Félix & Niko - Dias Inesquecíveis escrita por Paula Freitas


Capítulo 48
Samba Lusitano - parte 6


Notas iniciais do capítulo

continuando...
Este capítulo contém a letra da canção "Esse Amor Que Pintaste" do grupo português Anjos.



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Eu nem tinha palavras para definir a felicidade que estava sentindo naquele momento. Abracei o Félix e não queria soltar nunca mais!

– Nós... Nós vamos mesmo para Portugal, Félix?

– Vamos, criatura! Está achando que estou brincando?

– Não, não... Ah, meu amor, adorei a ideia! Adorei!

– Eu sei...

...

Estou vendo o quanto você gostou, Niko! Abraçou-me e não quer me soltar mais! Sinceramente... Eu ficaria horas assim... Mas, já está amanhecendo, daqui a pouco começa a chegar gente na praia e estamos quase sem roupa aqui... Temos que voltar. Além de que, pouco importa onde estamos ou como... Esse carneirinho é meu para a vida inteira! Se me aguentou por quatro anos, que venham mais quatro vezes quatro e muito mais além... Até o fim... E que seja infinito... E, se houver reencontro de almas após a morte... Nem a morte há de nos separar!

Mas, temos mesmo que voltar para dentro de casa. Acho que a gente nem está mais sentindo o quanto estamos cansados!

– Vamos, carneirinho? Eu preciso tomar um banho urgente! Tenho areia em todas as reentrâncias!

Ele sempre se acaba de rir com as coisas que eu falo. Ah, como me faz bem fazê-lo feliz!

...

Esse Félix... Sempre me faz rir... E como me faz bem! Seu humor me contagia!

Mas, é verdade, precisamos mesmo de um banho urgente! Mesmo que mergulhemos no mar, não vai adiantar muito. Estávamos precisando de uma boa ducha com água morna e... Muita espuma...

– Vamos Félix! – Ajudei-o a levantar e voltamos abraçados pra casa.

Jogamos um pouco de água com a mangueira do jardim nos pés para não entrarmos sujando tudo. Félix brincou tentando me molhar...

...

Joguei a mangueira do jardim para o lado do Niko, tentando dar-lhe um banho ali mesmo. Era engraçado vê-lo fugindo de mim.

– Para, para Félix! Não faz barulho! Vai acordar todo mundo!

Eu o respondi tão baixo quanto sua voz.

– Tá bom, carneirinho! Mas, lá em cima você vai esfregar minhas costas!

Ele já sabia que eu pediria...

– Não me diga! Eu já sabia que você ia pedir! – Não disse?!

Entramos na ponta dos pés. Subimos ligeiro para nosso quarto e fomos logo jogando aquelas roupas no cesto de roupas sujas e correndo para o chuveiro.

...

No chuveiro, eu me imaginava com o Félix em Portugal, vendo as paisagens típicas europeias, os castelos, o povo, nós dois bebendo o melhor vinho...

Cantarolava uma canção, de costas para ele, quando senti aqueles dedos compridos em meus cabelos... Seu corpo mais perto... Sua voz ao meu ouvido...

– O que meu carneirinho está cantarolando aí, hein?!

Sorri e virei para ele. Ah, como esse homem consegue ser tão sensual hein?!

– Eu estava aqui pensando na nossa viagem, Félix!

E também pensando em como tive sorte! Ter uma vida assim, proporcionada pelo melhor marido que eu poderia ter... Um homem bonito, elegante, charmoso, bom em tantos aspectos... Ai, eu fui mesmo muito abençoado!

– Hum... Já está fazendo planos é, carneirinho? Por que eu estou...

– Está? Quais?

– Não são bem planos, mas estou torcendo para ficarmos num hotel que tenha uma suíte enorme e no banheiro tenha um Box maior que esse nosso! Desses que ficam completamente embaçados com o vapor da água...

– E por que isso? – Eu já estava imaginando...

– Primeiro, porque eu acho um luxo! Segundo, porque eu acho sexy! Terceiro, porque se não tiver um desses, eu vou acabar te levando para uma sauna! É uma fantasia que tenho, pronto, falei!

Que podia fazer a não ser rir? Eu também acharia muito sexy ver a silhueta do Félix através do vidro embaçado do box... Claro que depois eu não resistiria e entraria debaixo do chuveiro com ele como estamos agora! E numa sauna então...

Ele voltou a enrolar os dedos em meus cabelos... Ele tem essa mania...

– Para Félix! Quer deixar meu cabelo mais cacheado do que já é?!

...

Não carneirinho... É que perto de você eu me sinto tão leve, tão livre, que às vezes me pego agindo feito um menino... Eu gosto disso... De ser meio crianção, às vezes...

– Eu gosto de brincar com seus cachinhos... – Respondi sorrindo e ele fez aquela carinha de quem ia me chamar de bobo. Falei antes que ele falasse. – Não me chama de bobo não, tá! Me diz, qual era a canção que você estava cantarolando agorinha, eu não consegui identificar!

– Ah, você não deve conhecer, mas, eu gosto de conhecer a cultura de outros países né?! Um dia eu ouvi uma música portuguesa e me lembrei dela agora, já que nós vamos para lá... E eu acho que tem a ver com a gente!

O Niko canta bem... Gosto de ouvi-lo... Ainda mais assim tão de pertinho...

Desliguei o chuveiro para ouvi-lo e pedi:

– Canta pra mim!

Ele sorriu meio envergonhado... Não sei por quê! Ai, esse meu carneirinho lindo! Como ele consegue ser tão sexy e tão angelical ao mesmo tempo?! É um deus grego! Só pode! Quando ele começou a cantar como que lembrando a letra da canção, pronto! Eu comprovei que ele é mesmo um ser fantástico... Que tem o dom de me fascinar!

...

Fiquei meio sem jeito, mas o Félix pediu tão bonitinho para eu cantar para ele que eu não resisti! Comecei a lembrar de alguns trechos da música... Comecei mais parecendo que estava recitando, mas depois fui lembrando o ritmo...

– Não sei se o mundo mudou só por te ter...

Talvez seja a noite o sol que se acendeu aqui...

Contigo aprendi a ver mais alto a ser maior...

Descobrimos tudo o que o amor guardou...

...

Assim que ele começou achei meio esquisito, mas depois ele foi pegando o ritmo... A voz um pouco rouca e afinada... Eu ia me derretendo a cada palavra que ele dizia... Cada nota que cantava...

– Só tu consegues ter o meu olhar

Escrito nos sonhos abraçado ao mar...

Rasgar no vento que é meu

A saltar o céu e no céu sonhar.

Como combinava com a gente! Ele continuou. E eu só ficava cada vez mais enfeitiçado...

– Só tu desenhas o meu coração – Nessa hora ele passou os dedos e desenhou um coração em meu peito.

Esquecendo o medo espalhado no chão

Inventas no céu a cor para esse amor que pintaste.

...

Eu continuei cantando e ele me encarando, sorrindo... Cada palavra era um pedaço de verdade... Pra mim e pra ele...

– Não sei se tudo o que sou é por ti...

Talvez tenhas feito em mim o que ninguém mais fez.

Contigo cresci acordei estrelas pra lá do calor

Descobrimos como adormecer a dor.

Parei... E ele não parava de me olhar...

...

Eu não conseguia parar de olhá-lo. Só fechei os olhos quando nossas bocas se abriram e se encontraram num beijo...

Um beijo para fechar com chave de ouro aquela noite, em pleno amanhecer.

...

Fomos para a cama...

Puxei o forro e as pétalas voaram... O chão ficou coberto por elas...

Caímos exaustos na cama e dormimos num instante, abraçados... De conchinha como eu gosto... Apenas os corpos se tocando... Pele e pele... Sem cobertores... Sem nada...

Cheguei a sonhar com nós dois em Portugal...

Logo esse meu sonho também se tornará realidade... Como todos os sonhos depois do Félix... Deveras, ele é o meu maior sonho, minha melhor realização, por que através dele meus outros grandes sonhos se tornaram realidade!

...

Agarrei-o e puxei-o para mais perto de mim para dormimos de conchinha... Eu sei que ele gosta... Eu também. E assim, sem cobertores, só nossos corpos juntinhos, era muito melhor!

Eu sabia que não dormiríamos por muito tempo. Em poucas horas nossos filhos iam acordar, ir para a escola, tínhamos que levantar também... Mas, tudo bem! Teríamos muito tempo para descansar na viagem... Quer dizer... Assim, espero! Porque sei muito bem que esse meu carneirinho vai querer visitar cada canto de Portugal... Que seja! Com ele ao meu lado eu tenho toda a energia do mundo!

...

Três horas depois...

Acordei com o alarme do celular que sempre deixo ativo. Ainda estava com muito sono, mas já era hora de levantarmos. Os meninos iam para a escola e eu tinha que dar uma passada no restaurante, ainda mais agora que íamos viajar em breve. Eu tinha que deixar tudo preparado para os dias que passaria fora.

Levantei o braço do Félix que estava em volta da minha cintura e saí da cama. Fiquei com pena de chamá-lo. Ele dormia tão profundamente, não ouviu nem o alarme... Lembrei também da bagunça que estava naquele quarto... Ai ai, acho que vamos ter que adiantar a vinda da diarista que vem no meio da semana... Nós não vamos dar conta de limpar tudo isso não, pelo menos não agora... Eu também ficaria dormindo mais um pouquinho se pudesse...

Estava me vestindo para descer quando, desastrado, tropecei numa das velas que estavam no chão e derrubei a tigela de morangos. Ainda bem que havíamos acabado com os morangos. Félix acordou com o barulho.

– Que foi isso, Niko?

Ai, tadinho... Não queria acordá-lo... Sentei na cama e lhe fiz um cafuné...

– Ai Félix, desculpa amor, não queria te acordar...

...

Até já sei o que houve... Esse desastrado... Deve ter saído tropeçando em tudo...

Ah, como eu ainda estou com sono!

– Ah carneirinho... Sem problema! Que horas são, hein?

– Já são quase sete da manhã!

Ah... Nós não dormimos nem três horas! Por isso que ainda estou com tanto sono...

– Hum... A gente precisa mesmo levantar agora?

...

Entendi o tom de protesto dele...

– Ah, meu amor, a gente podia ir tomar café da manhã com os garotos antes de eles irem pra escola, depois você descansa mais um pouquinho!

– Eu descanso mais um pouquinho? E você?! Bastou essas horinhas de sono para recuperar as energias?

Você que pensa, Félix! Eu estou morto... Mas tenho o que fazer, né?!

– Não Félix, por mim eu dormiria mais, mas temos que ver os meninos e eu tenho que ir ao restaurante depois pra ver se está tudo bem para viajarmos...

...

Ai, como fala esse carneirinho... Tinha que calar a boca dele...

...

Surpreendi-me quando Félix me calou repentinamente. Levantou o corpo da cama, ficando sentado ao meu lado e me puxou para um beijo que me fez perder as palavras e o fôlego.

Eu adorei!

...

Eu sei que ele gostou do meu beijo repentino. Ficou tão surpreso de início que nem se mexeu, mas depois entramos em sincronia...

– Gostou?

– Claro!

– Só não passa a mão em mim, porque eu ainda tô sem roupa e não resisto a você!

Brinquei, mas é verdade...

...

Ele brincou, mas acho que é verdade... Eu ri. Bom, é melhor mesmo nós nos darmos um descanso... Talvez eu vá só mais tarde para o restaurante.

Terminei de me vestir e ele se vestiu também. Lavamos o rosto, mas descemos ainda com a maior cara de sono.

Nossos filhos já estavam começando o café que Adriana havia preparado. Por falar nisso, eu tinha que agradecê-la por ter cuidado deles essa noite e ainda agora pela manhã. E mais ainda, porque ela teria que ficar com eles durante os dias em que Félix e eu estaríamos viajando.

– Bom dia, meus filhotes!

Dei um beijinho de bom dia em cada um e depois fui cumprimentar Adriana com um abraço.

– Adriana, meu doce, muito obrigado! Vem cá, quero te dar um abraço!

– Imagina, seu Niko, precisa agradecer não, é meu trabalho, ora!

– É, é sim, e você é uma ótima babá, super de confiança, você sabe que a gente gosta muito de você, né?!

Eu estava preparando o terreno, mas acho que ficou muito óbvio...

– Sei sim, seu Niko... Quer pedir mais alguma coisa?

Félix se aproximou de nós... É... Realmente ficou óbvio o que eu ia pedir, até Félix já tinha notado e falou na minha frente...

...

Eu devo ter feito cachinhos na peruca de Cleópatra para ter um marido tão enrolado... É melhor darmos logo a notícia pra todo mundo!

– Queremos pedir mais uma coisinha sim, Adriana! Olha só, em breve nós vamos precisar que você cuide dos nossos filhos integralmente durante alguns dias, porque o carneirinho e eu vamos fazer uma viagem...

– Uma viagem? Vocês vão viajar? – Jayme ouviu e me interrompeu.

Niko e eu viramos para ele e Fabrício na mesa. Eles estavam esperando nossa resposta. Fomos para a mesa com eles e começamos a contar então para todos de uma só vez e explicar...

– Sim, Jayme, nós vamos viajar...

– Pra onde?

– Portugal!

Jayme se surpreendeu por um instante, mas acabou exclamando:

– Que legal! E a gente vai também?

Eu olhei de novo para o carneirinho e tratei logo de explicar, senão o carneirinho, do jeito que é coração mole ia acabar dizendo que os meninos iam também...

– Não, filho, dessa vez vamos só seu pai e eu, porque nós estamos comemorando nosso aniversário de casamento, mas, na próxima viagem internacional que fizermos vocês vão junto!

...

Oh, a carinha do Jayme perguntando se eles iam quase me amoleceu o coração... Se o Félix não tivesse explicado logo acho que eu teria acabado dando um jeitinho de nossos filhos irem conosco. Mas, ele tem razão, e explicou muito bem também... Essa viagem é para nós dois, na próxima nós planejamos um roteiro bem legal para os meninos também.

– Então, vocês entendem não é? É como o pai de vocês disse, dessa vez a viagem é só para nós dois, mas na próxima vez vamos planejar uma viagem para algum lugar que vocês tem vontade de conhecer, que tal?!

Até que eles aceitaram bem! Ah, esse meus bebês são o máximo!

– Tá, mas da próxima vez a gente podia ir à Disney!

...

Jayme foi dar essa ideia e Fabrício ficou logo animadinho... Igual ao carneirinho quando fica agitado com alguma coisa!

– Eu quero! Quero ver o Pato Donald, o Pateta, o Mickey e o Tio Patinhas!

Ai ai... Imaginei essa criaturinha nos dando um trabalho na Disney... Acho que o carneirinho notou que eu coloquei a mão na testa enquanto nosso filho falava.

– Ai... Eu também quero conhecer o Tio Patinhas, Fabrício! Vou pedir dicas de finanças para ele!

Niko já estava rindo.

– Ai Félix... Não seja bobo! O Fabrício não entendeu o que você quis dizer!

– Nem você, aposto!

...

Já vai começar...

– Tá me chamando de burro?

– Claro que não... E bobo é você! Eu só vou precisar mesmo falar com o contador para ver nosso orçamento para tantas viagens...

Lá vem ele com desculpas...

– Ah Félix... Um dia na Disney é barato hoje em dia, e podemos fazer o plano com a agência de viagem para já irmos mês que vem, no dia das crianças, o que você acha?!

Olha só... Jayme foi logo respondendo e me surpreendendo...

– Dia das crianças é só para o Fabrício, eu não sou mais criança!

– Que história é essa, moço? Ora, você só tem treze anos, é criança sim!

Aí vem o Félix “ajudar”...

– Hum... Carneirinho, estatisticamente ele já é um adolescente!

– Estatisticamente? Que história é essa de estatisticamente?

– Sim... Ué, nas estatísticas de qualquer coisa, uma criatura de treze anos já entra como adolescente, não mais como criança! É sério...

...

Estava falando, mas vi a cara séria com que o Niko estava me encarando...

– É... Eu me calo! Mas, é a verdade...

...

Pior que eu sei que é verdade... Ah! Mas, acho que estou tendo um pouco de dificuldade para aceitar que meus filhos estão crescendo tão rápido...

– Tá bom... Eu sei que o Jayme já é um adolescente... – Virei para ele. – Eu sei, meu filho, que você já acha que algumas coisas são muito de criancinha, mas, só vou te pedir uma coisa... – Falei sério para ele. – Não queira crescer antes da hora! Não tem problema algum se ainda te dermos um presentinho no dia das crianças... É tão bom ser criança... E a gente tem a vida inteira pra ser adulto! Aproveita tá?! Cada coisa ao seu tempo... – Sorri quando percebi que ele estava compreendendo. – E eu e seu pai sempre vamos ver você e seu irmão como nossos menininhos!

– Tá, pai! – Ele me abraçou. Adoro sentir esses abraços e sentir que meus filhos estão crescendo bem.

...

Fiquei ouvindo, achando lindo o que o carneirinho estava falando com o Jayme. O Niko às vezes parece tão sábio.

Até me emocionei um pouco... Queria que meu pai tivesse conversado comigo assim! Enfim... Como o Niko diz, whatever, o que passou, passou, e o passado fica no passado... Bola pra frente!

Levantei da cadeira e os abracei também todos juntos. Até puxei a cadeira que o Fabrício estava para darmos um abraço coletivo... Os quatro...

Um abraço na minha família! Minha família que eu amo tanto!

Depois do abraço, o Jayme levantou para ir a escola e fechou com o comentário:

– Ah, e não tem problema não se vocês comprarem alguma coisa para mim no dia das crianças ou nessa viagem que vocês vão fazer... Eu sempre vou gostar de ganhar presentes! Tchau!

Nós rimos e ele saiu. Que danado...

– Vê se pode... Pior que ele tá certo, né Niko?! Ganhar presente é bom em qualquer idade!

– Isso é uma indireta, Félix?

Soou como uma indireta?!

– Eu, com indiretas, carneirinho? Imagina...

...

– É Félix... Porque eu pensaria uma coisa dessas de você?! Logo você, com indiretas?! Como eu pude?!

Fui sarcástico!

– Ah ah... Um carneirinho quando quer ser engraçadinho sabe como né?! Chega de papo, tá na hora do Fabrício ir pra escola também! Você vai levar?

Bem que eu queria, ainda mais porque agora o Jayme está numa fase de querer ir sozinho, só porque vai encontrando alguns colegas pelo caminho... Mas eu ainda estava tão cansado...

– Ai Félix, leva você?!

Vi logo que o Félix fez uma carinha de preguiça pra mim... Já sei...

– Adriana, querida, sobrou pra você! Leva o Fabrício, por favor?!

Adriana veio rindo, já tinha percebido que o Félix e eu estávamos acabados!

– Levo sim, seu Niko!

– Ah, muito obrigado! Olha, depois que você deixá-lo na escola pode ir pra sua casa descansar! Tira o resto do dia porque você vai passar pelo menos uns cinco dias aqui direto por causa da nossa viagem, viu?!

– Tá, seu Niko, seu Félix, até amanhã!

Nos despedimos de Adriana e de Fabrício.

...

Depois que eles foram e que acabamos o café tudo que eu queria era voltar pra cama. Ainda tinha umas três horas de sono para descontar... Se bem que o carneirinho ia dormir mais um pouco também, e, sinceramente, ficar sozinho em casa com ele meio que me desperta! E esse carneirinho tem um fogo... Mas, não sei se aguento agora se ele vier me agarrar... Esse carneirinho de vez em quando parece mais um polvo cheio de tentáculos mesmo como ele dizia! Acho que dessa vez vou dar uma escapadinha desse polvo... Já sei! Vou ficar no escritório! Invento alguma desculpa...

...

Depois que eles foram e que acabamos o café tudo que eu queria era voltar pra cama. Mas, eu só queria dormir mesmo... Mas, o Félix estava me olhando com uma cara... Sei não... Acho que ele já está bem mais desperto que eu! Ai, eu adoro quando ficamos sozinhos em casa, mas, eu não consigo mexer mais nem um músculo... Mas, o Félix é todo fogoso... Acho que dessa vez vou dar uma escapadinha dele! Mas onde? Já sei... Vou dizer que quero fazer uma pesquisa no computador e ficar no escritório. Assim, eu descanso mais um tempinho para poder ir mais tarde ao restaurante!

...

Niko e eu saímos andando ao mesmo tempo, na mesma direção... Pra onde ele está indo?

...

O Félix tá me seguindo ou o quê?! Nós dois estamos indo na mesma direção...

...

Chegamos ao mesmo tempo na porta o escritório. Eu que trabalho aqui! O quê que o Niko quer? Será que ele ainda quer o que eu estou pensando?!

...

Quando eu peguei na maçaneta da porta do escritório o Félix pegou ao mesmo tempo. Mas o quê que ele quer? Será que é o que estou pensando? E eu que pensei que ele estava cansado...

...

– Oh, carneirinho... Vai pra onde hein?!

– Eu? Pra onde você vai?

– Eu vou ao escritório, vou... Vou ver se ficou tudo certo para a viagem!

– Ah é?!

– É! E você, porque estava indo ao escritório?

– Eu... Eu ia ver isso também!

– Sério?!

– É... Ai, não, Félix! Eu, na verdade... Eu queria descansar no escritório, pronto, falei!

– Queria... Por quê?

– Porque sempre que ficamos sozinhos em casa e vamos para o quarto... Bem, você sabe...

Eu tinha que rir depois de uma dessa!

– Ai... Carneirinho, eu também queria ir ao escritório só para ficar longe de você!

– Longe de mim?

– Fugir do seu bote!

...

Não acredito que ele disse isso! E não acredito que nós dois estávamos com o mesmo pensamento!

– Eu não dou bote, Félix!

– Ah, criatura... Estamos casados há quatro anos, conheço muito bem seus botes!

Como é cínico... Mas, adorável!

– Quer saber? Vamos descansar no quarto mesmo! E eu disse descansar, apenas! Ok?!

– Ok!

Subimos para o quarto. Estava bagunçado. Só fizemos cair na cama e no sono, de novo! Claro que eu puxei Félix para dormimos de conchinha de novo... Adoro isso!

...


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Notas finais do capítulo

CONTINUA



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