Ströme der Seele escrita por Buch


Capítulo 6
Xeque-mate


Notas iniciais do capítulo

Galera me desculpem pela simplicidade do capítulo, mas essa semana foi muito desgastante pra mim. Pensei em reformulá-lo, mas decidi postar mesmo assim. Qualquer erro por favor me avisem!



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29/03 – Cidade de Putyn

Sentada em uma das mesas da cafeteria Barne’s, uma mulher de baixa estatura e aparência estranha lia um jornal. Para quem olhasse de fora diria que ela estava calma e relaxada. Mas não era bem assim. Senritsu estava preocupada e ansiosa. Kurapika ainda não havia entrado em contato.

Onde você está, Kurapika?

Seus pensamentos foram interrompidos com a chegada de três visitantes. Um deles, um homem alto, vestido com um terno e que aparentava ser mais velho do que sua idade real. Do lado dele, um garoto com expressão séria, cabelos prateados e olhar ferino. Por último. Um menino sorridente com suas costumeiras vestes verde.

– Senritsu! – pronunciou Gon com entusiasmo enquanto balançava sua mão ao alto e corria em sua direção.

– Gon! Você cresceu desde a última vez que o vi! Como você está? – perguntou a mulher.

– Estou ótimo. – comentou enquanto mostrava um sincero sorriso.

– Hey Senritsu! – cumprimentou Leório.

– Leório. Killua. Como estão?

– Bem! – responderam juntos.

Ambos se fuzilaram com o olhar. Não era de hoje que Leório e Killua se estranhavam. O mais velho não aturava o jeito arrogante da criança, por outro lado, Killua não respeitava o homem que em sua cabeça não passava de um pervertido.

– Ei, ei, garotos, já chega. Não viemos aqui para discutir, lembram-se? – pronunciou Senritsu.

No mesmo momento os dois se detiveram. Gon mostrou uma expressão preocupada.

– Diga, Senritsu. Leório apenas comentou que você tinha algo sério para nos contar, porém não nos deu mais detalhes.

– Eu não contei os detalhes pra ele também Gon – esclareceu ela.

– Bom, conte-nos logo então! – pediu Killua.

– Sim. Por favor, sentem-se. Vou contar toda a história.

Após Senritsu terminar seu relato todos ficaram pensativos. Gon foi o primeiro a quebrar o silêncio.

– Você acha que aconteceu algo ruim com ele? – perguntou aflito.

– Espero que não. Porém ele prometeu entrar em contato e já se passaram mais de 20 dias.

– Ele pode ter simplesmente esquecido – acrescentou Killua.

– Acho improvável! – afirmou Leório com convicção – Se ele prometeu entrar em contato então ele cumpriria sua promessa.

– Foi o que pensei – acrescentou Senritsu.

– Então devemos ir atrás dele! – comentou Gon visivelmente preocupado.

– Vamos com calma – disse Killua acalmando seu amigo – antes de qualquer decisão precisamos coletar mais informações sobre essa tal floresta de Kobi.

– Dessa vez tenho que concordar com esse moleque. Não podemos simplesmente sair por ai procurando por ele sem saber melhor sobre o lugar onde pretendemos ir. – comentou Leório.

Apesar de incomodado, Gon concordou com os amigos. Assim decidido, partiram em busca de mais informações.

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31/03 – Floresta de Kobi

Passaram-se mais três dias desde que a tempestade recomeçara. Durante esse período, Kurapika conseguiu encontrar uma maneira de se aproximar mais da garota. Bem, não era bem uma aproximação de fato, mas sentia que estava indo no caminho certo.

Há dois dias atrás, logo que a tempestade havia começado a piorar consideravelmente, Kurapika decidiu explorar melhor o recinto onde a garota costumava dormir, claro, após pedir sua permissão. Quando terminava sua vistoria, já desanimado por não ter encontrado nada, resolveu dar uma espiada no criado-mudo ao lado da cama. Não havia praticamente nada, apenas um caderno e uma caneta. Quando ia fechando a gaveta, notou uma pequena caixinha preta bem ao fundo. Pegou a caixinha e examinou atentamente. Era uma caixinha retangular, completamente preta e com um fecho prateado. Abrindo o objeto, se surpreendeu com o conteúdo. Era um jogo velho de xadrez. Será que a garota gostava de jogar? Parecia que o garoto estava determinado a descobrir.

Levando a caixinha em suas mãos, foi à procura da jovem. Encontrou-a na cozinha, fazendo seu costumeiro chá.

– Maia? – perguntou ele.

–Sim?

–Encontrei isso no seu criado-mudo. – mostrando o objeto para a garota que agora olhava em sua direção – Sabe jogar?

– Sim.

– Não sou muito bom, mas podemos disputar uma partida. O que acha? Não tem muito o que fazer aqui mesmo, não é?

Maia pareceu refletir sobre o assunto por um instante antes de voltar sua atenção ao chá.

– Se você não é bom, então por que quer jogar? – indagou.

– Para passar o tempo. Quem sabe eu não melhoro após treinar com você. – disse, dando um pequeno sorriso.

– Como quiser. – disse finalizando a conversa por hora.

Desde então, ambos vinham jogando freqüentemente. Apesar de Kurapika ter se qualificado como um jogador ruim, não foi bem o que se mostrou durante os jogos. Mesmo não tendo ganhado nenhuma partida da garota, Kurapika estava realmente se aprimorando nas partidas, a ponto de deixar a garota em maus lençóis por uma porção de vezes. Entretanto, mesmo tendo perdido todas as partidas, estava saindo vitorioso em outro quesito. Durante as partidas, conseguia estabelecer bons diálogos com Maia.

Após sua última derrota, ele propôs:

– Que tal se na próxima vez nós apostássemos algo? – sugeriu ele

– Como o que?

– Que tal assim. Se eu ganhar, poderei lhe fazer qualquer pergunta e você terá que me responder a verdade. O mesmo vale caso eu perca.

– E como saberá que eu estou contando a verdade?

– Não saberei. Confiarei no que me disser.

– Hm. Podemos perguntar qualquer coisa?

– Sim.

– Ok, eu aceito.

–Perfeito. Bom, prepare-se para perder. – disse o garoto com um sorriso no rosto.

Nas três primeiras rodadas, Maia saiu vencedora. Primeiro, ela perguntou sobre o motivo que o levou a se tornar caçador. Como havia combinado, Kurapika lhe contou a verdade, dizendo que procurava vingança contra aqueles que dizimaram seu povo. Maia pareceu se interessar pelo assunto, e em sua segunda vitória, perguntou novamente sobre o assunto. Dessa vez, pediu para que ele contasse mais sobre sua tribo, seus costumes, histórias, etc. O jovem Kuruta se surpreendeu com o interesse da garota, afinal, sempre que contara para alguém sobre o objetivo de vingar seu clã, ninguém nunca havia lhe pedido para contar mais sobre seus companheiros. Ele relutou um pouco, afinal lembrar-se disso lhe trazia uma profunda tristeza, mas ao mesmo tempo, sentia-se contente por compartilhar suas boas lembranças com alguém. Por último, Maia fez uma pergunta que fez Kurapika hesitar.

– Conte-me sobre seu Nen. – pediu ela.

O garoto não podia imaginar tal situação. Contar sobre seu Nen era muito perigoso, pois se tornaria muito mais vulnerável a ela. Estaria entregando as cartas da manga de bandeja à garota.

– Sou um materializador. – respondeu.

Foi apenas o começo de seu relato. Explicou sobre sua técnica a ela, que escutava tudo atentamente. Ele sabia que estava arriscando sua vida, mas agora já não tinha como se arrepender, iria até o final. Contou tudo.

– Bom. Depois disso, terei que te vencer! – seu olhar estava determinado

O jogo foi longo e repleto de revira-voltas. Maia estava dominando o tabuleiro, porém, um pequeno deslize lhe custou a vitória. Kurapika havia vencido.

Que erro primário. Será que ela perdeu completamente a concentração ou será que me deixou vencer? Mesmo sendo a segunda opção, não perderei essa oportunidade.

– Faça sua pergunta.

Kurapika pensou muito sobre o que deveria perguntar. Eram tantas as dúvidas e curiosidades, porém só tinha direito a uma pergunta. Respirou fundo e perguntou:

– Por que gosta tanto de tomar chá?

A pergunta pegou Maia de surpresa. Ela não conseguia esconder sua expressão de espanto. Afinal, ele tinha o poder de saber qualquer coisa sobre ela, então por que fazer uma pergunta tão trivial? Ela simplesmente ficou sem saber como reagir. Teve vontade de sorrir, e de fato, foi isso que ela fez. Não foi lá um grande sorriso, estava mais para um singelo mexer de lábios.

– Chás possuem muitas propriedades curativas e revigorantes, além de ser uma ótima fonte de calor. – respondeu.

– Entendi. Bom, que tal voltarmos a jogar?

– Sim. Mas sem apostas dessa vez.

– Claro, como quiser.

Continuaram jogando até o anoitecer. Se aparecesse um novo observador e acompanhasse o andamento das partidas entre os dois, poderia concluir que nada significante aconteceu durante esse tempo. Mas para nós, observadores antigos, a história era diferente. Notaríamos que Maia mostrava-se mais relaxada e comunicativa. Perceberíamos também que Kurapika estava, pela primeira vez em muito tempo, apenas aproveitando o momento, sem pensar em grandes planos de vingança.


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Notas finais do capítulo

Nota: A cidade de Putyn é criação minha. Poderia ter usado o nome de outras cidades que aparecem no mangá/anime, mas eu sou chata e gosto de criar coisas novas, mesmo os detalhes mais bobos u.u

Estou escrevendo bastante sobre alguns personagens que ainda não apareceram, mas só vou postar isso mais pra frete...acho que vão gostar rs.

Escrevam ai o que estão achando!



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