Ströme der Seele escrita por Buch


Capítulo 1
Floresta de Kobi


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Por favor comentem! ;)As falas em Itálico referem-se a pensamentos!



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20/03 – Floresta de Kobi -

Ele caminhava por entre a mata espessa na esperança de encontrar algum abrigo para passar a noite. Começou a se preocupar ao ver o sol se pondo. Estava em um local desconhecido e seria muito perigoso dormir a céu aberto. Para piorar, o céu começou a fechar e nuvens carregadas se aproximavam rapidamente.

– Droga! – exclamou o garoto – Se não me apressar vou acabar congelando!

Após aproximadamente 40 minutos de caminhada, chegou a uma clareira. Mais a frente havia uma pequena queda d’agua e um riacho. Ele examinou minuciosamente o local antes de decidir se aventurar a explora-lo. Não conseguiu identificar nenhuma presença ameaçadora, entretanto não podia baixar sua guarda, pois uma vez em campo aberto se tornaria uma presa fácil.

Kurapika avançou com cautela até a beirada do riacho. O céu já estava quase completamente escuro, embora não tenha caído nenhuma gota de chuva, ou pior, neve. Porém a chegada da noite fez cair bruscamente a temperatura, fato que preocupou muito o jovem Kuruta. Agachou-se na beira do riacho na esperança de beber um pouco d’agua, porém, assim como a queda d’agua, ele estava completamente congelado.

– Maldição. Tudo aqui está congelado.

A floresta de Kobi, localizada no extremo norte de Faleq, era conhecida por seu eterno inverno, independente da época do ano, tornando o local pouco convidativo a visitantes. A fauna e a flora resumiam-se somente a espécies capazes de resistir a baixíssimas temperaturas. Não havia registros de moradores na região, exceto aqueles que residiam no pé da montanha que abrigava a floresta de Kobi.

No momento em que Kurapika chegou à aldeia nos pés da montanha, foi recebido com muita estranheza. De acordo com os moradores, era rara a presença de estrangeiros na região. Apesar de tudo os aldeões foram muito hospitaleiros com seu novo visitante, oferecendo-lhe comida e abrigo. Assim que Kurapika mencionou seu objetivo de ir até a floresta no alto da montanha, todos ficaram espantados. Muitos tentaram lhe alertar contra os perigos da floresta, porém o Kuruta estava determinado a ir até o local. Após varias tentativas de impedi-lo, os aldeões desistiram e começaram a fazer de tudo para ajuda-lo no que podiam. Deram-lhe roupas mais resistentes ao vento e a umidade. Providenciaram uma boa quantidade de alimentos altamente calóricos, a fim de preservar sua energia e calor interno o máximo possível. E por último, presentearam-no com um amuleto. Seu formato era retangular, feito de madeira e sua coloração era azul marinho, mas não um azul marinho qualquer, era um azul que cintilava, como se tivesse vida própria. O tamanho não passava de 5 cm. No centro havia algumas inscrições que Kurapika não conseguia entender. De acordo com um dos anciões da aldeia, o amuleto o protegeria contra os maus espíritos da floresta. Kurapika expressou sua gratidão pela ajuda e principalmente pelo presente, que, aparentemente, era algo importante para aquela tribo.

O curto período em que esteve na aldeia trouxe um forte sentimento de nostalgia ao garoto loiro. A maneira amável como eles o trataram o fizeram lembrar-se de sua própria tribo. Apesar de viverem em isolamento, os Kurutas eram amáveis, sempre em harmonia com a natureza e seus habitantes.

Levantou-se da beira do riacho e começou a procurar algo ao redor. Conseguindo localizar o que estava procurando, foi até a direção de seu alvo. Era uma pedra de tamanho médio de formato triangular. Pegou a pedra e fez seu caminho de volta até o riacho, na esperança de conseguir quebrar a camada de gelo que o cobria. Entretanto era impossível romper aquela barreira de gelo apenas com uma pedra simples, obrigando-o a utilizar um pouco de Nen para concluir sua tarefa. Era uma manobra arriscada, pois se houvesse alguém nas proximidades tentando feri-lo, poderiam facilmente localiza-lo. Refletiu sobre a questão e chegou a conclusão que deveria arriscar, uma vez que já havia se passado quase dois dias desde que bebeu água pela ultima vez. Utilizando uma pequena quantidade de Nen na pedra, conseguiu atravessar a grossa comada de gelo, tendo acesso finalmente a água. Tomou lentamente uma boa quantidade tomando cuidado para não ferir sua garganta devido a baixa temperatura da água. Não adiantava coletar água para levar consigo pois certamente ela congelaria em pouco tempo.

Ao terminar, notou que a noite havia chegado completamente, deixando o garoto preocupado e aflito. Por sorte, ao observar mais atentamente a queda d’agua, percebeu uma pequena abertura por detrás dela. Ao se aproximar concluiu que suas suposições estavam corretas, havia uma pequena gruta atrás da queda d’agua. Apesar de pequena, serviria como abrigo temporário para passar a noite.

07/03 – 13 dias atrás – Mansão Nostrade:

Após a perda dos poderes de Neon, o sr. Nostrade passou a direcionar todos os seus esforços em encontrar alguém capaz de recuperar os poderes de sua filha, estando disposto a gastar todo sua fortuna no processo. Muitos usuáriosem Nen foram contratados, porém nenhum obteve sucesso. Após o fracasso do último contratado, receberam uma pista sobre alguém que poderia ajuda-los. O próprio candidato, chamado Thentor, que havia acabado de fracassar, informou ao sr. Nostrade sobre um usuário de Nen que seria capaz de recuperar os poderes de sua filha.

– Não posso te dar certeza sobre a existência e sobre a localização dessa pessoa, mas correm boatos de que ele (a) tem capacidade de remover qualquer tipo de maldição Nen. Dentre os exorcistas de Nen, ele (a) é uma lenda, por isso não posso te dizer se ele (a) realmente existe. Entretanto ouvi dizer, recentemente, sobre uma pessoa muito poderosa vivendo na floresta de Kobi, ao extremo norte de Faleq. É um local praticamente inabitável devido ao clima e também muito perigoso e traiçoeiro. Dizem que muitas criaturas mágicas poderosas habitam a região. – Relatou Thentor.

– Floresta de Kobi, hein? Kurapika, você já ouviu falar desse local? – Perguntou sr. Nostrade a seu guarda-costas.

Kurapika que escutava silenciosamente próximo a porta do escritório, respondeu:

– Já ouvi falar dessa floresta. Antigamente, havia boatos que diziam haver tesouros e metais preciosos na região, o que chamou a atenção de muitas pessoas ambiciosas. – Fez uma pausa e colocou os dedos no queixo, tentando lembrar a informação com exatidão e depois prosseguiu – Pelo que me recordo, houve um episódio muito conhecido na historia, em que muitos hunters contratados entraram na floresta em busca dessas riquezas, entretanto, nenhum jamais retornou. Desde então, a região tem sido evitada – Concluiu o jovem Kuruta.

– Entendo – afimou sr. Nostrade enquanto refletia – De qualquer forma eu lhe agradeço sr. Thentor. Siga-me até a sala ao lado para que eu possa lhe retribuir pela informação. Kurapika?

– Sim, sr?

– Espere-me aqui, por favor.

– Claro sr.

Assim que seu chefe e Thentor foram para sala ao lado, Kurapika passou a refletir sobre a situação. Do jeito que Nostrade estava desesperado, não seria surpresa ele seguir esse boato tolo que Thentor havia contado, e, sendo assim, mandar alguém até a floresta de Kobi. E esse alguém certamente seria ele, seu homem de confiança. Assim que Nostrade retornou, pediu para que ele se sentasse em frete a sua mesa.

– Então, o que acha? – Indagou o homem

– Sobre o que exatamente, sr.?

– Acha que pode ser verdade? Que realmente existe essa pessoa capaz de curar Neon?

– Imagino que exista alguém capaz de curá-la sr., porém acho improvável que ele (a) esteja nessa floresta, como contou Thentor. – respirou fundo e continuou – Esse boato deve ter se espalhado devido aos mistérios que cercam essa floresta. Muitos hunters entraram mas nenhum retornou, sendo assim, é natural que criem historias fantasiosas sobre o local.

– Hm. Também acho. Porém....

Apesar de esperar por isso, Kurapika ficou preocupado com a continuidade da fala.

–...acho que não custa averiguarmos. O que acha?

– Eu farei o que o sr. me ordenar.

– Ótimo! Acha que é capaz de entrar na floresta e voltar com vida?

– Sim.

– Então está decidido. Arrume suas coisas, você vai para Faleq!

De volta para o presente:

Kurapika acordou assim que os primeiros raios de sol adentraram a gruta. Apesar de não dormir muito bem, conseguiu dar algum descanso a seus membros doloridos. De acordo com seus cálculos, ainda estava no começo da floresta. Começou a indagar sobre os motivos pelos quais nenhum Hunter havia retornado do local, pois, apesar da temperatura e dos animais mágicos que havia encontrado pelo caminho, um Hunter experiente certamente poderia sobreviver na floresta. Esse pensamento o preocupou, fazendo-o imaginar o que mais ele poderia encontrar pelo caminho. Alimentou-se com o que ainda havia sobrado da comida e retomou sua caminhada.

Após aproximadamente 8 horas de caminhada, percebeu que o clima e o terreno começaram ligeiramente a mudar, fazendo seus sentidos ficarem completamente em alerta. Por incrível que pareça a temperatura começou a subir. Kurapika notou que o calor estava emergindo do solo. O contato dessa onda de calor com o temperatura do ar começou a formar uma espessa camada de névoa. Por puro instinto, o jovem Kuruta parou de se movimentar, esperando alguma coisa acontecer. A essa altura a névoa já havia encoberto totalmente o terreno. A fumaça, até o momento inodora, passou a exalar um cheiro forte. Kurapika não sabia definir o que era aquele odor, mas antes que pudesse tomar qualquer atitude, começou a sentir seus efeitos. Suas narinas e garganta começaram a queimar e em seguida foi a vez de seus pulmões. Sua vista começou a embaçar e logo depois veio a ânsia. Ele ficou impressionado com a velocidade com que a névoa tomou o local. Em vão, tentou se mexer, porém já não possuía mais controle sobre seu corpo. O desespero tomou conta de todo seu ser.

Então era isso? É assim que vou morrer?

Tentou gritar, mas já não havia mais força pra isso. O ar começou a faltar.

Não posso morrer aqui. Droga! Ainda tenho muito a fazer...eu...eu...

Sua força havia se esgotado, sua luta havia sido em vão. Aos poucos seus olhos foram se fechando, dando lugar a completa escuridão.


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Notas finais do capítulo

Bom, é apenas um começo.Tanto a Floresta de Kobi quanto Faleq foram criações minhas, assim como o personagem Thentor. Não existe nenhuma referencia desses locais e personagem no mangá ou anime.



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