Melhores amigos, talvez escrita por Gabi Somerhalder Waters


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Vou ser sincera, estou pensando seriamente em parar de postar aqui, ninguém participa, mas caso queriam que eu continue, comentem, ou se estiverem interessados em ler a história, eu estou postando em outro site, só me avisem.



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– Bom dia, Lynn. – a cumprimento quando chego ao hospital.

– Bem vinda de volta, Lily. – Lynn fala.

Chego em casa de noite e ligo pra Ash e Su.

– Foguete. – Ash grita quando atende ao telefone.

– Já percebi que você não está com os modelos por perto. – falo.

– Estamos no quarto. – Su fala.

– Tenho um pedido pra vocês duas. – falo.

– Qual? – elas perguntam animadas.

– Quero que desenhem meu vestido de casamento. – falo e afasto o telefone da orelha quando elas começam a gritar em felicidade.

– Seu vestido, o terno do James, o vestido das madrinhas, o terno dos padrinhos, o que mais? – Su cita.

– Nossa, eu não sabia que vocês previam o futuro. – falo, já deixando de lado a parte de pedir pra eles desenharem as roupas dos padrinhos e madrinhas. – só não sei se o James vai concordar que vocês desenhem o terno dele. – acrescento.

– Ele já nos tinha pedido desde quando você aceitou. – Ash fala.

– Eu também quero que vocês me ajudem com a decoração. – falo.

– Que dia vocês marcaram? – Su pergunta e ouço o barulho de um lápis riscando um papel.

– Dia dos namorados. – falo.

– Awn. – Ash e Su falam e dou risada.

– Tenho em mente um vestido lindo, depois eu desenho e vejo se vocês aprovam. – Ash fala.

– Eu estive pensando no terno do James, mas não vou te mostrar, Lily. – Su fala.

– Por que não? – pergunto.

– Porque o seu vestido vai ser surpresa pra ele, então o terno deles vai ser surpresa pra você. – Ash fala e fico quieta.

– Quais vão ser as madrinhas? – Su pergunta.

– Eu e o James estivemos conversando e queremos algo mais intimo e não muito exagerado, então vão ser vocês duas, a Mary e a Lynn. – falo.

– Bom mesmo. – Ash fala e reviro os olhos, mas sorrio.

– Lily, vamos desenhar tudo e quando estiver tudo desenhado, nós te ligamos. – Su fala.

– Traduzindo, vocês estão com as mãos coçando para desenhar. – falo.

– Isso. – as duas falam juntas.

– Ok, tchau, amo vocês. – falo.

– Também te amamos. – elas falam e desligo.

Duas semanas depois, saio do hospital às sete horas, volto pra casa e vou dormir, cansada e sem fome. Na manha seguinte, depois do café, coloco um moletom preto de James, que estava ali, e decido fazer uma caminhada. Enfio as mãos nos bolsos e começo a caminhar ao redor do prédio. A rua estava praticamente vazia, e as nuvens do céu ameaçavam chuva.

Os primeiro pingos de chuva começam a cair e coloco o gorro do moletom. Os pingos começam a engrossar e dificultam minha visão. Um carro preto passa por mim e para na esquina. Me aproximo da esquina, e em vez de seguir em frente, dobro a esquina. Sinto algo tampando minha boca e me puxando pra trás, me colocando dentro do carro.

– Quem são vocês? – pergunto para os três homens que estavam no carro, mas minha mente revivia a última vez em que fui seqüestrada e meu ombro começa a doer.

– Não interessa, cala a boca. – o homem ao meu lado fala pra mim. Aperto os lábios e me arrependo de não ter pegado o celular quando sai de casa.

Meia hora depois, nos encontrávamos em um campo aberto e um jatinho nos esperava, pronto para decolar assim que entrássemos. Tento me soltar do aperto dos homens que me seguravam, mas eles apenas apertam mais o aperto, deixando meus braços com marcas de unhas. Se não me engano, James estaria de volta ao Brasil durante essa semana, já que na sexta-feira teria outro jogo por lá. Entramos no avião e me fazem sentar em uma poltrona no fundo, amarrando meus pulsos e indo para os bancos da frente.

A viagem dura algumas horas, que me pareceram dias. Descemos do avião e colocam uma venda em meus olhos. Só tiram minha venda quando me jogam em uma cela pequena, com um colchão no chão e quatro câmeras, uma em cada canto do quarto.

– Vamos nos divertir muito. – um dos homens me garante enquanto desfazia as cordas em minhas mãos. – ou pelo menos eu e meus amigos vamos. – ele fala, acariciando meu rosto e tento chutá-lo, mas ele se levanta antes que eu o pudesse atingir.

– Já que vou ficar aqui pelo o que parece muito tempo, vocês podiam, ao menos, me dar privacidade. – falo com a voz fria e controlada, para minha própria surpresa, e o homem sai.

Durante a noite, tiro pequenos cochilos, acordando a cada som que ouvia. Pela manhã, um homem loiro, de olhos escuros, aparece. Ele tinha um crachá, com o nome Sky.

– Para onde está me levando? – pergunto para Sky.

– Para uma sala especial. – Sky fala com um sorriso sombrio.

Entramos em uma sala preta, com uma mesa de metal no meio da sala e algumas cadeiras espalhadas.

– Vejo que Sky conseguiu trazê-la até aqui. – uma voz feminina soa na sala e Sky vai para um canto da sala, me deixando ao lado da mesa.

– Quem é você? – pergunto para a mulher, que me era familiar, cabelos castanhos, olhos castanhos e com um toque de dourado.

– Não se lembra de mim, Lily? – ela pergunta e tira os óculos, que eu tinha certeza que eram desnecessários. – deixe-me relembrá-la, meu nome é Amy. – ele fala e em minha cabeça, a imagem de uma amiga de Maggie surge.

– Amy. – repito e a olho surpresa a me lembrar. – você era amiga da minha irmã, dormia lá em casa todos os fins de semana. – falo para ela que sorri e coloca os óculos novamente.

– Exato, mas eu ainda sou amiga da sua irmã. – Amy fala, caminhando até o outro lado da mesa, onde uma pequena mesinha se encontrava.

– E o que ela tem a ver com isso? – pergunto.

– O ponto, é que eu queria que você visse essa sala. – Amy fala, ignorando minha pergunta.

– Por que eu estaria interessada? – pergunto.

– Porque essa será a última sala que você vai ver, exatamente daqui três semanas. – Amy fala, olhando meu rosto com um sorriso divertido. As palmas de minhas mãos começam a suar e eu as enfio nos bolso, tentando também, que ninguém visse que elas tremiam. Amy tinha acabado de assinar meus últimos dias de vida.

– Interessante. – falo, dando de ombros.

– Fico surpresa por você não entrar em choque ou começar a chorar feito uma criança. – Amy fala pra mim.

– Tenho vinte e quatro anos. – falo pra Amy. – e você tem vinte e oito. – continuo.

– Você ainda é uma criança. – Amy fala. – mas já pode ir, só queria que você se lembrasse dessa sala durante as próximas três semanas, que te garanto que não serão tranqüilas. – ela fala, indo pro outro lado da sala, onde tinha outra porta.

– O que? Como assim? – pergunto, enquanto Sky me puxava para fora da sala. – me diga. – grito, mesmo quando a porta se fecha, mas percebo que não teria efeito algum, então me deixo ser puxada por Sky.

Passamos por um corredor e um movimento em outro corredor me chama a atenção. Uma cabeleira cor de chocolate e dois outros homens lutavam. Sky entra no corredor e conforme avançávamos eu reconheço que era James ali.

– James. – grito e ele para de lutar, sendo dominado pelos outros dois homens.

– Lily. – James grita, tentando se soltar.

– Como chegou aqui? – pergunto, tentando me soltar do aperto de Sky.

– Eu... – James começa, mas leva um soco no estomago e se curva pra frente. Passo por ele e James aperta minha mão, mas somos obrigados a nos soltar.

Sky me leva de volta ao quarto e cela e tranca a porta ao sair. Saber que James estava aqui me trazia uma dor no peito, eu não queria que ele estivesse aqui, não queria que acontecesse com ele o mesmo que aconteceria comigo e antecederia minha morte.

No dia seguinte, Sky me leva a uma nova sala, com paredes vermelhas e uma mesa de metal no meio.

– Deite-se. – Amy fala, entrando na sala.

–Não. – respondo, cruzando os braços.

– Deite-se ou Sky a fará se deitar. – Amy fala.

– Me deito se me disser o que vai fazer. – falo.

– Por que eu faria isso? – Amy pergunta, segurando sua prancheta firmemente.

– Porque se quer que eu coopere, precisa me contar tudo o que fará. – falo. – e além do mais, o que fará diferença, já que eu vou morrer? – pergunto, meu lábio tremendo quando pronuncio as palavras em voz alta.

– Certo. – Amy fala com um suspiro. – essa máquina. – ela fala, apontando a máquina estranha ao lado da mesa. – irá ver seu cérebro e te mostrará uma série de coisas. – Amy fala.

– Que coisas? – pergunto enquanto Sky passava as fitas de velcro por cima de meu corpo.

– Você vai descobrir. – Amy fala, se sentando á máquina.

Uma luz é ligada e fecho os olhos enquanto a máquina se aproximava de meu rosto. Um barulho estranho começa, mas depois de alguns instantes para e eu me encontro em um campo verde.

– Olá, Lily. – ouço a voz de James.

– Jay, o que faz aqui? Onde estamos? – pergunto, me aproximando dele até ver que ele tinha um brilho estranho nos olhos.

– Você deveria saber, foi você quem me trouxe aqui. – James fala.

– James, o que está acontecendo? – pergunto e James tira um pequeno canivete do bolso.

– Você é má, Lily. Você me pediu para provar o que eu sentia por você, e agora eu vou provar. – James fala, aproximando o canivete do pulso.

– James, eu nunca disse isso. – falo, me aproximando de James, mas ele dá um passo para trás.

– Disse. – James fala e corta o pulso direito, franzindo os lábios ao fazê-lo.

– James, para. – grito.

– Adeus, Lily. – James fala e com a mão direita tremendo, ele corta o pulso esquerdo e cai no chão. Tento avançar pra ele, mas algo me prendia onde eu estava. Vários urubus aparecem e pousam em James, e eu grito para que se afastem, mas era inútil.

E então a paisagem muda e me vejo em um corredor escuro e ao final tinha um pequeno feixe de luz. Corro até a luz, sentindo minhas pernas moles e como se o corredor nunca tivesse fim, mas finalmente alcanço a porta e entro em um quarto igualmente escuro.

O quarto era muito pequeno, quase como um quartinho de vassouras. Assim que a porta se fecha, não havia luz ou qualquer lugar por onde sair daquele lugar.

– Lily. – ouço várias vozes e quando me viro, vejo James, Ryan, Joey, Pedro, Ash, Su, Mary, minha mãe, meu pai, Maggie, meu primo Ed e Lynn, todos com os olhos vazios, rostos pálidos e sem expressão.

– O que aconteceu com vocês? – pergunto, tentando me aproximar de minha mãe, mas quando toco em seu braço ela rosna pra mim.

– Você, foi o que aconteceu. – minha mãe fala, recolhendo a mão pra longe de mim.

– Mãe, sou eu. – falo com a voz suplicante.

– E você nos matou. – eles falam em uníssono e sinto meu peito ardendo.

– Não. – falo, dando um passo pra trás.

– E merece morrer. – eles continuam, avançando pra cima de mim.

A parede se estende atrás de mim, me impedindo de continuar, então escorrego até o chão, estendendo os braços a cima de mim para me defender. Sinto mãos me agarrando e grito enquanto elas me despedaçavam.

– Que coisa mais interessante de se ver. – ouço a voz de Amy e abro os olhos.

– O que você viu? – pergunto, minha voz rouca e minha garganta ardendo, provavelmente eu devo ter gritado enquanto tinha pesadelos.

– Só os seus pesadelos. – Amy fala enquanto Sky me soltava da mesa.

– Você não tinha o direito. – grito, mas minha voz não parecia ser realmente minha.

– Vá se acostumando, isso vai ser o que eu verei todos os dias, por três semanas, mas nunca será o mesmo. – Amy fala, saindo da sala.

– Anda. – Sky fala pra mim, me forçando a andar de volta a cela.

Me recuso a chorar em frente de qualquer um desse lugar. Sky me deixa na cela e me jogo no colchão. Abraço o travesseiro contra o peito e choro nele.

Abro os olhos assustada e olho em volta. Não devo ter dormido, porque o quarto não tinha mudado muito, então devo ter cochilado apenas, mas o pensamento de dormir me faz estremecer.

– Anda logo, atire. – ouço uma voz feminina, e algo pontudo cravado em minha lateral.

– Não. – falo.

– Atire logo ou eu enfio essa faca mais fundo. – a voz fala. Eu estava de frente para James e meus pais, e era obrigada a atirar neles.

– Não. – falo com firmeza e a faca entra mais em mim, me fazendo gritar.

– Atire logo. – a mulher grita.

– Não. – falo com um gemido.

– Idiota. – a mulher grita e termina de cravar a faca em mim. Ela tira uma arma da cintura e atira em meus pais e James, mas assim que eles caem, aparecem Ash, Su, Mary, Joey, Pedro e Ryan, e a mulher atira em cada um deles, me fazendo gritar a cada tiro.

– Tenho que admitir que seus maiores medos são emocionantes. – Amy fala.

– Só se for pra você. – falo, me levantando da mesa.

– E para a outra pessoa que assiste a isso tudo. – Amy fala.

– Quem? – pergunto, tossindo um pouco.

– Ela. – Amy fala e me viro quando ouço a porta se abrir. Minha boca se escancara ao vê-la.


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Notas finais do capítulo

apenas me avisem.



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