Talvez escrita por lotusflower


Capítulo 1
If


Notas iniciais do capítulo

#lumus
Oieee! Voltei... levem em consideração os disclaimers, ok? É bem aquilo MESMO. Mas espero que se divirtam... Beijox



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Maybe

Lily estava na cozinha, tomando o resto de seu chá da noite, um hábito que não abandonara desde pequena, enquanto lia as notícias do Profeta Diário. Nada de interessante, como sempre. De vez em quando, escutava as gargalhadas gostosas de Harry, seu filho de um ano, brincando na sala com o pai, James. Ela própria ainda não acreditava que havia se casado com o Maroto mais idiota do mundo, mas sabia que o amava demais.

Assim que terminou seu chá, colocou a xícara na pia, enrolou o jornal e foi saindo da cozinha. Quando se virou para apagar a luz, viu sua varinha reluzir em cima do balcão em que estivera apoiada e pensou em deixá-la por ali mesmo... Deu de ombros e apanhou a varinha. Era sempre bom tê-la à mão, arrumar a casa nunca fora tão fácil e o berço de Harry já estava com as rodinhas soltas que precisavam ser concertadas. Apagou a luz e foi para a sala.

- Muito bem, por hoje já chega... - Ela disse com sua voz mansa costumeira e viu Harry se esticar no colo do pai para olhá-la de um jeito encantador, como se estivesse pedindo por mais um tempinho de brincadeiras.

- Já? Mas está tão divertido, Lily... - James reclamou, se levantando com o bebê, sabendo que não haveria conversa.

- Você tem treino amanhã, esqueceu? Precisa descansar. - Harry estendeu os braços para a mãe e agarrou-lhe os cabelos.

- Certo... - Ele ajeitou os óculos. - Boa noite, Harry. - Deu um beijo na testa do garoto e pegou a varinha para arrumar a bagunça da sala.

Lily sorriu para Harry e foi subindo as escadas, com ele no colo. Parou no meio da subida e riu.

- Deveria ser crime te deixar com uma varinha... Você usa magia para tudo! - Ela sorriu para ele, que piscou com cara de sacana para ela e voltou a arrumar.

Nisso, um estrondo terrível do lado de fora fez as paredes e lustres tremerem. Algo de muito errado acontecera. Lily, já no andar de cima, abraçou Harry com força, e se virou para fitar a sala, que teve a porta destruída e dela passou um manto preto.

-CRUCCIO. - O manto preto lançou em James, e este caíra ao chão se retorcendo de dores, urrando e berrando, enquanto aquele que Lily já identificara ria abertamente. Quando este levantou a varinha para matar seu marido, Lily foi tomada por um ódio gigantesco e mirou-o.

-EXPELLIARMUS! - Ela desarmou Lord Voldemort, que apesar de estar sem a varinha, continuava se divertindo. Ela obviamente teve o cuidado de trancar Harry no armário de vassouras, embora não fosse um lugar confortável, era seguro e absurdo demais para se procurar um bebê.

-Lily, querida! Quanto tempo não há vejo... Sabe, um bruxo poderoso como eu, não precisa da varinha para poder torturar uma garotinha inútil como você. CRUCCIO! - Ele riu, diabólico. - Sabe, eu deveria matar vocês dois neste exato momento, mas vê-los urrar de dor e clamar por piedade é excitante...

Lily se retorceu tanto, que não pode parar em pé e rolou o lance inteiro de escadas.

Tom, ou Voldemort como gostava de ser chamado agora, tinha aparência humana, e tão angelical que enganava qualquer um, porém, sua carinha transcendente era apenas máscara para toda a maldade que este guardava dentro de si. Sendo assim, era o bruxo das artes das trevas mais poderoso, e este era o motivo que o levava até ali.

- Onde está o moleque? - Ele perguntou, sem mais delongas.

-NÃO... VOU... CONTAR. - Ela gritou, em meio à dor.

-Ah, tudo bem... Se você não contar, eu posso fazê-la ir pegá-lo pra mim. IMPERIUS.

Agora, o bruxo já estava com sua varinha novamente, e Lily se pôs de pé, começou a subir as escadas, enquanto os gritos agoniantes de James preenchiam o ar. Lily estava subindo os degraus rápido de demais e nem ao menos tinha consciência do que estava fazendo. Quando sua mão encostou na maçaneta, ouviu a voz de James.

-Avada... Kedavra! - James conseguira se sobrepor à dor, e aproveitara a distração de Tom para puxar a varinha de sua calça e lançá-lo à maldição.

No mesmo momento em que o corpo flácido de Tom caía ao chão, James se levantava, recuperando-se das dores e olhava para a esposa, que sentiu um peso sair de seu corpo.

- Lily? Você está bem? Cadê o Harry? O que você fez? - Ele mancou até ela, abraçando-o.

- Eu e Harry estamos bem, ele está lá em cima. - dizia ela, descendo as escadas. - Como foi que ele nos achou?

- Não sei, mas o que impor...

-JAMES! Olha só a visita que você tinha no jardim! - Sirius apareceu com um ratinho segurado pelo rabo.

-Um rato? Francamente, Padfoot, se você perceber bem, verá que estou com um grande problema e...

-Não é um rato qualquer. É a morsa gorda e mórbida do Rabicho! Foi ele quem contou a Voldemort! - e com um meneio de varinha, Sirius transformou Peter no feio homem que era. - Ele tem a marca! - O segundo maroto puxou o braço do quarto.

-Wormtail? Como pôde? Graças à Merlim que Lily conseguiu distrair Voldemort, mas você podia ter matado minha família, meu filho! Não sei como fui capaz de confiar meu segredo à você!

E nesse momento, luzes de várias as cores apareciam no jardim da casa dos Potter em Godric’s Hollow. Eram os vários aurores e ministros da magia se reunindo no lugar em que receberam várias denúncias e pedidos de ajuda. Lily subira para pegar Harry do armário. Ele dormia como um anjo, enfeitiçado, mas dormia e ficaria em segurança agora. Os aurores levaram o corpo de Tom e Rabicho para serem “beijados” em Azkaban, enquanto os ministros conversavam com James e Sirius. Rita Skeeter, a nova estagiária, observava tudo enquanto sua pena escrevia rapidamente num pedaço de pergaminho.

A ruiva de olhos verdes sentou-se no chão com Harry e só então sentiu o perigo de toda a cena. Seu filho nascera no fim do sétimo mês, e era filho daqueles que enfrentaram Voldemort 3 vezes antes desse dia, tinha o perfil descrito na profecia que dizia que estas condições pertenceriam ao único capaz de vender o Lorde das Trevas. Por isso Tom queria tanto Harry. Mas agora, graças à seu pai, ele estava vivo e nada de mal o acontecera. James fora muito forte, corajoso e o amor que sentia por Lily e Harry foi o que o pôs de pé para enfrentar o bruxo.

Muitas horas mais tarde, no hospital St. Mungus, onde haviam ido por protocolo do ministério, Lily e James conversavam com Sirius, que segurava Harry, e Remus.

- Eu nunca imaginei que ele pudesse nos trair! - James vociferou.

- Pense pelo lado bom, Prongs. Ele morreu, você o matou e agora, Harry ficará bem. - Lupin comentou, com sua simplicidade. - Sabe, o ministério disse que vai ficar de olho em vocês, os comensais foram pegos, a maioria pelo menos. Vai ficar tudo bem.

- Ele podia ter matado Harry! Eu quase não aguentei! Não sei o que me fez superar a Cruciatus.

- Amor. - Sirius falou rapidamente, olhando de esguelha para o amigo, sorrindo e voltando a ficar calado. A hipótese de perder aqueles amigos e o afilhado que eram sua única família tinha-o invadido por completo e ele travara.

Dezesseis anos depois

-... NOVE, DEZ! LÁ VOU EU! - gritou a garotinha de cabelos amendoados e olhos escuros. Ela correu pela sala, olhando atrás do sofá, na lareira, no armário embaixo da escada, na cozinha e nada. De repente, ouviu um craque na sala.

- HARRY E GASPAR! - O menino esguio de cabelos cheios, enrolados e negros como a noite ria descontroladamente.

-Ah, eu falei que não valia aparatar! Eu não sei fazer isso ainda. - A garotinha cruzou os braços, emburrada. - Mamãe! Gaspar e Harry estão roubando!

Lily riu.

- Harry! Gaspar! Não roubem!

- Fala sério, baixinha! A gente só tava brincando! - Gaspar retrucou, passando por ela e bagunçando-lhe os cabelos.

- Luna, pára com isso, vai! - Harry sentou-se do lado dela. - É só uma brincadeira. Desculpa, vai?

Ela pensou bem, olhando pro irmão e sorriu.

- Eu só desculpo se você me levar andar na sua vassoura nova!

Harry revirou os olhos. Já era a terceira vez no dia que mal acabara de nascer, e sua irmã de 7 anos já queria andar na sua nova Firebolt. Mas ele fazia tudo por ela, então a pegou no colo e tirou a varinha do armário da escada. Gaspar saiu correndo para fora, o que fez Lily lhe chamar a atenção. Ele pegou sua vassoura também e decolou com Harry e Luna.

- Harry, não demore! Remus e Artur já vão chegar. - James gritou.

Quando eles voltaram, Remus, Tonks e o pequeno metamorfomago de 4 meses, Teddy já haviam chegado. Harry era o padrinho de Teddy, mas Luna o monopolizava, paparicando-o demais. Assim que o viu no colo de Tonks, saiu correndo, antes mesmo de Harry aterrissar totalmente.

Depois de se cumprimentarem, Gaspar e Harry entraram na sala sozinhos.

-Harry, quer ver eu pegar o meu pai?

- Gas, sua mãe já está brava... Aposto 10 galeões que você vai ficar sem quadribol por um mês.

- Vou nada. Chega aí! - O menino saiu e foi até Sirius. - Pai! Olha o que Harry tinha no quarto! Every flavour beans edição ouro... Quer experimentar?

Sirius sorriu para o filho e pegou um da mão dele.

- Só se você comer junto comigo, filhão! - Sirius sorriu largo.

-Quê? - Gaspar ficou desconcertado.

-É!

-E-eu?

- Você. Vai! O que tem de mais? - Sirius colocou um grão na mão de Gaspar e quando seu filho abriu a boca, jogou o seu feijão estranho na boca dele. No mesmo instante, a língua de Gaspar começou a inchar e escapar da boca. Sirius ria tanto, assim como James, Harry, Remus e Tonks. Gaspar estava intrigado.

- Desculpa, Gas... Mas... Esqueceu que seu pai aqui sabe velhos truques? - Sirius riu.

Enquanto Marlene surtava, brigando com Sirius e com Gaspar, os Weasley chegaram e traziam Hermione, que estava passando as férias com eles, já que os pais trouxas iriam viajar, até depois do começo das aulas em Hogwarts.

-Hey! Rony, Mione! Vocês perderam! Gaspar levou a maior bronca! - Harry ria.

- Droga! Como eu perdi isso? - Rony resmungou e levou um beliscão de Hermione. - Ai! Parabéns, Harry.

-Parabéns, Harry! - Os três se abraçaram e foram rir de Gaspar mais um pouco, antes do almoço.

E até o fim do dia, eles comemoraram o aniversário de Harry. Mais do que isso, comemoravam a vitória contra Voldemort, à paz no mundo bruxo e ao amor de suas famílias. Era o último dia que teriam juntos, antes das crianças voltarem para Hogwarts por mais um ano.


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Notas finais do capítulo

E aí? Ficou bom ou não? Foi mais por diversão mesmo :D Espero que tenham gostado, e por favor, comentem e façam a autora feliz! :D Obrigada, beijooox
#nox