This is who we are escrita por Lady Herondale


Capítulo 1
This is who we are.


Notas iniciais do capítulo

- >Hey galerinha enfim como dito antes amo Han e Gisele.
— >Sinto uma falta imensa do Paul e gostaria de acreditar que não passa de uma ideia ruim, porém ele realmente se foi, deixando família, amigos e muitos que o amavam.
— >Comentem se gostarem e se não gostarem também.
— >Lembrem-se do contador de acessos, eu sei quantos leram.
— > Aproveitem.



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Não faria diferença. Todo e qualquer sentimento que havia em relação a ela estava enterrada junto com o sonho de tê-la. Ela era a razão de não dormir a noite, e arriscar minha vida. Salvá-la era o melhor sentimento que eu poderia ter, pois eu tinha certeza que naquele momento ela se sentia orgulhosa de mim. Seus cabelos castanhos exalando o perfume adocicado. Seu corpo firme. Suas mãos ágeis. Tudo nela era sem por cento, perfeito. Naquele momento em que suas mãos se soltaram das minhas eu senti o que outros havia sentido ao ter seu amor perdido. Eu senti a dor de Dominic ao saber que Letty estava morta. Eu sentia o medo de Brian ao perceber que haviam pegado Mia. Eu senti tudo aquilo ali ao mesmo tempo vendo-a cair de minhas mãos e morrer para me salvar.

Eu sentei-me no carro e dei a partida sem rumo, como minha vida estava. As lágrimas tornaram a escorrer por meu rosto e eu freei socando o volante. Ela não poderia ter me abandonado daquela forma brusca e sem despedidas. Ela havia prometido ficar comigo. Iniciar uma vida. Juntos. Ir a Tóquio só havia feito eu me sentir pior. Ela queria estar ali um dia. Era isso que faríamos assim que terminássemos de derrubar aquele maldito avião. “Você só se esqueceu de uma coisa: São homens.” Sua voz doce chegou aos meus ouvidos e eu solucei. Tinha ouvido aquilo tantas vezes. Ela, com certeza, era a melhor. “Eu saí do exército na mesma época que você parou de fumar.” Naquela simples frase ela conquistou meu coração e fez-me cair de quatro por ela. “Amor você foi pega pela câmera três – Roman falou – Então vamos de novo.” Na primeira vez que a vi sentada atrás do volante sabia que era moça pra casar. Mas não foi nada e nenhuma dessas lembranças que tornaram as coisas piores. Foi quando ela decidiu iniciar uma vida comigo. Quando entramos naquele carro no aeroporto e ela sentou no meu colo e aceitou viajar a Madri. Naquele momento sabíamos que seria para sempre.

Eu tinha plena noção que “This is who we are”. Ela sabia onde estava se metendo assim que aceitamos o emprego. Mas eu era egoísta. Eu tinha medo de perdê-la. Eu pulei em frente a balas por ela. Eu me atirei em um hidrante para que ela não fosse atingida. Eu pulei de um carro em movimento por ela. Eu saltei de uma moto só para não vê-la se matar na estrada. E assim salvando-a ela morreu em minhas mãos sem que eu pudesse fazer nada.

Han acelerou o carro e entrou no racha. Queria fazer aquilo. Precisava de adrenalina antes que suas memórias e saudades o levassem a loucura. Precisava tê-la. Mas seria impossível. Os três carros se aglomeraram entre as multidões que circulavam pelas ruas. O sentimento de saber o tomou dando-o a precisão do drift. A muito não havia sentido a sensação do drift perfeito. O carro vermelho a sua frente seguiu. Ele sabia quem era os seus ocupantes e por que tinha que protegê-lo. Havia uma batalha a ser travada. Uma batalha na qual ele não tinha mais posto para lutar.

O carro prata em sua traseira tentou ultrapassar e obteve a falha. Han não permitiria que Sean sofresse por seus atos. Ele teria a chance de viver com a sua morena por um tempo. Aproveitar o amor que ainda restava aos dois. O moreno virou e ao atravessar a avenida dois faróis brilharam em sua lateral. Seu carro foi arremessado para longe e junto dele todas as frustrações e medos que restavam em Han.

Eu sabia o que havia acontecido. Eu já havia visto aquilo uma vez. Meus medos e frustrações havia tornado reais as minhas vontades. Eu queria morrer. Eu rezava por isso. Todos os átomos de meu corpo queriam sentir a paz de não sentir nada. Eu queria ter a chance de ir para um lugar onde eu poderia vê-la novamente. Eu só queria Gisele de volta. Isso era pedir demais? Nada além dela abrasariam a dor que me coroe e consome meu interior. Só ela consertaria as feridas que restaram em meu coração após sua morte.

- Dominic Toretto? Você não me conhece ainda, mas vai conhecer. – O homem falou e eu senti que talvez fosse mais um trabalho. Dom poderia lidar sozinho com aquilo. Eu não servia mais para nada. Eu não tinha mais vocação para nada.

O fogo subiu pelas laterais do carro. Eu sabia aonde chegaria. Perto do tanque tudo explodiria. Eu necessitava daquilo. Uma dor maior que a de perdê-la. Ela teria me dito para continuar a lutar. E eu fiz isso. Fiz isso por longos nove meses. Meses que se arrastaram por uma vida toda. Meses que não passavam de uma nuvem cinza onde nunca o sol brilharia outra vez. Tudo parecia remeter a ela durante aquele tempo. O jeito que as moças dirigiam. O jeito que manuseavam uma arma. Tudo a trazia mais para perto. E me afastava de mim mesmo. Durante aqueles nove meses meus planos não passavam de sonhos que nunca se tornariam realidade. Casar. Ter filhos. Comprar carros. Eu invejava a vida de Brian. Ele tinha uma coisa pela qual lutar. Um motivo para seguir em frente.

A fumaça chegou mais perto e o gás poluído inflou seus pulmões e o afogaram lentamente. A explosão audível jogou-o pelos ares. O sorriso dela brilhou em sua mente e ele sorriu sabendo que ela o esperava onde quer que fosse. Sua pele suave. Suas mãos alongadas. Ele lembrou-se de cada parte, cada toque, cada bom sentimento, cada lembrança que tivera com ela. Sua morte estava feita. Não haveria mais um Han. Agora ele era apenas uma lembrança de mais um que controlara Tóquio. Mais um que correra por aquelas ruas e que como muitos havia explodido ou simplesmente sumido daquela existência sem atribuir nada. Porém diferente dos outros Han havia feito algo de bom. Ele havia descoberto o prazer de amar. O prazer de dividir sua atenção com alguém que não tivesse cilindros e um motor. Ele havia amado.

- “Estou indo meu amor. Estou indo Gisele.”.


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Notas finais do capítulo

- > Comentem e me digam quais foram suas conclusões sobre nosso amado Han.