Foi assim que tudo acabou. Ou melhor, foi assim que tudocomeçou. Mesmo que o certo fosse acabar.

Aquela era minha décima terceira – e última – regeneração. Eu sabia que quandoo tempo acabasse, eu simplesmente iria evaporar e perder aquele corpo. Edaquela vez seria pra valer. Era estranho, e talvez um pouco reconfortante,estar sozinho. Encostei as costas contra os controles da TARDIS, pelo menos eutinha a certeza de que minha velha caixa azul ficaria comigo até o fim. Nãodemorou pra que tudo acontecesse. Meu corpo – como posso explicar? – meu corpoentrou em combustão, sendo consumido por algo que os humanos poderiamidentificar como chamas, fogo ou qualquer coisa do tipo. Mas na verdade, eraapenas uma luz muito forte, que certamente cegaria o humano que olhassediretamente para ela. Aguardei o fim. Devo dizer que esperando ansiosamentepara saber o que haveria do outro lado, se é que existia mesmo alguma coisaapós a morte de alguémcomo eu. Mas pra minha surpresa (e espanto) eu aindapodia sentir meu corpo, e ele mudava. EU ESTAVA MUDANDO! REGENERANDO-ME! Só queaquilo era impossível. Eu só poderia regenerar meu corpo treze vezes, mas bem,ali eu estava indo pra minha décima quarta regeneração. Tudo ao meu redortransformou-se em luzes e eu apaguei.