She Will Be Loved 2 escrita por Carol Munaro
Notas iniciais do capítulo
Ooi!!
Um ano antes da formatura
– Angel, você é muito ligada ao seu pai. Ele não vai surtar. - Lily falou sobre eu apresentar o Matt pros meus pais.
– Exatamente! Eu sou tipo a princesinha ou sei lá o que dele. Meu pai tem um ciúmes imenso de mim!
– Ah, para. Seu pai é legal. - Concordei. Mas só isso não bastava. - E bonito. - Revirei os olhos e ela riu.
– Para de tarar meu pai! - Lily riu mais ainda com a minha indignação.
– To brincando, Ang. Mas ele é realmente bonito. Porém... Prefiro a versão mais nova. - Fingi colocar um dedo na garganta e vomitar. - Seu irmão é lindo.
– Ele é legal. Mas não é lindo e maravilhoso.
– É sim. Para de graça. Sem contar que ele sempre te ajudou com o Matt.
– Eu falei que ele é legal. - Ouvi uma buzina. Meu pai ficou de me buscar na casa dela.
– Oi, senhor Davis. - Lily acenou pra ele, que acenou de volta. Dei tchau pra ela e entrei no carro.
– Pai, e se eu namorasse? - Ele freou o carro com tudo!
– Como é? - Engoli em seco.
– Assim... Várias amigas minhas namoram.
– Elas não são você. E... Você ainda tá na escola.
– Você e a mamãe começaram a namorar na escola.
– Era diferente naquele tempo. Por que o assunto?
– Curiosidade.
– Angelina... - Ele falou meu nome pausadamente. E não era nem o apelido! Fingi que não era comigo. Meu pai soltou um suspiro. - Qual o nome dele?
– Matt. - Falei baixo. Meu pai torceu um pouco o nariz.
– Só quero saber duas coisas: como ele é com você e aonde vocês se conheceram.
– Ele fala com o John. E... Ué... Ele me trata igual o senhor trata a mamãe. - Meu pai abriu um sorrisinho de canto.
– Então, tudo bem. - Sorri.
(...)
– Como assim?! Eu nem conheço esse menino! - Minha mãe enlouqueceu quando soube que eu tava namorando. Mas admito que tive sorte. Com o John foi pior!
– Ah... Ainda vai ter uma oportunidade...
– Angelina, quero esse menino aqui em meia hora!
– Mãe, as pessoas trabalham! - Ela parou de andar e ficou na minha frente, com as duas mãos na cintura. John soltou uma risada. Arremessei a almofada nele.
– Menos mal... Que horas ele sai do trabalho?
– Ahn... As sete.
– Oito horas ele tem que estar aqui. - Me controlei pra não revirar os olhos. Eu ia namorar um dia! Não sei pra que todo esse drama.
(...)
– O que o seu pai falou? - Matt perguntou. Quando ele falou que já estava na portaria, desci ao invés de mandá-lo subir. O coitadinho tremia mais que vara verde.
– Ele só perguntou como você me tratava e aonde te conheci. Só.
– Hm... Achei que eu ia ter problema com ele. - Matt deu um sorrisinho nervoso e eu também. - Ah, não! Não faz essa cara. O que aconteceu?
– Minha mãe é meio... Possessiva. - Ele arregalou os olhos. - Não! Protetora. Eu quis dizer "protetora"!
– Você não tá ajudando, Ang. - Apertei o botão do elevador.
– Relaxa, Matt. Não vai acontecer nada demais. Você só vai conhecer meus pais. - Dei um selinho nele. Entramos no elevador e eu apertei o botão do sexto andar.
– "Só". - Olhei pra ele.
– Para de ser frouxo! Eles são uns amores. Acho. - Quando chegamos em casa, John já estava estirado no sofá. Meu pai provavelmente analisava alguma coisa da empresa, já que estava no computador. E minha mãe tava sentada no sofá olhando pra porta. Admito que ela estava "um pouco" intimidadora.
– Boa noite. - Matt disse sorrindo. Ainda tava nervoso. Tadinho. Meu pai foi o primeiro a levantar e ir até ele.
– Boa noite. - Um apertou a mão do outro.
– Qual seu nome, criança? - Minha mãe perguntou. John abafou o riso. Fiz cara feia pra ele.
– É Matt, senhora.
– "Senhora" não. - Sussurrei pra ele.
– Matt?
– Matthew, na verdade.
– Pode me chamar só de Alice. E sente-se. - Ele olhou pra mim e o puxei até o sofá. - Quantos anos você tem?
– Mesma idade da Ang. 17*.
– Angel disse que você trabalha. - Meu pai comentou.
– É. Trabalho no consultório de um médico.
– Pretende seguir profissão?
– Sim. To tentando aprender algumas coisas com ele.
– Aí, Angel, já sabe que vai ser rica no futuro. - Revirei os olhos. John é tão desnecessário.
– Cala a boca! - Falei.
– Como vocês se conheceram? - Minha mãe perguntou parecendo realmente interessada. Ela tentava ser durona, mas eu sabia que ela não era assim. Já tava baixando a guarda. Foi a mesma coisa com a namorada do John.
– Através de mim. Eu sendo cupido da Angel desde sempre. - John disse. Me afundei no sofá.
– Como assim "desde de sempre"? - Meu pai perguntou e o Matt olhou pra mim.
– Esse menino não sabe do que tá falando. E vocês já se conheceram, né? Podíamos jantar agora. Eu to com fome.
– Devíamos marcar um jantar com os seus pais. O que acha? - Minha mãe perguntou sendo receptiva. Eu sabia que ela não iria dar ataque. Impossível não gostar de Matt. O menino até trabalha! Dá pra ver que é decente. Sem contar que eu não namoraria qualquer um.
– Vou falar com eles hoje mesmo. Tenho certeza de que querem conhecer vocês. - Matt já estava mais relaxado.
– Assim... Só acho que você devia vir aqui mais vezes, Matt. Minha mãe fez sobremesa. - John falou como se fosse um milagre. E realmente era! Mamãe olhou com cara feia pra ele.
– Se reclamar, não faço mais. Nem quando vier visitas! - Matt riu. Traidor!
Como tínhamos escola cedo no dia seguinte, Matt não foi embora tarde. O jantar foi agradável. Ele é um amor de menino! Se não fosse, eu não estaria apaixonada. E já vi que ele se deu bem com o meu pai. Um bom começo. Minha mãe ainda tá neutra. E John... Bom, eles são amigos.
– Ele é uma graça. - Minha mãe disse entrando no meu quarto enquanto eu me arrumava pra dormir.
– Ele é, sim. - Falei sorrindo.
– Por que não me contou antes? - Ela não estava brava. Isso era nítido. Parecia mais curiosa. Dei de ombros, sem saber o que responder. - Faz quanto tempo que vocês estão juntos?
– Acho que um pouco mais de um mês.
– E já... - Ela começou a ficar vermelha e gesticular com as mãos. Nunca falei com a minha mãe sobre isso. Mas só por vê-la envergonhada eu dei risada.
– Não, mãe. Eu nunca fiz... Isso. Só nos beijamos.
– Ele não foi o primeiro menino que você beijou.
– Hm... Não. - Ouvi a risada do meu irmão na porta.
– Não mesmo. - Ele falou. - Vim dar boa noite. E o primeiro beijo da Angel foi com o nosso vizinho.
– John! - Que merda! Ele não consegue ficar com a boca fechada!
– Mas que safada! - Minha mãe falou e me deu um tapinha na coxa. - Ele é tão lindinho!
– O primeiro beijo do John foi com a Zoe! - Falei, cruzei os braços e dei um sorriso vitorioso pra ele.
– Aí foi golpe baixo. - Ele resmungou.
– Fiz o mesmo que você. - Ele revirou os olhos e me deu um beijo na testa. Fez o mesmo com a nossa mãe e saiu do meu quarto, indo pro dele.
– Ele é uma graça, Angel!
– Mãe, a senhora já tá me deixando com vergonha. - Ela riu.
– Eu não tava falando do vizinho. Tava falando do Matt. - Sorri.
– Sabia que você iria gostar dele. E o papai?
– Ele ainda tá na fase de "minha princesinha tá crescendo", "to ficando velho", mas ele vai sobreviver. Reagiu melhor que eu, pelo menos. - Ficamos em silêncio por alguns segundos. - Vou dormir, Angel. - Dei um beijo na bochecha dela e me deitei.
– Fico feliz que tenha trazido ele aqui. - Papai falou antes de me dar um beijo de boa noite.
– Graças a Deus que vocês gostaram dele. - Meu pai se sentou na minha cama, pegando na minha mão. - Pai?
– Hm?
– Uma hora eu ia namorar.
– Aham.
– Eu te amo. - Ele sorriu.
– Também amo você. - Meu pai me deu um beijo na testa e foi dormir. Fiz o mesmo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
*A história ainda se passa em Toronto. Lá eles terminam a escola com 18.
Bom... Algumas pessoas pediram bônus. Então, tá aí. Espero que tenham gostado.
E eu to escrevendo uma fic nova. Link pra quem quiser: http://fanfiction.com.br/historia/549416/If_I_Were_A_Boy/
E obg por tudo!! Beijos!