Pov. Félix

Chego ao banheiro e me deparo com a menina desacordada nos braços de Niko, me abaixo e ajudo Carneirinho a leva-la para o quarto de Márcia.

–Criatura porque não me chamou-Soltei ajudando ele a pegar a menina.

–Tentei você não escutou Félix- Dizia Carneirinho colocando a menina na cama.

Márcia já estava lá com MaryJane em seu colo.

–Meu menininho, vocês precisam levar essa menina ao médico.

Enquanto Márcia falava a menina abria os olhos lentamente dizendo:

–Não precisa só estou um pouco cansada- A menina sussurrava e fechava os olhos novamente.

–Agora nós vamos te deixar descansar Luíza, mas amanhã você vai ir ao médico Criatura.

Pov. Maria Luíza

Qualquer pessoa pensaria em dormir o resto da tarde aproveitando o tempo nublado, já que os dois me permitiram, e foi o que eu estava prestes a fazer quando meu celular começou a tocar. Resmunguei e estiquei meu braço ao máximo para alcançá-lo no criado-mudo, mas não aconteceu. A distância era mínima, mas suficiente para eu não alcançar. O toque do celular me irritava cada vez mais e briguei comigo mesma por ter colocado um toque tão alto. Resolvi colocar o travesseiro em cima da cabeça e dormir. Não se passaram quinze segundos desde que o celular havia parado e ele começou a tocar de novo.

–O que você quer- Meu pai dizia do outro lado da linha.

–Eles irão descobrir tudo, querem me levar ao médico papai- Contei o que havia acontecido.

–Ai Meu Deus Garota, tenta adiar o máximo essa consulta o tanto para que o que planejamos aconteça-Ele gritava comigo do outro lado da linha.

–Vou tentar afinal Quem é tão firme que não possa ser seduzido?-
Shakespeare– Disse desligando o telefone e voltando a dormir, estava totalmente esgotada.

Mais Tarde

Caminhamos até a praça conversando, e sentamos em um banquinho. Sentia-me mal, mas é claro como Papai falou não poderei falar nada para os dois. Entramos no carro pegamos as crianças o César e voltamos para Angra, Adriana já estava nos esperando.

Estava um silêncio assustador no jantar fora do comum, acho que eles não tinham assunto nenhum. Sorri lembrando de meu Pai e de quando estávamos sem assunto, aquilo me parecia familiar.

Pov. Félix

Já estávamos em nosso quarto, O aquecedor estava ligado em sua máxima potência, mas eu ainda sentia os pelos da nuca se eriçarem por causa do frio. Era definitivamente um dia atípico ainda mais nessa época do ano.

–Félix meu amor! E o meu presente?- Murmurava o meu loiro tentando dormir, coberto até o pescoço.

–Criatura, calma eu devo ter Salgado a Santa Ceia, espera até ficar mais quente nessa cidade, o meu presente está literalmente na praia-Eu falava esperando ser escutado, enquanto me secava e colocava meu pijama quentinho, mas Carneirinho parecia estar muito cansado nem esperou eu acabar de falar e dormiu.

Pov. Narrador

Passava das 03h30min Luíza acordou um pouco desorientada, e rolou na cama, preguiçosamente bocejando levantou-se e se dirigiu a escada desceu sem fazer barulho encontrou Félix e Niko se amando loucamente àquelas horas da madrugada, não deixou ser vista e voltou para seu quarto.

Mais Tarde

Todos exceto Maria estavam na mesa tomando café, a menina desce as escadas bocejando, estava se habituando a rotina da casa, quando Niko fala:

– Bom Dia Malu! Hoje o Félix te levara ao médico querida-O loiro falava com um sorriso dócil no rosto.

–Ta Bom, mesmo eu achando que não precise Niko- A menina respondia sentando-se á mesa e pegando salada de frutas para comer.

–A Carneirinho, se a menina ta falando que não precisa, deixa eu te levar até o seu presente hoje, já que você está de folga do restaurante Criatura?-O moreno Dizia todo empolgado esperando a resposta de seu amado.

Luíza fechou sua boca e mordeu seu lábio inferior, levantou uma de suas mãos e acariciou o rosto de Carneirinho.

–Espero que goste do seu presente Niko!Se aceitar ir é claro.

O loiro beija a mão da menina e diz:

–Vocês me convenceram eu vou!-Respondia o loiro com um lindo sorriso em seu rosto.

Jayminho saia correndo em direção ao Pai e falou em seu ouvido:

–Papai vê se me conta o que é o seu presente depois ein!-O menino sussurrava.

–Claro meu filho o papai conta- o loiro sussurrava no ouvido do filho.

Adriana chegava ajudando Fabrício a caminhar todo desengonçado, e diz para Félix:

–Seu Félix Seu Félix!

–Fala Criatura é o apocalipse Fala logo!

–O seu filho tem uma coisa pra te dizer.

–O menininho da um sorriso banguela para o pai e diz-Papai Féinx coió!

O moreno derrama uma lágrima no canto do olho e pega o menino:

–Eu te amo minha Criaturinha!

–Vamos Carneirinho seu presente te espera meu amor!

–Vamos Félix eu to morrendo de curiosidade!