POV Stefan

Eu ainda não havia conseguido raciocinar direito, continuava apenas sentado no chão abraçado ao corpo já sem vida de Katherine, eu fui um idiota eu deveria ter fugido, eu deveria ter cuidado melhor dela, passei a mão em seu rosto e lhe dei um beijo nos lábios.

– Me perdoa Kath, me perdoa meu amor, eu te amo Katherine, você é a mulher da minha vida, você é meu amor épico. Continue falando como se ela estivesse ali comigo.

– Stefan a culpa não foi sua, vem aqui. Disse Damon segurando em meu braço para eu me levantar, me esquivei dele na mesma hora.

– Ela estava sentindo que ia acontecer algo e eu não dei ouvidos, eu a perdi Damon, eu perdi o meu amor. Damon se ajoelhou e ficou de frente comigo.

– Vai ficar tudo bem irmão, eu estou aqui com você, vamos dar um enterro digno para ela, agora vem comigo.

– Eu tenho que deixar ela no nosso quarto, quem sabe tem algum jeito de trazer ela de volta.

– Stefan temos que enterra lá. Me levantei e Damon pegou Katherine no colo. – Vou leva lá para o jazigo dos Salvatore por enquanto tudo bem?

– Tudo. Balbuciei, Damon então saiu.

– Stefan sinto muito. Caroline correu e me abraçou, logo depois Elena veio e me abraçou também, me virei e lá estava também o corpo de Markos, esse maldito havia matado a mulher que mais amei na vida, minha vontade era de sair matando todos os viajantes que existissem, tinha vontade de estripar cada um deles.

– Cadê a Esther?

– Ela fugiu, aquela maldita. Disse Klaus. – Mais deixou um presentinho. Disse pegando o corpo desmaiado de Tyler. – Agora ele vai aprender a não se meter com a minha filha. Klaus saiu então arrastando Tyler para o porão, com Caroline e Matt em seu encalço.

Me sentei de frente para a lareira, eu não sabia o que fazer agora, senti alguém se sentando ao meu lado e me abraçando forte, não precisava me virar para saber que era Elena, então só deixei que ela me confortasse enquanto as lagrimas caiam, eu também já estava morto, sem Katherine ao meu lado nada mais fazia sentido.

POV Matt

Klaus havia descido para o porão dos Salvatore, carregando o corpo de Tyler, eu e Caroline estávamos seguindo ele, ele havia amarrado Tyler com algumas algemas que ele encharcou dentro de um balde de verbena.

– Acho melhor saírem daqui, as coisas vão ficar feias.

– Klaus, por favor deixa eu falar com ele. Caroline pediu enquanto Klaus continuava a jogar varias estacas dentro de um balde cheio de verbena.

– Desculpe Love, mais tenho alguns acertos com o Lockwood.

– Mais eu realmente preciso falar com ele Klaus. Eu disse, só então eles se deram conta de que eu estava ali. – Eu preciso acertar algumas coisas com ele. Klaus olhou para Tyler e para mim e saiu arrastando Caroline de lá. Me sentei em uma cadeira e fiquei esperando Tyler acordar, o que não demorou muito.

– Oi Tyler. Disse enquanto ele ainda assimilava o que havia acontecido.

– Aquela menina é uma desgraçada.

– Não fala assim da Hazel ela é apenas uma criança Tyler, o que aconteceu com você?

– O que aconteceu? O que aconteceu comigo? Você é tão ridículo, o que aconteceu foi o Klaus, o Klaus aconteceu na minha vida, ele me destruiu Matt, ele me transformou em hibrido, me fez de escravo, matou a minha mãe e dormiu com a única mulher que eu amei na vida. Eu sumi por dez anos Matt e nenhum de vocês pensou em me procurar, ninguém se importou comigo, nem você que se dizia meu amigo se importou.

– Tá certo, eu sei o que o Klaus fez, sim é culpa dele ter te transformado, ter te usado e matado a sua mãe, mais foi sua escolha deixar a Caroline, se não tivesse terminado com ela, Klaus nunca teria dormido com ela, foi escolha sua deixar Mystic Falls, talvez sim devêssemos ter te procurado, mais você saiu daqui tão obstinado a ter sua vingança, eu pensei até que estivesse morto, posso ter errado nisso, não sabe o quanto fiquei feliz quando te vi, pra logo em seguida você me matar, eu gostava de ser humano, não ligava de ser o Matt indefeso, de ser amigos de seres sobrenaturais, mais você me matou, você escolheu me matar, você escolheu se aliar a Esther para acabar com a vida de todos nos, então conviva com suas escolhas e não se faça de coitado Tyler, pois todos aqui já perderam alguém.

Tyler continuava a me encarar, pensei que talvez ele tivesse recobrado a consciência, ligado a humanidade, mais logo em seguida ele abriu um sorriso e começou a rir de mim.

– Você é muito babaca Matt, o quão ridículo você pode ser, você passou a vida inteira sendo uma bolsa de sangue pra todo mundo, a única vez que teve uma aventura divertida foi quando saiu em uma viagem com a promiscua da original, deixa de ser patético, não ligo para o que você acha de mim.

– Você não é mais o meu amigo, o meu amigo morreu á dez anos. Eu então abri a porta e sai encontrei com Caroline e Klaus lá fora discutindo. – Ele é todo seu.

POV Bonnie

Á alguns anos atrás se me falassem que minha vida seria assim eu simplesmente iria cair na gargalhada, mais hoje isso já parece tão comum, viver no meio disso tudo, ser parte disso, acho que de todos eu sou a que menos queria isso, eu queria uma família, ter filhos, envelhecer, era só isso, uma vida simples e chata. Meu pai morreu, minha mãe não á vejo á tantos anos,minha vó as vezes aparece pra mim, só me sobrou o Jer, não que não me lembre dos meus amigos, mais eles vivem viajando, eu os amo, mais é diferente, á dois meses atrás eu descobri que estava grávida, qual não foi minha felicidade, o Jer parecia um bobo, mais foi bobeira nossa, na primeira vez que um ser sobrenatural passou por mim já passei mal, acabei perdendo meu bebe, eu definitivamente nunca poderei ser mãe, mais tudo bem já me conformei.

Me levantei da cama e fui até a cozinha tomar um copo de água, mais tarde iria para a mansão Salvatore, quando entrei havia alguém desconhecido me esperando, ele então me tocou e mais três ou quatro fizeram o mesmo, apenas fechei os olhos com força esperando tudo acabar, quando enfim tudo parecia calmo abri meus olhos e encontrei Katherine.

– Katherine!

– Olá Bon Bon! Ela abriu um sorriso fraco. – Então como funciona eu te toco e vou para o outro lado?

– O que houve?

– Eu morri, Markos me matou, aquele desgraçado.

– Como estão os outros?

– Bonnie eu estou morta, Esther atacou a mansão junto com o Tyler, os viajantes apareceram, tentamos lutar mais eu morri, Markos viu que ele tinha perdido e fez isso comigo.

– Eu sinto muito.

– Não sinta Bonnie, uma hora aconteceria, essa historia de usar meu sangue com o da Elena já estava chata, sabíamos que alguém precisava morrer, só pensei que seria ela.

Estendi os braços para Katherine e ela deu um passo para trás.

– Só uma coisa, diga ao Stefan que eu o amo, sempre foi ele, e que nenhum desses quinhentos anos valeu mais apena do que os dez que eu passei com ele e que eu posso não ter sido seu amor épico, mais ele foi e sempre será o meu amor épico. Katherine já estava se debulhando em lagrimas, nunca pensei que veria isso, ela então me tocou e se foi, Eu não era única que havia perdido pessoas importantes, todos nos havíamos, todos tivemos que fazer sacrifícios, fui até meu quarto e lá estava minha vó.

–Vóvó!

– Minha criança. Disse abrindo um sorriso. – Bonnie aquela menina precisa de você.

– Eu sei, vou agora mesmo pra mansão, só preciso que você me ajude no que tenho que fazer.

– Não posso querida, já não posso te ajudar, eu falei demais, as ancestrais estão com muita raiva de mim.

– Como assim?

– Eu sou uma bruxa querida, deveria ajudar nesse plano de todas nos voltarmos, mais eu não concordo, nosso tempo na terra acabou.

– O que ela iram fazer com a senhora?

Minha vó se aproximou de mim e passou á mão em meu rosto, eu queria tanto poder ter sentido seu toque, mais não senti nada, era como se nada estivesse acontecendo.

– Não se preocupe comigo criança, você só tem que pensar na filha do Klaus, Bonnie você é uma bruxa, você tem seus poderes, só precisa encontra-los, agora eu preciso ir.

– Vóvó eu não posso ser bruxa e âncora.

– Eu sei querida.

E então ela sumiu, se eu ainda tinha meus poderes como não conseguia sentir mais nada, peguei a chave do carro e minha bolsa, quando abri a porta encontrei outro ser sobrenatural.

– E você quem é?

– Markos, já ouviu falar? E ele então passou por mim, Markos estava morto, não tínhamos mais viajantes, Esther não tinha mais seu amado sangue de Doppelgänger , mais nada ainda estava resolvido, será que um dia estaria?