Apos uma pequena eternidade abandono o banheiro, quando percebo que me encontrava sozinha no chalé, e o cansaço começa a me consumir, até que eu me permito cair em minha beliche a dormir um pouco, só que como sempre eu não poderia ter um sono normal, tranquilo, eu teria que ter um sonho.

Eu vejo uma ilha ao longe, parecia que estava voando e ia me aproximando da ilha aos poucos, percebo que não reconheço aquela ilha, nunca a tinha visto em nenhum livro, até que aproximo da ilha o bastante para ver um jardim, extremamente lindo, apos admitir a beleza estupenda te tal jardim, noto que há uma menina linda cuidando dele, ela tinha uma expressão intemporal, era dona de lindos cabelos caramelos trançados, resumindo a garota era dona de uma beleza que se comparava com a beleza de Afrodite (que ela não meu ouça falando isso), ela vestia uma túnica grega branca que lhe dava um ar de leveza, eu a observo cuidando de seu jardim por alguns minutos, é possível perceber que ela é uma pessoa gentil e bondosa pelo jeito com que cuida de seu jardim.

Quando derrepente ouço o som de uma concha e acordo assustada, estava na hora do jantar, mesmo sem nenhuma fome decido ir para o refeitório, antes de sair do chalé passo em frente de um espelho (mesmo não sendo filhos de afrodite, a gente mantém um espelhos no quarto, as vezes é bom olhar como está nossa aparência) e me arrependo, eu estava com os olhos fundos com olheiras, e vermelhos de tanto chorar, mesmo dormindo, o semblante de tristeza não me abandonou.

Sigo a caminho do jantar, é possível sentir vários olhares de apoio mandados para mim, e ver semblantes tristes, mesmo que não estivessem tão abaladas como eu, todo os campistas do acampamento, mesmo os que não tinham muito contato com Percy, ou até mesmo não o conheciam estavam sentindo a sua perda.

Quando chego ao refeitório, aquele grande pavilhão que nas horas de refeição antes era um local alegre, com conversas entre todos, agora estava um local silencioso, vazio, até mesmo o chalé de ares não exclamava barulho algum, mesmo percebendo que era o chalé que menos estava abalado com os últimos acontecimentos. Quando as pessoas percebem a minha chegada é possivel ouvir múrmurios.

–“Essa é a aquela garota, a única que voltou do labirinto?”- Dos novos campistas que sentavam na mesa de hermes.

Não sei como mas me controlo, sento em minha mesa, sou servida, vou até a fogueira que hoje continha pequenas chama, seu fogo era quase imperceptível, jogo mais da metade de minha comida e faço uma prece para um deus que nunca pensaria pedir.

–“Milady Afrodite, lhe dou essa oferenda e lhe peço que me de uma pequena dica, se Percy está vivo ou morto”!- Não sei por que recorri logo a ela, mas ela parecia ser o deus que tinha mais facilidade em mim ajudar, já que não tinha esperanças nenhuma de receber ajuda de minha mãe, depois da discussão que tivemos, ainda sentia uma amargura em saber que minha própria mãe almejava a morte de Percy.

Quando uma voz dentro de minha cabeça acaba me assustando.

–“A dica já lhe foi dada filha de atena”- Fala uma voz gentil e encantadora que tenho certeza que pertencia a Afrodite.

Como não estou com a minima vontade de comer, sento na companhia de meus irmãos e fico apenas brincando com a comida, e pensando no sonho que tive. Que especie de sonho era aquele?. Por que eu sonhei com aquela menina?. Quem era aquela menina?. E a maior questão de todas, será que tal sonho tem algo haver com o que me artomenta nas últimas horas, será que tal garota tem algo haver com o desaparecimento de Percy?. E ainda por cima o que afrodite quis dizer, qual sinal eu tive que Percy estaria vivo ou morto, será que sinal esse foi tal sonho estranho que tive com essa garota, mas eu nunca a tinha visto antes, qual seria a ligação entre ela e o sinal que afrodite diz ter me dado?

Ate que uma voz me tira de meus desvaneios.

–Você precisa comer Annabeth!!- Malcolm que estava sentado ao meu lado, me chama a atenção.

–Eu não consigo Malcolm, por mais que eu tente eu simplesmente não consigo- Respondo sem ao menos tirar os olhos da comida.

– Eu sei que está sendo dificil, está sendo dificil para todos, mas você precisa se alimentar, você está fraca, e ainda tem sua missão pra acabar, e se você acabar adoencendo a morte de Percy terá sido em vão.- Quando ele falo fico confusa, como assim a morte de Percy teria sido em vão?? O que Malcolm estava insinuando?? Percy morreu para que hefesto soubesse dos telquines.

–O que você quer insinuar Malcolm?- Pergunto com um olhar interrogativo, suas palavras me deixaram confusa.

–Ohh Annabeth!! Se você não percebeu o real motivo de Percy se sacrificar no Monte Santa Helena, não serei eu que irei lhe falar,você é tão esperta em alguns assuntos, mas em outros...-Fala Malcolm com uma cara meio maliciosa, o que eu não entendo.

Tais palavras me deixaram com um olhar interrogativo, por que Percy se sacrificaria na forja de hefesto se não fosse para os deuses soubessem uma informação tão impostante como aquela?? Será que eu passei tanto tempo com aquele cabeça de alga que peguei a sua lerdice?. Quando uma brisa maritima passa pelo pavilhão, esse cheiro de mar me faz sentir como se Percy estivesse ali do meu lado, era como se Poseidon quisesse aliviar um pouco a nossa dor.

– Ta bom Malcolm,eu não sei sobre o que você está falando, Percy se sacrificou para que os deuses soubessem que cronos está com uma nova arma..- Falo tais palavras, confirmando mais pra mim do que pra Malcolm.

–Se você prefere acreditar nisso não sou eu quem lhe questionarei. Mas agora come, que você está fraca, precisa se alimentar.- Fala Malcolm voltando-se para sua comida.

–Eu não consigo comer Malcolm! Quem sabe depois??- Falo me levantando e indo em direção a fogueira, já que não iria comer.

–“ Milady Afrodite, seja qual for o sinal que me mandaste, agradeço, mesmo não sabendo que sinal foi esse.”- Falo depositando o resto de comida que restava em meu prato, e sigo para o meu chalé, ainda teria a fogueira, mas eu não estava em animo nenhum de ir para a fogueira, mas antes de sair do pavilhão passo o meu olhar na mesa que pertence a casa Grande, e percebo que Quíron também não tocou em sua comida, e tinha um olhar distante. Volto minha atenção para o caminho de meu chalé.

– Annabeth!! Espera preciso falar com você!!- Fala uma voz doce, quando me viro vejo que é Silena, uma filha de Afrodite, só que não era mimada como a maioria de seus irmãos. Não deixo de me surpreender.

– Oi Si!!- Falo tentando forçar um sorriso, mas foi uma tentativo inválida, por que o máximo que consigo é mostrar meus dentes.

– Annie, não precisa fingir pra mim, eu sei que você está mal, que você precisa desabafar com alguém o que está acontecendo, você está mais triste do que todos os campistas, isso te um motivo, que você tá tentando esconder...-Interrompo antes que ela acabe de falar.

–Si, eu to confusa admito que preciso desabafar com alguém, então vamos pra um lugar mais reservado- Eu não sei por que estou concordando em desabafar, mas ela está certa eu preciso me abrir com alguem, e por que não uma filha de afrodite, ela melhor do que ninguem saberia me ajudar a descobrir o que estou sentindo, e o melhor ainda eu sei que poderia confiar nela.