Last Kiss escrita por Asty Greco


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :)



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Rachel já havia perdido a conta de quantas vezes tinha lido aquela noticia no jornal. Cada palavra, vírgulas e pontos tinham sido decorados pela morena, porém ela ainda recusava-se a acreditar no que estava escrito. Tentava crer que aquilo era mais uma informação falsa, de um jornal que queria ganhar fama utilizando-se de reportagens sem fundamento sobre pessoas famosas. Só poderia ser isso. Claro!

A morena estava sentada na varanda de seu apartamento, desde que vira aquele trecho do jornal pela manhã encaminhou-se para lá e ficou, já eram 8 horas da noite e ela continuava lá perdida em pensamentos, perdida nas suas dores. Pegou o jornal e leu mais uma vez.

E na manchete do jornal estava à notícia que fez seu cérebro parar e que deu mais uma ferida ao seu já tão machucado coração.

QUINN FABRAY A AUTORA DE MAIOR SUCESSO NO MOMENTO IRÁ SE CASAR AMANHÃ COM SEU EMPRESÁRIO

A autora de livros de suspense de maior sucesso atualmente anunciou ontem seu casamento com Thomas Bennet, seu empresário. Foi um anuncio que surpreendeu muita gente, uma vez que o namoro dos dois não tem mais que cinco meses e nem noivos estavam. No entanto ela afirmou que ambos estão certos da decisão que tomaram, e se há amor, então não tem por que esperar. O casamento será em Los Angeles, no Hollywood Roosevelt Hotel, em uma cerimônia para poucos convidados. Desejamos felicidades para o futuro casal!

Percebeu uma mancha no papel, e depois mais outra e outra, deu-se conta que eram lágrimas que caiam, suas lágrimas. Quando começou a chorar?

Largou o jornal no chão e não se importou em limpar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Levantou-se e foi em direção ao parapeito, de lá olhou para a bela vista que seu apartamento fornecia. Morava no penúltimo andar de um prédio de vinte andares, logo tinha uma visão privilegiada de Nova York. A cidade era linda de dia, porém a noite se tornava a cidade dos sonhos, com todas suas luzes e esplendor. Lembrou das vezes que admirou aquela vista com a loira, abraçadas, entre risadas, carícias e promessas de uma vida juntas. Promessas quebradas... Por mais que tentasse se enganar, lá no fundo sabia que a publicação não era mentira. E tal constatação fez um rasgo em sua alma. Se pudesse voltar no tempo e mudar suas escolhas... Como ela gostaria que fosse possível. Mas não era. Infelizmente.

Seus pensamentos foram interrompidos pelo toque do celular, este estava na cadeira onde a poucos minutos ela se encontrava, foi em direção a ele e o pegou, viu o nome na tela, deu um suspiro, sabia que ele ligaria. Atendeu.

- Diva?!

- Oi Kurt. – Disse com a voz um pouco rouca pelo choro de antes.

- Pelo tom de voz, você com certeza já leu a noticia no jornal né?

- E tinha como não ler?! Você sabe que a primeira coisa que eu faço pela manhã antes de sair é ler o jornal. E qual a minha surpresa quando eu pego o jornal e a primeira noticia que eu vejo é sobre ela, sobre... Eu nem consigo dizer em voz alta. Porque não me contou?

- Porque isto não cabia a mim. Rach... Amiga você sabia que algum dia isso iria acontecer. Quando fez sua escolha você sabia perfeitamente das conseqüências, inclusive desta.

- Sim, mas é tão diferente quando a gente apenas supõe, porém quando se concretiza... - Apertou com força o celular, como se assim pudesse se livrar um pouco da dor. - Tá doendo tanto Kurt. Me diz porque, porque ela vai fazer isso? Eu disse que iria tomar uma providência, era só ela ter calma.

- Rachel você sabe que eu te amo, muito mesmo, mas como seu amigo eu tenho que falar. Você foi egoísta, covarde, escolheu sua carreira a ela, ficou com medo do que os outros falariam. A Quinn esperou muito tempo por você, teve calma até demais, mesmo sofrendo, ainda era só você para ela, mas as pessoas têm um limite Rachel, e ela chegou ao dela. E é verdade, você disse que tomaria uma providência, mas como acha que ela se sentia a cada noticia ou foto sua com ele? Onde estavam suas tentativas? Não deu mais para ela, Rachel.

Rachel ouvia tudo atentamente, sabia que cada palavra dita era verdade, e isso intensificava seu sofrimento. Se estava assim era por sua culpa... E de repente algo passou por sua cabeça.

- Realmente será amanhã?

- Sim. Eu sinto... – Não conseguiu terminar.

- Estou indo para Los Angeles.

- O QUE?! Rachel o que você tá pensando em fazer? – Kurt tinha medo da resposta, sabia que quando sua amiga colocava algo na cabeça, ninguém tirava.

A morena ignorou a pergunta do amigo. – Suponho que você foi convidado e que já esteja em LA, então vá me esperar no aeroporto e não conte que eu estou indo.

- Rachel isso é loucura. Deixe a Quinn viver a vida dela. Está atitude trará mais sofrimento para você e pra ela.

- Por favor, Kurt! Por favor! Eu preciso de apenas mais um momento com ela, só mais um, e depois... Depois eu a deixo em paz. Me ajuda? Por favor!

Kurt sabia que aquilo não era uma boa idéia, que as chances de não terminar bem e as duas saírem mais machucadas ainda era bem alta. No entanto, não tinha como ele negar uma última chance a amiga, ainda mais quando sabia que o amor estava presente em ambas.

- Ok. Eu te ajudo nessa sua maluquice. Que horas você estará chegando por aqui?

- Bom agora são quase nove da noite, chego ao aeroporto em meia hora, a viagem dura em média 3 horas, vamos acrescentar uns contratempos que sempre insistem em aparecer... Acredito que por volta das 3 e meia da manhã estarei em Los Angeles.

- Tudo bem diva, estarei te esperando.

- Muito obrigada Kurt. Te amo!

- Eu sei querida. Sou demais! Também te amo. Até!

A ligação foi encerrada, Rachel sabia que o que estava fazendo era loucura, não sabia nem se conseguiria ver Quinn direito, ainda mais ficar um tempo a sós com a loira, entretanto, ela precisava tentar. Ela TINHA que tentar. Só mais uma vez, uma última vez, era o que ela repetia pra si mesmo.

Los Angeles

Rachel encaminhava-se apressada para saída, o nervosismo já tomando conta de seu corpo. Olhava para todos os lados, mas não conseguia ver Kurt. Aquele aeroporto estava simplesmente lotado. Não podia nem recorrer ao seu celular, este tinha feito o favor de descarregar. Como iria achar o amigo neste inferno?!

Mal concluiu seu pensamento, sentiu dois pares de mão cobrindo seus olhos. Deu um largo sorriso. – Eu sei que é você Kurt.

- Eu sei que você sabe. Mas mesmo assim eu queria fazer isso. – Tirou a mão e virou Rachel dando um abraço apertado na amiga. - Estava com saudades de você. Ser uma diva da Broadway não lhe deixa muito tempo para os amigos né.

A morena separou-se do abraço. – Também estava com muita saudade de você Kurt. E eu tenho tempo sim, você que é ocupado demais, como estilista vive viajando e esquece dos amigos.

- Como você pode dizer isso? Mesmo longe e ocupado eu arranjo um tempo para minha diva. Sem calunias hein.

- Estou brincando.

- Vamos?!

- Estou nervosa. E se ela não quiser me ver? Ou me expulsar? Acho que é melhor eu ir embora. – E toda coragem que lhe trouxe estava se esvaindo.

- Para com isso! Você não me fez acordar em plena madrugada, interromper meu sono de beleza, podendo me causar terríveis olheiras, para agora dar para trás. Não mesmo! Você disse que queria ver a Quinn, então você verá!

- Obrigada! Obrigada por estar me ajudando. Nem sei o que eu faria se não fosse você.

- Provavelmente mais besteiras que o normal. Agora vamos logo embora. Tenho que te explicar como vai ser o plano.

- Plano?!

- Sim, plano. Ou você achou que era só pedir pra falar com ela e pronto?!

- Sim? – Rachel falou meio incerta.

- Claro que não né Rach! Santana e Britt estão com ela, e possivelmente se Santana te visse, quebraria você todinha antes mesmo de você abrir a boca. Vamos.

A diva estremeceu só de pensar. Santana nunca tinha ido muito com a cara dela, e depois da morena ter deixado Quinn, era capaz da latina matá-la quando a visse. Rachel seguiu Kurt até o carro e durante o trajeto, ele foi explicando como ela faria para ver a loira.

Mais uma vez ela olhava-se no espelho. Encarando seu reflexo perguntava se realmente teria tomado a melhor decisão. Thomas era uma boa pessoa, a fez sorrir de novo, sorrir de verdade, trouxe um pouco de vida ao seu coração tão cansado, e o mais importante, realmente a amava, disso não tinha dúvida. Mas ela o amava de volta? Nesta questão havia incertezas. Ela sentia um enorme carinho por ele, gostava de estar com ele, fazia bem para ela, porém, seria isso amor? Ela não sabia.

- Q?

Quinn olhou para o lado, nem tinha percebido a entrada da amiga. – Oi S. Nem vi você entrar.

- Percebi. Você parecia perdida em pensamentos. – A loira deu um sorriso fraco para amiga e foi em direção a cama, pegou uma foto em que ela estava abraçada com ele, ambos sorrindo. – Esta foto foi no nosso primeiro encontro, foi a primeira vez, depois que ela me deixou, que meu sorriso não foi forçado, falso. Thomas me faz bem. Ele me ama. – Falou mais para si mesma, do que para a amiga, que a olhava de forma preocupada.

- A questão é, você o ama de volta? – Quinn não respondeu. – Q eu conheço o Thomas, e apesar da cara de babaca dele, eu sei que ele gosta muito de você, mas para tomar um passo desses, as duas pessoas precisam ter certeza do que sentem, e você não tem. Não faça isso se você ainda tem dúvidas Quinn.

A loira se levantou, caminhou até o guarda-roupa e tirou seu vestido de noiva de lá, deixou em cima da cama. A latina a olhava de forma confusa. Olhando para seu vestido falou. – Rachel não poderá me dar isso. E eu não posso deixar que as pessoas que realmente estão dispostas a me fazer feliz passem pela minha vida por causa dela. Eu irei me casar. – Disse de forma decidida. – Thomas não merece que eu desista. – Mesmo com as dúvidas, a loira decidiu seguir em frente. Era o certo.

- Se um dia eu ver a hobbit na minha frente eu juro que vou baixar Lima Heights Adjacent nela e...

- Chega Santana! Hoje é o meu casamento e eu não quero ficar falando dela. Como estão os preparativos?

Antes da latina responder, Kurt entrou com tudo no quarto. – Bom dia meninas! E os preparativos estão as mil maravilhas. – Disse de forma cantarolante e batendo palmas.

- Não bate mais na porta não gazela saltitante?

Kurt revirou os olhos para o apelido, Santana não mudava mesmo. – Não enche Santana. Ah! Que bom que você tirou o vestido, está vindo uma moça para fazer uns ajustes nele.

- Ajustes?! Pensei que já estava tudo certo. Eu experimentei ontem Kurt. E não precisava de nenhum ajuste.

- Quinn minha querida, é que você não consegue ver os detalhes. Está tão perdida nos preparativos, e nervosa também, que não vê que ele precisa sim de uns pequenos ajustes. Mas não se preocupe, já cuidei disso, e a moça que irá ajeitar está lá fora.

Santana olhou desconfiada para o rapaz com trejeitos femininos. – Sei não... Eu também estava com a Quinn quando ela experimentou ontem e tava perfeito.

- Você não entende nada disso Santana, então não dê palpites. Ah! Sua Britt está fazendo o maior sucesso.

- Como assim?

- Ela estava querendo colocar umas flores no alto da entrada da recepção, e precisava subir uma escada, e o que não faltou foram rapazes para ajudá-la. E a saia dela é tão linda, você sabe onde ela comprou? – Falou como quem não quer nada.

- Minha Britt... Escada... Rapazes... Saia... EU VOU MATAR OS DESGRAÇADOS! – Depois disso só o que Quinn e Kurt viram foi uma latina furiosa saindo, fazendo mil juras de morte, e em espanhol, o que era bem pior.

Ambos caíram na gargalhada. – A Sant é única. Mas falando sério Kurt, o vestido realmente precisa de ajuste?

- Sim. Deixa eu chamar a moça que vai ajudar. – Saiu, e cinco segundos depois voltou trazendo uma moça baixa, com cabelos curtos e lisos preto, com roupas um tanto quanto fora de moda e maiores do que ela. A moça usava um óculos escuro e matinha sua cabeça baixa.

Quinn olhou meio incerta. – É ela?

- Sim. Não se deixe levar pela aparência. Ela é excelente.

- E os óculos?

- Ela esta com uma pequena alergia, mas nada que vá prejudicar no concerto do seu vestido. Bom, agora eu vou deixar as duas sozinhas, porque eu tenho um monte de coisa para providenciar. Até mais Quinn.

Quando ele estava perto da porta, falou. – Boa Sorte. – Saiu e trancou a porta por fora.

Quinn ficou olhando aquele ser em sua frente, aquela moça era tão esquisita, no entanto algo nela lhe era familiar, não sabia dizer o que. – Hum... Bom eu vou colocar o vestido e já volto para você ver o que precisa ser ajustado. - A loira pegou o vestido e foi até o banheiro.

- Acho que isso não será necessário Quinn.

A loira parou. Sua mão estava na maçaneta. Aquela voz. Era dela. Reconheceria em qualquer lugar. – Ra... Rachel?!

- Sim.

Lentamente Quinn foi se virando, até ficar de frente para ela. Viu a morena ir tirando a peruca, os óculos. Linda. Foi só o que a autora conseguiu pensar.

Ambas se encaravam de forma intensa, os olhares não se desgrudavam, castanho no avelã. Corações pareciam querer sair do peito das mulheres de tão rápido que batiam. A morena foi se aproximando da loira, ainda mantendo o olhar, a autora nem se mexia, parecia petrificada. Rachel ficou a centímetros do rosto da loira, encostou sua testa na dela, este pequeno toque fez os pelos delas se arrepiarem. Quinn fechou os olhos.

- Não se case! Por favor!

Quinn que desfrutava do calor da morena pareceu voltar à realidade depois do que ela falou. Afastou-se bruscamente, assustando-a. – Como... Como você tem a coragem de me pedir isso? Você nem deveria estar aqui! – A loira estava uma pilha de emoções, contudo estava sentindo a raiva dominando seu corpo. Quem Rachel pensava que era para lhe pedir isso, depois de tê-la abandonado.

Rachel não se deixou abalar pelas palavras da loira, veio de NY para falar com a autora, e mesmo que um nó estivesse se formando em sua garganta, iria continuar. - Aqui é onde eu deveria estar sim, para te impedir de fazer uma besteira dessas. Eu sei que você não o ama Quinn! Eu sei que eu errei quando te deixei, estava com medo do que os outros falariam, do que a imprensa podia fazer caso descobrisse nós duas, fui imatura. Foi a pior decisão de toda minha vida, pois descobri um pouco tarde que nada do que falassem me atingiria, não se você estivesse comigo. Por favor! Eu te amo! Eu disse a você que faria alguma coisa, porque não esperou?

- Porque eu to cansada de esperar por você Rachel. Cansada! Eu só me machuco. – Lágrimas começaram cair pelo rosto da loira, se recriminou por chorar – Você disse que tomaria atitude, mas só o que eu via eram noticias suas com ele, fotos românticas, essa era a sua providência? Sair espalhando fotos suas com Brody pela imprensa? – Falou em tom raivoso. - E por falar nele, onde o seu amado está? Com certeza a sua procura para mais uma foto romântica.

- Eu terminei com ele a alguns dias, não era com ele que eu queria estar, nunca foi. Aquelas fotos eram idéia dele, era tudo forçado, ele que contratava pessoas para tirarem fotos da gente. Eu nem sabia, só quando já estavam nas revistas ou jornais. – Disse em um tom totalmente desesperado.

- Chega Rachel! Isso não muda mais nada agora. Já é um pouco tarde para nós duas. Eu irei me casar.

- Você me ama! Não ele. – A morena perdia o controle, precisava convencer a loira a não se casar.

Quinn fechou os olhos e respirou fundo, ainda amava Rachel com toda sua força, contudo não acreditava mais nela a ponto de entregar seu coração novamente, este já possuía muitas cicatrizes por culpa da morena, o que ele precisava era de paz e um pouco de felicidade, e Thomas seria capaz de fazer isso. Ela não o amava da mesma forma que amava a pequena diva, na verdade sabia que jamais amaria alguém igual amava a morena, mas o enorme carinho que sentia por ele era o suficiente, sabia que ele podia curá-la aos poucos. E é disso que ela precisava.

- Quinn eu...

- Não Rachel. Vá embora. Já chega disso. Eu tomei uma decisão e vou cumpri-la.

Rachel viu a determinação nos olhos de Quinn, não havia mais jeito. Deixou cair as lagrimas que estava segurando. Mas antes de ir embora ela precisava de uma coisa, uma última vez. A loira estava parada perto da porta, viu a pequena vir em sua direção, pensou que ela falaria mais alguma coisa, no entanto surpreendeu-se quando se viu imprensada na parede pela morena.

- Mas o que...

Antes que Quinn pudesse continuar a falar, Rachel sussurrou em seu ouvido. – Não me negue um último beijo. Deixa eu sentir o gosto da sua boca só mais uma vez. Por favor, meu amor!

As pernas de Quinn amoleceram, seu corpo parecia estar levando choques. Era errado. Totalmente errado, Thomas não merecia. Mas ela também precisava desse último contato. Ela queria sentir a língua de Rachel em sua boca uma última vez. E ela sentiria. Seus braços tomaram vida e puxaram a morena para mais perto, como se quisesse fundi-la a si. Rostos colados, respirações misturadas. E Quinn não agüentou mais, quebrou o mínimo espaço que separava suas bocas.

E este contato fez fogos de artifícios explodirem dentro delas. Era tão bom sentir uma a outra depois de tanto tempo. O beijo foi se intensificando, a língua de Rachel invadiu a boca da loira, fazendo-a soltar um gemido. A morena passeava com sua língua em cada canto da boca de Quinn, levando-a a loucura. Rachel estava em êxtase, o beijo da loira parecia mais delicioso, sentir a língua dela com a sua era magnífico. Que saudade. Que delicioso. Era só o que conseguiam pensar.

O ritmo antes urgente estava diminuindo. Mas elas não queriam cortar o beijo, pois sabiam que quando acabasse seus caminhos seriam diferentes. Porém o ar se fazia necessário. Encerraram o beijo com pequenos selinhos e permaneceram de testas coladas e olhos fechados.

- Me desculpe por tudo. Por minha covardia. Por machucá-la. Meu coração está em pedaços, e a culpa é exclusivamente minha. Seja feliz Quinn. – Rachel falou entre lágrimas, afastou-se da autora, pegou a chave em seu bolso e abriu a porta. Antes de sair ouviu Quinn dizer. – Eu ainda te amo. Mas eu não posso. Eu... Eu não posso. Desculpe. – Falou de forma sofrida.

- Eu sei meu amor. Eu sei. Não se desculpe. Você não fez nada, eu que estraguei tudo... E eu também te amo. Muito! Adeus.

A porta foi fechada. Rachel havia partido. Ambas devastadas. Seus caminhos seriam outros, opostos, separados. Teriam que aprender a conviver com a ausência uma da outra definitivamente.

“Tanto para amar

Tanto para aprender

Mas eu não estarei lá para ensinar você”


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