Depois de Revolução...

Haymitch estava como sempre: jogado como um boneco de pano em cima de sua cama cheio de garrafas vazias em volta. Passou-se um ano após a revolução e ele continua do mesmo jeito. Então ele ouve um barulho de algo batendo no chão e vê alguém entrando em seu quarto. É uma mulher bonita, bem vestida aparentemente feliz segurando um bebê. Uma menina loira com olhos azuis que podiam ser vistos à longa distância.

– Haymitch. Ela é sua filha.

Ele olhou para a menina, deslumbrado. Ela era extremamente parecida com ele e Effie.

– Ela parece com você.

Effie sorriu e se sentou ao lado dele.

– A Capital...não está mais usando aquelas roupas excêntricas desde a morte do Snow.

– Você fica melhor assim. Sem perucas e cílios postiços.

– Vou entender isso como um elogio.

– Isso foi um elogio.

– Melhor você tomar um banho, você cheira ácool! Não quero isso perto da minha filha!

– Tudo bem...

~ depois do banho~

– Então, você voltou para o distrito 12...- Disse Effie, reparando na casa mal arrumada de Haymitch.

– Hum, é.

– Acho que você precisa de um café.

– O.k.

Os dois desceram, Effie com Katherine no colo.

– Escuta, eu não estou aqui por sua causa. É por causa da nossa filha. Você é o pai, tem o direito de conhecer ela. Porém, você me magoou muito.

– Eu sei...me desculpe Effie.- Haymitch disse, olhando para a vista da janela.

– Aqui, beba isso. - Ela disse, entregando a xicara de café.

– Eu perdi a cabeça. Quando ouvi ele falando de você... Achei que você ele ele tinham tudo alguma coisa quando estive fora.

– Ele?

– Sim.

– Ele quem?

Haymitch calou-se e apenas encarou o chão de madeira sujo. Effie então balançou a cabeça e disse:

– Isso não importa agora. Me deixe terminar. Como eu ia dizendo, você tem o direito de conhecer ela . Mas você me abandou quando eu mais precisei de você. Você não acreditou em mim. E desde que você foi embora, eu puder ver o quão idiotas nós fomos. Vamos parar de nos iludir. Nós nunca daríamos certo como um casal.

– Mas nós nos amávamos. Isso é o que importa!

– Eu costumava pensar assim, mas não penso mais. Cresça, Haymitch! O amor é uma droga, e olhe para nos! Nós somos muito diferentes. - olhou-o com a raiva estampada em seus olhos.- Adeus, Haymitch.

– Effie...

– O que!?

– Posso segurar ela...pelo menos uma vez? Ela parou e ficou encarando Haymitch.

– Claro...ela é sua filha.

Effie começou a chorar quando viu o primeiro momento pai e filha de Haymitch e sua filha.

– Qual é o nome dela, Effie?

– Katherine.

– Por que você está chorando?

– É que...de algum modo, é tão lindo ver você segurando ela...

– Então...fique.

– Eu não posso. Eu já construí minha vida com a minha filha, temos nossa casa, uma casa LIMPA...

– EU NÃO TENHO POR QUE LIMPAR A MINHA CASA SE EU ESTOU SOZINHO!

– NÃO GRITE COMIGO PERTO DA MINHA FILHA!

– ELA NEM ENTENDE O QUE NOS FALAMOS! APOSTO QUE ELA NUNCA DISSE PALAVRA ALGUMA!

Um silêncio tomou conta do cômodo. Então Effie ouviu sua filha falando

– Papai...pa...pai

– O que ela disse? - Perguntou Haymitch.

Effie começou a chorar.

– Ela disse papai...

Então Haymitch abraçou Effie e Katherine.

– Eu preciso ir embora. Isso não é bom pra mim, nem para ela.

Quando Effie estava no corredor ouviu a voz de Haymitch.

– Effie, por favor volta, eu te amo!

Isso foi o suficiente para fazê-la chorar mais. Então Katherine disse:

– Mamãe, papai...

E ela repetia isso continuamente. E foi o bastante para Effie chorar mais ainda e voltar correndo para Haymitch. Assim que se encontraram, deram o maior beijo de suas vidas. Foi dramático e romântico e ao mesmo tempo envolvente e apaixonante. Isso era um momento que Katherine não ia esquecer e Effie sabia disso. Mas não poderia deixar isso ir além.