Bilgewater e uma garrafa de rum! escrita por Marin


Capítulo 4
Capítulo 4 - Adoribus!


Notas iniciais do capítulo

Preferem com ou sem imagens? Lembrando que nenhuma é de minha autoria a não ser a capa que fiz uma montagem.
Boa leitura.
"Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande, é a sua sensibilidade sem tamanho." ~Martha Medeiros



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Adoribus!

 

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Sara sentiu-se desconfortável, não conseguia se mexer direito. Os olhos pareciam necessitar de uma força imensa para serem abertos, mas o ou pouco que conseguira lhe indicava que ainda estava noite.

Seu corpo estava envolvido por um tecido branco e espesso. Um cheiro de enxofre e carne em decomposição fluía forte a medida de Miss Fortune recuperava os sentidos.

— Gosto das minhas presas olhando com desespero para mim – Um sussurro com tons macabro na voz reconhecível para Sarah penetrou seus ouvidos - antes que se tornem minha refeição...

Ela então finalmente conseguira olhar a sua frente, uma aranha maior que a própria Miss Fortuna a encarava com as presas a centímetro.

Um grito foi o máximo que ela conseguira.

Um tiro se seguiu, a mulher aranha caiu ao seu lado. Plank correu até Miss Fortune desamarrando suas mãos e ajudando-a a pôr-se em pé. Elise parecia debater-se como uma cobra venenosa morta.

Pequenos movimentos na relva e brotando por entre a folhagem das árvores se desvendaram várias pequenas aranhas que se encaminharam até Elise levantando-a e a levando em direção à floresta mais densa. Plank e Miss Fortune se entreolharam e com cuidado e vagarosamente seguiram o rastro das aranhas mata adentro com certa dificuldade em passar por pequenos espaços. A floresta parecia não estar tão escura e clareava um pouco mais a cada passo em direção ao destino tomado pelas aranhas. Acima deles a folhagem das árvores cobria o céu, nem ao menos tinham visibilidade da lua, Plank fazia uma marca nas árvores por onde passavam marcando o caminho de volta.

Um burburinho se tornava mais alto a cada passo que eles davam um som metálico um chiado diferente que tornava a curiosidade maior a cada passo. Eles avistaram as aranhas quem carregavam Elise logo à frente, direcionando-se a um local iluminado e repleto de várias outras aranhas, a sua volta, fósseis indicavam que algo se alimentava de humanos, a primeira vista, era algo enorme.

Sara e Gangplank se esconderam entre uma das árvores e analisaram por alguns instantes. Algo se mexeu, o ar tornou-se mais pesado como se os dois aventureiros houvessem cruzado outro mundo onde mal entendiam como conseguiam respirar com aquela atmosfera, talvez um lugar próximo ao mundo dos mortos. Um rosnado monstruoso começou a se esvair e patas enormes surgiram. Uma aranha colossal parecia ser banhada em ouro, como saída de uma estátua em um santuário ela reluzia, um ser esplêndido e aterrorizante que fazia com que as histórias de terror que já ouviram sobre aquele lugar parecerem contos de fadas, ela caminhava com rosnados baixos em direção de Elise que havia sido posta a alguns metros de onde a enorme aranha surgira, ela liberou a mesma substancia pegajosa na qual Elise jogara em Sarah e começou a envolver a mulher aranha em uma espécie de casulo, parecia com um certo tipo de ritual que era repugnante e único, e então o mostro tomou o casulo nas presas e o engoliu. Ao chão da enorme caverna onde a aranha residia Sarah avistou o chapéu de seu pai.

Sarah com certo nojo recuou um passo com a cena pisando em um galho seco no chão. Um silêncio profundo ressoou a partir do som produzido pelo galho. Miss Fortune e Plank se encararam por um instante, ao voltar a atenção ao parecido ninho de aranhas elas se encontravam quietas, até mesma a gigante aranha que acabara de engolir Elise.

 

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A enorme aranha resolveu quebrar o silêncio com um gemido baixo e grave, mas foi o suficiente para Fazer os pelos de Sarah se porem de pé, os dois então notaram certa inquietação após o gemido, varias aranhas miravam para todas as direções agora, pareciam procura-los, entre as árvores brotavam varias aranhas com a mesma reação, Plank e Sarah começaram a recuar vagarosamente. Na árvore a frente deles pares de olhos vermelhos os encarava, parecia curiosa, Plank e Sarah o encararam, não eram aranhas normais, eram diferentes, maiores, mais peludas e mais negras.

Ao passo, a volta deles, desciam mais aranhas os encarando da forma curiosa como a primeira. Uma pata gigante após a outra e o enorme ser se ergueu a frente deles, seu olhar era diferente, um olhar assassino, ela parecia querer devora-los.

— Sarah... – Plank sussurrou dando um passo para traz e pegando seu braço com calma – Corre!

Com um solavanco que quase arrancara o braço de Miss Fortune os dois se puseram em movimento pela floresta mal se importando com a trilha que haviam feito nas árvores para achar o caminho de volta, apenas corriam desesperadamente enquanto eram seguidos a risco pelas aranhas.

Miss Fortune pensava em um jeito de despistá-las, mas cercados por uma floresta totalmente desconhecida aquilo parecia algo impossível. Com os olhos rápidos tentou buscar as marcas nas árvores feitas por Plank enquanto corriam Talvez não tão grandes nem tão altas e tampouco feitas por Plank, mas Sarah avistou gravuras pelas árvores e tomando a frente Sarah começou a conduzir a fuga em busca de uma rota de salvação. Seu plano fluiu como o esperado até notar a ultima árvore onde as marcas acabavam

Quando viu mais a frente duas pequenas mãos roxas saindo de um buraco ao pé de uma árvore espessas fazendo um sinal parecido com um chamado. Por um momento Sarah ficou em duvida se Plank caberia ali, mas não tinham muitas opções. Com o braço que Plank a segurava enquanto corria Sarah o puxou assim que passaram em frente ao buraco. Plank conseguiu passar pela fissura. Os dois observaram as aranhas passando reto a eles.

 

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Fortune encostou-se a arvore e percebeu como era espaçosa, embora não parecesse por fora. Gangplank tomava folego enquanto encarava Sarah até sentir algo se mexer embaixo deles

— Saiam... De cima... De mim... – uma voz estridente e abafada suplicava. Miss e Plank se levantaram um pouco e uma garotinha brotou de baixo deles – Meu Deus é assim que vocês me agradecem? Eu podia ter deixado vocês morrerem sabia?

— Desculpa, não percebemos que estávamos... Bem... Em cima de você – Sarah tentou se explicar observando a garotinha roxa a sua frente – Você é tão pequeninha...

— E você é tão burrinha né! Onde já se viu ir para o ninho de uma aranha? Preciso saber qual é a doença que levou vocês a fazerem isso!

A voz da garotinha começou a atingir o orgulho de Sarah que se manteve calada apenas porque a criaturazinha irritante a quem ela queria bater havia salvado a vida deles.

— O que faz aqui? – Plank perguntou olhando para a garotinha imaginando como viera parar em um lugar como este, ou se talvez houvesse nascido na ilha. Quem seria ela para sobreviver em um lugar como este? Mesmo que fosse fácil se esconder com tão pouca estatura, uma criança normal não conseguiria ser tão esperta sempre. – Quem é você a final?

— Lulu. Prazer em conhecer vocês!


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Notas finais do capítulo

Desculpe por erros ortográficos e avisem, não tive tempo de repassar dessa vez.
Conto com os comentários.



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