Coincidências do amor escrita por Dejiko


Capítulo 1
Oneshot


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, esta é minha primeira fic. Simples, mas espero que gostem!



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Kagura acordou e percebera como o dia amanhecera lindo: céu azul, poucas nuvens, o calor do verão... e o Yorozuya estava em silencio. Shinpachi passou a noite em frente a uma loja que vende CD’s, numa fila enorme, apenas para ser um dos primeiros a comprar o novo single da Otsu-chan. Ainda devia estar lá, imaginava ela. E Gintoki ainda estava dormindo, devido a uma forte ressaca. De alguma forma, sentia que aquele dia seria especial. Talvez, só talvez, contaria a ele como se sente. Afinal, desde que o conheceu, nunca ficaram um dia sequer sem se ver, nem que tudo acabasse em luta.

“Gin-chan com certeza passou a noite bebendo com o Mayora. Por que não admitem logo serem amigos?” Pensava Kagura. “Vou comer e andar por aí, quem sabe encontro algo para fazer”.

Quando abriu a geladeira, logo encontrou um grande problema: Não havia nada além de iogurte de morango vencido. Decidiu por fim comer fora. Talvez ir até a casa da Tae-chan e chama-la para ir junto, apenas para ter companhia, pois definitivamente não comeria nada que a amiga fizesse.

Saiu de casa alegre, balançando seu guarda-chuva, e passou em frente a uma loja de dangos. Estava observando a comida e ouviu dois barulhos que não queria ter ouvido: Sua barriga roncando e a voz de sádico chamado seu nome.

“Ei China Girl, saia da frente, não da pra entrar com você aí.” Era Okita Sougo, capitão da 1ª divisão do Shinsengumi.

“Calado Sádico, eu fico onde quero e quando quero, e nada do que você disser poderá mudar isso.” Respondeu ela, mostrando a língua e cruzando os braços, em sinal de protesto.

“Se você me deixar entrar te pago alguns dangos. E ande logo, estou com fome.” Antes que ele terminasse de falar, Kagura já estava sentada em uma mesa dentro da loja fazendo seu pedido. Sougo apenas deu um sorriso disfarçado e foi ao seu encontro.

Nada diferente acontecera: Terminaram de comer, discutiram, riram, discutiram, conversaram, discutiram mais e o café da manhã transformou-se em luta. A ruiva nem mesmo agradecera, dizendo que não só era a obrigação de Sougo, como este devia agradecê-la pela companhia. Eis o motivo da primeira briga do dia, que acabara em empate.

Algum tempo depois, Kagura andava distraída na rua, olhando as lojas, brincando com gatos de rua e cumprimentando velhinhos, até viu um par de óculos bem conhecidos andando em sua direção.

“Olá Kagura, o que faz por aqui? Bem, quem se importa, VEJA O QUE EU TENHO AQUI COMIGO! O NOVO SINGLE DA OTSU-CHAN!” Shinpachi gritava eufórico, e todos o olhavam.

“Ora, por que você não pode ser um megane virgem normal e andar sem chamar a atenção? Eca, não fique perto de mim! Socorro! Virgem a espreita!”

“Tem razão megane-kun, não anda perto de garotas chinesas, dizem que elas o fazem pagar sua comida e ainda saem sem agradecer! Imagine só!” O espadachim sádico aparecera entre os dois, de repente, e começara a falar. “Ei vejam, aqui tem uma! Rápido, escondam suas carteiras!”

Logo depois desviou, sem qualquer aviso de ataque, de um pontapé de Kagura, ao pular bem alto. Porém não demorou para a mesma o alcançar e atirar com seu guarda-chuva. Sougo fora atingindo de raspão por uma bala, mas não deixaria barato: retirou sua espada da bainha e foi com tudo pra cima da garota. “É tudo o que pode fazer, chinesa?” Provocava. A Yato, enfurecida, despencou um golpe com seu guarda-chuva, que foi segurado pela espada do combatente. Os dois trocaram golpes e xingamentos por um bom tempo, até que se cansaram e sentaram no chão, um de costas para o outro. Já longe, o samurai megane se perguntava por que sempre era esquecido.

“Até que você não é ruim, sádico inútil”.

“Digo o mesmo, China girl. Mas isto não acaba por aqui. Ainda desempatarei o placar”.

“Apenas tente meu caro, NINGUÉM VENCE A INCRÍVEL KAGURA-SAMA” o grito fez kagura tossir. O dia estava quente e seco, ruim para a garganta. “Ei sádico, me pague um sorvete”

“Por que acha que eu faria isso?”

“Por que você adora minha companhia”. Sougo não retrucou. Não negou, mas também não afirmou. Kagura esperava uma resposta para continuarem a discutir, mas tudo o que aconteceu foi ganhar um sorvete de chocolate. E sem reclamações.

Despediram-se com a promessa de logo desempatar o placar das duas ultimas brigas. Tinha andado apenas duas quadras, quando sentiu alguém puxar seu braço.

“Fala sério sádico, já quer apanhar de novo? Faz só dez minutos que quase acabei com você”.

“Calada, China Girl. Vim te convidar pra almoçar.”

Kagura não acreditou no que acabara de ouvir. “Como é? Ta me convidando? Tem certeza?”

“Você é muito reta, só estou tentando te fazer criar umas curvas. Uma hora você tem que deixar de ser uma tábua” Devido ao comentário, Sougo almoçara com um olho roxo. Almoçaram tranquilamente, porém desta vez, não discutiram. Kagura quebrou o assunto ao perceber uma coisa.

“Ei sádico, sabe o que eu reparei?”

“Que além de ser uma chinesa tábua, é tapada?”

“CALADO, IMBECIL! Reparei que nos vimos muitas vezes hoje. Na verdade, não só hoje, mas durante o dia sempre nos encontramos. E, se isso não acontece, você me procura pra brigarmos”. Sim, ela havia percebido. Ela sabia que ele fazia de tudo para vê-la. Ela sabia que ele não aguentava ficar muito tempo sem falar com ela. Ela sabia que se fosse embora pra longe, ele a seguiria, com qualquer desculpa imbecil. Mas será que ela sabia da coisa mais importante?

“Na verdade, tábua chinesa, quis o destino que nos encontrássemos para que eu possa treinar. Se não você, quem seria meu saco de pancadas? Hijikata é feito de maionese. Kondo é um gorila apenas. Yamazaki.... quebra muito fácil. Então, quem mais seria?” Não houve demora pra uma resposta por parte da Yato.

“Nossa, que simples. É só isso? Sou um saco de pancadas? Passamos tanto tempo juntos, e é isso que significo pra você?” Com lágrimas nos olhos, Kagura saiu correndo. Quem se importava com esse idiota? Quem ligava para o que um sádico inútil pensava? “Dane-se ele, dane-se o mundo!”

Sem saber por que, parou de correr ao chegar em um parque muito famíliar. Já estivera ali antes? Sim, sabia que sim. Sentia que sim. De repente, sentiu um par de braços agarrar sua cintura. A Yato nada fez... sabia quem era. E foi ao sentiu este abraço, que se lembrou do parque. Fora ali que o Yorozuya e o shinsegumi tiveram sua primeira batalha, na época em que as cerejeiras florescem. De todos os lugares, justo ali ela fora parar. Justo no lugar em que o conhecera...

“Chinesa estúpida e tapada, por que correu? Sabe que não gosto de fazer esforço”.

“Então não devia ter se esforçado a vir aqui” Ao soltar-se dos braços de Sougo, Kagura, virou-se de frente pra ele com uma expressão irritada. “NÃO DEVIA TER ME PROCURADO”

“ACONTECE QUE EU NÃO TE PROCURO, YATO IDIOTA! SEMPRE SEI ONDE VOCÊ ESTÁ! SEMPRE SEI ONDE TE ENCONTRAR! SEI TUDO SOBRE VOCÊ! Não adianta fugir de mim, china girl... simplesmente sou guiado até você. Sempre”

O que estava acontecendo? Uma declaração? Não, não, não, não, sádicos não fazer declarações.

“Do que está falando?” Perguntou. Não fazia sentindo. Ela o amava, e não o contrário... certo?

“Você não entendeu? Eu te amo. Amo nossas brigas, nossas lutas... amo poder ser quem sou e saber que você me aceita. Amo te ver irritada. Amo te ver surpresa quando faço algo inesperado... Amo você” Sougo nada fez. Ficou ali, parado, apenas olhando Kagura com uma expressão de espanto. “E eu sei que você sente o mesmo”. Agora ele a irritara. A expressão dele era de puro sadismo: apenas falara para provoca—la.

“SÁDICO ESTUPIDO, NÃO PENSE QUE SABE DAS COISAS! VOCÊ NÃO SABE DE NADA!”

“É MESMO, TÁBUA CHINESA? EXPLIQUE PARA QUE EU POSSA ENTENDE-LA!”

“EU SEI QUE SÓ ESTÁ ME PROVOCANDO! SEI QUE ESTA DEBOCHANDO DE MIM! EU TE ODEIO, ESTUPIDO! ODEIO TANTO QUANTO TE AMO!” Kagura, ao perceber o que acabara de falar, ficou completamente vermelha. Abaixando o rosto e o tampando com as mãos, tentava esconder a vergonha. Não acreditava que tinha se declarado! É, ela havia caído na armadilha dele.

“Ei, china girl... eu amo você também. Não estava debochando, só... queria te ouvir falar.”

“É... você conseguiu. AGORA TERÁ QUE PAGAR POR FAZER A GRANDE KAGURA-SAMA SENTIR VERGONHAR E FALAR COISAS QUE NÃO QUERIA!”

“POIS VENHA, VOU TE MOSTRAR QUEM É O MELHOR!”

E voltaram a lutar. O relacionamento de amor e ódio dos dois não mudou muito: brigavam sempre, mas nunca, em nenhum momento, um deixaria de amar o outro.


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