá do fundo do estacionamento.

–O que foi isso Deni? – Kim me abraçou com medo.

–Calada. Quem está aí?

–Oi. Sou eu o jogador que você bateu o cotovelo no olho, não pediu desculpas, olhe como está meu olho agora! – realmente estava inchado e roxo.

–Me perdoe... – disse tirando Kim de mim, e gesticulando para saber seu nome.

–Tyler.

–Me perdoe Tyler, não foi minha intenção.

–A surra que eu vou te dar também não é minha intenção. – enquanto ele se aproximava eu via mais três garotos chegarem com ele então sussurrei enquanto entregava a chave do carro.

–Kim entre agora e só saia quando eu mandar, se precisar saia daqui direto para uma delegacia.

–Não!!!

Kim gritou assim que eu levei o primeiro soco na barriga, ela não me obedeceu, um dos garotos jogou o celular dela que estava no bolso fora, e a segurou para que ela não gritasse, enquanto isso Tyler e os outros dois me socavam e chutavam quando eu já estava no chão, estava silencioso e só se ouvia o oco dos golpes, desmaiei quando bati a cabeça no retrovisor mas não demorei acordar, quando abri os olhos Kim gritava meu nome:

–Por favor, acorde, eu vou chamar uma ambulância.

–Não!!! Estou bem.

–Está ensangüentado, pare de se levantar.

–Cadê minha chave?

–Você não está em condições de dirigir, está todo machucado e cheirando a bebida, vou chamar...

– Pare de ficar me aparando, eu quero ir para casa, não diga a ninguém que isso aconteceu, vá para casa de táxi, saia daqui. – disse enquanto tomava a chave do carro e dava dinheiro a ela.

–Não vou, obedeço você, mas me deixe dirigir, por favor! Na melhor das intenções.

Ela parecia dizer a verdade, entreguei a chave e entrei pela porta do carona, agora tudo doía, minha sobrancelha sangrava sem parar, a costela direita latejava, e a gengiva tinha um corte, sem falar nos músculos da barriga que tinham um borro roxo. A viagem foi silenciosa, e ela se tremia.

–Você está bem? – perguntei.

–Talvez, ainda nervosa, eu achei que você estivesse morto. Ainda acha melhor ir para casa.

–Não vou ao hospital, não quero preocupar ninguém, só estou dolorido...

–E sangrando por todos os cantos.

–Nem todos, eu não menstruo. – esbocei um riso.

–Piadista.

– A propósito, me desculpe pelas grosserias.

–Você nunca foi delicado.

Enfim chegamos em minha casa e Kim me ajudou a subir e a me sentar no sofá:

–Onde está a caixa de primeiros socorros?

–No banheiro, você sabe fazer isso mesmo?- disse enquanto tirava a camiseta para não sujar mais.

–Primeira vez para tudo.

–Aaaaaai!! – ela enfiou um algodão no corte. – isso dói.

–Não posso fazer nada. Esta pingando sangue na minha blusa e no tapete.

–Não tire, eu pago outra.

Ela não me obedeceu, estava levando isso para outro campo, eu não queria isso:

–Vista agora essa blusa... Aaaaaaaaai.

–Dramático!!!

A campainha tocou.

–Era só que faltava agora. –disse enquanto empurrava Kim e ia em direção a porta.

–Deniel é melhor avisar que quando você estava desmaiado eu mandei uma mensagem do seu celular, porque o meu não funcionou, para Lucas e...

Então eu a ignorei já esperando encontrar Lucas na porta, mas para minha surpresa quando eu abro:

–Deniel você está todo ensangüentado... – O rosto de Beylie era aflito como o de Lucas e de repente de tortura, ela olhou para o fundo da sala, Kim sem blusa no sofá eu sem camisa na porta.

–Bey, Bey me deixe explicar o que aconteceu. – ela agora estava furiosa e uma lágrima caiu.

–Não tem explicação. – ela começou a descer as escadas do prédio, esquecendo o elevador, toda minha dor física sumiu e eu corri atrás dela.

–Beylie espera, por favor, espera!!! – Eu senti o sangue escorrer pelo rosto.

–Não venha atrás eu não quero olhar para você!- a voz dela era rouca e cheia de dor.

–Não é isso que está pensando, para de correr!

Eu finalmente a alcancei, a segurei pela cintura com os dois braços e empurrei contra a parede para ela parar de resistir, segurei ela lá com todo o corpo esperando que se acalmasse, o corredor era muito escuro de noite e não puder enxergar com clareza.

–Pare com isso, será que pode me ouvir?- finalmente ela parou e olhou dentro do meu olho, seu olhar era lavado de ódio.

–Eu te odeio tanto.

–Pois eu te amo, e não faria isso!

–O que eu vi não tem explicação!- voltou a forçar a fuga.

–Sabe que não vai conseguir sair daqui. - empurrei com mais força contra a parede. - ela estava...

–Cala a boca Deniel! Eu não quero ouvir nenhum detalhe do que houve ali dentro, me deixe ir por favo!

Ela desistiu de vez de resistir e eu de segura-la, ela tinha razão, eu não tinha como explicar agora nada sobre aquilo, tinha que esperar ela se acalmar, a deixei ir e sem muita demora Lucas passou por mim sussurrando:

–Vacilão! Saiu mais cedo para comer a ex, não pensou na Bey não.

–Sabe que eu não fiz isso, eu fui espancado e ela me socorreu. Você sabe por que ela te mandou uma mensagem, é só olhar para mim. – senti o peito e o rosto molhados.

–Faz sentido. Mas existem outros detalhes que não. Sinto muito.

–Tenta explicar a ela, me ajuda.

–Desculpa cara, mas vai ter que resolver só.


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