Confessions escrita por Ethy K


Capítulo 1
Capitulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Desde que vi o anime estava com vontade de fazer essa fic. Mas acabei não tendo como x.x
Finalmente tá pronta, embora breve e bobinha, espero que gostem.
Boa leitura~



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Foi naquele dia que tudo ficou claro para mim… Ao mesmo tempo ainda era tão confuso. Eu queria nadar com ele… Tinha que ser ele… Mais ninguém. Mas havia algo mais… algo que tentei esconder por muito tempo, mas acabou se aflorando de dentro para fora, me transbordando e, aos poucos, talvez ficando… Óbvio demais.

O acampamento estava indo tão bem. Estava feliz por passar algum tempo com o pessoal. Treinar, recuperar a boa forma, deixar todos felizes… E principalmente, estar com ele. Não que não apreciasse a companhia de todos… Realmente aprecio esses momentos a quatro… Mas eu queria poder estar mais próximo dele…

Foi tudo por ele, sempre o era. Apenas era muito tapado para reparar e não queria me confessar. Éramos melhores amigos. Como eu poderia estragar algo assim? Preferia isso a nada… Seria estranho simplesmente chegar para ele e dizer “Haru-chan, eu te amo.” Nunca tive coragem para isso… Até esse dia.

Estava dormindo tranquilamente quando ouvi o mundo desabar lá fora. Rei não estava na barraca, claro que achei estranho. Sai para procurar e… Eu tinha que salvá-lo. Foi o que pensei. Mas acabei quase nos matando. Simplesmente travei. Como fui idiota… Eu sabia que isso acabaria acontecendo, mas não queria me dar por vencido sem tentar.

Fico imaginando se Haru e Nagisa não estivessem lá… Mas como não? Eles sempre estão e estarão… Agora eu sei disso. Eu entendo isso. Mas confesso que tive muito medo. Medo que Rei morresse… Medo de morrer e nunca mais conseguir nadar com o moreno. Medo de nunca mais olhar para ele dentro daquelas roupas de banho todas iguais… Medo de nunca mais falar com ele e ralhar por estar sempre comendo peixe frito…

Quando acordei e o vi tão próximo… Pensei comigo mesmo… Será que tinha feito boca a boca? Eu iria gostar de saber, mesmo que nem tivesse sentido… Ao menos saberia que seus lábios tinham tocado os meus. Eu pareço idiota pensando essas coisas.

- Makoto… - Ouvi-lo chamar por mim foi tão gostoso… Segurei sua mão e não quis mais soltar. Ele finalmente abriu um pequeno sorriso. Não consegui conter um também. Se ele soubesse o poder que esse sorriso tem sobre mim.

Eu deveria ter perguntando por Rei… Nagisa… Mas no momento eu precisava confessar o que sinto.

- Eu estou bem. Tive medo… de nunca mais te ver… - Falei baixo, ele ficou me olhando confuso e apenas sorri em resposta. Eu não pude expressar claramente meus sentimentos… Me senti impotente.

- Eu também tive medo… - Ele confessou. Como sempre falava bem pouco, mas o suficiente. Abri a boca um par de vezes, mas voltei a fechar. Queria tanto dizer para ele, mas acabei não falando nada.

Apenas conversamos um pouco antes que os outros aparecessem e a chuva acabou se tornando tão impiedosa que tivemos que procurar abrigo em um velho farol. Eu estava pensativo, precisava falar. Parecia que as oportunidades estavam sendo dadas a mim, para que eu parasse de ser tão covarde. Decidi, nessa noite… Seria nessa noite.

Depois que todos dormiram, chamei-o com um sussurro e um leve toque.

- Hm? Mako… - Fiz sinal para que ele ficasse calado e não acordasse os outros. Estendi minha mão para ele, e esperei que segurasse. Guiei-o pelos corredores, enquanto tremia de medo… Mas me mantive firme.

Assim que nos afastamos, ele já se perguntava o porque de eu estar fazendo isso. Suspirei, começando a falar, calmamente, e baixo.

- Eu preciso te falar… Isso.

- Isso? O que houve, Makoto? Foi por ter contado aquilo? – Ele perguntou. Parecia realmente preocupado, sorri para lhe tranquilizar.

- Ah, não. Eu contei porque achei melhor assim. – Sorri e parei, olhando para ele. – Eu quero falar do que sinto. – Ele parou, ficando confuso e olhando para mim.

- Haru-chan… eu… Isso… - Ele colocou sua mão sobre a minha e senti meu peito se aquecer. – Eu me apaixonei por você. – Falei por fim. Ele sorriu e levou a mão ao meu rosto, fazendo um carinho.

- Achei que nunca ia ouvir isso. – Ele disse com um sorriso. Me senti um tolo. Devia ter confessado a mais tempo. Me aproximei e tomei seus lábios. Estavam frios… Haru, me deixe te aquecer… - Foi o que pensei nesse momento.

Achamos uma sala aonde tinha alguns controles. Eu não queria parar de beijá-lo, e ele parecia querer que eu continuasse. Tomei em meus braços… totalmente meu. Essa foi a melhor noite da minha vida.

Eu estava frio… Ele também. Se acomodou em meu colo e me abraçou. Meus braços se apertaram em torno dele e beijei-o mais, uma e outra vez. Palavras? Nem nos lembramos direito delas.

Fomos totalmente engolidos pelo calor do momento. Eu o desejava a tanto tempo. E ele, mesmo não falando em palavras, demonstrou sentir o mesmo. Nos amamos ali mesmo, naquele velho farol abandonado, naquela ilha rodeado de água, e com a chuva caindo lá fora.

Nossos corpos ficaram tão quentes e molhados. Isso era tudo o que precisávamos para ser feliz no momento.

~~~~~~~~~~~~~~~~~

- Makoto… - Ouvi alguém chamar meu nome, no auge do prazer. E não era a voz de Haru-chan. Este começou a ficar cada vez mais distante, enquanto eu abria os olhos.

- Ah?

- Eu disse que ele estava sonhando. Você estava babando. – Riu Nagisa. Olhei para eles, confuso. Estava cochilando acho que exagerei nos treinos e acabei ficando cansado. Então… Tudo não passou de um sonho?

- Desculpem. Eu perdi algo?

- Nada além do Haru-chan desfilando sua roupa de banho. – Riu o lorinho, acabei rindo também. Estávamos os quatro na casa de Haru, mas Rei parecia meio distante. Ele também tem se esforçando bastante.

Olhei em volta, sentindo o cheiro de peixe frito invadir minhas narinas. De novo ele estava fritando cavalinhas. O Haruka nunca muda.

- Haru-chan está cozinhando? – Perguntei para Nagisa que acenou sorridente. Me levantei e fui ter com ele.

- Peixe frito de novo?

- Se não quiser, não coma. – Ele falou com a mesma expressão séria de sempre. Abracei-o por trás e dei-lhe um beijinho no pescoço.

- Aqui não. – Ele falou, mas o que posso fazer? Eu o amo, e agora sei que ele me ama também.

- Eu vou esperar… - Me afastei. Ele acenou em concordância. Ouvi Nagisa me chamando e voltei para a sala. Sonho? Sim. Realmente foi.

Mas se realizou a algum tempo.


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Notas finais do capítulo

Desculpas pela brincadeira do sonho kkkkk
Bjokas, e obrigada por lerem até ao final.
Deixem review ;*