Bilgewater e uma garrafa de rum! escrita por Marin


Capítulo 2
Capítulo 2 - O Coveiro


Notas iniciais do capítulo

Só para avisar, usei falas que não foram feitas por mim, e sim pegas das falas já existentes de personagens do LOL, com isso apenas tive a intenção de transparecer algo mais real, não me entendam mal.



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DOIS DIAS DEPOIS.

 

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Plank já começava se perguntar se tomaram o rumo certo quanto o lugar em volta se acalmou. As águas na qual o navio navegava pareciam fazê-lo deslizar calmamente. Rochas de pequena estatura se mostravam sobre a superfície da água em volta da embarcação e era de uma coloração verde e cinza. À frente, o navio se encaminhava para uma densa área nevoada, o lugar parecia completamente inexplorado e o clima começava a pesar, um ar gelado, frio e morto, como se fosse impossível haver qualquer criatura que sobrevivesse com aquele ar, mas sons em torno ao Presságio da morte indicava que havia criaturas na água, talvez não vivas.

— O que diabos são essas coisas? - Gangplank perguntava encarando a água.

Pequenas criaturas de olhos vermelhos, corpo de humano com uma longa calda rodeava-os curiosamente observando e saltando sobre a água. Possuíam cabelos longos que se assemelhavam com cobras marinhas e seu rosto desfigurado que fazia lembrar uma mistura de pássaro com rosto humano.

— São sereias! - Miss Fortune gritou puxando Gangplank para trás - Todos saiam de perto das bordas!

Um barulho de água se fez e dois homens da tripulação caíram no mar, o restante dos homens correu até o centro onde Miss Fortune e Gangplank se encontravam, gritos de insatisfação começaram a soar do mar enquanto todos no barco permaneciam imóveis. Uma rocha mais alta que as velas da embarcação surgiu no percurso a frente, como os homens estavam incapacitados de olhar para qualquer canto da água cercada pelas criaturas marinhas, Miss Fortune correu e até leme tentando girar a tempo fazendo com que o navio raspasse na rocha jogando todos no chão com o impacto.

Ela suspirou tentando se levantar. A névoa era tão densa que não conseguiam mais se localizar, sempre escutaram que a Ilha das Sobras tinha em sua reputação a fama de desnortear Marinheiros, quando se aproximavam do local bússolas não mais funcionavam, e não fora diferente com eles.

Mais a frente duas rochas mais altas que a anterior se estendiam, a névoa começava a se dissipar, e em meio a visão embaçada duas enormes caveiras se faziam presentes desenhadas nas rochas.

 

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— É isto. - Plank correu se posicionando ao lado de Miss Fortune - Chegamos!

A visão mudou de figura, o lugar era magicamente lindo. A praia a frente mais ao longe uma floresta de um verde jamais visto pelos presentes ali. Ouviam-se pequenos ruídos parecidos com pássaros e o sol se fazia mais forte abandonando a entrada assombrosa por onde passaram.

— Prepara para ancoraaaar! - Plank gritou sem tirar os olhos da visão magnífica a sua frente, Miss Fortune se encontrava em mesmo estágio de admiração que Gangplank, voltando a si com o pequeno impacto da embarcação ancorando.

— A Ilha das Sombras. - Se convenceu Sarah ainda deslumbrada com a aparência do lugar enquanto descia até a praia.

— Dizem que o que esta ilha tem de bela, tem de ruim.  - Gangplank informou chutando a areia da praia de onde surgiu um pequeno animal que correu para a água do mar. - O que diabos seria esse treco?

 

— Não estamos aqui como algum tipo de biólogo marinho, ou sei lá como dá-se o nome de quem estuda essas coisas. - Miss Fortune começou a andar em direção a mata calmamente sendo seguida por Plank logo atrás que não quis se pronunciar.

Plank não sabia exatamente para onde deviam ir, nunca estivera na Ilha das Sombras, sua tripulação caminhava um pouco mais atrás dos dois capitães e a impressão de que Sarah queria algo mais do que apenas tesouros naquela Ilha atormentava Gangplank desde que fecharam a parceria.

Miss Fortune parecia saber para onde devia seguir, seus passos firmes andavam mata a dentro como se já conhecesse o local. Após algum tempo de caminhada, uma caverna apareceu no caminho onde Miss Fortune marcou que dormiriam.

— Eu e Gangplank vamos atrás de alguns mantimentos e lenha - Declarou Sarah caminhando em direção a saída da caverna olhando o sol poente - Já entardece precisamos ir logo. - Se não voltarmos peguem o navio e voltem para Ilha da Chama Azul assim que amanhecer. - Talvez esta caverna seja segura, e talvez vocês sobrevivam até o amanhecer.

Os demais marinheiros que se encontravam ali se enrijeceram, Sarah analisou os olhares aterrorizados com um leve sorriso.

Plank se encontrava atrás de Sarah como sempre, e assim ficaram por um bom tempo até encontrarem algo parecido com um pomar muito bem cuidado.

— Parece que alguém cuida deste local. - Plank resmungou olhando uma pá encostada em uma árvore. - Não seria melhor pedirmos primeiro?

— Se pedirmos, nos matará. Se não pedirmos, temos a chance de pegar algo e sair antes que nos veja. - Ela fez uma pausa e encarou Plank - Qual você prefere?

— Será que essas frutas não são venenosas?

Sarah olhou ao redor e se encaminhou até uma árvore de frutas roxas e quase do tamanho de uma maçã grande, pegando-a deu uma mordida.

— Podemos levar essa aqui. - Ela apontou a fruta para ele.

—Como sabia que não era venenosa?

—Eu não sabia.

Plank engoliu seco e começaram a recolher as frutas e coloca-las em um pequeno saco que trouxera do navio.

—O que realmente quer com esta ilha senhorita Fortune?

—Nada em especial - Sarah suspirou jogando mais uma daquelas frutas no saco.

— Não insulte minha inteligência. - Plank parou encarando-a - Você nunca da ponto sem nó, eu te conheço o suficiente para saber disso.

— Não tenho como insultar algo que não existe, mas são interesses pessoais, e dizer a você não está na minha lista de princípios.

— Por que sou um pirata? Ora essa Fortune, por mais que você não admita somos amigos há muito tempo já, uns dois anos talvez? - Plank amarrou o saco colocando-o sobre as costas. - Além do mais, eu resolvi vir até esta ilha, arriscando a mim e a minha tripulação por um pedido seu, o mínimo que você me deve é responder minhas perguntas.

— Por que quis se arriscar? - Miss Fortune se lembrou dos pensamentos que diziam que Plank nunca concordaria em ajuda-la a ir até um local como aquele, considerado como uma viagem suicida a quase todos.

— Não vem ao caso. - Plank desviou o olhar por um momento suspirando em seguida. Gotas finas começaram a cair sobre eles, informando que já estava na hora do retorno a caverna - Ainda não respondeu minha pergunta.

Sarah passou por Plank a caminho da trilha de retorno e olhou para em sua direção, que se encontrava novamente atrás

— Eu... - Sarah começou a dizer, analisando a feição de Gangplank enquanto alisava a fruta que mordera anteriormente - Recebi algumas informações de um assunto que persisto há tempos...

 

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Sarah sentiu um leve arrepio percorre-la e percebeu a feição de Plank se enrijecer com o olhar fixo em direção a ela, na verdade, em direção ao que se encontrava atrás dela.

— Viajantes? - Uma voz grossa e abafadamente rouca soou por trás de Miss Fortune que sentiu novamente o arrepio - Ah sim, faz muito tempos que não vejo viajantes vivos.Sara correu em direção a Plank virando-se para encarar o dono daquela voz. A pá que antes eles viram se encontrava nas mãos daquele ser de coloração verde carregando uma pequena lanterna que parecia fazer parte de seu corpo.

— O Prazer é todo por encontra-los. Meu nome é Yorick Mori, lembrem-se deste nome. - Yorick analisou a fruta nas mãos de Miss Fortune - Moça de sorte se me permite dizer. - Yorick olhou ao redor do seu pomar - É a única entre todas aqui que não matam. - Ele encarou Plank - Se me lembro bem, conheço um de seus parentes. Sem cabelo... Pele flácida... Sempre falando sobre cérebros. Parece familiar?

 

Sara observou Plank que lhe retribuiu o olhar. Um breve minuto se estendeu de silêncio enquanto os três se encaravam.

— Ah, não era bem nossa intenção roubar seu pomar... - Plank encarou Miss novamente enquanto os dois davam um passo para trás.— Vocês agem como se eu fosse mata-los. - Yorick olhou em direção ao saco e começou a caminhar em direção a uma árvore aleatória. - Sou apenas um coveiro, quem necessita dos meus serviços?

— Ninguém, eu acho. - Sarah respondeu mais que depressa tomando postura - Então tudo bem se levarmos essas frutas conosco?

— Claro - Respondeu Yorick sem nem ao menos olhar para eles enquanto se ocupava podando a árvore.

Miss Fortune e Gangplank seguiram em direção a saída do pomar, passando por Yorick receosos.

— Se me permitem dizer - Yorick se levantou para encarar os dois viajantes que voltaram sua atenção em direção a ele instantaneamente - Tudo tem uma data de validade, a vida se esvai, corpos vivos são frágeis, sugiro que saia desta ilha enquanto o prazo de vocês se faz presente. - Ele olhou em direção a pequena árvore em que podava novamente - A morte é um presente que eu ofereço e vocês serão bons cadáveres, conversaremos mais depois que morrerem.

Miss Fortune sentiu novamente o arrepio. Plank a encarou e com um gesto de cabeça e indicou para seguirem o caminho de volta.


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Notas finais do capítulo

Comente, Está bom ou ruim? Querem dar alguma ideia/opinião? Postarei o próximo capítulo em até três dias, desculpem-me por erros ortográficos que provavelmente passaram despercebidos.



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