Eternamente Você escrita por Mrs Martin


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo ta bacana e deu trabalho kkkkkk, vai ter revelações.



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A madrugada entrava e ainda não conseguia dormir, talvez o motivo tenha sido o cochilo durante a tarde, o quarto estava escuro e silencioso até a porta ranger e uma coisinha pequenininha entrar e aconchegar-se ao meu lado com rosto molhado e afundado em meus braços:

–O que houve Noah?

–Tive um pesadelo com você, tinha sangue por todo lado, mas eu não entendo o que estava acontecendo. - disse ela com a voz chorosa.

–Você esta vendo muitos filmes, esta tudo bem comigo, fique calma.

–Deixa eu dormir com você por favor?!

– Então afasta mais para lá, você ta ocupando muito espaço.

Deixei que Noah dormisse comigo, contra minha vontade, mas eu não podia medir o medo que ela sentia, e finalmente adormeci.

Antes que eu pudesse acordar sozinho Noah saltou em cima de mim gritando e pulando nas minhas costas:

–ACORDA!! Hoje é o dia de você me levar ao basquete!

– Que te disse que vamos ao basquete? –disse em meio a um bocejo.

–Mamãe.

– E onde está ela agora?

– Saiu.

– Como assim saiu? Ela disse que ia sair à tarde... - peguei o celular e olhei a hora eram duas e meia da tarde, não podia ter dormido tanto.- Noah estamos atrasados, muito atrasados, se quiser ir corra e vá se arrumar bem rápido.

Pouco tempo depois Noah apareceu no meu quarto, eu ainda vestia uma camisa, toda de verde com uma camiseta de número 10 escrito EAGLES bem grande:

–Noah minha pequena, é um jogo de basquete não de futebol americano.

–Então não posso usar minha camisa do DeSean Jacksonsó porque o jogo é de basquete, imagine que é uma homenagem aos seus olhos.

–Você é muito velha para ter oito anos.

–As mulheres amadurecem primeiro que os homens.

Abismei, como ela sabia dessas coisas, na idade dela eu não sabia falar propaganda correto, sai sempre “procabanda”. Ignorei o fato de ter uma irmã prodígio e voltei a me arrumar rapidamente agora eu estava mais atrasado. Dirigi muito rápido em direção ao ginásio, Noah adorava a “emoção” como dizia ela, e ao contrário do que dizem sobre as irmãs mais novas ela não era chata, reclamona e chorona, sabia conversar e era engraçada, simpática e o melhor de todos, obediente.

Enfim chegamos ao ginásio Lucas e os garotos já estavam esperando na entrada:

– Mais que merda Deni, ta sempre atrasado.

–Foi mal gente perdi a hora.

–E porque sua irmã veio?- perguntou Will.

–Precisei ficar com ela hoje.

–Com ela não vai dar para ir ao bar hoje?

–Eu sei, quando acabar eu vou pra casa, não se preocupem.

Entramos no ginásio e Noah sentou na arquibancada mais alta para ver melhor, e parecia muito animada, nós a seguimos para não deixa - lá só. O jogo começou. Nossos adversários eram muito ágeis, mas felizmente o ala-armador não era dos melhores, o que me deixou mais tranqüilo levando em conta que jogaríamos contra eles no sábado, no entanto o pivô me preocupava, quase não perdia rebotes e era um tanto esquentado, e eu como ala ia tentar ser menos agressivo nas entradas para não ter problemas com ele.

O jogo acabou e os nossos adversários de sábado ganharam de 72 a 35, isso realmente não era um bom sinal para nós:

–Caramba, aquele pivô era muito bom, vamos ficar de olho nele sábado. –Lucas dizia ansioso para o nosso jogo.

– Eu achei que aquele ala não ia mais parar de fazer faltas. – Davi falava rindo da situação, então aproveitei a deixa e comecei a me despedir.

– Ei pessoal valeu aí, vou para casa agora.

–Por quê? É bem por causa da namoradinha né?

–Na verdade é por causa de Noah,-disse gesticulado para a garotinha abacate sentada no meu carro.

– Qual é cara, deixa ela em casa e vamos para i bar com a gente.

–Deixar ela só?! Ta maluco?

Noah pulava no banco da frente cantando Party People – Nelly feat. Fegie enquanto tocava no som do carro a caminho do Mc Donalds. É isso mesmo, ela fez todo o time de basquete trocar um bar pelo Mc Donalds, mas o que realmente me surpreendeu foi que esta saída foi a mais divertida de todas. A mesa cheia de garotos grandalhões, uma torcedora mirim dos Eagles e muitos sanduíches e refrigerantes e batatas fritas.

Minha irmã casula era uma atração, ela perguntava tudo sobre basquete e meus amigos respondiam com prazer, ela fez competições de quem comia mais e apostas para saber quantas sestas eu faria no próximo jogo.

Enfim depois de ela ter curtido todo o dia do jeito dela chegamos em casa, foi difícil abrir a porta da frente porque ele dormiu no carro e não queria mas acordar, a solução foi trazê-la no braço. Ao abrir a porta minha mãe já estava em casa e foi nos receber, perguntou tomando Noah dos meus braços:

–O que houve?

–Ela está com ressaca de Coca-cola, tomou todas as latas que podia no Mc Donalds.

Andei rápido para o meu quarto antes que minha mãe prolongasse a conversa, tomei banho e me deitei, estava tão cansado que esqueci de ligar para Beylie, descobri isso quando acordei para ir ao colégio e olhei o celular com 4 chamadas não atendidas dela.

Ainda meio sonolento cheguei ao colégio e vi ela parada no portão a minha espera, como sempre, estacionei o carro e desci andando em direção a ela que tinha as mãos cruzadas como quem ia reclamar de algo, mas eu a interrompi no meio do suspiro para falar com um beijo:

–Me desculpe não ter ligado desmarcando o jantar, sei que uma sms não vale de nada, e me desculpe por não ter falado com você ontem.

–Não estou chateada por isso. –fiquei surpreso com essa.

–Então é por quê?

– Sua irmã pode sair com seus amigos e eu não. – ela disse rindo da minha carae demonstrando pouca importância de fato para isso.

–Como você sabe disso? – Perguntei ainda rindo um pouco e levando ela para dentro da escola em direção a sala dela.

– Facebook. Seus amigos postaram fotos com ela, e tinham muitos elogios.

–Então eu já tenho que me preocupar, minha irmã é encantadora como o irmão. – disse beijando a boca de Beylie, que nesse exato momento eu sentia muita falta.- Mas mudndo de assunto eu queria fazer uma pergunta a você.

– O que é? – perguntou com uma cara preocupada.

–Sabe uma marca que tem na sua barriga? – eu senti as mãos dela ficando frias e suadas e o rosto expressando nervosismo. – Deu para ver que não era uma marca de nascença e fiquei curioso.

–Não foi nada. – uma resposta vazia demais.

–Tem certeza?

–Tenho. Vou entrar que já vai tocar.

– A gente se fala no intervalo. - Prometi.

Passei aula inteira pensando na hora do intervalo, aquela reação de Beylie só me fez mais curioso, e agora preocupado, o que será que ela tava escondendo?

Depois de sofridos 2 horários de biologia e 1 de química finalmente tocou para o intervalo, achei Beylie e a carreguei para o jardim do colégio onde quase não tinha gente essa hora, agora ela não me escapava:

–Sou todo ouvidos.

–O que quer saber?

–Que marca é essa você.

–É só uma marca certo. Você tem um monte delas.

–Pela sua reação quando eu perguntei não parece só uma marca. Então vai falar?

–Não tem necessidade de falar sobre isso. –Eu fiz uma cara feia e sai tentando dramatizar para ela poder falar, e funcionou, ele me segurou pelos braços e respirou.

–Isso não é canto para se ter essa conversa. Pose ser em outro lugar?

–Pode sim, pode ser lá em casa se você quiser. – Falei meio malicioso para quebrar o clima, ela riu, me beijou e respondeu.

– Vou ligar para minha mãe.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado. Esta semana ia desistindo de continuar, mas agradeço a minha amiga a ter insistido em continuar. Valeu mesmo, eu adoro fazer isso.



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