She Will Be Loved 2 escrita por Carol Munaro


Capítulo 14
Drunk in Love


Notas iniciais do capítulo

Ooi! Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/475942/chapter/14

O cara que tava dançando resolveu vim puxar o meu saco. Ele queria que eu passasse as mãos pelo abdômen dele.

– Eu sei que você quer. - Ele falou no meu ouvido.

– Calma aí, colega. Sem contato físico.

– Uma pena porque você é gostosa. - Revirei os olhos.

– Eu to na minha despedida de solteira, mas não vou trair meu noivo, seu cretino. - Ele sorriu.

– Adoro mulheres assim.

– Foda-se. - Fui até o balcão e pedi mais uma bebida.

– A noiva da noite pode se dirigir pro palco, por favor. - Uma voz saiu dos auto-falantes. Arqueei as sobrancelhas. April começou a rir da minha cara.

– Uau! Ele é muito gostoso! Você não tá entendendo! - Virei de frente pro palco. Puta que pariu! Ele sorriu pra mim. Era uma fantasia de médico! Clichê, mas continua sendo sexy.

Levantei e comecei a caminhar até lá. Ele me ajudou a subir no palco e me colocou sentada em uma cadeira. Começou a tocar uma música e ele veio dançando na minha direção.

Como um cara dança melhor que uma mulher, vulgo eu? Ele mexe mais o quadril do que eu! O cara começou a vir na minha direção tirando a roupa. Meu Deus! O que eu to fazendo aqui?! Comecei a rir sozinha em cima do palco.

(...)

Eu, April e as meninas decidimos ir em outro lugar. Todos nós éramos comprometidas e ninguém queria fazer a "prosti" ali. Então, fomos pra um barzinho. Me senti na faculdade novamente.

– Acho que estamos fazendo sucesso aqui. - Uma amiga da April falou e olhamos pro mesmo lugar que ela. Cinco caras com o moletom da faculdade olhavam pra nós. Provavelmente eles acharam que foi uma deixa pra eles virem até nós.

– Olá. - O mais bonito deles disse. - Estávamos pensando se podemos pagar uma bebida pra vocês. - Ele falou sorrindo e olhou pra mim. Um deus grego!

– Claro. - April falou. Olhei pra ela. - Tá. Eu sei que não posso beber. Mas posso ficar no suquinho. - O cara olhou estranho pra ela, mas mesmo assim sentou-se a mesa.

Conversa vai, conversa vem, acabamos indo pro apartamento deles. Eles acharam um baralho perdido no quarto de um e acho que todos já sabem onde isso acabou. Strip poker.

– Ah, meu Deus! Você tá grávida?! - Um dos meninos perguntou assim que a April tirou a blusa.

– Talvez. - Ela respondeu e eu ri. Minha mente girava. Eu não lembrava o nome de ninguém ali, a não ser o dela. Os meninos se entreolharam.

– Continua o jogo logo. - E assim foi o resto da noite. Depois que acabou o strip poker, resolvemos jogar outra coisa. Claro que envolvendo bebida. Os meninos acharam um suco dentro da geladeira e deram pra ela. Eles falaram que estudavam medicina. Então, tinha certeza de que, pelo menos, vivas sairíamos dali.

– Quem é a noiva? - O mais bonitinho perguntou pra mim. Franzi a testa. - Isso é uma despedida de solteira, não é?

– Hm... Eu sou a noiva. - Ele ficou me olhando.

– Muito bonita você.

– Obrigada. Eu acho. - Ele riu.

(...)

– Nunca pensei que eu iria ter que fazer isso de novo na minha vida! - April falou enquanto segurava meu cabelo.

– Reclama não que já fiz isso muitas vezes pra você. - Falei e enfiei a cara no vaso de novo. Fazia muito tempo que eu não bebia assim. Olha só o resultado.

– Mas você não tava grávida e sentindo esse cheiro horroroso.

– Posso reclamar do mesmo jeito. - Senti que ela soltou meu cabelo e a ouvi regurgitar na banheira. A situação seria cômica, se não fosse trágica.

Quando acabou a sessão nojeira, resolvemos ir pra casa. Nos despedimos dos meninos e as outras continuariam por ali. Deixei a April na casa do pai dela e fui pro meu apartamento. Quando entrei, notei que o Andrew ainda não tinha voltado. Fui tomar banho e escovei os dentes três ou quatro vezes. Depois, comi algo e fiquei deitada na cama assistindo televisão.

POV Andrew

– Aonde a gente vai? - Perguntei assim que entrei no carro do Peter. Ele não respondeu. - Eu te falei que não queria ir num clube.

– Olha só, April inventou uma história de que iria dormir na casa do pai dela. Liga pra sua mãe e pergunta se ela tá lá. - Revirei os olhos. Quando chegamos no tal lugar, vi que o Peter tinha chamado até os caras da nossa época de colégio!

– Sabia que vocês iriam casar! - Mike falou sorrindo e me cumprimentou com um aperto de mão. Sorri também.

– Eu não casaria com outra pessoa. - Falei.

– Tenho certeza que não. Vamos entrar. Não podemos deixar as garotas esperando.

– Peter! O que eu te falei? - Perguntei olhando pra ele.

– Você não precisa nem tocar nas garotas. Apesar de que isso seria uma tortura. Olha, é uma festa normal, ok? Só... Com garotas. É uma boate normal. Para de reclamar. - Peter disse revirando os olhos.

Entramos no lugar. Realmente era uma boate normal. Tirando o fato de as garçonetes estarem só de sutiã. Pegamos uma mesa e pedimos cerveja.

– Avisaram que tinha um noivo nessa mesa. - A stripper falou assim que deixou as garrafas na mesa. Levantei uma garrafa. Ela sorriu e virou-se pra mim. - Então… O que gostaria de fazer?

– Sinceramente? Eu to morrendo de fome. - Disse e ela arqueou uma sobrancelha.

– Certo. Já vou trazer. - A garçonete entrou na cozinha. Com exceção do Peter, todos que estavam com a gente já tinham uma garçonete “pendurada” no pescoço.

– Olha lá! - Peter falou olhando pro palco. - O show vai começar. - Apagaram-se as luzes e só deixaram um holofote no palco. Típico desses lugares. A música começou a tocar e a mulher entrou já dançando. Continuei bebendo.

Ela parecia dançar somente pra mim. Ri. Remexia os quadris no ritmo da música conforme andava. Parou e começou a rebolar até o chão do jeito que elas fazem, né. Comecei a sentir meu corpo esquentar. Depois de quase implorar pra Alice voltar comigo eu não iria perde-la em uma noite! Então, imaginei-a com a lingerie de renda que ela usou no fim de semana passado. Senti uma mão no meu ombro e um dos caras falou:

– Você é o homem mais fiel que eu já vi! - Ri. Olhei de relance o Peter tinha sumido.

– Cadê o Peter?! Não quero ele traindo minha irmã não! - Falei.

– Ele foi pro bar. Disse que preferia não ver o show porque quer continuar com o casamento. Ou seja lá o que ele tenha com a April.

– Hm... - Resmunguei. - Acho bom mesmo.

– Acho que você precisa relaxar. - A stripper chegou em silêncio e disse no meu ouvido, me dando um susto.

– Acho que to bem. - Falei e dei um risinho de nervoso. Ela sentou no meu colo, ficando de frente pra mim. - Sério. Eu to legal. - Ela lambeu meu pescoço e pressionou a mão... naquela região. - Eu não vou trair minha noiva. - Falei pegando nos ombros dela e a empurrando pra trás sem muita força.

– Então! Última noite antes do casamento. - Ri.

– Não viaja. - Ela colocou as mãos dentro da minha blusa e deu um chupão no meu pescoço. Bom... To noivo, mas não to morto. Claro que eu não fiz nada. Nunca iria colocar um par de chifres na Alice. Mas isso não quer dizer que a stripper não fez nada.

(...)

– Me senti um corno conformado. Fiquei só bebendo enquanto vocês se aproveitavam. - Peter falou assim que saímos do clube.

– Eu não fiz nada. - Falei e ele gargalhou.

– Não... Só foi tocado. - Fiz uma careta.

– Desse jeito parece que o Andrew sofreu um abuso. - Mike falou e eles riram.

– Praticamente, se parar pra pensar. - Disse baixo. Nos despedimos e fomos todos embora.

– Ela fez o que contigo? - Peter perguntou enquanto íamos pra casa dele.

– Nada demais. - Parei na frente do prédio. - Vou vir pra tua casa mais tarde. Não sei se a Alice vai levar o vestido pro salão ou não.

– Tá. - Ele olhou pra cima. Olhei também. April estava na janela olhando pro meu carro.

– Acha que vai dormir no sofá hoje?

– Não. Se você olhar bem, ela tá sorrindo. - Ri baixo. - Até amanhã, Andrew.

– Até. - Quando cheguei em casa, ouvi o barulho da televisão no quarto. Alice dormia na cama. Dei um beijo na testa dela, desliguei a tv e fui tomar banho.

(...)

– Bom dia, meus amores! - Alguém falou enquanto deixava recado na caixa postal do telefone fixo. Ah! Era minha mãe. - Hoje é um dia especial pra vocês e eu espero que vocês já estejam acordados. - Coloquei o travesseiro em cima da minha cabeça. - Andy, é pra você vim se arrumar aqui. E Alice, to saindo de casa pra passar aí e irmos pro salão, como combinamos. Beijos!

– Preciso de uma aspirina. - Alice resmungou. Olhei pra ela.

– Bom dia. - Dei um selinho nela.

– Bom dia, meu amor. - Sorri.

– Tá de ressaca, Mendler?

– E você não tá?

– Um pouco só. - Olhei no relógio. Nove horas. Levantei. - Vai tomar banho enquanto eu preparo o café da manhã.

– Quero dormir. - Ela resmungou.

– Eu também. Alias... Onde vocês foram ontem? - Perguntei como quem não quer nada. Ela levantou a cabeça e me olhou.

– E onde vocês foram ontem? - Pigarreei e ela riu. - Vou tomar banho. - Alice me deu um beijo. Fui pra cozinha e fiz o café da manhã pra ela. Como eu não precisaria de todo esse frufru, iria voltar a dormir.

(...)

– Ela não me atende! - Falei andando de um lado pro outro. Eu estava com a toalha amarrada na cintura andando de um lado pro outro da sala. Peter, meu pai, o senhor Mendler e Paul estavam na sala já prontos pro casamento.

– Você vai chegar depois da noiva nesse ritmo. - Meu pai falou.

– Alice não atende o celular!

– Deve ser porque ela tá no salão se arrumando. - Peter falou como se fosse óbvio. - Vocês só vão se falar quando estiverem no altar. Agora vai se arrumar. - Bufei e voltei pro quarto. Coloquei aquele terno de casamento e o sapato. Passei perfume e fui pra cozinha pegar algo pra comer.

(...)

Eu já estava no altar, só esperando a Alice chegar. Minhas mãos tremiam e eu suava frio.

– Deixa eu arrumar isso aqui. - Minha mãe falou e começou a ajeitar a gravata. - Tá nervoso, querido? - Olhei pras minhas mãos.

– Um pouco só. - Ela sorriu. Uma música tocava em volume baixo na igreja. O padre já estava posicionado. April ria do meu nervosismo. Eu não conseguia ficar parado. - Será que vai demorar muito?

– Parece que o carro tá parado lá fora já. - Meu pai falou. Olhei pra porta. A banda começou a se posicionar. Meu coração batia tão rápido que parecia que ia sair pela boca a qualquer momento. Então, as portas da igreja abriram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, minha demora... Eu sei que eu já to de férias da escola, mas do cursinho não. E vcs sabem que eu to estudando, mas não foi por causa disso q demorei. Eu viajei fds passado, coloquei meu sono em dia e fiquei doente tbm. Na verdade, essa semana o unico dia que não fiquei acho que foi quarta .-. Fui pro hospital na segunda de noite, tomei remédio na veia e, praticamente, fiquei dopada terça o dia inteiro. Aí quarta peguei chuva e ontem acordei com dor de ouvido e tosse. E ainda to assim rç Mas to melhor. E tbm tive um bloqueio por uns dois dias. A parte da Alice eu escrevi acho que três vezes pq não ficava bom de jeito nenhum. Aí hoje consegui fazer algo aceitável e concluir o cap. Enfim... Beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "She Will Be Loved 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.