Rose.. Uma Weasley? escrita por Gabs


Capítulo 14
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

Sei que falei que ia postar ontem, mas a internet passou o dia fora do ar... mas aqui está.
Desculpem a demora...
BJOS



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Faltava apenas dois dias para o julgamento de Scorpius Malfoy. Hermione Weasley Harry Potter e Ronald Weasley estavam reunidos na sala da primeira para discutirem a melhor forma de abordar o caso e a melhor forma de apresentar caso perante os jurados.

Hermione e Harry após muitas discursões tinham concorda em ajudar Ronald na esperança de que se o ajudasse ele poderia finalmente colocar uma pedra no assunto "Malfoy" e ele enfim conseguisse seguir em frente.

–Tudo está indo perfeitamente bem. Dessa vez duvido muito que o Malfoy consiga se livrar da prisão. Esse será um julgamento histórico será a primeira vez que um Malfoy irá pra o lugar que realmente aquela raça merece.

Ronald disse com um orgulho no rosto. Hermione teve que se segurar para não começar ali mesmo uma discursão com seu, até então, marido. Harry por sua vez ficou torcendo para que sua amiga não abrisse a boca e começasse uma briga, coisa que a família Weasley já estava cansada.

–Agora só falta saber quem será o louco que aceitou defender aquele bastardo. Meus contatos ainda não descobriram nada. Os seus conseguiram algo Harry?

–Nada. Eles escondem o defensor de Scorpius mais que nós escondemos a juíza caso.

–Eu acho que ele não conseguiu nenhum, não conheço ninguém que aceitaria defender um Malfoy, principalmente aqui em Londres. É basicamente um caso perdido. Ninguém sujaria seu nome desse jeito, sujaria?

–Se achar que é o certo a fazer, não duvido.

Hermione deixa escapar.

–Defender um Malfoy nunca, nunca, é o certo a ser feito. Harry tente ver se consegue alguma coisa com o Roy, o caso começou na Alemanha ele deve ter alguma informação, não?

–Posso até tentar, mas duvido que ele saiba de algo e mesmo que soubesse duvido que me ajude, não agora.

–Por quê? Pensei que as relações entre os dois ministérios tinham melhorado consideravelmente e que você e o Roy fossem amigos.

–Porque ele não ficou nada feliz em saber que mexemos os pauzinhos para trazer um julgamento de lá para cá. Além disso, Roy odeia que a justiça seja usada para meios vingativos, o que é exatamente o que ele acha que você está fazendo.

–Não é o único.

Hermione diz baixinho, tão baixo que.

Nenhuns dos dois chegaram a escuta-la.

–Não é nada disso Harry, o Malfoy é inglês e como tal deve ser julgado em sua terra.

–Não é só isso. Roy me contou que você chegou a ameaçar o ministro alemão por causa desse caso.

–Você fez o que Ronald?

Hermione gritou.

–Não foi nada demais, eu só falei que se ele não aceitasse que eu levasse o caso para cá eu entenderia que ele é contra os Weasley e que a relação entre a Alemanha e Inglaterra se desgastaria rapidamente quando essa noticia chegasse aos ouvidos do publico.

–E você acha que isso não é nada demais? Por Merlim! Isso foi um jogo baixo e sujo. E não tinha nada que você falar com o ministro quem cuida da transferência internacionais de casos é o próprio tribunal. O ministro não tem absolutamente nada haver.

–Eu sei, mas o cara do tribunal disse que eu não tinha argumentos suficientes para uma transferência desse calibre, então o jeito foi apelar. E como eu já disse não foi nada demais. Agora se me dão licença tenho uma reunião com o Klaus, ele estava fazendo um teste com os novos recrutas hoje. Harry tenta o Roy mais uma vez e me avisa se descobrir...

No meio da frase a secretario de Harry Potter entrou na sala.

–Desculpe atrapalha-los, mas é que o senhor –falou se dirigindo a Harry- me pediu para avisa-lo se alguém pedisse informação sobre o processo 62442SM.

–Alguma novidade Andreia?

–Agora pouco um homem veio buscar noticias e levou a papelada sobre o mesmo.

–Que papelada?

–A direcionada ao defensor legal do réu.

Hermione respondeu antes dela.

–Andreia eu quero o nome desse homem, na verdade quero toda informação que você possa conseguir dele.

Ronald falou.

–Sim senhor.

...

–Está aqui tudo que a sua secretario conseguiu descobrir sobre o tal advogado.

Ronald Weasley disse jogando uma pasta na mesa de Harry.

–Vejamos. Richard Heinz, trinta e dois anos, sócio da companhia de direito alemã G3. Tem dez anos exercendo advocacia, sendo que é sócio dessa companhia há seis anos. Ele tem uma margem de 78% de vitórias. Reconhecido por sua integridade e caráter. Não é casado, não tem filhos, nem namorada. Esse cara é muito bom.

–Eu sei... Mas não precisamos nos preocupar temos a Mione.

–Verdade.

–Eu estava pensando já temos o nome dele encontrar o hotel em que ele está hospedado vai ser fácil.

–Pensei que não devíamos nos preocupar.

–E não temos, só que esse cara parece ser sensato se conversássemos com ele antes do julgamento tenho certeza que ele desistiria.

–A Hermione não vai gostar saber disso.

–E quem se importa?

–Eu me importo como amigo, e você devia se preocupar como marido.

–Não foi isso que eu quis dizer.

Harry se levanta e entrega a pasta para Ronald.

–Eu vou para minha casa, aproveitar o tempo com minha esposa e com meus filhos. Você deveria fazer o mesmo. Chama o Hugo para jantar e faça uma surpresa para Hermione.

–Harry eu não preciso de ajuda para ser um bom marido.

–Tem mesmo certeza? Rony a Mione é como uma irmã para mim e você é meu melhor amigo, por isso vou te dizer uma coisa e espero que você preste muita atenção. Se você não der atenção para o seu casamento ele vai acabar.

–Eu sei depois que passar esse julgamento eu vou concentrar toda a minha atenção no meu casamento.

–Está bem, mas tome cuidado, talvez vocês não tenham tanto tempo assim.

–O que é isso agora Harry? Jogando praga no meu casamento?

–Rony, você sabe muito bem que eu sempre torci por vocês, mas as brigas de vocês...

–Nós sempre brigamos como cães e gatos.

–Pode até ser, mas sempre que vocês brigavam, ela... Bem digamos somente que ela não está agindo como sempre. E eu temo...

–Não precisa temer nada, ela me ama e eu a amo. E Pronto.

...

[...]

Richard estava debruçado sobre os papeis a sua frente.

–Rose, eu dei somente uma pequena olhada nisso aqui, mas acho que dificilmente vamos ganhar essa.

–Não acredito que estou ouvindo isso de Richard Heinz. Pensei que você fosse o cara que tem como dilema nunca desistir de um caso não importando o quão difícil ele for.

Rose retruca sorriso e entregando a ele um copo de café. Os dois passaram o dia discutindo sobre o caso, lendo as leis inglesas e tentando encontrar alguma brecha ou saída para Scorpius.

–É, mas meu dilema leva em conta que o defensor acredite na inocência do réu, porem eu não acho difícil acreditar que ele tenha feito. Se formos levar em conta o histórico familiar...

–Richard, eu acredito na inocência dele.

–Eu sei, e é somente por isso que peguei esse caso, mas é que você tem um coração puro Rose, sempre acredita no melhor das pessoas e eu fico me perguntando se ele não está usando esse teu coração para te convencer a ajudar ele.

–Posso ter até um coração puro como você mesmo disse, mas não sou uma idiota e não me deixo enganar pelos outros. Eu confio nele, plenamente. E se você confia em mim também vai confiar nele.

–Não vou muito com a cara dele.

–Não precisa ir com a cara dele, só com a minha.

–Rose, já pensou na possibilidade de só está fazendo isso porque tem uma parte sua que acha que ajudar um Malfoy é a melhor forma de se rebelar contra seus pais?

–Eu estou fazendo isso porque é o que acho o certo a ser feito. Não me importo com o que meus pais podem ou não deixar de pensar. Há muito tempo deixei de pensar nisso.

–Se você está dizendo... Mesmo assim esse caso vai ser difícil.

–Não me diga que isso é medo de sujar sua ficha brilhante.

–Um pouco... Mas não se preocupe eu nunca abandonaria um caso pelo meio. Principalmente se esse caso em questão é um favor para você.

Richard diz segurando as mãos de Rose sobre a mesa.

–Richard...

A ruiva diz encarando as mãos dele.

–Eu sei suas regras. Desculpe, foi um ato impulsivo. É que não é algo fácil para mim que você esteja aqui comigo, sou homem Rose, e você é... Incrível.

–Ri...

–Não precisa se preocupar, eu sei que eu não tenho a menor chance com você. Suas regras são mais importantes. Eu vou pegar esses papéis e passar o resto da noite e o dia amanha estudando.

–Você é incrível Richard, mas é meu chefe e não me envolveria com você por causa disso...

–Se esse for o caso eu posso te demitir.

Ele diz rindo.

–Você é como um amigo, um irmão mais velho para mim. Sinto muito.

–Não sinta muito. Poderia ser pior, você poderia me vê como um pai. Mas irmão tá legal.

–Sinto muito.

–Amanhã eu passo aqui, ou, talvez antes do julgamento eu der uma passada aqui.

Diz ele saindo pela porta.

Rose Weasley se sentou à mesa encarando a xicara de café relembrando a conversa para tentar adivinhar em que momento a conversa tinha indo para nos sentimentos que um tem pelo outro. Richard tinha saído magoado dali e a ultima coisa que ela queria era magoa-lo, ele era muito importante para ela tinha a ajudado em momentos de extrema crise e lhe dado uma oportunidade de emprego mesmo que os trabalhos anteriores não tenham sido tão bons.

Rose se sentia burra. Burra porque absolutamente todos sabiam que ele sentia algo a mais por ela e ela sempre se recusou a vê- o que agora ela percebia- estava na cara. Até mesmo Roy que nunca os tinha visto juntos sabia que ele sentia algo por ela.

Richard desceu as escadas batendo em sua própria cabeça, BURRO, BURRO, por diabos ele tinha falado tudo aquilo? Agora seu coração estava apertado, seu ego machucado e seu orgulho ferido.

Como foi estupido, ele sabia que Rose nunca sentiu nada mais que uma bela amizade – e que ela o considera um irmão mais velho- e mesmo assim ele tinha que ter pegado nas mãos dela. Ele tinha que não conseguir segurar a própria boca.

[...]

Na manhã seguinte Rose acordou com batidas na porta do seu apartamento, imaginando que era o Richard, ela colocou um roupão e correu para abrir a porta.

–Graças a Merlim que você veio porque eu acho que deveríamos conversar sobre ontem.

Quando abriu a porta Scorpius Malfoy a encarava com uma cara de indagação.

–Scorpius?

–Quem você imaginou que seria?

–Ninguém, senta aí eu vou colocar uma roupa.

–Por mim pode ficar assim.

–Mas por mim não.

...

–O que você quer Scorpius?

–Oi Rose, como vai? Bem? Eu também estou bem, obrigado por perguntar.

–Engraçadinho.

–Obrigado. É um dos meus inúmeros talentos.

–Você tem algum?

–Vários na verdade. Quem sabe um dia eu possa mostrar para você alguns.

Scorpius falou maliciosamente, bem perto do ouvido da ruiva.

–Veio aqui só para me “encher o saco”, né?

–Não –Scorpius falou com um olhar triste –encher sua paciência é só um bônus.

–O que aconteceu Scorpius?

–Eu acho melhor você sentar. E antes que eu comece, lembre-se você sempre pode pular fora do barco, eu não vou ligar. E mais uma coisa, eu vou estar aqui. Sempre.

[...]


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