Harry a narrar

–c-como assim noiva?
–É um casamento arranjado, não que eu queira casar, mas o meu pai quer que eu me case com uma sangue puro, e que tenha tanta riqueza quanto os Malfoy. E assim continuar a linhagem perfeita de sangues puros.
–E tu vais casar? Vais ceder ao que o teu pai quer?
–bem eu Não sei Harry, não sei mesmo. Eu amo-te muito mas, é a minha família.
–Eu não acredito. Procura-me quando decidires o que queres fazer
–Harry, estas a ser injusto comigo.
–Tu é que estas a ser injusto comigo! Poe-te no meu lugar pelo menos uma vez Draco.- Vesti-me o mais depressa que consegui e sai do quarto das serpentes, ignorando o facto de o Draco gritar o meu nome.
Estava chateado, como é que ele me escondeu uma coisa destas? Porque ele iniciou algo comigo se já estava comprometido?
Dirigi-me para o salão principal para tentar tomar o pequeno-almoço, mas assim que me sentei á mesa e olhei para a comida fiquei bastante enjoado.
–Então Harry, não comes?- olhei para o Ron, que, como sempre, estava com a boca completamente cheia.
–Não estou com fome.- Digo.
–Tens que te alimentar bem hoje Harry, vamos ter um teste de feitiços na primeira hora, certamente queres estar com energia para conseguires uma boa nota. Disse a Mione com a cabeça enfiada num livro, que pela capa, não parecia relacionado com a matéria.
–Não devias estar a estudar também?- Perguntei tentando manter a calma, um teste depois do que acabou de acontecer não caia nada bem.
–dei uma pequena revisão ontem à noite. Sei a matéria de cor e salteado.
–Vais deixar-me copiar não é amor. Pediu o Ron.
–Claro que não. Passei o mês inteiro a avisar-te para estudar, como sempre não me deste ouvidos, por isso agora não te queixes.
–Por favor Mione
–Não. Acaba de comer que está quase na hora do teste.
Com muito custo consegui comer uma torrada de geleia e um copo de sumo de abóbora que a Mione me pôs à frente.
–Harry, temos que falar. Olhei para cima, o Draco estava especado á minha frente, o rosto dele nao demostrava qualquer tipo de expressão.
–Não quero falar.- Disse bebendo o último gole o sumo.
–Mas Harry, temos que resolver as coisas.
–Não me digam que voltaram a discutir. Estão sempre nisso. -Disse a Mione com uma cara que demostrava que estava cansada de brigas. Não respondi á Mione, simplesmente levantei-me para me ir embora, mas mal faço esse gesto uma rapariga loira com os olhos tão ou mais verdes que os meus salta para o pescoço do Draco.
–DRACO AMOR.
–Melissa, solta-me! Harry, vamos falar. Tenta mais uma vez o Draco.
–HARRY? HARRY POTTER? PELAS BARBAS DE MERLIN, SOU UMA GRANDE FÃ TUA!- ela soltou-se do pescoço do Draco, agarrou a minha mão e começou a abana-la com uma força, tinha um sorriso muito grande na cara. Draco, não me disseste que eras amigo do grande Harry Potter.
–Ele não é - tentou falar o Draco, mas ela voltou a cortar.
–chamo-me Melissa Roch, sou a noiva do Draco. Espero que possamos ser grandes amigos Harry. Olhei para o Ron e a Mione, eles entenderam o recado.
–bem melissa, adoraríamos ficar a conversar, mas temos teste agorinha, vemo-nos depois. Dito isso a Mione puxou-me para fora do salão principal, mas ainda ouvi a Melissa gritar Falamos depois. Assim que chegamos a um corredor distante os dois falaram ao mesmo tempo.
–noiva, que historia é essa Harry?
O caminho até à aula foi dedicado a contar a história aos meus dois melhores amigos.
–não acredito naquele loiro aguado. Vou azara-lo de uma maneira que ele vai pensar duas vezes antes de brincar com um dos meus amigos.
–Por acaso Ron, eu acho que ele não fez por mal.
–oh, não o defendas Mione.
–Não estou a defende-lo. Nota-se que ele realmente gosta do Harry, e pelo que nos conhecemos do Malfoy, ele nunca fez frente ao seu pai, e para fazer isso ele teria de ter muita coragem, e temos que admitir, o Malfoy nunca teve assim tanta coragem. Mas isso não quer dizer que ele queira casar com aquela loira. Mas pensamos neste assunto depois, agora tempos que ter a mente completamente centrada no teste.
Não consegui prestar a mínima atenção no teste, a minha mente estava centrada em dois loiros que neste momento deveriam estar juntos.
Faltava 15 minutos para acabar o teste e o meu pergaminho estava em branco, realmente, vou tirar uma péssima nota a feitiços. Rapidamente, tentei responder aquilo que conseguia, pelo menos teria alguma coisa feita.
Assim que o teste acabou fomos passear junto ao lago negro. Sentamo-nos debaixo de uma árvore, era para onde íamos quando queríamos estar sossegados, porque era um pouco longe de onde os estudantes costumavam estar e rodeado por arbustos, assim bloqueava a visão dos outros e estaríamos à vontade.
–Acho que vou desistir. Disse do nada.
–Do que?- perguntou o Ron.
–do Draco.
–o que? Porque?
–Bem como vocês disseram, seria preciso coragem para o Draco enfrentar o pai, e para além disso, a Melissa parece ser boa pessoa. Ela foi bastante simpática.
–E bastante doída também. Disse o Ron.
Ficamos um pouco a conversar, apesar de eu não estar tao interessado na conversa como os meus amigos, decidi que não ia ficar tão triste pelo que aconteceu. Afinal, via-se logo que a minha relação com o Draco não tinha futuro, nos estamos sempre a discutir por coisas idiotas. Assim que tentei prestar o máximo de atenção na conversas e falar um pouco também, para não preocupar os meus amigos, já que eles estão a fazer um esforço para me animar. Posso não ter muita sorte no que toca ao amor, mas tenho os melhores amigos do mundo.
–Chiu, oiçam. Disse a Mione de repente. Ficamos à escuta e ouvimos passos a aproximar-se.
–Está a ser um pouco difícil aproximar-me, ele tem feito tudo para me manter longe. A voz que falava era muito fria.- Mas não te preocupes, vou ter o Malfoy na palma das minhas mãos, e se tudo correr bem, o menino que sobreviveu também estará a meu comando, senão passará de menino que sobreviveu para o menino que morreu