Graecus escrita por Duplicata


Capítulo 24
Um aviso de pai


Notas iniciais do capítulo

MAHOE voltou essa linda da Nyah!
Então, tinha postado esse cap no face, como ninguém passou o link do perfil, só os do face leram huhu.
Aproveitem!



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“Aos poucos Alec foi vendo como Hades era realmente, tirando a névoa que o cobria até mesmo dos olhos dos semideuses. O Senhor do Mundo Inferior estava vestido todo de negro naquela noite, com uma toga no melhor estilo clássico grego e os cabelos em desalinho como se tivesse acabado de sair de sua cama do castelo do Mundo Inferior.”

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Quando Alec acordou de seu descanso, a lua já estava alta no céu, iluminando todo canto escuro da terra. Fay e Math estavam impacientes pela demora do descanso do jovem semideus, mas pela insistência da garota Alec não fora acordado durante todo o dia.

– Podemos ir agora?- Math perguntou assim que Alec abriu os olhos.

– Ahn... Sim- Alec respondeu com um bocejo.

– Ótimo.

Math saiu na frente, como sempre e Alec e Fay ficaram para trás caminhando em passos mais vagarosos.

– O que há com ele?- Alec perguntou para Fay.

– Não ligue pra isso, ele só está impaciente por ter ficado o dia todo parado.

– Culpa minha.

– Em parte. Eu não quis acordá-lo e por isso Math está brabo comigo também.

Alec suspirou e não respondeu, pois não tinha mais o que dizer. Prometeu a si mesmo que nunca mais dormiria tanto assim em missões e analisou como o céu estava lindo. O céu estava negro salpicado de pontinhos luminosos, parecia mais uma pintura do que obra dos deuses. A lua estava cheia e iluminava tanto que eles nem precisaram de lanterna ou as luzes da rua para caminhar entre os prédios de New York.

Fay estava cansada por não ter dormido durante o dia e agora se arrependia dessa escolha, pois ficara ouvindo a reclamação de Math durante o dia inteiro. Já Math estava treinado para racionar as horas de sono e estava acostumado a dormir três horas por dia no máximo sem ficar cansado.

– Sono Fay?- Alec perguntou olhando em como o cabelo da amiga brilhava suas mechas azuis multicoloridas pelo brilho pálido da lua.

– Um pouco, mas podemos caminhar.

– A noite está linda não é?

– Sim- Fay olhou em volta e ficou pensando em como a noite seria mais perfeita se não houvesse um Apocalipse acontecendo.

Antes que um dos dois semideuses pudesse comentar mais alguma coisa, algo puxou Fay para trás, a garota gritou pelo assusto e Alec puxou a espada de ferro Estígio, mas só havia escuridão atrás de si. Math veio correndo com a espada em punho e com o coração acelerado pela adrenalina.

– O que foi? Cadê a Fay? Cadê o inimigo?- Math perguntou fazendo o brilho de Gelo se tornar mais sombrio a cada estocada ao vento.

– Não sei. Ela estava aqui e então puf!- Alec disse se colocando ao lado de Math, para a luta.

– Droga cara!

– Eu sei!

Não havia nem um movimento, nem um barulho de inimigo, apenas o farfalhar das folhas e o barulho natural de cidade grande misturado a respiração pesada dos dois semideuses.

Se não fosse pelo barulho da espada de Math ao cair no chão, Alec nem teria reparado que o amigo tinha sumido, pois ele não havia gritado. Quando o loiro sumiu no ar assim como Fay, Alec ficou com medo, pois sabia que não tinha como lutar contra aquilo que não podia ver e nem ouvir.

– Alexander Stephen, olhe só para você, nem parece filho de seu pai. Tremendo de medo da escuridão- Disse uma voz rouca e sombria, vindo de trás dele.

– Quem é?- Alec quase gaguejou virando para o lado em que a voz vinha com a espada em punho.

– Seu pai me reconheceria em qualquer lugar- Disse a voz novamente.

– O que tem meu pai?

– É meu filho.

– Hades?!

– Quem diria, tem a inteligência de Athena- Hades pegou a espada de ferro Estígio na mão e suspirou ao se lembrar do tempo em que ela pertencera a seu filho.

Aos poucos Alec foi vendo como Hades era realmente, tirando a névoa que o cobria até mesmo dos olhos dos semideuses. O Senhor do Mundo Inferior estava vestido todo de negro naquela noite, com uma toga no melhor estilo clássico grego e os cabelos em desalinho como se tivesse acabado de sair de sua cama do castelo do Mundo Inferior.

– Alec Stephen, meu neto. Quem diria que um jovem como eu teria netos?- Hades riu fracamente e entregou a espada para Alec que a colocou na bainha.

– O que quer comigo?- Alec perguntou temeroso da visita do avô, pois sabia pelas histórias que coisas boas nem sempre aconteciam quando um deus aparece de surpresa.

– Te ver de perto. Jace falou tanto de você que achei que era um deus menor, mas não é nada especial. Nem me viu em minha real forma e nem me reconheceu...

– A verdade seria boa.

– É insolente, mas todos os semideuses o são. Seu pai me pediu para te dar um aviso e como Jace sempre foi dado aos interesses do Mundo Inferior e nunca me negou nada, aceitei em lhe dizer isto: “Não seja o herói, não aceite o fardo”- Hades sorriu.

– É isso, então, adeus jovem neto e escute seu pai, ele é muito mais sábio que muita corujinha por ai.

– Espere... Hades... Avô... Meus pais podem voltar a viver?!- Mas o deus já havia sumido, assim como o lugar onde antes estivera.

A frente de Alec se projetava o Empire State Building, o abrigo do Olimpo no 600º andar e já não era mais noite, pois o sol já estava a pino e Fay e Math estavam sentados no meio fio, esperando o amigo.

– Visitinha de um deus, então?- Math perguntou mais curioso do que bravo com o acontecido.

– Meu avô, Hades veio me dizer “Não seja o herói, não aceite o fardo” seja lá o que isso quer dizer- Alec respondeu.

– Uau ele vem e nos rapta e muda o tempo e faz tudo isso pra dizer uma frase sem sentido?

– Na verdade tem sentido sim- Fay disse, mas logo deu de lado com suas ideias fúnebres- Mas vamos falar com Athena de uma vez.

Entrar no Olimpo nunca fora tão fácil, pois a todo o momento era uma entrega do Hermes Express, alguma criatura divina fazendo uma reclamação e todo tipo de coisa. Os três semideuses entraram rapidamente do elevador e quando estavam na entrada do Olimpo ficaram assustados em como tudo ali estava uma bagunça.

Corujas de Athena voavam com pergaminhos levando ideias e planos de batalha da deusa para os outros deuses, águias de Zeus voavam para buscar deuses e criaturas divinas para audiências e todo tipo de criatura benigna andava por ali.

Achar o salão de Athena fora fácil, pois era exatamente igual ao chalé no acampamento e o fluxo de corujas ali era mais intenso que em qualquer outro lugar.

– Quem entra?- A deusa estava sentada em uma mesa de prata ao centro do salão, com pergaminhos e mapas a sua frente. Nesse dia ela usava um longo vestido branco com um broche de coruja no lado esquerdo do peito, todo de prata com olhos de opala, uma pedra preciosa toda colorida como o arco- íris.

– Sou seu neto minha deusa- Disse Alec ficando a beira da porta, esperando a permissão para entrar.

– Ah sim, Alec. Entre- A deusa sorriu levemente ao se lembrar de Rovena, uma de suas filhas tão amadas.

– O que deseja de mim meu querido?- Perguntou a deusa.

– Apenas uma história. Deve saber que estou numa profecia e que devo procurar Asmodeus, dita como uma Relíquia Fatal e para isso preciso da história da trapaça de Aracne quando você foi até ela no seu templo, em Nashville- Alec respondeu temeroso da reação da deusa.

Athena passou de extremamente brava com a insolência para compreensiva em poucos segundos, pois sabia que sua história seria importante para a busca do neto e para a salvação de toda humanidade, incluindo os deuses.

– Por mais que me irrite sua insolência de pedir algo assim e que me aborreça pensar nisto novamente, não sou Ares e não irei chutá-lo daqui de cima. Sentem-se, pois tenho uma história que muito me envergonha para contar, se bem que foi uma trapaça terrível...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!
Postarei normalmente agora, porque minha net voltou, porque a Nyah! voltou e porque minhas provas acabaram! uhu
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Próx cap:
“Muitas más línguas contam a história e retiram a parte da trapaça e então fico eu de perdedora, má tecelã. Perco meus devotos quando pensam que sou fraca ou menos dotada de inteligência e é nisso que me preocupo, sem a fé eu não sou nada e consequentemente deixarei de existir.”
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Até quarta, porque esse é de amanhã, ok.